sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ANGOLA-LUANDA O SINCRONISMO CÍNICO DA MENTIRA POLITICA, E A INVERSÃO DOS VALORES ÉTICOS Fonte planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com


O SINCRONISMO CÍNICO DA MENTIRA POLITICA, E A INVERSÃO DOS VALORES ÉTICOS.

Essa semana que findou foi surpreendente e farta em noticias para os angolanos de todas as matrizes politicas e sociais. O facto é que escorregaram para o publico noticias que deliciaram e preencheram de sobremaneira o imaginário do nosso adormecido mundo politico nacional. Saíram a publico noticias gizadas de incúrias com realce nos pontos de vista defendidos pelas pessoas implicadas na produção de tais declarações explosivas. As entidades promotoras desses pronunciamentos considerados como citações bombásticas, não se ativeram em cuidar com cautela a maneira como ventilavam em publico os seus pronunciamentos, que em abono da verdade, em nada ajudaram a dissipar junta da sociedade crítica as discrepantes polêmicas integralizadas nos seus ininteligíveis discursos, que por um lado se tornaram promíscuos e por outro estavam repletas de monstruosas iniquidades várias.
Essas pessoas, na sua vã tentativa de buscar consensos junto da sociedade civil e politica, incorreram numa serie de variantes incongruências que os levaram a resvalar impiedosamente para a fronteira obscura do nada. Essa intenção saiu-lhes furada; uma vez que os sensores dos alarmes daqueles que controlam a audiência publica, denotaram incisivas incoerências que oscilavam dentro da dinâmica dos discursos produzidos, que os levaram a demarcar-se completamente das teses defendidas por essas interpostas entidades, pois, elas, não terem recebido o merecido respaldo da parte do publico. Porem, outras declarações ora produzidas, obtiveram uma sustentável aceitação publica da parte da sociedade crítica embrionária por terem obtido alguma notoriedade na audiência publica nacional.
 Essas declarações obviamente tiveram níveis de audiências interessantes, chegaram mesmo a entupir os sensíveis sensores de medição da audiência publica fornecidos pelo ibope concentrado na listagem das estatísticas da nossa  opinião publica nacional, que, infelizmente ainda deixa muito a desejar, pois caminha a passos largos para um estado degradante de falência irreversível.
Neste texto não abordarei evidentemente todos os casos de grande importância ocorridos essa semana que findou, mas, fica a promessa de que tratarei oportunamente do remanescente dos factos em pauta numa outra ocasião.
Assistimos essa semana a uma invulgar decisão tomadas em plenário pelo Tribunal Constitucional (TC) que foge ao curso habitual do consenso único manipulado pela constância do presidente do referido órgão. Tivemos também o sínico pronunciamento da presidente do núcleo JESSEANO do investimento privado Dra. Maria Luíza Perdigão Abrantes, que confusamente tentou ludibriar sem êxito a quem atentamente seguia o seu pronunciamento desastrado que diga-se em abono da verdade, feriu susceptibilidades várias junto da sociedade critica nacional e de parte dos empresários angolanos que a escutaram atentamente. Sobre essa questão falaremos em outro artigo, retifico desde já o nome garboso utilizado para qualificar a economia que se deseja crescente como lhe chamou a Dra. Maria Luiza, de angolanização da economia e por coerência unilateralmente modifico-a e passo a chama-la de estrangeirização da economia angolana.
Obtivemos ainda essa semana um pronunciamento do dirigente e deputado da UNITA General Numa Camalata e o pronunciamento do PGR relacionado com o seu eventual envolvimento no crime de desvio de fundos transferidos para as suas contas no exterior do país.
É evidente que toda sociedade angolana esta atenta a tudo o que se passa no centro da sociedade cleptomaníaco MPLISTA e segue de perto todos os inimagináveis devaneios da família que (des) governa o país ininterruptamente a mais de 33 anos. Os escribas da nossa portentosa Angola escrevinharam tudo para que ficasse tudo muito bem registado e documentado para a posteridade.
A grande novidade mesmo, vem dos Estados Unidos da América onde o filho do ditador José Eduardo Dos Santos, Filomeno Dos Santos Zenú em entrevista a CNN deu inicio a campanha de divulgação da propaganda do governo de seu pai presidente. Ao apresentar-se como dealer do Fundo Soberano De Angola, ficou claro que de facto, o fundo soberano fora criado por seu pai para si mesmo. O mote foi dado, e a forma como Zenú se apresentou publicamente na frente das câmeras do canal de televisão da CNN, deu provas mais que suficientes, que comprovam de facto que ele é o homem forte no manuseamento dos cinco bilhões de dólares do fundo soberaníssimo da família JES.
É ele Zenú quem põe e dispõe do fundo soberano angolano, que, de angolano só tem mesmo é o nome, pois, o fundo financeiro de facto saí de Angola, mas vai direitinho para o fundo do baú familiar de JES, previamente estruturado e dinamizado pelo pai JES, para ser gerido pelo seu filho Zenú e pela meia irmã deste, a nossa russa descendente e ladra bilionária por enquanto ainda angolana!
Esse rapaz falou tudo o que sabe e nada disse, pois, falta-lhe o experiente background, senão vejamos, porque um jovem que se gaba frente às câmeras de televisão, de ser o mais bem preparado tecnicamente em Angola fica tão inseguro frente as câmeras da televisão. Zenú é um menino sem experiência nenhuma e tudo que possa ser forçado a fazer é sempre um enorme risco para o país por ele ser demasiado inseguro, sem dinâmica, e com um enorme déficit de profissionalismo denunciado pelo seu mal estar denunciado na entrevista que assistimos através da CNN.   Mas, como não há contrariedades sem um senão; pois acontece sempre o inesperável nessas andanças. Nos estúdios da CNN nos Estados Unidos Zenú cometeu uma estrondosa gafe politica que não só desfavoreceu a ele mesmo pela falta de altruísmo e pela falta inegável de patriotismo nacionalista, e também pela falta de elegância para com os seus colegas bisneiros.  Zeno praticamente faliu intelectualmente. O jornalista americano mesmo sendo muito bem pago pelo canal de televisão no decurso da entrevista voltou-se para o entrevistado Zenú e rasteirou o petiz com uma pergunta pertinente. Na verdade acompanhando toda panóplia transcorrida nessa entrevista, acabei por reconhecer que o verdadeiro vice-presidente da republica é o Filomeno Dos Santos. Mas regressemos ao que interessa; o jornalista entrevistador americano não conseguiu calar-se; e colocou ao entrevistado uma pergunta claramente intencional, interrogando Zenú se, por ser filho do presidente da republica não seria mais coerente ser outro angolano a dirigir o fundo soberano angolano? Zenú bastante mal resolvido, incoerente e sem dinâmica intelectual e com uma gritante falta de frieza necessária para defender-se de eventuais situações de risco dentro da politica ativa, como acabou por acontecer nos estúdios da CNN, respondeu temerosamente da seguinte maneira: Pasmem-se os politiqueiros ao serviço de JES, e pasmem-se igualmente os quadros angolanos esforçados, pois foi dolorida a falha gritante da performance vergonhosamente mal digerida por todos quantos assistiram essa triste e vergonhosa entrevista de Zenú o filho do dono de Angola.
Filomeno dos Santos respondeu a pergunta que lhe fora feita em canal livre, rede mundialmente aberta, afirmando peremptoriamente sem vacilar, que, em Angola não existe outro quadro mais capaz do que ele para dirigir o fundo soberano. Na verdade a resposta com tradução correta foi a seguinte: Em Angola ele é o único com condições de conduzir os destinos do fundo soberano de Angola! E esta hein? Agora estamos claros com relação a quem de facto esta entregue os destinos do fundo soberano de Angola? Quem tinha duvidas a respeito agora não precisa mais tê-las, pois é o próprio Zenú quem o afirmou a partir dos Estados Unidos.
Porém é preciso ficar-se atento às jogadas rasteiras de mestre do dono do país do pai banana. Para mim JES quer a todo custo (GABONIZAR) a nossa terra, impondo-nos a sua família como destinatários do poder vitalício em Angola como esta a passar-se na republica do Gabão! Para nós que já o conhecemos de ginjeira, JES não mais poderá enganar-nos, pois a munição que a sua arma engatilhar para disparar, transforma-se sempre num tiro retardado, pois, basta o presidente JES sacudir-se para logo conhecer-se a verdadeira motivação que o levou a mexer-se, por isso as suas intenções  estão sempre a descoberto.
José Eduardo Dos Santos não chamou seu filho para brincar de politico, ele (JES) nunca brinca quando se predispõe a fazer alguma coisa que se relacione com a sua própria sucessão e ou com a segurança do seu futuro e com a segurança e o futuro de suas filhas e de seus filhos, esposa, ex-mulheres, e ex-namoradas mães de seus filhos e restante família. JES enviou seu filho Zenú para os Estados Unidos sim, mas, não o enviou para que ele estudasse em qualquer universidade americana não, ele esta nos Estados Unidos para estudar e aprender sim, mas, agora da sua própria cartilha. JES não para de aperfeiçoar e afinar seu filho para que ele venha em breve a consagrar-se no exercício da alta politica continuada. Ele preparou um complô nacional e internacional para demonstrar que seu filho Zenú esta preparado para dirigir a maquina externa do politica agressiva do comercio internacional dentro do aparelho de estado governativo, JES quer que acreditemos nele e no seu rapaz Zenú.
O fundo soberano de Angola é apenas um meio diversionista, não é no fundo soberano que por traz da tática politica a seguir pelo mestre, JES esta  atento aos perigos que possa eventualmente vir a correr juntamente com sua família. A estratégia que JES determinou para que o seu filho aprendiz de feiticeiro entrasse para a politica governativa é muito mais vasta. JES pensou e verificou que já arrumou muitos problemas para ele mesmo dentro do aparelho politico do seu partido ao levar Manuel Vicente para seu  vice-presidente. A questão esta centrada na inexperiência governativa de MV, este nunca fez parte do grosso  de nenhum dos governos gerenciados por JES, e essa situação gerou grandes controvérsias no interior do partido de JES já de si bastante dilacerado.
Para Zenú esta preparado um outro filme, muito mais bem estruturado pelo pai. Zenú não vai permanecer por muito mais tempo como administrador do fundo soberano de Angola. O fundo soberano serviu apenas para dar o mote, o primeiro passo para entrada definitivamente de Zenú na politica ativa governativa do país. Esta assim aberta à entrada de Zenú futuramente para a politica visível como o futuro Ministro das Relações Exteriores, com transito emergente como candidato fiduciário escolhido pelo ancião seu pai para a cadeira de vice-presidente da republica tendo como candidato a cadeira de presidente da republica para o pleito eleitoral marcado para 2018, o lacaio ladrão credenciado Manuel Domingos Vicente.
Fica claro, que a todo o momento Zenú estreara na alta politica governamental como o mais jovem ministro das relações exteriores. Vistas as coisas desse ponto de vista, é crescente a avaliação e a determinação de JES e do seu entourage como decidiram afinar as baterias nessa frente da diplomacia comercial agressiva, e, nesse jogo dos fortes, fica de fora o vendilhão de templos o ministro bonacheirão Jorge Chicote. É verdade que o atual ministro muito em breve deixara a sua cadeira para o filho de seu patrão, pois Jorge Chicote infelizmente para ele não tem vez nesse plano armadilhado pela casa de segurança militar. Chicote terá de ir chicotear por outras bandas, talvez para uma qualquer importante embaixada pertença do reino do pai banana. Não tenhamos duvidas, a porta a ser utilizada para JES projetar seu filho Zenú, e faze-lo entrar no governo esta bastante bem definida, ela vai ser a da diplomacia. O rapazito Zenú vai aparecer como o futuro novo Ministro das Relações exteriores de um governo velho e apodrecido comandado pelo seu não menos velho pai escarnecedor.
Raul Diniz                              

ANGOLA-LUANDA - O ATIVISTA DOS DIREITOS HUMANOS RAFAEL MARQUES ENDEREÇOU UMA CARTA AO PRESIDENTE DA REPUBLICA A RECLAMAR DA RETRAÇÃO INVESTIGATIVA DA PARTE DO PROCURADOR GERAL DA REPUBLICA ACERCA DA PARALISAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES DOS ASSASSINATOS OCORRIDOS NAS LUNDAS.


O defensor dos direitos humanos Rafael Marques endereçou, a 15 de Fevereiro passado, uma carta ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, denunciando a denegação de justiça por parte da Procuradoria-Geral da República em investigar os casos de assassinatos e tortura nas zonas diamantíferas das Lundas.
Nove generais encontram-se entre os denunciados como os autores morais de centenas de crimes de tortura e homicídio. Os generais são accionistas da Sociedade Mineira do Cuango e da empresa privada de segurança Teleservice.
O general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente, lidera o grupo de oficiais generais. Do grupo constam o inspector-geral do Estado-Maior General das FAA, Carlos Alberto Hendrick Vaal da Silva; o chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino das FAA , Adriano Makevela Mackenzie; o governador de Benguela, Armando da Cruz Neto; o deputado do MPLA, António dos Santos França “Ndalu”; bem como os generais inactivos João Baptista de Matos, Luís Pereira Faceira; António Pereira Faceira, António Emílio Faceira e Paulo Pfluger Barreto Lara.
A petição, dirigida a José Eduardo dos Santos, na qualidade de mais alto magistrado da Nação, apela à investigação imparcial dos casos denunciados, e lembra que os casos de crime de homicídio, à luz da legislação angolana, nunca se encerram, “ficando sempre pendente de investigação ou a aguardar melhor prova.”
Os casos denunciados fazem parte do livro Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola, de Rafael Marques, publicado em Portugal, em 2011. Dois meses após o seu lançamento, o autor apresentou, em Novembro de 2011, uma queixa-crime contra os generais.
A Procuradoria-Geral da República arquivou o caso após uma investigação preliminar, em que ouviu apenas quatro vítimas e testemunhas, das dezenas que deveria ter ouvido.
Recentemente, o Ministério Público português arquivou um processo de difamação e injúria contra Rafael Marques e a editora do livro, Tinta da China, interposto pelos referidos generais. As autoridades portuguesas consideraram que a publicação da obra se encontra protegida pelos direitos de liberdade de expressão e informação.
A carta entregue a José Eduardo dos Santos a semana passada é apenas a última de várias tentativas para levar as autoridades angolanas a investigar as graves violações de direitos humanos nas Lundas. A 9 de Janeiro, uma delegação de altas autoridades tradicionais das Lundas deslocou-se a Luanda,para entregar uma petição ao Procurador-Geral da República, General João Maria Moreira de Sousa, denunciando a violação sistemática dos direitos humanos nas suas comunidades e apelando à reabertura do inquérito preliminar.
De forma extraordinária, o gabinete do Procurador-Geral recorreu a uma falsa notícia, publicada no semanário O Continente, para emitir um comunicado contra Rafael Marques e publicamente revelar que não reabriria o inquérito, apesar da diligência dos sobas.
“Quando a Procuradoria-Geral da República, um órgão com a função de zelar pela legalidade usa um ardil tão baixo, como o de uma falsa notícia, para se pronunciar através da comunicação social do Estado, bem podemos aferir a falta de responsabilidade e sensatez de quem a dirige. É simplesmente ridículo”, disse Rafael Marques.
Pode ler aqui a carta enviada ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos.