terça-feira, 29 de outubro de 2013

LISBOA: Lucro da banca em Angola caiu 36% em 2012 para 600 milhões de Euros


Lucro da banca em Angola caiu 36% em 2012 para 600 milhões de euros

De acordo com um estudo realizado pela Deloitte.
José Eduardo dos Santos, presidente de Angola
Fonte: YVES HERMAN REUTER
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

  • Os lucros dos bancos em Angola diminuíram 36% em 2012, para 81 mil milhões de kwanzas, (603,5 milhões de euros), afectados pela redução da margem financeira, créditos malparados, aumento das provisões para crédito e atrasos nos pagamentos do Estado.
De acordo com o estudo da Deloitte sobre o sector bancário em Angola no ano passado, “o total de resultado líquido do sector diminuiu em cerca de 36%, para 81 mil milhões de kwanzas (603,5 milhões de euros) em 2012 face aos 127 mil milhões (946,3 milhões de euros) em 2011”.
No relatório ‘Banca em Análise 2013’, elaborado pela consultora Deloitte, explica-se que o crédito líquido a clientes “manteve a tendência de crescimento, a um ritmo igualmente expressivo” face a 2011, aumentando 26% para 2.373 mil milhões de kwanzas (17,6 mil milhões de euros) no ano passado.
Onde houve uma inversão da tendência foi na moeda que os clientes escolhem para fazer depósitos: “De acordo com informação do Banco Nacional de Angola, em Dezembro de 2011 permanecia a preferência por depósitos em moeda estrangeira, com 53% do total de depósitos de clientes; no entanto, em Dezembro de 2012 verificou-se uma distribuição igual entre as duas moedas e em agosto de 2013, a situação inverteu-se com os depósitos em moeda nacional a representarem 53% do total de depósitos de clientes”, lê-se no relatório.
De entre os bancos que colaboraram com a Deloitte neste estudo, o Banco Espírito Santo de Angola (BESA), com 27,2%, lidera a tabela do crédito liquido a clientes, figurando em segundo e terceiro lugares o Banco de Poupança e Crédito (BPC) e o Banco Angolano de Investimento (BAI), estes dois últimos de capital integralmente angolano, com 22,8 e 10,8%, respectivamente.
“A análise às demonstrações financeiras dos bancos mostrou a evolução negativa de alguns indicadores da actividade bancária, o que coloca novos desafios à gestão da receita e do risco”, lê-se no documento.
Na apresentação deste estudo, o governador do Banco Nacional de Angola, José Lima Massano referiu que o sistema financeiro angolano “não está imune” aos efeitos da previsível descontinuidade dos apoios que a Reserva Federal norte-americana tem prestado aos agentes económicos.
“Encontramo-nos novamente num momento de incertezas face ao desenvolvimento futuro da economia mundial. Apesar dos sinais de recuperação das economias mais avançadas, intensificam-se os receios sobre os efeitos da previsível descontinuidade de políticas monetárias não convencionais sobre as menos industrializadas”, afirmou o governador.
O responsável referia-se ao fim das ajudas à economia através de empréstimos com juros significativamente abaixo das taxas de mercado, que o banco central norte-americano vai, mais cedo ou mais tarde, implementar.
A economia angolana, afirmou, “não registou de modo directo fluxos financeiros extraordinários resultantes dessas intervenções monetárias, mas nem por isso está imune a uma alteração de regras que venham agravar o custo do capital, dado que a diversificação das fontes de financiamento dos programas de investimentos públicos recomenda a manutenção da opção de ida aos mercados financeiros internacionais”, disse.
Lima Massano mostrou-se confiante que, “a nível interno, as reformas estruturais em curso, incluindo as de natureza fiscal, monetária, cambial e de regulamentação financeira, concorrem para uma maior resiliência da economia” angolana e que, por isso, “o quadro actual de estabilidade macroeconómica deve propiciar um crescimento mais acentuado do sector privado não mineral, a criação de postos de trabalho e a melhoria dos padrões de vida no país”.
Massano Lima aproveitou para fazer “um breve reparo” aos bancos e defendeu que “um atendimento célere, eficiente e que vá ao encontro das expectativas dos clientes, seus parceiros de negócio, vai continuar a passar por mais organização, rigor e gestão da própria qualidade, e deve constar como ponto prioritário da agenda dos gestores bancários”.

BRAÍLIA: STF determina extradição de ex-premiê das ilhas Turks e Caiocos

STF determina extradição de ex-premiê das ilhas Turks e Caicos


TSF BRASÍLIA
Fonte: SEVERINO MOTTA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

A segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a extradição do ex-premiê das ilhas Turks e Caicos, Michael Misick. Ele é acusado pelo governo do Reino Unido --do qual as ilhas fazem parte-- de corrupção e formação de quadrilha.
Misick está no Brasil desde setembro do ano passado. Ele chegou a ser preso em dezembro de 2012 e solto em fevereiro deste ano. O relator do pedido de extradição, ministro Ricardo Lewandowski, no entanto, determinou novamente sua prisão em abril por entender que ele poderia fugir.
De acordo com a acusação do Reino Unido, Misick teria cobrado propina de construtoras que atuam no setor hoteleiro da ilha, que tem no turismo uma de suas principais atividades.
No processo de extradição, o advogado de Misick, Luiz Eduardo Greenhalgh, alegou que seu cliente era vítima de perseguição política por defender a independência das Ilhas do domínio britânico.
Os ministros do STF, no entanto, entenderam que Misick cometeu crimes comuns e condicionou a extradição à aplicação de uma pena que não supere 30 anos de prisão efetiva, uma vez que esse é o maior tempo que um brasileiro pode passar na cadeia.

LUANDA: Tribunal constitucional angolano "TC" impede por decreto parlamento eleito de fiscalizar o governo derigido pelo ditador angolano

Tribunal impede parlamento de fiscalizar governo angolano

Oposição acusa o tribujnal de "atropelar" democracia e de se vergar à vontade do executivo
Palacio Justiça em Luanda (Angola)
Palacio Justiça em Luanda (Angola                                                                                                                     TAMANHO DAS LETRAS
 
Manuel José
Divulgação: Radz Balumuka
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A oposição parlamentar angolana reagiu com surpresa e criticas á decisão do Tribunal Constitucional de inviabilizar a fiscalização sobre os actos do executivo por parte dos deputados - considera a oposição angolana.

Segundo o acórdão do Tribunal Constitucional as normas e leis do regimento orgânico de Maio deste ano que permitem a fiscalização dos actos do governo são inconstitucionais.

Isso só pode ser feito mediante uma solicitação das comissões especializadas da assembleia nacional, ao presidente da Assembleia e este por sua vez solicitar ao titular do poder executivo, cabendo a este orientar ou não os seus auxiliares a irem prestar esclarecimentos ao parlamento angolano, disse o tribunal

A constitucionalista e deputada pela UNITA, Mihaela Webba, pensa que o Tribunal Constitucional atropelou os preceitos democráticos.

"O Tribunal Constitucional prestou um mau serviço a democracia a nação e ao poder judicial," disse Webba para quem o tribunal  fez uma interpretação literal do artigo 162 e não respeitou o espírito da constituição.

"O TC veio mais uma vez mostrar a subordinação do poder judicial as exigências do poder executivo," acrescentou.

Como argumento a constitucionalista socorre-se ao modelo norte-americano.

"Na constituição americana em lado nenhum prevê que os secretários de Obama possam ser interpelados ou questionados pelo congresso mas nos Estados Unidos ninguém põe em causa a atitude do congresso seja no senado, seja na câmara dos representantes a chamarem os secretários do estado de Obama e eles vão ao congresso prestar contas," disse

O acórdão do TC na óptica do chefe da bancada parlamentar da UNITA, Raul Danda, confirma que o país não vai longe em termos de justiça.

"Com esta justiça nós não vamos a lado nenhum," disse Danda para quem a necessidade de fiscalização é óbvia pelo facto das contas e relatórios omitirem muitos dados importantes.

"Recebemos uma conta geral do estado que não contempla o relatório das principais empresas estratégicas do pais como a Sonangol que maneja muito dinheiro do povo, o relatório dos diamantes não constam, o dinheiro da EPAL e EDEL vão aonde?,” interrogou Kangamba.

“Os dinheiros dos serviços de apoio do presidente da republica, não sabemos qual é a parte de Bento Kangamba para ir jogar batota lá fora ou ir comprar mulheres no Brasil," acrescentou Danda.

O líder da bancada da CASA-CE, André de Carvalho Miau, também pensa que o Tribunal Constitucional foi infeliz.

"Não pensamos que tenha sido muito feliz este acórdão do TC que atrasa mais a democracia angolana e cria uma situação de falta de controlo sobre o executivo," disse.

LUANDA: Revolta numa prisão da capital de Angola

Revolta numa prisão em Luanda


TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte VOA - Coque Mukuta
Divulgação: Radz Balumuka
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BISSAU. Presidente Guineense Nhamadjo está em consultas politílicas para marcar eleições

Guiné-Bissau. Presidente Nhamadjo está em consultas políticas para marcar as eleições

Depois de garantias de financiamentos de parceiros internacionais, presidente Serifo Nhamadjo procura consensos políticos antes de anunciar ainda esta semana a nova data para as eleições.
Presidente Serifo Nhamadjo presidente interino da Guiné-Bissau
Presidente Serifo Nhamadjo presidente interino da Guiné-Bissau                                                                        TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: VOA
Divulgação: www.planaltodemalnjeriocapopa.blogspot.com 
O presidente do governo de transição da Guiné-Bissau deverá anunciar ainda esta semana, uma nova data para as eleições, no final de uma série de contactos políticos.

Manuel Serifo Nhamadjo reuniu-se hoje com o Conselho de Estado, amanhã preside o encontro com o governo e na Quinta-feira ouve os partidos políticos.

Em entrevista a Voz da América, o ministro do Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, e porta-voz do governo, Fernando Vaz, diz que o governo com base nas promessas de alguns doadores, já tem de um fundo de mais de 20 milhões de dólares previstos para organizar as eleições.

Os expdientes do presidente guineense, tiveram o início ontem com um encontro com o primeiro-ministro e o presidente da comissão eleitoral.

Na cimeira da CEDEAO, na semana passada em Dakar, o presidente Serifo Nhamadjo fora incumbido pelos seus pares africanos de iniciar consultas políticas internas com vista a marcar uma nova data para eleições.

LUANDA: Angola é a potência africana em segunda mão

Angola: A Potência Militar em Segunda Mão
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
 29 de Outubro, 2013
Angola tornou-se, recentemente, no principal comprador de armamento russo em África. Apesar do seu arsenal bélico, as FAA continuam depauperadas, com falta crónica de bens básicos na maioria das unidades do exército nacional. Os contratos militares com a Rússia estão avaliados em um bilião de dólares. 


Segundo o jornal Vedomosti, os contratos incluem o fornecimento de 18 aviões caça Sukhoi-30, assim como helicópteros de transporte Mi-17, armamento ligeiro, munições, tanques, peças de artilharia e a construção de uma fábrica de armamento em Angola.

“Os caça Su-30 serão a base do poder de combate da Força Aérea Angolana”, indica o jornal.

Mas os aviões contemplados no contrato são caças fabricados na década de 1990, entregues à Força Aérea Indiana enquanto aguardava o fabrico dos modelos mais avançados Su-30MKI. As aeronaves foram devolvidas à Rússia em 2007 e têm, desde então, estado confinadas numa fábrica de reparação na Bielorrússia. Inicialmente, a Rosoboronexport, empresa responsável pelas exportações de equipamentos militares russos, propôs a compra dos mesmos aviões ao Sudão e ao Vietname, que não se mostraram interessados.

A compra dos caças em segunda mão, inoperantes há vários anos, levou vários críticos a questionar as vantagens do negócio para Angola. “O governo russo e os seus líderes estão sempre dispostos a despachar os seus equipamentos obsoletos para África e, de forma surpreendente, o governo angolano aceitou este negócio”, disse Shaabani Nzori, um analista político em Moscovo.

O Estado da Força Aérea

Numa breve investigação, Maka Angola apurou que o estado actual da Força Aérea Nacional FANA requer, antes, intervenções básicas e estruturais para resgatá-la da disfuncionalidade em que se encontra.

Em Janeiro passado, o helicóptero MI-25-35 que deveria participar no desfile do 37º aniversário da FANA, teve uma avaria ao levantar voo. A aeronave encontrava-se avariada há cerca de quatro anos e foi reparada em menos de 48 horas apenas para a comemoração do dia 21 de Janeiro, data da fundação da Força Aérea. O alto comando da FANA colocou, desse modo, em risco a vida da tripulação de forma irresponsável.

Grande parte dos acidentes com aviões e helicópteros da FANA, conforme investigações internas, têm invariavelmente como causa o estado obsoleto das aeronaves, assim como a falta de manutenção.

Em Fevereiro passado, a única viatura de transporte de oxigénio do Regimento Aéreo de caça-bombardeiros na Catumbela, em Benguela, avariou. Sem oxigênio para os caças, a base não pôde realizar voos de rotina durante algum tempo.

Todavia, o governo comprou agora mais 18 de caça-bombardeiros quando tem manifestado falta de vontade em ter duas viaturas de abastecimento de oxigênio para manter a operacionalidade dos voos na sua principal base aérea militar.

Além disso, a compra de equipamento obsoleto para a FANA, envolvendo armamento russo, tem sido um processo recorrente.

Em 2012, durante um julgamento em Londres sobre negociatas com diamantes em Angola, o traficante de armas Arkady Gaydamak, revelou como vendeu vários helicópteros em estado de sucata a Angola, no valor de US $70 milhões.

“Eu estava para desembaraçar-me deles como sucata, mas uns meses depois o Falcone disse-me que tinha conseguido um novo cliente em Angola, como resultado do seu encontro com o filho do antigo Presidente Mitterrand”.

Gaydamak explicou também que entregou os helicópteros a crédito. “Depois deste presente, o acesso ao presidente passou a ser bastante fácil tanto para mim como para o Falcone”, disse o traficante de armas.

A relação privilegiada da dupla Gaydamak-Falcone com o presidente José Eduardo dos Santos resultou no famoso escândalo Angolagate que, durante anos, esteve sob alçada da justiça francesa.

Mais Dinheiro para o Vácuo

Como tem sido norma, a maior fatia do Orçamento Geral do Estado continua a ser atribuída ao Ministério da Defesa, incluindo o de 2013. Os contratos agora assinados representam cerca de 16.5 porcento do orçamento para a defesa, que tem um valor total de US $ 5.7 mil milhões.

Apesar de Angola ter o terceiro maior orçamento, em África, para a defesa, a situação real das FAA é alarmante.

Maka Angola tem conhecimento sobre os constantes apelos que chegam ao presidente José Eduardo dos Santos sobre questões básicas como a falta crónica de bens alimentares, uniformes, botas e capas de chuva para as tropas, um pouco por todo o país.

O estado deplorável da maioria das unidades militares, com condições sub-humanas de alojamento, em contraste com o enriquecimento e a luxúria aviltante de um grupo restrito de generais, também tem chegado aos ouvidos do presidente.

Até ao momento, o governo angolano não se pronunciou a sobre as notícias dos acordos militares com a Rússia. Membros do MPLA, citados pela Voz da América, dizem não ter qualquer conhecimento sobre os contratos.