sexta-feira, 17 de maio de 2013

LUANDA: Morte a espreita: O jovem politico Mfuka Muzemba corre perigo, o deputado afirma que tem sido vigiado por pessoas ligadas ao regime , pelo que sabemos o regime pode sim atropelas as regras do jogo democrático e assassinar o jovem dirigente politico do maior partido da oposição, e presidente da juventude do partido UNITA a JURA.


Deputado teme pela sua vida

Indivíduos que vigiavam a sua casa tinham "ligações com a polícia" - Mfuka Muzemba
Vigiado - Mfuka Muzemba
Vigiado - Mfuka Muzemba

TAMANHO DAS LETRAS
 
Coque Mukuta
Reedição: Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
Dois indivíduos detidos brevemente quando vigiavam a casa do deputado da UNITA Mfuka Muzemba, tinham ligações à polícia, disse á voz da América aquele parlamentar.

Mfuka Muzemba disse temer pela sua vida depois dos dois homens terem sido detidos quando a vigiar e a fazer perguntas aos vizinhos sobre a sua residência no bairro do Palanca

O deputado disse que vizinhos o tinham inicialmente  informado de movimentações estranhas por parte de indivíduos não identificados

“Procuravam saber quantos quartos tem a minha casa, se eu tenho cão, com quem vivo, a que horas é que eu saio e a que horas é que eu entro,” disse o deputado que acrescentou que os homens queriam também saber  quantos carros possui tendo sido vistos ainda “a fazerem fotografias” á sua casa.

Muzemba disse ter informado a polícia do ocorrido.

Esta Sexta-feira, foi reconhecido pela vizinhança um dos supostos malfeitores e os elementos da segurança daquele deputado conseguiram encaminha-lo à Divisão Municipal do Kilamba Kiaxi

Segundo uma fonte policial a corporação está a investigar, mas a Voz da América sabe que os supostos malfeitores já se encontram e liberdade.

Mfuka Muzemba acredita mesmo que os indivíduos estão próximas da policia Nacional.

Muzemba disse que os indivíduos não eram jovens sendo “pessoas assim de 50 anos” e que tinham ligações com a policia.

Os telemóveis que eles tiveram oportunidade de ver depois de apreender o individuo indicaram que telefonemas estavam a ser feitos para o numero que era identificado como “comandante da policia”.

Tentamos sem sucesso ouvir o Gabinete de Comunicação e Imagem da Polícia Nacional em Luanda mas sem sucesso
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LISBOA: Novo capitulo da historia angola referente ao aludido golpe de estado protagonizado pelo então ministro da administração interna de Angola Nito Alves.


27 DE MAIO DE 1977 
O 27 DE MAIO DE 1977 APANHOU MOSCOVO DE SURPRESA
O autor do novo livro "'Golpe Nito Alves' e Outros Momentos da História de Angola Vistos do Kremlin" diz ter novas informações sobre os meandros do alegado golpe de Estado contra Agostinho Neto e o que se passou depois.

José Milhazes é o autor do novo livro "'Golpe Nito Alves' e Outros Momentos da História de Angola Vistos do Kremlin". A publicação, de 219 páginas, foi apresentada esta quarta-feira (15.05.) na livraria Alêtheia, em Lisboa.
Capa do novo livro de José Milhazes

No livro, o jornalista e historiador português, a viver há mais de 30 anos na Rússia, recorre a documentos inéditos tornados públicos pelos arquivos soviéticos. Milhazes faz novas revelações sobre os momentos mais importantes da história de Angola no pós-25 de Abril de 1974 e aborda ainda como a ex-União Soviética os acompanhou e neles interveio.

Um destes momentos, marcantes na história recente daquele país africano, é o chamado “golpe” de Nito Alves, ocorrido em Angola a 27 de maio de 1977.

"O 'golpe' é apenas um dos capítulos do livro", explica José Milhazes. "Há numerosas revelações, não só em relação ao complexo problema que foi o 27 de maio, mas também noutras áreas. O livro tem, por exemplo, um capítulo dedicado às relações entre Agostinho Neto e os dirigentes soviéticos, que nem sempre foram pacíficas. E muitas das vezes foram até bastante complicadas, porque os soviéticos nem sempre confiavam nos líderes africanos."

27 de maio foi surpresa para soviéticos


José Milhazes explica no prefácio que tentou perceber como, em pouco mais de um ano, Nito Alves, então ministro do Interior, passou de representante do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no XXV congresso do Partido Comunista soviético a “fraccionista” e “agente do imperialismo" em maio de 1977.

O autor não obriga o leitor a chegar à sua conclusão, mas diz que "há uma coisa que parece ser evidente e que fica provado neste livro. Os soviéticos não estavam à espera do 'golpe' de Nito Alves."
Segundo José Milhazes, Agostinho Neto poderá ter provocado golpe como pretexto para silenciar a oposição

"Golpe" como pretexto?


No título do livro, José Milhazes escreve "golpe" entre aspas porque, provavelmente, este não se tratou de um golpe, diz. Esta poderá ter sido "uma ação provocada por Agostinho Neto, Lúcio Lara e outros dirigentes do MPLA para terem um motivo para lançarem um purga dentro do próprio partido e acabar de uma vez por todas com a oposição."

Neste que é considerado um dos episódios mais negros da história angolana ainda envolto em grande mistério, são citados por exemplo os nomes de Sita Valles e José Van-Dúnem, que viriam a ser fuzilados entre os milhares de vítimas.

"Por que razão é que José Eduardo dos Santos escapou?"


Ao longo do livro, José Milhazes dedica também um capítulo à presença de militares e conselheiros soviéticos em Angola, às dificuldades que encontraram no terreno e ao reconhecimento de que conheciam muito mal África e Angola em particular.

José Milhazes faz também referência a memórias de militares e de agentes dos serviços secretos soviéticos e realça a visão do Kremlin sobre o processo de conversações de paz. "Os soviéticos tinham muito receio que a qualquer momento a direção angolana mudasse de posição ideológica, como depois até acabou por acontecer", conta.


Ainda sobre o 27 de maio de 1977, o historiador admite que o atual Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, não estava alheio aos acontecimentos daquele período.

"Naquela altura, ele já ocupava cargos importantes", lembra Milhazes. A pesquisa do autor também levantou questões: "Os próprios soviéticos constatam que houve uma perseguição muito forte a militantes do MPLA que estudaram na União Soviética, de que Agostinho Neto tinha uma desconfiança muito grande. E não se sabe bem por que razão José Eduardo dos Santos escapou à purga. Esse é um dos episódios que seria interessante aprofundar no futuro."

O livro não responde em definitivo a todas as interrogações à volta do 27 de maio. Daí que José Milhazes deseja que estes escritos possam chegar a Angola e sejam úteis aos historiadores e angolanos interessados em aprofundar o estudo sobre estes acontecimentos.

"Acho que este tipo de livros deve contribuir inclusivamente para que a história de Angola seja mais clara. Isso também permitirá um melhoramento das relações entre Angola e Portugal, por exemplo."








Fonte : DW.DE
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