segunda-feira, 8 de setembro de 2014

MAPUTO: Analistas dizem que só diplomatas estrangeiros poderiam facilitar o regresso de Dhlakama

Analistas dizem que só diplomatas estrangeiros poderiam facilitar o regresso de Dhlakama

Afonso Dhlakama chegou quinta-feira, dia 4, a Maputo, acompanhado por cinco embaixadores.
 Armando Guebuza e Afonso Dhlakama
Armando Guebuza e Afonso DhlakamaFonte: VOADivulgação: Planalto De Malanje Rio CVapôpa08.09.2014
Analistas moçambicanos disseram à VOA que só o envolvimento de chancelarias ocidentais no regresso a Maputo do líder da Renamo é que podia dar garantias a Afonso Dhlakama de que a sua vida não estaria em perigo.
Diplomatas europeus facilitaram regresso de Dhlakama, dizem analistas

Afonso Dhlakama chegou ontem, 4, a Maputo acompanhado por cinco embaixadores, traduzindo a ideia de que nos processos políticos africanos, só as chancelarias, sobretudo ocidentais, é que dão alguma dose de segurança aos protagonistas políticos.
O engenheiro e analista político moçambicano Luis Loforte diz que Afonso Dhlakama tinha medo de regressar sozinho a Maputo. "Sozinho é que não podia vir, nem sozinho, nem com mediadores moçambicanos, porque ele não confia, e só o envolvimento de chancelarias é que poderia dar-lhe algum conforto, alguma dose de confiança", considerou.
Há quem diga que ao exigir o envolvimento de embaixadores estrangeiros, Dhlakama pretendia evidenciar-se ainda mais. Luis Loforte diz que sim, mas que o primordial é a segurança.
Na sua opinião, pode haver, da parte do Governo e da Renamo, vontade de resolver, definitivamente, a crise político-militar, mas era fundamental que as partes cedessem, e muito, sublinhando que o primeiro sinal de que haverá vontade para que a paz seja definitiva não passa apenas por conversar ou por assinar documentos que levem à cessação das hostilidades.
Para o analista, a paz deve acontecer todos os dias, com sinais vindos de ambos os lados e sem qualquer espectáculo. "Na minha opinião, a paz em Moçambique só vai acontecer quando todos sentirem que têm oportunidade de usufruir do bem nacional, e enquanto isso não acontecer, sempre é um potencial em crescendo para um novo conflito", destacou Luis Loforte.
O sociólogo João Colaço considera, por seu lado,que o envolvimento de actores externos visa dar maior confiança ao líder da Renamo.
"Nós não conseguimos, infelizmente, ao longo dos 20 anos duma relativa paz e estabilidade, construir a tal confiança, e quer-me parecer que a confiança, mesmo para esta tensão político-militar, ainda necessita de actores externos", concluiu o académico.

LUANDA: Policia diz, Matei porque me mandaram matar Alves Kamulingue

Agente da DNIC conta em tribunal como executou Alvés Kamulingue


Fonte: A Capital
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa 
“Matei porque me mandaram matar”
Aquele que se esperava um julgamento dos acusados de matarem dois activistas políticos assumiu contornos cinematográficos com as revelações feitas na passada segunda-feira, 01 de Setembro, primeiro dia de audiências. Revelou-se, por exemplo, os meandros de uma alegada conspiração em que agentes internacionais apoiam os jovens do Movimento Revolucionário Angolano, conhecido por organizar as manifestações tidas, pelos organismos do Estado, como acções de subversão.

Duas revelações importantes, nesse sentido, foram feitas por alguns dos réus, todos eles, digamos, “operativos” donos de uma rica folha de serviços “especiais” prestados aos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado (Sinse), alguns deles, e à Direcção Nacional de Investigação Criminal, outros. Mas a primeira surpresa surgiu mesmo quando o advogado de um dos réus, no caso Vieira Lopes, revelou que Alves Kamulingue, habitualmente apodado como activista político com simpatias para com a oposição, era afinal um agente do Estado infiltrado nos ditos movimentos subversivos.

O causídico Benja Satula, que defende o réu Vieira Lopes, antigo delegado do Sinse na província de Luanda, usou esta informação quando respondia às acusações formuladas contra o seu constituinte de que tinha sido ele a mandar matar os réus Alves Cassule e Isaías Kamulingiui. Ele explicou que Vieira Lopes, a data dos factos chefe dos Serviços na província de Luanda, não poderia ter ordenado a morte do cidadão, uma vez que, como agente, estava infiltrado entre os manifestantes.

“Não tinha motivos para matá-lo”, destacou o advogado, transmitindo, para o tribunal, tudo quanto lhe tinha sido passado pelo seu cliente. Este que, segundo contou Satula, foi notificado que sob o punho de um agente infiltrado no seio dos “subversores” havia chegado uma carta ao Governo Provincial de Luanda, solicitando autorização para a realização de uma manifestação. Vieira Lopes, ao corrente da informação, tratou de a repassar para o comandante provincial em exercício Dias do Nascimento, solicitando que o agente em causa fosse capturado e entregue às autoridades competentes. Segundo foi dito em tribunal, foi com espanto quer sou, mais tarde, que o agente tinha sido morto por um outro agente, réu neste mesmo processo, afecto aos serviços de investigação da Polícia Nacional.

Ancorado nesta argumentação, Vieira Lopes procurou deixar claro que jamais orientou quem quer que fosse a fazer a execução de que é acusado de ser o mandante, agora em tribunal. Uma negação, entretanto, contrariada por outros réus no processo. Os advogados de dois réus afectos à polícia de investigação criminal acusaram directamente Vieira Lopes, como sendo de quem partiu a ordem para a execução de Kamulingui. E o móbil do crime foi ainda mais revelador. Mostrou contornos de uma conspiração que suporta, na verdade, os movimentos “revolucionários que por aqui pululam”. Falou-se de uma cidadã estrangeira, identificada como Elisabeth Ramler, que veio noutras vestes que, na verdade, desenvolvia trabalhos de espionagem. Era ela, afinal, uma especialista em promoção de manifestações, estando envolvida na chamada “primavera árabe”. Uma vez em Angola, manteve contacto com vários jovens dos movimentos “subversivos”, entre os quais figurava Alves Kamulingui.

Essas mesmas alegações contra Vieira Lopes foram reforçadas por Manuel Miranda, ele que, na altura dos factos, chefiava o departamento de investigação criminal da divisão policial das Ingombotas. Disse ter recebido como missão a detenção de um indivíduo que manteve uma reunião, no Hotel Skyna, em Luanda, com uma agente da CIA e que se dirigia para o Largo da Independência ao encontro dos seus colegas dos movimentos de manifestantes. A ordem é que fosse detido, antes de chegar à praça da independência.

O dia de todas as revelações
Entre uma e outra revelação, o julgamento dos acusados da morte de Alves Kamulingui e Isaías Cassule, duas figuras, até então vistas como meros activistas políticos, seguiu escaldante desde o primeiro dia. A sessão inaugural aconteceu na segunda-feira, com a presença de pelo menos sete dos 10 réus arrolados. Três dos acusados não compareceram, dois por estarem em parte incerta, havendo, ainda, um terceiro que faleceu durante a instrução do processo. Este é Pedro Veloso Gabriel Antunes, enquanto os ausentes são Benilson pereira, 28 anos, e Edvaldo Santos, 25 anos, cujo paradeiro ainda é desconhecido.

Na segunda-feira, a sala estava cheia, com uma assistência devidamente composta de familiares, das vítimas e dos réus, jornalistas, além de outras tantas pessoas que para lá foram atraídas dada a mediatização que o caso mereceu. No dia de todas as surpresas, em que foram feitas revelações sobre o alegado verdadeiro papel de Alves Kamulingui, os advogados destes mostraram-se surpreendidos. Exigiram a apresentação de provas documentais de que a vítima em questão pertencia, com efeito, ao aparelho de segurança do Estado. Sugeriu-se, mesmo, que no dia em que tal for feito, o julgamento decorra a portas fechadas, dada a sensibilidade da matéria em tratamento.

Matei porque me mandaram matar

Por via do julgamento, e pelo que foi determinado na instrução processual, já se sabe de quem foi a mão que disparou contra Alves Kamulingue. Porém, esta mesma mão, apesar de confessar a autoria do disparo, recusa ser o cérebro pensante da operação. Entre acusações e negações, ouviram-se os nomes de Francisco Tenda Daniel, mais conhecido como Kiko, um agente da Polícia de investigação criminal sobre o qual recai a acusação de ter morto a vítima. Mas, por outro lado, soaram os nomes de Paulo Mota, delegado adjunto do Sinse, e Vieira Lopes, em nome dos quais, alegadamente, se executou o cidadão.

Os detalhes da operação, cujo fim trágico motivou o julgamento, foram relatados na primeira pessoa por quem deu os primeiros passos.
No dia da ocorrência, segundo relatou, estava em casa de repouso quando recebeu um telefonema do seu chefe, Manuel Miranda, convocando-o para uma missão que não especificou. Do Cassenda, onde residia, rumou para as Ingombotas, onde o chefe o aguardava ao volante de uma viatura de marca Chevrolet Spark, cor azul, com a chapa de matricula LD-22-12-VY. Nas imediações do Hotel Skyna, ele e mais dois colegas, portanto Luís Miranda e Dorivaldo dos Santos, interceptaram a vítima que seguia já em direcção ao largo da independência.

Foi Kiko que desceu da viatura e convidou Alves Kamulingui a entrar nela, alegadamente sem fazer uso de qualquer elemento de pressão. Kamulingui no interior, ele ligou chefe Manuel Miranda que o orientou a levá-lo para o norte de Luanda, pelo que este rumou com o malogrado até ao Instituto de Ciências Policiais Osvaldo Serra Van-Dúnem. Minutos depois, o seu chefe, Manuel Miranda, e o delegado adjunto do Sinse, Augusto Mota, foram ao seu encontro para confirmar se o cidadão na viatura era, de facto, Alves Kamulingui. E era-o, de facto. Daí, o grupo, já sem esses dois elementos, rumou para a zona dos Ramiros, no quilómetro 42, um bairro conhecido como Buraco.

Kiko contou que se comunicava sempre com o seu chefe pelo telefone, e que esse seguia-o numa outra viatura acompanhado de Augusto Mota. Uma vez no Buraco,mandaram Kamulingui sair da viatura, mas antes amarram-no, mãos, pés e o joelho, até receberem a ordem de execução.

Foi aqui que Kiko contou como se pôs fim à vida de Kamuligui: “O senhor Mota disse-me três vezes para disparar, mas recusei. Só o fiz quando o meu chefe disse-me para o fazer, porque era uma orientação superior”, recordou Kiko, aludindo ao momento em que fez o disparo mortal contra aquele indefeso homem. Questionado pelo tribunal sobre a região do corpo em que ele foi atingido, ele disse que fez o disparo sem olhar para a vítima. E sobre a reacção de de Kamulingui, explicou: “ele (Kamulingui), gritou: aí minha mãe! A seguir caiu”.

Na terça-feira, 02, foi a vez de ser ouvido pelo tribunal Manuel Miranda, na altura dos factos chefe do departamento de investigação criminal da Ingombota. Disse que no dia dos factos recebeu, por voltas das 15 horas, o telefonema do seu director, Amaro Neto, orientando-o a criar uma equipa e contactar o delegado do SINSE em Luanda para auxilia-lo numa missão, todavia não especificada.

Segundo Manuel Miranda, Amaro Neto, também deu-lhe o contacto do delegado do SINSE, no caso, Vieira Lopes para então com este acertar o auxilio que lhe devia prestar. Dito e feito, ligou para Vieira Lopes e combinaram encontrar-se junto a pastelaria Nilo, na Maianga. Quando lá chegou, parou o seu automóvel por detrás da viatura de Vieira Lopes e ligou para este a visa-lo. Em resposta, disse-lhe que o seu adjunto iria ao seu encontro e daria todas as orientações sobre a referida missão. “O Mota desceu da viatura do senhor Vieira Lopes e subiu para a minha”, frisou.

Soube, então, que a missão era deter Alves Kamulingui, agente dos Serviços, que acabara de manter um encontro com uma operacional da CIA que deixara instruções para serem passadas para os manifestantes no largo da independência. Interrogado sobre se a missão era deter, qual a razão de o terem morto, respondeu que quem ordenou foi, de facto, foi o responsável do Sinse. “O senhor Mota foi quem mandou disparar”, disse, reiterando que as alegações de Kiko, seu subordinado, como tendo recusado a ordem, mas que a executou dada a insistência de que eram as orientações superiores do senhor Vieira Lopes”.

Interrogado sobre a reação de Kamulingui perante aquele ambiente, disse que a vítima esteve sempre tranquila e que quando viu o delegado do Sinse perguntou-lhe “chefe o que se passa, estás a fazer isso comigo porquê”, recordou.

Ao saber da informação de que Kamulingui era supostamente efectivo do Sinse, Manuel Miranda mostrou-se estupefacto, dizendo-se usado. “Eles usaram-nos, fizeram-nos de cobaia para fazer isso com o homem deles, enganando-nos que a missão era deter alguém que cometeu um crime contra a segurança do Estado, afinal era colegas deles”.
De seguida, o réu questionou-se: “assim então é como?”, ao que o juiz Carlos Baltazar retorquiu: “quem deve perguntar se é como, sou eu”.

Cassule morreu asfixiado

As revelações continuam na próxima semana com a audição dos restantes réus, devendo o julgamento dedicar-se a esclarecer as circunstâncias da morte de Isaías Cassule. Este, apresentado de facto como activista político, desapareceu no mesmo dia da morte de Alves Kamulingui. Conta-se, a seu respeito, nos autos que foi igualmente raptado por elementos do Sinse no município do Cazenga, tendo sido amarrado e atirado ao porta malas de uma viatura com um saco plástico a cobrir-lhe o rosto. Uma vez no destino final, no município de Cacuaco, eles aperceberam-se que a vítima não mais se movia. Os raptores abriram a porta mala e viram que tinha morrido asfixiado, e defecado nas calças, pelo procuraram desfazer-se do corpo, lançando-o ao rido Dande. Até hoje, os dois cadáveres, de Alves Kamulingui e de Isaías Kassule, não foram identificados.

Um general no banco dos réus

O julgamento dos acusados da morte de Alves Kamulingui e Isaías Cassule deve retomar na próxima segunda-feira, 08, mas terá, como ponto prévio, a decisão sobre a competência ou não do tribunal para julgar um dos réus, no caso Vieira Lopes, que foi recentemente promovido ao grau militar de general. Por isso, a sua defesa alega que ele deve ser julgado em tribunal competente.
Mariano Brás

LUANDA: General Dino abre novos escritórios em Luanda para lavar a má imagem dos negócios surrateiros que derige em nome do ditador José eduardo dos Santose

General Dino abre novos escritórios em Luanda

    general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, agora dedicado ao mundo empresarial,  está em vias de abrir um novo escritório em Luanda, para onde porá a funcionar a Cochan, o grupo  financeiro que passou a gerir desde que deixou o gabinete das telecomunicações da Presidência da República.
Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
O futuro  escritório da Cochan, situa-se ao lado do Cine Tropical, num prédio recém construído e geralmente conotado aos interesses empresariais  de Fernando da Piedade dias dos Santos “Nandó”.
Apesar de Leopoldino do Nascimento ter um gabinete,  no 25o  andar do edifício China International Fund, em Luanda,  a Cochan foi sempre vista em meios empresariais contraproducentes ao regime como uma empresa  que  opera em  Angola  de forma subtil  mas  com Registro  no exterior, na Singapura.  De acordo com pesquisas a referida empresa foi registada em Angola em Maio de 2009. (Diário da República IIIª Série N.º 83) 
Em Angola, a  Cochan tem participações na Biocom, Unitel, DT- Grupo, Puma Energy e (Pumangola). Há sensivelmente duas semanas, foi nomeado um novo administrador executivo, Mário Lourenço  que de acordo com previsões deverá ser o  principal rosto da empresa, em fóruns empresariais e financeiros. 

BRASÍLIA: escândalo na Petrobras agita cenário politico eleitoral no Brasil

Escândalo na Petrobras agita cenário eleitoral

Fonte: MSN Informação/Planalto De Malanje Rio Capôpa

Delator do escândalo da Petrobras Paulo Roberto Costa (na foto)

Escândalo na Petrobras agita cenário eleitoral a um mês do 1º turno


Supostas denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal estremeceram o cenário eleitoral, a pouco menos de um mês para o primeiro turno das eleições .
De acordo com uma reportagem publicada no sábado pela revista Veja, Costa teria citado mais de 30 nomes, entre deputados, senadores, governadores e ministros, como beneficiários de um esquema de propina envolvendo contratos da estatal.
A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o possível esquema. Os nomes, segundo a revista, teriam sido mencionados por Costa à Polícia Federal durante 40 horas de depoimento, como parte do acordo de delação premiada que o ex-diretor fez com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.
A operação Lava Jato foi deflagrada em março com a prisão do doleiro Alberto Yousseff, acusado de liderar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
'Homem-bomba'
Ex-diretor de abastecimento e refino da Petrobras entre 2004 e 2012, Costa é suspeito de intermediar negócios entre a estatal e fornecedores, e distribuir propina a políticos.
Ele foi preso em 20 de março deste ano por tentar ocultar provas de esquema de lavagem de dinheiro e solto cerca de um mês depois. Em junho, voltou à prisão e aceitou acordo de delação premiada.
Segundo a Veja, Costa teria afirmado à Polícia Federal que os políticos citados por ele ficariam com uma comissão de 3% sobre o valor de contratos firmados pela Petrobras.
Ainda de acordo com a reportagem, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras teria admitido pela primeira vez que empreiteiras envolvidas em contrato com a estatal eram obrigadas a contribuir para um caixa paralelo.
A reportagem da revista também faz menção à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, contra a qual pesam denúncias de superfaturamento. Segundo a publicação, Costa disse que a aquisição da planta teria servido para abastecer o caixa de partidos e como propina para os envolvidos no esquema.
Reações
O conteúdo da publicação gerou reações em todo o espectro político, inclusive dos presidenciáveis.
Neste domingo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, minimizou o impacto das denúncias feitas por Costa, chamando-as de "boataria".
"Acho que estão tentando usar essa delação premiada, ou melhor, a notícia parcial de vazamento não confiável, para tentar, um pouco no desespero, mudar o rumo da campanha", afirmou Carvalho, que não figura na suposta lista de políticos relatada por Costa.
"Não posso tomar como denúncia contra a base aliada uma boataria de um vazamento, de um procedimento que eu não sei qual é".
"Vazamento é sempre condenável; pode ser usada por um advogado de um réu para prejudicar outro...", acrescentou.
Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, afirmou que as denúncias vão ser investigadas. "O inquérito corre em sigilo por isso não é possível fazer nenhuma valoração a respeito".
Confira abaixo as reações dos principais candidatos à Presidência à reportagem da revista Veja sobre as supostas denúncias de Paulo Roberto Costa.
Dilma Rousseff: "[Uma reportagem] não lança suspeita nenhuma sobre o governo, na medida em que ninguém do governo foi oficialmente acusado". "Ao ter os dados eu tomarei todas as providências cabíveis, tomarei todas as medidas, inclusive, se tiver que tomar medidas mais fortes".
Aécio Neves: "Não dá para a presidente Dilma dizer que não sabia o que vinha acontecendo. A marca mais perversa do governo do PT é o aparelhamento do Estado. Eles têm um plano para se perpetuar no poder, causando situações como esta da Petrobras. Os cargos de direção precisam ser ocupados por pessoas sem ligação com partidos políticos e não por pessoas que negociem, troquem favores".
Marina Silva: "O PT e o PSDB estão juntos numa campanha desleal, que afronta a inteligência da sociedade brasileira fazendo todo o tipo de difamação, calúnias, desconstrução do nosso projeto político e da minha pessoa, enquanto o que estamos fazendo é discutindo e dialogando". "Nós queremos as investigações. Não queremos que prevaleça a estratégia leviana que já se faça associação inclusive (com integrantes do partido dela, PSB) esquecendo a grande quantidade de envolvidos que estão por aí vivos e muito aptos a continuar diminuindo o patrimônio público."
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