sábado, 15 de agosto de 2015

LUANDA: Bajulação excessiva desacredita ministros do regime - Raul Diniz

BAJULAÇÃO EXCESSIVA DESACREDITA MINISTROS DO REGIME
O discurso do ministro Bornito de Sousa da semana passada, e o desta semana do ministro da defesa João Lourenço, reflete claramente a falta de liberdade e de clareza politica de ambos.

A CORRUPÇÃO CENTRADA NA CIDADE ALTA ENGOLIU A DEMOCRACIA E AFUNILOU GRAVEMENTE A CREDIBILIDADE D MENTOR DO REGIME.
Fonte: Club-k.net/Raul Diniz
Resultado de imagem para joão lourenço angola fotografiasA falta de pragmatismo seriedade, verdade e credibilidade hermenêutica crítica dos repetitivos discursos da maioria dos dirigentes políticos do MPLA, demonstra enfaticamente a inexistência notável a de liberdade politica dos mesmos.
Os discursos resumem-se apenas em exaltar José Eduardo dos Santos, são discursos vazios e despidos de qualquer objetividade real, nunca retratam com autenticidade as dificuldades do país, e muito menos citam o estado debilitado de degradação lastimável em que a sociedade se encontra. Tudo o que eles fazem simplesmente apologia enaltecedora da figura do chefe do partido e do regime José Eduardo dos Santos, nada mais do que isso.
 Os sucessivos discursos desnutridos de conteúdo reformador de elementos ligados à superestrutura do MPLA e do regime tem provocado na sociedade angolana reações de rejeição e repudiam a sistemática intolerância repressiva do presidente da republica. Essa é a verdade incontornável observada inegavelmente em todos os escalões do tecido nacional da sociedade angolana.
TENHO PLENA CERTEZA QUE JES É TOTAL E COMPLETAMENTE HUMANO O QUE QUER DIZER QUE TEM FRAQUEZAS E FRAGILIDADES, QUE O FAZ TÃO MORTAL COMO QUALQUER OUTRO SER HUMANO.
Não se percebe o real motivo que leva os políticos do MPLA endeusam o presidente da república com tanta excentricidade e bajulação à mistura é de realçar-se, que o presidente da república, mesmo sabendo não poder resistir à força do tempo, JES sabe que o tempo não perdoa, a morte faz parte da vida por isso vivemos e morremos. Se JES tentar vencer a morte, ainda assim a força impiedosa da morte o derrotará.  O país não pode continuar refém da vontade expressa de José Eduardo dos Santos para sempre.
É incrível que o MPLA comandado há 36 anos, pelo presidente da república Dos santos, não se tenha humanizado, antes pelo contrario, transformou-se perigosamente num partido estado autocrático, o MPLA implantou no país um regime predador com uma sagacidade assassina descomunal. O presidente da republica sequestrou o país em proveito próprio e acha-se senhor acima da lei e da constituição.
SOMENTE O BUREAU POLITICO DO COMITÉ CENTRAL DO ATUAL MPLA NÃO PERCEBEU OU NÃO QUER PERCEBER, QUE JES É DE FACTO UM TIRANO E REPRESENTA LADO SINISTRO MAIS OBSCURO DA HISTORIA DISTORCIDA DA ANGOLA CONTEMPORÂNEA.
João Lourenço e Bornito Diogo devem viver num outro país que não o angolano, João Lourenço afirma que o presidente da republica uniu a nação essa afirmação é definitivamente pretensiosa, a qual nação se refere João Lourenço? Onde em que momento a viu surgir? A nação do MPLA? Seria verdade que o MPLA é uma nação unida?

Os encantadores de serpentes membros da direção do partido da situação, que são apologistas de ufanismos e das falsas ideologias têm promovido indecentemente o culto de personalidade em favor do presidente da república, na vã tentativa de enaltecer a imortalidade de José Eduardo dos Santos em desfavor das liberdades surripiadas pelo regime, não ajudam em nada os angolanos a transformar Angola num estado livre, de direito e democrático.
Pessoalmente não acredito em unanimismos nem em posicionamentos políticos, pensar que somente só o partido MPLA foi divinamente predestinado a ser poder em Angola é um erro demasiado grosseiro. Não aceitar a opinião de terceiros independentemente de concordar com elas é perturbador, inaceitável e totalmente impensável em democracia.
Angola não é nação nenhuma e nunca o será enquanto JES estiver na presidência da república, Angola é apenas politicamente um país com fronteiras definidas independente mais totalmente dependente e nada mais trata-se apenas de um é um país independente economicamente de países e dos favores  filantrópicos de organizações internacionais. Se a mentira política fosse crime em Angola, João Lourenço e seus pares a muito estariam a mofar na cadeia.
COMO PODE ANGOLA SER UMA NAÇÃO SE NEM TEMOS UM HINO E UMA BANDEIRA NACIONAL DOS QUAIS OS ANGOLANOS SE ORGULHEM?
Angola não tem sequer um hino nem uma bandeira nacional respeitável e consensual em que todos angolanos se revejam nelas! Angola nunca foi discutida entre os angolanos. O país é administrado por uma residual minoria incapaz, tenta afrente um presidente da república totalmente incompetente que não consegue ver além do seu umbigo.
Afirmar que o país foi ou está a ser competentemente governado é no mínimo olhar o país sem o ver, é vergonhoso que João Lourenço seja tão ambíguo nas suas avaliações politicas. João Lourenço e tão vulnerável ideologicamente, que causa pena coitadinho dele! 40 anos de poder absoluto do MPLA e o único ganho que o partido nos deu foi um presidente corrupto, nepotista e assassino.
QUANTO A BORNITO DE SOUSA, ESTE POLÍTICO NÃO FICA LONGE DAS DEBILITANTES QUALIFICAÇÕES DE JOÃO LOURENÇO, ALIAS AMBOS SÃO PROVENIENTES DA MESMA ESCOLA DE COMISSÁRIOS POLÍTICOS MARXISTAS LENINISTAS DAS FAPLA.
Na verdade essa corja comissários políticos nas FAPLA não passavam de informadores da direção de Informação e Segurança de Angola “DISA” policia política do regime antes do 27 de Mio de 1977 altura em que o MPLA dilacerou o país todo com assassinatos de bravos combatentes pela liberdade e da independência nacional.
Bornito Diogo afirmou jocosamente no seu discurso, que falar mal do presidente e afirmar não existir liberdade de expressão seria injuriar o presidente da república vitalício de Angola. Isso é uma vergonha, Bornito Diogo excedeu-se demasiado, falar assim é insultar a honestidade intelectual dos angolanos, e, sobretudo olhar a sociedade de uma maneira permissivamente primitiva.
Sinceramente nunca ouvi tanta tolice saída da boca de uma boca só. Camarada Bornito Diogo, bajulação tem limite, quando é demasiado o povo percebe! Ainda que sarcasticamente, seria muito melhor mais civilizado, que ministro pedisse publicamente perdão ao país pelas surras que a policia nacional deu as mamas dos jovens presos políticos,
José Eduardo dos Santos devia pessoalmente pedir perdão ao povo pelas constantes perseguições, torturaras, prisões injustas e assassinatos decorrentes dos seus 36 anos de reinado absoluto, por outro lado deveria igualmente pedir perdão por roubar e permitir a delapidação do erário público por esses anos todos.  As ofensas á que se referiram os dois ministros nos seus despropositados discursos, não chegam perto do sofrimento que o regime inflige ao martirizado povo indefeso.

Raul Diniz

LUANDA: Resposta ao artigo musculado de João Melo

RESPOSTA AO ARTIGO MUSCULADO DE JOÃO MELO

O politico do MPLA João Melo em artigo publicado no jornal novo pretendeu diligentemente estigmatizar pretensamente a luta travada pela da sociedade angolana contra o regime monolítico de José Eduardo dos Santos.
"XÊ JOÃO MELO NÃO FALA SÓ POLÍTICA "A TÓA”
Fonte: Club-k.net
Resultado de imagem para joão melo escritor angolanoÉ triste perceber-se que um escritor angolano feito deputado do MPLA, apesar de ter sido subjetivamente ter sido eleito perante a constituição atípica de JES, ele é considerado legalmente deputado, e por isso tornou-se automaticamente empregado povo e não de JES.
O ARTIGO VISOU AGRAVAR INFINDAMENTE A SITUAÇÃO DOS JOVENS ATIVISTAS ENCARCERADOS SEM ACUSAÇÃO NEM CULPA DELITUOSA FORMADA.

 O povo não entende a razão que leva João Melo a apoiar tão levianamente as atrocidades impostas violentamente contra o soberano pelo braço armado do partido que sustenta o regime sanguinário de Dos Santos. Essa situação que os angolanos em maioria vivem, demonstra claramente o principio do fim do regime anacrônico que vive atualmente com prazo de validade esgotado.
JOÃO MELO NÃO COMPREENDE O POSICIONAMENTO POLITICO OUSADO DOS JOVENS REVOLUCIONÁRIOS PRESOS, PORQUE DE FACTO NÃO ENTENDE E JAMAIS ACEITARA O DISCURSO DE LIBERDADE DEMOCRÁTICA OVACIONADO EM TODA ESCALA DA SOCIEDADE ANGOLANA.
 O grande objetivo de João Melo foi tentar introduzir no xadrez político nacional o fenômeno camaleônico, que giza-se neutralizar o clamor social desfavorável a José Eduardo dos Santos e ao seu partido, que infelizmente para os angolanos vem sustentando irresponsavelmente a gama de violência que grassa em toda a extensão do território nacional. Na verdade João Melo visava colocar em pratica uma sórdida manobra conspirativa publicitaria favorável ao governo, debalde.
OS ANGOLANOS DESEJAM QUE O MPLA DE JOÃO MELO, JES E COMPANHIA DEIXEM DE VENDER FANTASIAS ILUSÓRIAS INCONSISTENTES AO POVO DE SI JÁ BASTANTE SOFRIDO.
João Melo sabe bem que a pratica negativa ativada insistentemente pelo MPLA partido estado é deplorativa e inviável para estagnar a violência, miséria, fome e a intolerável falta de liberdade, em nada ajudará a convivência viável e pacifica entre todos angolanos. É sobejamente reconhecido que no país as incertezas de estabilidade política, econômica, financeira e social são muito menores que as certezas avultadas do surgimento inesperado de um colapso implosivo no país.
O MODELO DOS ÓRGÃOS DE INFORMAÇÃO DO ESTADO ESTÁ A MUITO ESGOTADO!
O modelo empregado nos órgãos de comunicação social controlados pelo estado angolano está esgotado e endemicamente enfermo, e gravita em torno de uma mediática informação obsoleta que inviabiliza o crescimento construtivo da consciência democrática do cidadão.
Essa situação obstaculiza com ênfase o grande objetivo da nossa luta cívica e atrasa de sobremaneira a necessária maturidade politica do cidadão e inviabiliza o surgimento provisional, que ajude a surgir em Angola uma nova ordem politica, onde os povos que compõem o tecido nacional da nossa angolanidade convivam democraticamente livres entre si.
 O TOTALITARISMO PRATICADO PELO REGIME DO MPLA NÃO TEM VEZ EM ANGOLA, POR ISSO TERÁ DE SER URGENTEMENTE DESARREIGADO.
João Melo não esqueça que o nosso partido, o MPLA está ilogicamente pendurado no poder a 40 anos, esse situação descaracteriza substancialmente os fundamentos que regem politicamente a componente democrática da à alternância do poder descrito na assombrosa constituição atípica imposta aos angolanos.
 Por outro lado existe a maioria do povo vive momentos aterrorizantes de angustia e medo do futuro obscuro que o aguarda, o povo tem a certeza que a gerencia governativa versus governo é extremamente incompetente e é conduzido por um velhote fracassado que insiste em permanecer por tempo indeterminado no poder. O país vivencia igualmente uma situação econômica gravíssima que a torna presa fácil para outras ditaduras repelentes com a da China, Cuba e Rússia.
O MPLA DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS MENTEM COMPULSIVAMENTE AO PA´PIS AO LONGO DE 36 ANOS
 O jornalista João Melo sabe que ao longo de toda a existência do MPLA, tanto no tempo do regime de partido único e mesmo depois de 1991, jamais cumpriu qualquer das metas defendidas nos inúmeros programas quinquenais descritos nos então congressos e prescritos no programa maior do MPLA. E como todos sabem o MPLA não cumpriu igualmente nenhuma promessa eleitoral defendida ao longo dos três atos eleitorais realizados em Angola! Essa situação anômala terá sido por culpa do povo e/ou da oposição?
EM MINHA OPINIÃO DIRIA AO CAMARADA JOÃO MELO QUE SIGA O CONSELHO DO NOSSO GRANDE COMPOSITOR VALDEMAR BASTOS, ONDE NOS ENSINA A SERMOS PRUDENTES QUANDO ABRIRMOS A BOCA PARA FALAR POLÍTICA: (XÊ MENINO NÃO FALA POLITICA).
O camarada João Melo tem consciência que o atual momento seria o de a nossa geração e porque não toda militância aceitarmos publicamente os nossos fracassos e os nossos erros para melhorar a imagem do partido. Pessoalmente entendo que o país e o povo estão acima de qualquer partido e muito acima do ditador infame José Eduardo dos Santos. Pode crer meu camarada, o país na sua maioria não se revê há bastante tempo nas inquietudes reprováveis do presidente vitalício de Angola e muito menos na direção atual do MPLA.
Pessoalmente não me surpreendi nada com o artigo musculado escrito pelo mestre do disfarce jornalístico, não se pode colher ervilhas em feijoeiros, ou seja, quando o João Melo pretende trazer a publico situações anômalas que fervilham em torno dos setores que gerenciam a vida politica do país, elas não podem passar despercebidas.
JOÃO MELO FALHA QUANDO TENTA CONFUNDIR DEMOCRATAS COMO BARACK OBAMA, PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS, E DAVID CAMERON, PRIMEIRO MINISTRO BRITÂNICO COM JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS UM DITADOR SANGUINÁRIO MENTIROSO!
Em Angola um cidadão fora do circulo do MPLA nunca elevaria a voz para destilar ameaças gratuitas pró-terrorismo e/ou de guerra civil notória. Nenhum dos jovens presos políticos em seu perfeito juízo faria discursos ilustrativos com conteúdo bélico contra o regime ditatorial de Dos Santos, só mesmo numa mente torpe essa situação é sustentável academicamente. A pergunta que não quer calar é: A quem o escritor João Melo estaria a tentar enganar?
A QUEM O ESCRITOR JOÃO MELO TERIA A PRETENSÃO DE CONFUNDIR COM ESSAS AFIRMAÇÕES GRATUITAMENTE LEVIANAS?
 Todos sabem que os Estados Unidos e o Reino Unido são democracias consolidadas e claramente representativas, Já o regime construído pelo Confúcio pretensioso Dos Santos, não passa de um sistema aparelhado com alegorias de partido único e/ou de partido estado militarizado, onde um só homem é o garante da estabilidade de paz que se deteriora a cada vez mais e mais.
ONDE O JOÃO MELO FOI BUSCAR ESSA IDEIA DE CONFUNDIR OS JOVENS PRESOS POLÍTICOS COM A JIHAD ISLÂMICA?
Somos nós os autores das reivindicações no interior do nosso partido o MPLA que somos os maus da fita, ou são os mentores regime vigente os verdadeiros mutiladores do sistema informação produzidos pelos órgãos de comunicação do estado?
E já agora gostaríamos de saber quem são os perturbadores da ordem publica, nós os defensores dos jovens presos políticos ou os promotores do terrorismo de estado desenvolvido pelo poder corrupto sustentado pelo partido MPLA?
Sabemos que João Melo é um exímio defensor do regime cleptocratico, ainda assim é pesado demais confundir o Brian Dutcher e muito menos os maléficos jovens ”jihadistas” britânicos com os nossos jovens ativistas políticos presos pelo regime, pois fazer tais comparações é no mínimo colocar no mesmo pedestal o azeite e a água e exigir que se misturem.
 Os revolucionários lutam contra a ditadura corrupta e assassina com palavras e atos inofensivos, a exemplo eles realizam apenas manifestações sempre abortadas violentamente pela soldadesca de JES, também os jovens revolucionários nunca tiveram a pretensão de implantar em Angola a “Ísis” ou estado Islâmico. Estamos falados ou quer ouvir mais!
NÃO QUEIRA VENDER AO ANGOLANO GATO COM O RABO DE FORA POR LEBRE RECHEADA COM BATAS.
O dr João Melo antigo estudante de direito deve saber onde reside o problema institucional que entrava a democratização do país, mas se não sabe ou não quer saber ou talvez não deseje sequer aceitar, que o país tem dono e o dono não é o soberano e sim o rei sol e sua família isso são outros quinhentos.
Mas a verdade é que em Angola não somos todos iguais perante a lei e a constituição, acredito que o JM concorde com isso. Assim sendo, onde e em que momento os jovens presos políticos assassinaram cidadãos por desavenças politicas?
Qual é a razão que leva o escritor JM querer colocar sobre os ombros dos jovens detidos a responsabilidade da falência do regime que religiosamente defende? Já agora que diga João Melo, quem são aqui os jihadistas ou terroristas inusitadamente citados, nós os defensores do estado de direito democrático, que pelejamos pelos direitos e liberdades democráticas no país, ou são aqueles que calaram politicamente o jornalista Ricardo Melo?
EM DEMOCRACIA OS HIPÓCRITAS IRRESPONSÁVEIS E POLITICAMENTE CORRETOS NEM MESMO INTOLERANTES NUNCA FORAM OS JOVENS DETIDOS PELA DITADURA.
O povo sabe e tem consciência que temos lutado desarmados contra o regime mais letal de toda África militarizada. O povo sabe igualmente que não foram os jovens revolucionários quem orquestrou premeditadamente os assassinatos de dos ativistas políticos Cassule e Kamulingue.
Não fomos nós nem os jovens revolucionários quem fuzilou friamente e por razões analogamente politicas, o jovem engenheiro Ganga militante da CASA-CE. Camarada João Melo cuidado e controle os seus impulsos, entre nós meu camarada não existe cobardes, os cobardes encontram-se encafuados na cidade alta,
Tenho cuidado com o que fala e, sobretudo com o que escreve, saiba que é incontornável que lá na frente, num futuro muito breve, a sua liberdade terminará e começará onde o nosso tempo de liberdade e respeito pela vida humana. Os criminosos carrascos do povo, corruptos e assassinos não terão vez na sociedade futura onde imperará o respeito pela vida.
Acredito que não seja necessário convencer nenhum angolano para fazê-los crer que os jovens presos políticos são defensores das liberdades democráticas em Angola, pois esses jovens não são gente acuada e medrosa para fugir as responsabilidades que lhes cabem perante o povo e o país, muito menos eles precisam provar nada a justiça controlada pelo MPLA e muito menos ao detrator da verdade João Melo.
Para se entender melhor as atoardas escritas pela pena de João melo basta atender as divergentes nuances onde o escriba propõe que o regime e os jovens presos têm os mesmo beneficio da presunção da inocência! Isso quer dizer que ambas as partes podem oportunamente reivindicar a culpa ou inocência da prova de quem acusou! E essa hein.
CAMARADA JOÃO MELO O ÔNUS DA PROVA CABE AO REGIME APRESENTAR E NÃO AOS JOVENS REVOLUCIONÁRIOS.
Não é legitimo nem coerente o jornalista João Melo pretensiosamente vir aqui dar o dito pelo não dito, não vai ser fácil o regime descalçar essa bota, pois, desta vez o assunto de acusação de golpe de estado não é entre o Kopelipa/ Zé Maria contra Fernando Miala. Desta vez a coisa vai ficar ainda mais feia por mexerem nos nossos filhos e netos.
 Desta vez somos nós a sociedade angolana contra o regime e o MPLA de José Eduardo dos Santos. João Melo não tem capacidade de desfazer o que foi constitucionalmente mal cozinhado pelos seus companheiros de regime.
 Termino aludindo à debilitada clarividência do escritor João Melo para que faça um exame de consciência antes de fazer o haraquiri politico, a maioria esmagadora do povo não deseja embarcar com José Eduardo dos Santos na sua ultima viagem rumo à profundidade do desconhecido inferno, local que ele voluntariamente escolheu para sua morada.
 Qualquer pessoa perceberia que a única coisa a fazer é a de fazer a lição de casa, é a de sermos humildes e pedirmos perdão pelo mal que fizemos continuadamente ao povo e ao país. Sabemos e temos a certeza absoluta que no passado todos da nossa geração erramos feio na administração politica e da coisa pública.
SÓ RESTA A MINHA NOSSA GERAÇÃO QUE COMANDOU A GUERRA E O MPLA PEDIR PERDÃO AO POVO.
Não podemos esquecer que a nossa geração que gerenciou desde o principio a guerra imposta aos angolanos foi um erro crasso, falhamos todos com o povo, como tal apenas nos resta fazer a meia culpa e pedir perdão de cabeça erguida ao povo. Devemos reconhecer o nosso falhanço e mudar de vida. A oportunidade de mudança existe, e, só não muda quem não quer. Insistir no erro é no mínimo prestar um mau serviço ao país e ao povo soberano.
Não posso deixar de enfatizar a cobardia de alguns angolanos que desejam a todo custo deixar repousar sobre os ombros dos jovens presos políticos a responsabilidade do estado lastimável em que o país se encontra.
 É TEMPO DE MUDAR DE POSIÇÃO E COMEÇAR A RESPEITAR E PROTEGER O DIREITO A VIDA DA PESSOA HUMANA, SOBRETUDO DAQUELES QUE DISCORDAM E SE POSICIONA CONTRÁRIOS AS POSIÇÕES DEFENDIDAS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
 É preciso não confundir as coisas e abrirmos todos bem os olhos para barrar os arautos defensores da miséria humana como João Melo, que tentam baixar a nossa autoestima, os arrogantes membros do MPLA/JES são autênticos predadores que ofendem sistemicamente a nossa honestidade intelectual.
 Naturalmente a maioria dos cidadãos sabe que os ativistas políticos detidos na capital, são os únicos que deverão gozar do princípio da presunção de inocência e não o regime e os ativistas como defendeu incoerentemente o Jornalista do regime João Melo.
Quanto aos tribunais angolanos somente o João Melo e o regime confia neles. No meu entender o camarada João Melo deveria abrir urgentemente os olhos, mas, que os abra bem, e comece definitivamente a ver com olhos de ver, Só desta maneira verá a desumanidade que grassa em toda extensão do país.

Raul Diniz 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

LISBOA: Opinião de Ana Gomes: Angola a desconseguir

Opinião de Ana Gomes: Angola a 'desconseguir'


Lisboa - No átrio do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, na Cidade Alta, ministro e eu somos rodeados por jornalistas. "Porque diz não haver respeito pela liberdade de imprensa?". "Porque até eu já fui ontem alvo de manipulação do que vos digo, nos órgãos públicos. E hoje deve ser o mesmo com esta conversa". Acenam cabeças, sorrindo. Já ouvira relatos de brutais intimidações a jornalistas que não logram o prestígio internacional que, apesar de tudo, protege o corajoso e recém-condenado Rafael Marques. Como o assalto à casa e roubo do computador de Mário Paiva, do semanário Agora, horas depois de me ter entrevistado...
Fonte: Visao
Antes, na audiência com o ministro Rui Mangueira (companheiro de lides diplomáticas por Genebra e Londres) e seu estado maior, pude suscitar preocupações sobre a manifestação reprimida na véspera e a antidemocrática contramanifestação do MPLA, sobre os presos políticos "revús" (como chamam aos 15+1 jovens) e Marcos Mavungo em Cabinda, sobre o massacre no Huambo de homens, mulheres e crianças da seita de Kalupeteca.
O detalhe não dá consistência às explicações ministeriais: a tese dos "revús" não serem presos políticos apesar de acusados de "golpe de Estado" e de "atos preparatórios de subversão"... não lembra ao careca. E não justifica a desumanidade de os manter presos em isolamento há 40 dias, com acesso das famílias dificultado.
Mas o detalhe pode ser revelador: o governo queixa-se de especulação na imprensa privada e redes sociais sobre a recente visita presidencial à China, de facto alimentada pela conspícua falta de prestação de contas! Revelador também que Presidente e seu círculo familiar venham sempre à baila (não trazidos por mim) ao falar-se de radicalização dos jovens e de corrupção no Estado.Evoquei tempos de juventude, na luta contra o regime colonial-fascista, em que muitos também éramos acusados de "subversivos" e os independentistas angolanos de "terroristas". Percebi que chocava: é o meu termo de comparação e devia ser o dos ministros do MPLA, em vez do despudor em fazerem a apologia da "apropriação primitiva de capital" pela elite no poder!
Quando vim de Luanda em setembro de 2003 e propus ao PS apoiar a entrada do MPLA na Internacional Socialista (novembro 2003), não ouvi as vozes toscas que me acusam agora de "ingerência", de "instigar a violência". E que agitam o papão do "regresso à guerra" para deslegitimar a oposição e qualquer crítica. Mas são os comportamentos ostentatórios, corruptos e repressores de quem devia dar o exemplo, no MPLA e no Estado, que atiçam o desafio e estilhaçam o progresso que a paz permitiu.
Os "revús" ganharam peso no imaginário angolano, encarnam o sentimento dos mais atingidos pela crise. Segundo o Relatório Económico Angola 2014, do CEIC da Universidade Católica de Luanda, as receitas do petróleo, entre 2003 e 2013, ascenderam a 467 mil milhões de dólares. E o investimento público (93 mil milhões de dólares entre 2002 e 2014) não produziu "os efeitos económicos que verbas desta ordem de grandeza deviam induzir", já que a opção essencial "foi no sentido da criação de uma elite económico-financeira muito rica". País e população "não têm condições para absorver os efeitos do atual choque externo", mais desigualdade e empobrecimento esperam as famílias de rendimento médio e os pobres.
A prodigiosa baía de Luanda está a emagrecer com absurdos aterros numa margem e noutra, para engordar quem constrói água adentro. A bolha cresce: florescem torres nas encostas, à noite apagadas, vazias.
A nova Assembleia Nacional, faraónica, vazia continua: a manutenção custa milhões. Cuba ameaça retirar médicos por falta de pagamento. Empresários queixam-se de não ser pagos e nada conseguir transferir, por penúria de divisas nos bancos. Mas na rua há e rendem o dobro. A cleptocracia segue desbragada. Cada vez mais enredando também a "lavandaria Portugal".
"Precisamos de emigrantes com competências para produzir, não de investidores com um milhão adiantado pela banca para a clique torrar biliões", diz-me velho amigo que acredita na regeneração que virá do MPLA.Falei com todos os quadrantes, incluindo os líderes dos partidos da oposição e a Igreja. Impressionou-me que tantos angolanos já não calem, nem se deixem intimidar. Como os ativistas da AJPD - Associação Justiça, Paz e Democracia - que me convidaram e ficaram à espera ...da "fatura".
A situação parece sob controlo mas pode destrambelhar. A lei da vida torna a sucessão presidencial incontornável. Teme-se turbulência vendo as saídas bloqueadas.Angola tem tudo para dar certo. Se está a "desconseguir" não é por golpe de Estado dos "revús", mas por golpe do baú de quem manda no MPLA.