quarta-feira, 23 de outubro de 2013

LISBOA: A verdade sobre o que Angola quer

A verdade sobre o que Angola quer

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Presidente AngolanoPresidente AngolanoDivulgação: www.plamaltodemalanjeriocapopa.blogspot.comTinha pensado em não escrever mais sobre esta telenovela entre Angola e Portugal. Mas a verdade é que o Jornal de Angola insiste em escrever e - raro privilégio - falar de mim. Um tal Álvaro Domingos, que escreveu domingo passado, acha que eu e o Daniel Oliveira fazemos parte de uma central qualquer que recebeu dinheiro da Unita.

Como sabe, quem costuma ler o Expresso, eu e o Daniel Oliveira somos de espetros políticos e ideológicos iguais e ambos fervorosos adeptos da UNITA, movimento que aliás tinha entre os seus quadros a única pessoa que me ameaçou diretamente de morte. Mas adiante...
Mais grave é o próprio editorial do Jornal dizer que "a cúpula portuguesa está a ser desleal em relação aos entendimentos que tem com Angola. A postura atual do Estado português representa uma verdadeira agressão a Angola". Mais grave porque nunca o diretor (ou alguém por ele) escreveria algo não devidamente sancionado; mas também porque - ao contrário do outro autor - José Ribeiro não é alguém que faça do insulto a arte de viver. Ao contrário do tal Álvaro Domingos, que me ataca a mim, ao Daniel e ao Expresso, devemos lê-lo com respeito.
Ora esta insistência de Angola só pode querer dizer uma coisa: que os angolanos querem o processo resolvido o mais depressa possível. E como seria estulto (e não próprio de alguém com dois dedos de testa) pensar que o arquivamento puro e simples, nestas circunstâncias, seria uma saída digna para o nosso Ministério Público, tal significa que querem rapidamente justificações, notificações, acusações.
E aqui está como me associo às pretensões angolanas. Venham as provas, o mais rápido possível. Separem os prevaricadores dos cidadãos honestos. Façam horas extra, ponham mais gente a trabalhar no processo, mas despachem-se.
Se para outra coisa não servir este desaguisado, que ao menos ajude a tornar a Justiça portuguesa mais rápida e ágil do que tem sido. Por que assim é, de facto, desesperante e já ninguém aguenta o tom de alguns escrevinhadores ao serviço do regime de Luanda, que ainda por cima parecem mais papistas do que o papa.
Por Henrique Monteiro
Expresso.sapo.pt

LISBOA: Ministra portuguesa da Justiça pede serenidade na relação com Angola. Será que a Ministra pederia a mesma contensão se apenas se trata-se de um simples cidadão angolano? Vá bugiar para outro aprisco ministra defensora da injustiça.

Ministra da Justiça pede “serenidade” na relação com Angola

  • Ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz
Ministra da Justiça Paula Teixeira da CruzDivulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.comPaula Teixeira da Cruz apelou hoje a todas as entidades para que exista uma “grande serenidade” na relação de Portugal com Angola.
Falando à saída da I Conferência Antena 1/Económico, onde discursou sobre Justiça, Paula Teixeira da Cruz não quis comentar as sucessivas violações do segredo de justiça nos processos que existem em Portugal sobre Angola e defendeu que é urgente "evitar o clima" de tensão entre os dois países e "tentar não incendiar".
Questionada sobre se as recentes declarações de responsáveis angolanos sobre Portugal não são uma pressão sobre o Ministério Público português, Paula Teixeira da Cruz não quis comentar, voltando a dizer que é preciso manter a serenidade.
A ministra lembrou os "demasiados laços" que existem entre os dois países e manifestou "preocupação" pelas quebras do segredo de justiça em relação às investigações que decorrem em Portugal sobre alguns membros da elite angolana.
LUSA

LUANDA: Jornal de Angola contesta alegado apoio da UNITA á investigação de Portugal

"Jornal de Angola" contesta alegado apoio da UNITA à investigação de Portugal

Editorial do Jornal de AngolaEditorial do Jornal de AngolaEditorial de hoje acusa o líder da oposição angolana de "ir mais longe" ainda do que Portugal. Samakuva defende que as investigações da PGR devem ir até ao fim.
O "Jornal de Angola" critica hoje a UNITA, o segundo maior partido no país, por ter manifestado apoio à investigação da Procuradoria-Geral da República portuguesa aos governantes angolanos.
Num editorial intitulado "Oposição e Agressão", o periódico condena as declarações ontem proferidas pelo líder da UNITA, Isaías Samakuva, sublinhando que só vêm agravar o conflito diplomático, que Portugal já percebeu que é grave e que não tem saída.
"Samakuva conseguiu ir mais longe do que a linguagem de agressão vinda Portugal. Quando toda a cúpula em Portugal já percebeu que está metida num beco sem saída na relação com Angola, por violar direitos de angolanos e por desrespeitar entendimentos de Estado, Samakuva vem lançar mais lenha para a fogueira, à maneira da Jamba", lê-se no editorial.
De acordo com o jornal, o líder da UNITA "ao furtar-se a condenar as violações do segredo de justiça em Portugal que atentam contra direitos de honrados cidadãos angolanos, demonstra uma absoluta falta de maturidade política e coloca a UNITA, mais uma vez, no lado errado da história."
O editorial defende também que a UNITA conseguiu mais deputados no Parlamento nas últimas eleições, mas que não soube tirar proveito dessa situação. "Em vez de fazer desse sucesso, humildemente, uma plataforma para ampliar a influência do partido, usa-o como arma de arremesso contra o seu próprio país, reproduzindo e aumentando a nódoa que é a atual agressão lançada pelos 'soaristas' e seu gangue, contra Angola", afirma.
O texto vai ainda mais longe e acusa a UNITA de ter origens totalitárias e criminosas.  "Opositores como Isaías Samakuva vêm de uma organização de raiz totalitária. Ele e praticamente todos os seus parceiros da direção da UNITA atiraram lenha para as fogueiras da Jamba onde foram assassinadas mulheres e crianças inocentes. As suas mãos estão manchadas com o sangue de civis inocentes", refere.
"Apesar da bestialidade dos crimes, foi possível, até agora, evitar que esses casos fossem levados a um Tribunal angolano ou a um Tribunal Internacional", conclui.
Expresso.sapo.pt

LISBOA: Ex embaixador diz que há mais países a investigar angolanos

Ex-embaixador diz que há mais países a investigar angolanos

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
  • O ex-embaixador angolano Adriano Parreira
 ex-embaixador angolano Adriano Parreira
Multimilionário russo Arkady Gaydamak instaurou um processo, no Reino Unido, contra o general angolano Manuel Hélder Vieira Dias, chefe da Casa Militar da Presidência da República
O ex-embaixador angolano Adriano Parreira considera que o anúncio feito esta terça-feira pela justiça angolana de processos contra portugueses revela «uma imaturidade total», justificada pelo «desconforto de uma pequeníssima minoria» no poder em Luanda.
Em entrevista ao semanário angolano O País, o procurador-geral de Angola disse que existem processos em curso contra portugueses, alguns de branqueamento de capitais, mas escusou-se a identificá-los, para «não pagar na mesma moeda e manter o anonimato».
Em declarações à Lusa, em Lisboa, antes do lançamento de dois livros de sua autoria, Adriano Parreira, conhecido crítico do regime de José Eduardo dos Santos, considerou o anúncio da justiça angolana «uma parvoíce» e «uma baixeza».
O ex-diplomata desvaloriza a tensão atual entre os dois países, considerando que «não tem pernas para correr muito», sublinhando que o «descontentamento» da elite «não reflete de maneira nenhuma as relações entre Angola e Portugal e muito menos entre o povo angolano e o povo português».
«Acredito que uma certa elite angolana não se sinta bem com o que se está a passar em Portugal», nomeadamente em termos judiciais, disse. «É um descontentamento de uma minoria, que quer (...) falar com voz do lobo e do dragão e incomodar todo o mundo, sem que, de facto, haja substância para isso», avaliou, acreditando que, «dentro de um mês toda a gente esqueceu isso, mesmo que os processos venham a avançar, porque vão ter de avançar».
A tensão diplomática entre Portugal e Angola levou já o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a anunciar a suspensão da parceria estratégica entre Luanda e Lisboa.
Poucos dias antes, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, tinha pedido a Luanda pelas investigações do Ministério Público português, declarações que provocaram polémica.
Desvalorizando o valor dos «investimentos feitos pelos chamados angolanos», que considera «muito pouco produtivos para aquilo de que Portugal verdadeiramente necessita», o ex-diplomata e professor de História recusa a ideia de que um abalo nas relações com Angola seja «uma questão de vida ou morte». Ao contrário, os investimentos angolanos em Portugal «têm contribuído para que as empresas sejam remodeladas» e para as «reviravoltas» que acontecem nas compras por capital estrangeiro, contrapõe.
O ex-embaixador recordou que o empresário e multimilionário russo Arkady Gaydamak instaurou um processo, no Reino Unido, contra o general angolano Manuel Hélder Vieira Dias, chefe da Casa Militar da Presidência da República, mais conhecido como «Kopelipa», acusando-o de intimidação, segundo o jornal The Guardian.
«Não é só em Portugal que o Ministério Público persegue esse tipo de indivíduos, mas também noutros países, nomeadamente parece que em Inglaterra e lá não vai haver grandes possibilidades de se ludibriar a opinião pública como aqui», antecipou.
«Desde que deixei de ser embaixador, tenho tido os maiores problemas do mundo, como todos os angolanos que, de certo modo, não estão em consonância com o clarinete da banda», comparou Adriano Parreira, assinalando «problemas de toda a espécie e feitio, desde ameaças (...) de morte, disto e daquilo, proibição de saída no aeroporto».
O ex-diplomata está em Portugal para lançar dois livros, «Diário de um Sargento - Memórias de Angola (1896-1898)» e «Dicionário de Etnologia Angolana», ambos editados pela Porto Editora.
LUSA

LUANDA: Oposição e agressão

Oposição e agressão

Fonte: qngola24horas.com
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
José Ribeiro director do Jornal de angolaJosé Ribeiro director do Jornal de angola
Os partidos políticos têm um papel fundamental no regime democrático. Isto é particularmente importante em Angola, onde a democracia sofreu um duro golpe quando, em 1992, a UNITA rejeitou os resultados eleitorais validados pela ONU e a Troika de Observadores, mergulhando o país numa guerra altamente destruidora.
Os partidos políticos têm um papel fundamental no regime democrático. Isto é particularmente importante em Angola, onde a democracia sofreu um duro golpe quando, em 1992, a UNITA rejeitou os resultados eleitorais validados pela ONU e a Troika de Observadores, mergulhando o país numa guerra altamente destruidora.
Valeu nessa altura a visão política do Presidente José Eduardo dos Santos, que soube conciliar medidas políticas, diplomáticas e militares para debelar a crise, mantendo ao mesmo tempo a democracia que acabava de entrar numa nova etapa. Para salvar o regime democrático, patrocinou um Governo de Unidade e Reconciliação Nacional, do qual faziam parte todos os partidos com representação parlamentar e criou todas as condições para que a Assembleia Nacional funcionasse sem problemas.
Ao mesmo tempo que os deputados da UNITA legislavam no Parlamento, as tropas do seu líder, Jonas Savimbi, ocupavam pela força das armas capitais provinciais, matavam populações civis indefesas, causavam o êxodo de milhões de angolanos. A democracia angolana cresceu durante décadas inteiras em clima de guerra e só a partir de 2002 teve ar puro para respirar. O povo angolano podia ter exigido, nessa altura, a capitulação do que restava da UNITA, mas não o fez. Os Tribunais tinham toda a legitimidade para julgar os graves crimes contra a Humanidade praticados pelos mais altos dirigentes da organização de Savimbi, mas não o fizeram.
Reflectindo a vontade do povo, o Governo dirigido pelo MPLA decidiu que a maior força da oposição não podia capitular ou assinar a rendição ante os generais vitoriosos das FAA. Se isso acontecesse, a oposição política e a democracia ficavam enfraquecidas. E aqui reside o problema da democracia em Angola. Opositores como Isaías Samakuva vêm de uma organização de raiz totalitária. Ele e praticamente todos os seus parceiros da direcção da UNITA atiraram lenha para as fogueiras da Jamba onde foram assassinadas mulheres e crianças inocentes. As suas mãos estão manchadas com o sangue de civis inocentes. Apesar da bestialidade dos crimes, foi possível, até agora, evitar que esses casos fossem levados a um Tribunal angolano ou a um Tribunal Internacional. Em nome da unidade e reconciliação nacional e da aprendizagem democrática, foi lançado um véu de esquecimento sobre esses crimes contra a Humanidade.
Como dizia Maître Beye, representante da ONU no início da guerra pós-eleitoral, o povo angolano fez muito bem ao poupar a direcção da UNITA. O problema é que os dirigentes que tomaram conta do partido, em vez de se demarcarem desse passado doloroso, apresentaram-se como maus políticos e como órfãos de Savimbi e seus seguidores. Fingem que as suas tropas não fizeram massacres em série, que não alugaram as suas mãos ao regime de “apartheid”, que não destruíram barragens e linhas de caminhos-de-ferro, que não roubaram diamantes (ninguém ainda sabe onde estão), que não violaram e mataram mulheres indefesas.
Os dirigentes da UNITA com visão e capacidade de análise já há muito abandonaram o partido. Os generais que compreenderam a monstruosidade em que Savimbi os meteu, hoje ocupam com dignidade altos cargos nas FAA e os militantes e dirigentes pacíficos e patriotas triunfaram na vida social e económica de Angola. São homens e mulheres respeitados.
A liderança da UNITA, nas últimas eleições, conseguiu mais deputados do que nas anteriores, numa progressão, com certeza. Mas devia saber que votos conseguidos com o populismo e a demagogia são como balões, rapidamente se esvaziam. Em vez de fazer desse sucesso, humildemente, uma plataforma para ampliar a influência do partido, usa-o como arma de arremesso contra o seu próprio país, reproduzindo e aumentando a nódoa que é a actual agressão lançada pelos “soaristas” e seu gangue, contra Angola.
A linha seguida hoje pelo “embaixador” Samakuva é uma má opção. Com ela, continua a mostrar que não quer saber do regime democrático para nada e que não tem o menor sentido de Estado. Chamar jornalistas para lhes soletrar todos os anos uma “réplica” institucional ao Discurso sobre o Estado da Nação, previsto na Constituição e no Regulamento do Parlamento, é uma atitude pouco democrática e um desafio ao poder da Assembleia Nacional. Pretender usar essa “réplica” para espalhar ao mundo que o Presidente da República comprou um arsenal de armas químicas para usar contra manifestantes, é muito perigoso.
Samakuva conseguiu ir mais longe do que a linguagem de agressão vinda Portugal. Quando toda a cúpula em Portugal já percebeu que está metida  num beco sem saída na relação com Angola, por violar direitos de angolanos e por desrespeitar entendimentos de Estado, Samakuva vem lançar mais lenha para a fogueira, à maneira da Jamba. Ao furtar-se a condenar as violações do Segredo de Justiça em Portugal que atentam contra direitos de honrados cidadãos angolanos, demonstra uma absoluta falta de maturidade política e coloca a UNITA, mais uma vez, no lado errado da História.
Jornal de Angola

CUANGO: Mais Um Garimpeiro Torturado no Cuango

Mais Um Garimpeiro Torturado no Cuango
por Maka Angola 
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
 22 de Outubro, 2013
Guardas da empresa privada de segurança Bicuar torturaram, a 17 de Outubro, o garimpeiro Roques David, depois de o terem aprisionado na área de Candaje, nas imediações da foz do rio Cuango.
 
Roques David foi obrigado a despir toda a roupa e em seguida torturado pelos guardas com golpes de pá em todo o corpo. O garimpeiro apresentava ferimentos na cabeça e na costas resultantes das agressões a que foi submetido.
 
Roques David foi detido por um grupo de quatro guardas da Bicuar quando se dirigia para a zona de garimpo de diamantes de Candaje em companhia de outros garimpeiros. Os homens preparavam o pequeno-almoço quando foram surpreendidos pelo grupo de guardas da Bicuar e puseram-se em fuga. Roques David tentou fugir correndo até a margem do rio Cuango mas foi detido pelos guardas.
 
Depois de torturado, o garimpeiro foi solto e foram-lhe devolvidos os materiais de garimpo, incluindo baldes e pás.
 
Um outro garimpeiro do mesmo grupo, Samassone Kamoyo, de 27 anos, ter-se-á atirado ao rio Cuango durante a fuga e continua desaparecido.
 
Roques David, de 35 anos, natural de Capenda Camulemba, é residente em Cafunfo.
 
Guardas da Bicuar, empresa ao serviço da Sociedade Mineira do Cuango, têm estado repetidamente envolvidos em vários actos de violência contra garimpeiros e aldeães na região de Cafunfo.
 
A Bicuar substituiu, desde Março de 2012, uma outra empresa – Teleservice – na prestação de serviços de segurança à Sociedade Mineira do Cuango, que explora diamantes na região. Segundo informações apuradas por Maka Angola, a Bicuar tem merecido a protecção directa do comandante provincial adjunto da Polícia Nacional na Lunda-Norte, José João, que regularmente se desloca às áreas de operação para cuidar dos interesses da referida empresa.
 
Várias denúncias têm sido feitas à impunidade dos gestores da Sociedade Mineira do Cuango, uma empresa de exploração de diamantes formada pela Endiama, a ITM-Mining e a Lumanhe. Esta última, que detém 21 porcento da sociedade, é conhecida como “a empresa dos generais”. Constam, entre os seus sócios, o chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”.
 
A região diamantífera das Lundas tem sido palco de sistemáticas violações de direitos humanos, incluindo dezenas de casos de tortura e assassinato, perpetrados por membros das Forças Armadas Angolanas e guardas de empresas privadas de segurança ao serviço das empresas diamantíferas, particularmente a Sociedade Mineira do Cuango.
 
RoquesDavid Mais Um Garimpeiro Torturado no Cuango
O garimpeiro Roques David, torturado por guardas da empresa privada de segurança Bicuar a 17 de Outubro.