quinta-feira, 15 de agosto de 2013

LUANDA: Mãos livres vai apresentar novas queixas de corrupção

Angola: Mãos Livres vai apresentar novas queixas de corrupção

Destacadas entidades do poder são alvo das queixas; Procuradoria não reagiu a acusações anteriores
David Mendes
David Mendes

TAMANHO DAS LETRAS
 
Manuel José

Em Abril deste ano a ONG Mãos livres apresentou a PGR, uma queixa-crime de corrupção, desvio e branqueamento de capitais contra individualidades próximas ao presidente da república mas até ao momento não obteve nenhuma resposta da PGR.

A procuradoria não deu até agora qualquer resposta

Essa queixa baseia-se num relatório da Mãos Livres, altas personalidades angolanas e estrangeiras envolveram-se em negócios fraudulentos da dívida de Angola à Rússia em 1996, com intermediários através da empresa Abalone Investments, do russo Arcadi Gaydamak e do franco angolano Pierre Falcone.

A dívida avaliada em 5 mil milhões de dólares, contraídas na compra de armamento para a guerra em Angola.

Constam dessa queixa crime da Mãos Livres, para além de Arcadi Gaydamak e Pierre Falcone outro russo Vitaly Malkin, e os colaboradores de José Eduardo dos Santos,  Elísio de Figueiredo, na altura embaixador angolano em França, Joaquim David director geral da Sonangol, José Paiva da Costa e Castro representante da Sonangol, nas negociações e José Leitão, antigo ministro do gabinete da presidência da república.

Apesar do silêncio da Procuradoria Geral, o advogado da Mãos Livres David Mendes garante que a luta vai continuar com a apresentação, para breve de mais uma queixa crime contra outros colaboradores do presidente angolano.

"Vamos continuar a trabalhar e dentro de mais algum tempo vamos apresentar uma nova queixa-crime contra outras pessoas que não constam do primeiro relatório, porque a nossa intenção é produzir mais três relatórios," disse David Mendes

David Mendes considera que o procurador-geral da república age com celeridade em casos de processos com pouca relevância como os que envolvem a sua própria pessoa e não investiga denúncias de crimes importantes contra o estado angolano como este.

O advogado diz que as provas que tem apresentado se não fossem autênticas a PGR poderia intentar uma acção contra os queixosos, alegando difamação e calunia
"Ninguém veio dizer até hoje que aquelas provas foram forjadas, que aqueles documentos nunca existiram, que aquelas transacções não aconteceram, se fossem falsas haveria uma campanha na imprensa contra os autores," disse.

Para o conhecido advogado “defensor dos pobres”, existe em Angola, uma subalternização das instituições a favor dos interesses de um partido, que chamou de partido estado.

"O estado tornou-se apêndice de um partido, há um partido-estado, o estado resume-se nos interesses deste partido não há nenhum interesse que este processo avance, era bom que o procurador se pronunciasse, no mínimo que mostrasse alguma isenção," disse.

Mendes considera que o silêncio da procuradoria não é o único aspecto que o preocupa.

Outra instituição do estado que se mostrou indiferente ao apelo da Mãos Livres é o parlamento.

"O mais grave é o silêncio da Assembleia Nacional, nós subscrevemos uma carta denúncia a Assembleia Nacional e até hoje não responde, é anormal," disse

LUANDA: Continua a controvérsia em redor do "Diálogo" da juventude com o ditador angolano Dos Santos.

Continua a controvérsia em redor do "diálogo juvenil" do presidente dos Santos

Líder juvenil da CASA CE diz que MPLA quer impôr as suas ideias; outros jovens querem pedido de desculpas
Rafael Aguiar
Rafael AguiarRadz Balumuka

TAMANHO DAS LETRAS
 
O ministério da juventude e desportos, convidou para esta sexta-feira, todos os jovens para mais um encontro ao abrigo do diálogo juvenil iniciado pelo presidente José Eduardo dos Santos.




Mas jovens presentes na última conferência realizada pelo Movimento dos Estudantes angolanos (MEA), afirmaram não comungarem com o “diálogo juvenil” que está a ser lavado a cabo pelo executivo angolano.

O jovem Adolfo Campos destacado nas manifestações de protesto contra Eduardo dos Santos afirma que sem um pedido de desculpa de José Eduardo dos Santos por ter chamado os jovens angolanos de frustrados o encontro não passará de mais uma de uma “fachada” contra os jovens angolanos.

“Se o presidente não pedir desculpas esse diálogo não vai passar de uma fachada” disse.

“Ele tem que nos pedir desculpas até porque sabemos que desde 75 que vem a mentir e nós já não acreditamos mais” acrescentou.

Entre os presentes no encontro com Eduardo dos Santos e que agora já não comungam com o modelo diálogo juvenil estão as lideranças da JURA, da Juventude do PRS e da CASA-CE.

Rafael Aguiar secretário da CASA-CE, reiterou ser que os jovens foram enganados pelo presidente José Eduardo dos Santos e que o chamado diálogo juvenil apenas serve para limpar a imagem dos membros do governo, imagem essa afectada por acusações de corrupção.

Aguiar afirmou também que o MPLA não tem vontade de conversar mas sim a procura de uma oportunidade de impor as suas ideias a juventude angolana.
“O MPLA não quer dialogar – procura sim uma oportunidade para impor as suas ideias” disse.

“Os diálogos juvenis estão a ser utilizados como água para limpar os rostos dos dirigentes que estão cheios de lama: lama da corrupção, lama da perseguição, lama de arrombo dos cofres, lama de não resolver o problema da juventude e lama de desviar o país,”acrescentou.

LISBOA: Dos Santos é o apelido certo para se fazer maracutaias e roubos ao erário publico Angolano sem ser responsabilizado a par dos negócios da corrupção nacional e internacional.

O apelido certo 
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com

O dono do conhecido restaurante e bar Miami Beach, em Luanda, Rui Barata, resolveu propor sociedade a Isabel dos Santos com o intuito de afastar os inspectores e fiscais governamentais que assediavam o local.
O resultado? "Dezasseis anos depois o restaurante ainda é um local badalado ao fim de semana", e a lição foi aprendida: é possível comprar a prosperidade, desde que se tenha o apelido certo.
Passado o episódio inicial, a revista dedica-se a explicar como é que Isabel dos Santos tem 24,5% da Endiama, a empresa concessionária da exploração mineira no norte do país, criada por decreto presidencial, e daí avançando para a criação da Ascorp, a empresa que resultou da parceria com israelitas para a venda de diamantes, mas que tinha, diz a Forbes citando documentos judiciais britânicos, na sombra, o negociante de armas Arkady Gaydamak, um antigo conselheiro do presidente angolano durante a guerra civil de 1992 a 2002.
O escrutínio internacional dedicado aos 'diamantes de sangue', explica a revista, aconteceu no mesmo período em que Isabel dos Santos transfere a sua parte do negócio, que a Forbes classifica como "um poço de dinheiro", para a mãe, uma cidadã britânica, através de uma empresa com sede em Gibraltar.
Além dos diamantes, também a posse de 25% da Unitel, a primeira operadora de telecomunicações privada em Angola, partiu de um decreto presidencial directamente para a filha mais velha. "Um porta-voz de Isabel dos Santos disse que ela contribuiu com capital pela sua parte da Unitel, mas não especificou a quantia; um ano depois, a Portugal Telecom pagou 12,6 milhões de dólares por outra fatia de 25%", escreve a revista.
A quota-parte de 25% da Unitel detida por Isabel dos Santos é avaliada por analistas que seguem a actividade da PT, e que foram ouvidos pela Forbes, em mil milhões de euros.
Para além da parceria com Américo Amorim, que abarca as áreas financeira, através do banco BIC, e petrolífera, através da Galp e da Sonangol, a revista lembra o investimento de 500 milhões na portuguesa ZON e explica também como Isabel dos Santos acabou por ficar à frente da cimenteira angolana Nova Cimangola.
O artigo termina citando o que foi escrito no estatal Jornal de Angola, em Janeiro, quando foi divulgada a lista dos bilionários da Forbes: "damos o nosso melhor por uma Angola sem pobreza, mas estamos deliciados pelo facto da empresária Isabel dos Santos se ter tornado uma referência no mundo da finança. Isto é bom para Angola e enche os angolanos de orgulho", cita a revista, concluindo, na última frase do artigo: "os angolanos deviam estar humilhados, não orgulhosos".

LISBOA: A ladra Isabel dos Santos filha do gatuno ditador fascista José Eduardo Dos Santos tenta a tirar areia para os olhos da comunidade internacional atenta aos seus desmandos nacionais e internacionais, tentando desmentir o obvio. Ela é sim corrupta e corruptível e não tem caráter nenhum e ainda cospe no prato que lhe deu de comer a ela e ao seu pai ditador e a sua mãe e marido ambos estrangeiros.

Isabel dos Santos desmente acusações de enriquecimento ilícito feitas pela Forbes


Económico com Lusa
15/08/13 
A empresária e filha do Presidente de Angola Isabel dos Santos respondeu às alegações de enriquecimento ilegítimo veiculadas pela revista norte-americana Forbes e acusou um dos co-autores do artigo, Rafael Marques, de activismo político.
"As alegações que um activista político angolano publica na revista Forbes sobre Isabel dos Santos são completamente falsas", afirmou à Forbes fonte oficial de Isabel dos Santos, num comunicado também enviado para a Agência Lusa.
Rafael Marques e uma jornalista da Forbes, Kerry A. Dolan, escreveram, num artigo disponibilizado no sítio da revista na Internet e que integra a edição em papel de 02 de Setembro, que "todos os grandes investimentos angolanos detidos por [Isabel] dos Santos vêm ou de ficar com uma parte de uma empresa que quer fazer negócios no país ou de uma assinatura presidencial que a inclui na acção".
Fonte oficial de Isabel dos Santos garantiu no comunicado mencionado que "nunca o Presidente nem o governo angolanos transferiram ilegalmente acções de empresas para Isabel dos Santos ou para quaisquer empresas controladas por esta empresária".
Acrescentou ainda que "Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada, representando unicamente os seus próprios interesses".
O comunicado assegura também que os "investimentos em empresas angolanas e/ou portuguesas são transparentes e têm sido realizados através de transacções baseadas no princípio de plena concorrência, envolvendo entidades externas, tais como reputados bancos e escritórios de advogados".
Por outro lado, Rafael Marques foi descrito como sendo "um conhecido activista político que, patrocinado por interesses escondidos, passeia pelo mundo a atacar Angola e os angolanos".