quarta-feira, 22 de maio de 2013

USA: Abel Chivukuvuku diz que mudança dentro de cinco a dez anos é inivitavel


Mudança em Angola é inevitável - Abel Chivukuvuku

Equilíbirio do poder vai mudar entre cinco a dez anos, diz presidente da CASA CE
Abel Chivukuvuku no estúdio da Voz da América
Abel Chivukuvuku no estúdio da Voz da América

TAMANHO DAS LETRAS
 
João Santa Rita
Reedição: Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
A mudança política em Angola é inevitável e vai ocorrer nos próximos cinco a  dez anos, disse o presidente da CASA CE Abel Chivukuvuku.
Numa entrevista á Voz da América aqui em Washington Chivukuvuku recordou que nos próximos dez anos haverá diversas eleições e que elas serão os promotores das mudanças.

O líder da CASA CE falava após uma visita a Washington durante a qual se avistou com entidades do Departamento de estado, da casa branca, do Congresso e de centros de estudo sediados aqui em Washington.

Albe Chivukuvuku disse que a introdução da CASA CE como uma nova força política em Angola foi recebida na capital americana com “expectativa”.

“Encontramos expectativa e entusiasmo quanto à perspectiva da evolução futura em angola e quanto ás relações entre os dois países,” disse.

Chivukuvuku disse que o facto de no passado a UNITA ter contado com grande apoio por parte dos Estados Unidos não significa que tenha havido dúvidas quanto à CASA CE.

“Estamos longe da guerra fria e o contexto mudou,” disse

“O contexto hoje é o desafio de apresentar uma visão nova sobre a Angola que se quer construir, o contexto é a credibilidade e a incorruptibilidade dos actores que querem construir essa angola nova e por isso encontramos muito entusiasmo,”acrescentou.

Interrogado sobre a realização das eleições autárquicas, o líder da CASA CE  disse que “nada está formalmente determinado” porque  “quem determina tudo em Angola é o presidente”.

“Enquanto  ele não se pronunciar fica tudo no mundo da incerteza,” disse Chivukuvuku para quem há contudo meios de se pressionar para que as eleições autárquicas sejam realizadas até 2015 como previsto.

“Temos o tribunal constitucional, temos uma série de mecanismos para forçar as autárquicas até ao prazo de 2015,” disse ainda o presidente da CASA CE.

Abel Chivukuvuku disse que “o partido no poder, o MPLA, está habituado a ter o controlo hegemónico da administração local e o MPLA sabe que com as autárquicas vai perder esse controlo hegemónico”.

“O MPLA tem que saber que não pode ter esse controlo hegemónico a todo o tempo e vai perder parte desse controlo. É assim que se constrói um estado democrático,” acrescentou.

MAPUTO: Ismael Mussa quer dirigir Maputo


Moçambique: Ismael Mussa quer dirigir Maputo

Ismael Mussa: "Maputo é hoje a cidade mais esburacada deste país”

TAMANHO DAS LETRAS
 
Em Moçambique, Ismael Mussa anunciou que vai candidatar-se à presidência do município de Maputo nas eleições de Novembro próximo.

Numa entrevista ao colaborador da VOA, Ramos Miguel, Mussa diz que é o candidato da mudança, capaz acabar com a má governação e devolver a capital moçambicana aos munícipes.
Mussa é a primeira personalidade a anunciar publicamente a sua candidatura ao cargo. Apesar de se assumir como independente, sabe-se que Ismael Mussa conta com o apoio de organizações da sociedade civil e de académicos moçambicanos.
“Pretendo conciliar toda a experiencia que tenho de nove anos de gestão publica neste pais. Como sabe, fui director durante vários anos na maior universidade deste pais, que eh a Universidade Eduardo Mondlane. Sou docente até hoje, e tenho, acima de tudo, uma experiencia acumulada como parlamentar nestes últimos 10 anos. Portanto, eu acho que reúno os requisitos mínimos para iniciar uma actividade digna em prol dos munícipes da cidade de Maputo”, disse Mussa.

Referiu que foi a cidade de Maputo que o elegeu como deputado à Assembleia da República pelo MDM. “Fui cabeça de lista nesta cidade e, portanto, sinto que tenho um compromisso com esta cidade”, realçou, para depois afirmar que Maputo “é hoje a cidade mais esburacada deste país”.

“Não é agradável para ninguém viver numa cidade nestas condições; a recolha de lixo também registou um retrocesso muito grande; a questão do congestionamento (de transito automóvel) não é resolvida, se bem que esta questão tem de ser analisada em várias vertentes. Mas mesmo assim existem duas teses muito interessantes definidas na Universidade do Porto (Portugal) e na Universidade Eduardo Mondlane, sobre como resolver este problema; creio que não é por falta de ideias ou sugestões e nem sequer é por falta de recursos que este problema não se resolve”, criticou Mussa.

Segundo ele, os recursos são, realmente insuficientes, mas se os existentes forem bem aplicados e se houver uma priorização das actividades, muita coisa pode ser feita, “e se você fizer um bom trabalho, mais recursos poderão surgir; o grande problema é que nós sempre alegamos que não temos recursos”.

Para o futuro candidato a edil de Maputo, esta cidade, que é o espelho do pais, deve ter um presidente independente, que esteja acima dos partidos políticos e que possa incluir no seu elenco personalidades de todas as tendências partidárias e personalidades que não têm nada a ver com partidos políticos.

Destacou que “isso seria também uma forma de combate à partidarização do Estado. Eu acho que precisamos, duma forma ou doutra, de contribuir para que o Estado seja totalmente despartidarizado. A minha candidatura visa também tentar conciliar este aspecto, trazendo para o meu elenco pessoas de todas as tendências partidárias”.
Afirmou ser necessário encontrar formas de combater a criminalidade na cidade de Maputo, não apenas através do melhoramento das técnicas de combate, mas também de iniciativas de carácter social.

“Nos temos cada vez mais pessoas sem opção de emprego nesta cidade, e eu penso que o município pode contribuir nisto. A questão do lixo, da limpeza das valas de drenagem, a questão do melhoramento das estradas fora da cidade de cimento, são actividades cuja realização pode envolver trabalhadores sazonais e as próprias comunidades, e assim você estará a distribuir renda e a contribuir para a melhoria das condições de vida dessas pessoas”, considerou Ismael Mussa.
Diz que se for eleito, vai construir habitações sociais, sobretudo para jovens, através da parceria publico privada, entre outras realizações.

Robert Mugabe presidente do Zimbabwé Promulgou nova constituição no país, reteve a pena de morte e ilegalizou a homossexualidade.


Mugabe promulga nova Constituição do Zimbabué

O Zimbabué está agora mais próximo de realizar novas eleições, depois do presidente Robert Mugabe ter assinado a nova Constituição.
Presidente zimbabueano Robert Mugabe assina a nova Constituição em Harare (22 Maio 2013.Presidente zimbabueano Robert Mugabe assina a nova Constituição em Harare (22 Maio 2013.Reedição Radz Balumukawww.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
TAMANHO DAS LETRAS 
O chefe de estado de 89 anos de idade disse que os zimbabueanos provaram que podem gerir os seus assuntos sem assistência ou interferência externa.

A assinatura foi ilustrada musicalmente com a banda da polícia a cantar em Shona “Excelente. Bom trabalho Zimbabué, vocês conseguiram.”

Com a assinatura por parte do presidente Robert Mugabe da nova Constituição encerram-se quatro anos de duros debates.

O presidente de longa data, que tem sido acusado de usar a violência para intimidar os opositores, disse que a Constituição abria caminho à realização de eleições as quais devem ser pacíficas.

“ZANU-PF contra o MDC. Vocês escolhem, vocês votam pela pessoa da vossa escolha. Que não se lute por causa disso. Vamos votar de forma pacífica. Sejamos pacíficos.”

As últimas eleições no Zimbabué, em 2008, foram marcadas pela violência. Os grupos dos direitos humanos dizem que, aquando do escrutínio, apoiantes da ZANU-PF foram espancados, torturados e opositores de Mugabe foram mortos.
Como consequência, os líderes regionais forçaram Mugabe a formar uma coligação governativa com o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, o qual se tornou primeiro-ministro.

Tsvangirai e o seu partido, o MDC, exigiram então uma nova Constituição antes de concordarem com a realização de novas eleições, que assim terminariam um período em que o país foi governado por um tenso e frágil governo de coligação.

Nos últimos meses, Mugabe tem apelado repetidamente aos Zimbabueanos a realizarem as próximas eleições num clima de paz.

Dada a sua idade, alguns podem ser levados a pensar que se está a preparar para uma carreira post política. Até o tom usado esta quarta-feira era nesse sentido.

“Todos nós estamos aqui hoje, mas amanhã será ontem. Já cá não estaremos. O que teremos deixado ao nosso país? Desunião? Ou Paz?”

Mas quase todos acreditam que o presidente, que governa o Zimbabué desde a independência em 1980, vai candidatar-se a outro mandato quando houver novas eleições.

A nova Constituição limita os presidentes a dois mandatos de cinco anos cada, mas não é retroactiva, o que significa que Mugabe pode procurar ser presidente mais 10 anos.

Entre outras mudanças na lei fundamental a Constituição dá mais direitos às mulheres e aumenta o poder do parlamento. A carta, contudo, reteve a pena de morte e tornou ilegal a homossexualidade.

A Chanceler alemã Angela Merkel foi escolhida pela revista Forbes a mulher mais poderosa do mundo pela oitava vez



Revista Forbes escolhe Merkel como a mulher mais poderosa do mundo pela oitava vez

A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, está em segundo e a filantropa Melinda Gates em terceiro.
Angela Merkel THOMAS PETER/REUTERS

A chanceler alemã, Angela Merkel, foi escolhida pela revista Forbes para encabeçar a lista de mulheres mais poderosas do mundo – pela oitava vez nos últimos dez anos. Merkel conseguiu ainda o segundo lugar, atrás do Presidente norte-americano, Barack Obama, na lista das pessoas mais poderosas do ano passado da mesma revista.
Numa lista com políticas no activo e afastadas, dirigentes de instituições ou organizações não governamentais, o destaque vai para a chanceler alemã.
Merkel, que tem uma popularidade interna invejável para uma chefe de Governo que tenta o seu terceiro mandato nas eleições de 22 de Setembro, é, no entanto, cada vez mais desafiada pelas suas políticas de austeridade, tanto pelos países do Sul como pelo seu aliado francês, e a Forbes refere o facto no curto texto sobre a chanceler alemã. Mas considera que “a mulher mais poderosa do mundo é a espinha dorsal da União Europeia e tem o destino do euro nos seus ombros”.  
Segue-se a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, que está “a meio do seu primeiro mandato na sétima maior economia do mundo”, que tem na desaceleração do crescimento um dos seus maiores desafios. “O seu foco no empreendedorismo inspirou uma nova geração de start-ups, no entanto muitos criticam a sua líder por favorecer uma política mais pró-desenvolvimento em detrimento de preocupações mais humanitárias”, diz a revista.
E a terceira mulher mais influente é Melinda Gates, da fundação Bill e Melinda Gates, que gastou 3,4 mil milhões de dólares (mais de 2,6 mil milhões de euros) no ano passado, a grande maioria para programas de saúde global.
A lista tem um total de oito mulheres chefes de Estado, para além de Merkel e Rousseff, e políticas como Sonia Ghandi ou antigas dirigentes como Hillary Clinton, e presidentes executivas de 24 empresas, como Indira Nooyi, da Pepsi, ou a directora executiva do Facebook, Sheryl Sandberg. Também a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, está no top 10 em quarto lugar, e a directora do FMI, Christine Lagarde, está em sétimo.
O ranking é dominado pelos EUA, mas há ainda mulheres de 25 outros países entre as cem mais poderosas.