quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

LISBOA: General Dino: A figura do momento

General Dino: A figura do momento


Lisboa – O Consultor da Casa de Segurança da Presidência angolana, general Leopoldino Fragoso do Nascimento, é a figura do circulo presidencial que há várias semanas virou o centro das atenções na imprensa estrangeira. A revista americana Foreign Policy trata-lhe por “o homen dos 750 milhões”, uma referência aos seus activos no estrangeiro.
Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
20.02.2014
“Dino”, como é também tratado, era até pouco tempo uma figura que dele apenas se conhecia o nome. Sabia-se apenas que o seu nome correspondia a um Chefe das Telecomunicações da Presidência e que estava sempre presente nas deslocações presidenciais ao exterior. Ele seria exonerado das comunicações e substituído por Filipe Figueiredo, um brigadeiro do Estado Maior das Forças Armadas Angolanas.
Logo a seguir, o general  começou a cumprir missões privadas para o Presidente José Eduardo dos Santos.  Há quatro anos,  foi orientado a comprar 12 quintas em Portugal, de uma só vez, a favor dos interesses económicos de JES. Gesto este que foi visto como uma forma de conservarem dinheiro em bens imobiliário no estrangeiro.
Este antigo estudante de telecomunicações militares na Bulgaria, está agora em representação de JES, presente em todos os negócios ligados à dupla “Kopelipa” e Manuel Vicente a vários títulos – incluindo negócios comuns.  
Em função disso, aventa-se que da fortuna de JES (estimada em 10 bilhões de dólares), pelo menos um bilhão de dólares esta sob custódia do general Leopoldino Fragoso do Nascimento.
Resumo de alguns dos seus aplicativos empresariais
- Em 2010 a companhia Trafigura – o terceiro maior comerciante privado mundial de petróleo e metais – vendeu 18,75% das acções da sua subsidiária "Puma Energy International" à companhia de investimentos "Cochan PTE" por 213 milhões de dólares. Devido a um aumento das acções em 2011, o valor daquelas acções está agora avaliado em 750 milhões de dólares.
- É accionista da Unitel, através da Geni, que detém 25% do capital da operadora.
- Acionista da Damer Indústria S.A, no qual detém quota equitativa com o general “Kopelipa” em associação a Manuel Vicente, então presidente do Conselho de Administração da Sonangol.
- Acionista da TV Zimbo em associação com o general “Kopelipa”, e Manuel Vicente, da Sonangol.
- Acionista do grupo Medianova, cujo investimento inicial ultrapassa os 70 milhões de dólares. O general Kopelipa e Manuel Vicente são os outros donos com quotas iguais.
- Sócio da petrolífera Nazaki Oil & Gás, que tem também como proprietários, com quotas iguais, o chefe da Casa Militar, general “Kopelipa”, e  Manuel Vicente.
De general a celebridade
“Dino”, de quem não se conhecia até um ano atrás o seu rosto, foi recentemente submetido a uma sessão de fotográfias feitas por um profissional para incluir no webiste do grupo Biocom que o apresenta como o Presidente do Conselho de Administração.
A transformação do mesmo (de general a celebridade) esta a ser interpretada como estando a obedecer cálculos destinados a torna-lo nas “atenções popular” de forma a desafogar Isabel dos Santos, a primogénita de JES.
Esbanjamento e uso de aviões da Sonangol para fins privados
Do lado de estravagância apenas sabia-se que tem o costume de fazer-se transportar num dos luxuosos aviões executivos Falcon 7X, da Sonair, como fez em Abril de 2012 ao ir passar a Páscoa em São Paulo. O Brasil é o seu destino de eleição do general “Dino”, país onde o seu filho menor (único varão) sujeita-se as atenções dos profissionais da saúde.
A exposição de figura milionária, sujeita ao general “Dino”, não é alheia a uma requintada festa de aniversário que ele recentemente realizou na Ilha do Mussulo, em Luanda, em homenagem a uma das suas filhas, Denise Nascimento, estudante na Inglaterra. 
A estravagância com envolta da festa (refeição servida pelo catering do Restaurant Grill) acabou por exibir publicamente a sua casa naquela península. A casa esta a ser descrita como uma das “jamais vistas em Angola”. A mesma acolhe um campo de ténis, basquete, Andebol, e uma discoteca “DIVAS” que corresponde as inicias dos seus filhos.

LUANDA: Open Society: Relatório de implementação do pacto internacional dos direitos civis e políticos

Open Society: Relatório da implementação do pacto internacional dos Direitos Civis e Políticos


Luanda - A Fundação Open Society – Angola em parceria com o Centro dos Direitos Civis e Políticos – organização baseada em Genebra, , promoverão uma Conferência de Imprensa para apresentar os resultados da visita do Membro do Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Patrick Mutzenberg, quinta-feira, dia 20 de Fevereiro,na Sala de Conferência da União dos Escritores Angolanos, das 14H30 às 15H30.
Fonte: Open Society
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
19.02.2014
Grau de implementação das recomendações do Comité de Direitos Humanos das Nações Unidas

 
A visita dos membros do Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas tem como objectivo avaliar, in loco, o grau de implementação do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos..
Durante a visita de 2 dias, a delegação manterá contactos com Instituições do Estado, a Comissão Parlamentar dos Direitos Humanos, Instituições Académicas e Organizações da Sociedade Civil..
Para mais informações: contactar o Oficial de Programa de Direitos Humanos & HIV/SIDA da Fundação Open Society-Angola, através do terminais telefónicos 923 424 860 ou através do endereços electrónicos: emiliom@osisa.org
A Fundação Open Society – Angola representa a Open Society Initiative for Southern Africa (OSISA) , que é parte de uma vasta rede de fundações no mundo sem fins lucrativos, que promovem e sustentam os valores, ideiais, práticas e instituições de uma sociedade aberta, com o propósito de estabelecer uma região austral com democracias vibrantes e tolerantes em que os povos são livres da exclusão e desigualdade social, entendem e exercem os seus direitos e deveres e participam activamente em todas as esferas da sua vida.
O Centro dos Direitos Civis e Políticos (CCPR) foi  projectado para ser uma estrutura informal,  em pequena escala, com uma pequena equipa, com sede em Genebra (Suíça) e pontos focais em diferentes regiões do mundo. Visa a promover o papel e da participação das ONGs nos procedimentos de comunicação do Comitê de Direitos Humanos ,  reforçar as capacidades das ONGs e apoiar as suas actividades relacionadas com o Comitê de Direitos Humanos, incluindo o seguimento às observações finais do Comité.
Luanda, 12 de Fevereiro de 2014

MAPUTO: Moçambique prepara-se para rever Lei Eleitoral

Moçambique prepara-se para rever Lei Eleitoral

A Lei Eleitoral em vigor foi aprovada em Fevereiro de 2013 e nunca foi reconhecida pela Renamo.
Maputo - Mocambique
Maputo - Mocambique

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: VOA/William Mapote
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Em Moçambique, a Assembleia da República inicia amanhã o processo da revisão da Lei Eleitoral.

Trata-se de um instrumento legal visto como um dos principais obstáculos a superar, para acabar com a tensão político-militar que já provocou várias mortes e destruiu inúmeros bens em algumas zonas do país.

A proposta que vai a debate foi remetida pela bancada parlamentar da Renamo e resulta do entendimento político saído do diálogo com o partido Frelimo.

A Assembleia da República diz ter aceite adicioná-la na agenda, de forma quase que extraordinária, em nome da paz e da estabilidade nacionais.

A chefe da bancada da Renamo Maria Angelina Enoque manifesta o desejo de que os debates em volta da matéria sejam movidos pelo bom senso e que produzam consenso.

A Frelimo, que detém a maioria parlamentar, diz estar preparada para flexibilizar a aprovação do pacote e o MDM, terceiro partido com assento no parlamento, reclama ter sido excluído das decisões fundamentais que resultaram nos consensos, mas também assegura que, em nome da paz, vai manter um debate construtivo.

A Lei Eleitoral em vigor foi aprovada em Fevereiro de 2013 e nunca foi reconhecida pela Renamo, que chegou a boicotar a sua aprovação, depois de ter-se abstido dos debates, alegando que não transmitia garantias de órgãos eleitorais isentos que garantissem actuações transparentes.

Uma das exigências principais da Renamo era que a composição dos órgãos eleitorais respeitasse a paridade em termos de número, entre os dois maiores partidos com assento parlamentar.

LUANDA: Continua o silêncio sobre o desaparecimento de Kassule e Kamulingue

Continua o silêncio sobre o desaparecimento de Kassule e Kamulingue

Familiares dizem que "está tudo parado" e activistas começam a duvidar que os verdadeiros responsáveis pelos raptos e assassinatos serão levados à justiça.
RAS
 
Fonte: VOA/Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Quase dois anos após o desaparecimento dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Kassule as suas famílias continuam a desconhecer o paradeiro dos corpos e queixam-se da falta de informação sobre o caso.

Com efeito, após a procuradoria ter confirmado há várias semanas a prisão de diversas pessoas alegadamente envolvidas no crime há agora um silêncio que preocupa activistas que dizem duvidar agora que os verdadeiros responsáveis sejam levados à justiça.

Horácio Essule, pai de Alves Kamulingue, disse que os familiares não sabem o que se passa com as investigações: "Nenhuma informação temos, as coisas até agora, senhor jornalista, estão paradas".

Horácio Essule e familiares aguardam também  pelas ajudas prometidas pelo Estado angolano, sobretudo ligadas às matrículas escolares dos órfãos de Kassule e Kamulingue que tardam em chegar.

"Eles garantiram que iriam ver esta parte do estudo das crianças, até agora estão sem estudar e nós não temos possibilidades, para poder matricular os nossos netos", lembrou.

Outra preocupação prende-se com a assistência às viúvas, como um lugar para morar, alimentação e outros apoios.

"As nossas noras estão em casas de renda temos que contribuir para pagar a renda da casa ou comprar comida e às vezes as crianças adoecem, vamos fazer como? Estamos assim encostados, honestamente falando o Estado nunca nos apoiou," lamentou.

Quanto ao processo, de acordo com o advogado Salvador Freire, corre os seus trâmites na Procuradoria com várias pessoas a serem interrogadas, mas a activista cívica Ermelinda Freitas diz não acreditar que este processo produza algum resultado.

"Acho que este caso não está a ser resolvido, eles prendem várias pessoas só para tapar os nossos olhos”, disse Freitas que afirmou não acreditar que os agentes dos serviços de informação que foram presos tenham agido por conta própria.

“Alguém ordenou de cima, nenhum militar ou polícia sai de casa com a ideia de apanhar aquela pessoa e matar, por trás deles há pessoas graúdas", acrescentou, dizendo ainda que "o problema da impunidade ainda é uma realidade na nossa justiça”.

"Não há nenhuma lei que caia sobre esta gente, polícias ou nem nada, eles fazem o que querem e ficam impunes, enquanto a justiça estiver dependente do Presidente da República não vai haver justiça no nosso país”, concluiu Ermelinda Freitas.

NAMIBE: Governador do Namibe declara guerra ao enriquecimento fácil

Governador do Namibe declara guerra ao enriquecimento fácil

Unita pede a Rui Falcão que entregue os acusados à justiça e promova a mudança da lei da terra.
Angola Rui Falcão Pinto de Andrade
Angola Rui Falcão Pinto de Andrade
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: VOA/Armando Chicoca
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Os funcionários do Estado que ao longo dos últimos anos dedicaram-se ao negócio ilícito de venda de terrenos poderão ver seus contratos de trabalho rescindidos com o governo da província do Namibe.
O Município do Namibe, que agora tem um novo inquilino “João Guerra de Freitas”, ex-Administrador do Município do Tombwa, i no quadro das recentes movimentações exercidas pelo executivo de Rui Falcão, é apontado como sendo um dos municípios mais propensos a supostos actos indecorosos de negócios ilícitos de terrenos, existindo, inclusive nomes de funcionários do estado implicados na prática de tal acção.

O governador Rui Falcão diz que não haverá contemplações para com esses funcionários do Estado que, no seu entender, prejudicaram cidadãos honestos com coimas inexistentes, se não apenas ganância pelo lucro fácil.

O secretário Provincial do Namibe do Partido do galo negro, Ricardo Ekupa de Noé “Tuyula” reagiu dizendo que a situação é deveras grave. O político sustenta que o vício de venda de terrenos no país e na província começou com a aprovação a lei da terra, uma lei que no entender da UNITA devia ser propriedade do povo.

Na óptica do dirigente dos maninhos no Namibe, o mais sensato seria o próprio governador Rui Falcão encaminhar o caso aos órgãos judiciais, já que existem nomes dos funcionários indiciados no crime de apropriação de coisa alheia e venda ilegal de terrenos, ao invés de encomendar o protagonismo do novo Administrador do Município do Namibe resolver este problema.
Tuyula diz ser chegado o momento de se ultrapassar o hábito de crucificar os pequenos a pagar pelos erros dos peixes graúdos.

O dirigente do partido do galo negro na província sugere que seja instaurado um processo de investigação para esclarecerer os factos, uma vez que, além dos funcionários do Estado catalogados, também existem indícios de cumplicidade de altas individualidades do governo e do partido no poder, na província do Namibe neste mesmo negócio.

LUANDA: Analistas independentes dizem que impunidade da corrupção dificultam combate ao crime em Angola

Analistas dizem que impunidade da corrupção dificulta combate ao crime em Angola

Parlamento vai debater criminalidade

Fonte: VOA/Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
19.02.2014
Assembleia Nacional Angola
Assembleia Nacional Angola
TAMANHO DAS LETRAS 
Nas vésperas de um debate parlamentar sobre a criminalidade, analistas angolanos disseram ser preciso lançar um ataque à impunidade para se reduzir o crime.

O jurista Pedro Kaparacata disse à Voz da América que “aqueles que roubam milhões do erário do estado” são impunes, enquanto “as cadeias estão cheias de pessoas roubam galinhas”.

Aquele analista defende ainda que a impunidade em relação aos crimes do colarinho branco tem sido uma prática no país, o que dificulta o combate ao crime.

"Os crimes cometidos por certos senhores aqui no país ficam impunes porque eles são ricos e podem pagar ou influenciar os processos”, disse o jurista, acrescentando que “assim não é possível combater crime nenhum”.

A ideia que o crime está directamente ligada a pobreza é  para Kaparacata um falso indicador: "O problema do crime não tem nada a ver com a pobreza, tem a ver com a sociedade ou seja com o regime implantado".

Por sua vez, o professor universitário e coordenador da ONG FORDU Angelo Kapuatcha mostra-se preocupado com os actos criminais da própria policia nacional.

"Temos visto que as instituições do estado, sobretudo a polícia, têm protagonizado perseguições as vendedeiras ambulantes como também os casos de vida que são as execuções, as mortes extra judiciais", acrescentou Kapuatcha.

O debate parlamentar sobre a criminalidade inicia-se na quinta-feira.
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