segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

MALTA - A VIÚVA DE YASSER ARAFAT, SUHA, DIZ QUE TENTOU DIVORCIAR-SE CENTENAS DE VEZES DO MARIDO, O FALECIDO LÍDER DA RESISTÊNCIA DO POVO PALESTINIANO.






Viúva de Arafat diz tentou divorciar-se “centenas de vezes”

Suha dá entrevista a jornal turco falando da "vida em isolamento" que viveu durante o seu casamento com Yasser Arafat.

A viúva de Arafat, Suha, disse que tentou separar-se do marido “centenas de vezes”. O casamento com o histórico líder palestiniano “foi um grande erro e lamento-o”, disse.
Suha conheceu Arafat através da sua mãe, uma importante jornalista e activista. Os dois casaram-se, em segredo, em Tunes em 1990, quando Suha tinha 27 anos e Arafat 61. Ela, uma cristã criada em Nablus e Ramallah, converteu-se ao islão. Suha contou agora ao jornal turco Sabah que a mãe se tinha oposto ao casamento. “Mais tarde percebi porquê. Se eu soubesse o que iria passar, não teria casado com ele. É verdade que ele era um grande líder, mas eu estava só”.
As razões eram a segurança: “Tinha de ter cuidado nas minhas conversas telefónicas por causa das escutas, e estávamos sempre a mudar de um lado para o outro”, contou. “A minha identidade foi destruída.”
Cinco anos após o casamento, nasceu a única filha do casal, Zahwa. Em 1994, o casal deixa a Tunísia, quando Arafat põe fim a 27 anos de exílio e regressa a Gaza, e a partir daí vivem ora em Gaza ora em Ramallah, na Cisjordânia.
“Eu sei que muitas mulheres queriam casar com ele, mas ele só me quis a mim. Foi o meu destino”, diz. “Tentei deixá-lo centenas de vezes, mas ele não me deixava. Toda a gente sabe como ele não me deixava.”
Mas Suha disse ainda que ainda que a vida com Arafat tenha sido difícil, “a minha vida sem ele é ainda mais difícil”.
Suha não viveu, no entanto, com Arafat até à morte deste em 2004. Em 2001, Suha e a filha Zahwa mudam-se para Paris, e em 2005, para Tunes, onde Suha é investigada por corrupção. Actualmente, vive em Malta com uma pensão de 10 mil euros mensais para si e para a filha, dada pela Autoridade Palestiniana. "Isso está documentado", disse nesta entrevista ao jornal turco.
Muitos palestinianos suspeitam que Suha tenha ficado com muito dinheiro da Autoridade Palestiniana controlado por Arafat após a morte do líder.  
Suha é uma figura imprevisível e envolvida muitas vezes em polémicas. Quando se encontrou com Hillary Clinton em 1999, por exemplo, acusou publicamente os israelitas de serem responsáveis por cancros dos palestinianos, envenenando-os com químicos colocados nas águas de Gaza.
A última vez que esteve na ribalta foi quando veio a público uma investigação da estação de televisão Al-Jazira sobre a possível causa da morte de Arafat, com base em pertences do palestiniano entregues a um instituto de investigação suíço. Descobriu-se que tinham vestígios de polónio-210, uma substância radioactiva. Quando Arafat foi levado da Muqata para o hospital francês em que acabou por morrer, Suha veio acusar responsáveis da Autoridade Palestiniana de conspirarem contra ele e de o quererem “enterrar vivo”.



ROMA - CIDADE DO VATICANO - O PAPA BENTO XVI DECIDIU RENUNCIAR OFICIALMENTE AO PONTIFICADO NO DIA 28 DE FEVEREIRO DE 2013. DEVIDO AO AVANÇADO DA IDADE. ASSIM SENDO, A ELEIÇÃO PARA O NOVO PAPA FICA MARCADO PARA O MESMO DIA DA RENUNCIA PAPAL AS 20.00 HORAS DE ROMA-ITÁLIA.


Papa: Discurso de resignação de Bento XVI

Publicado hoje às 12:01

O Papa Bento XVI anunciou hoje oficialmente que vai renunciar no próximo dia 28 ao pontificado devido «à idade avançada».
Palavras do Papa, difundidas hoje pela agência EFE, no Consistório sobre datas de canonizações em que anunciou a resignação:
«Queridíssimos Irmãos,
Convoquei-vos para este Consistório, não apenas por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja.
Depois de examinar reiteradamente a minha consciência perante Deus, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério de Pedro (petrino). Sou consciente de que este ministério, pela sua natureza espiritual, deve ser levado a cabo não apenas por obras e palavras mas também, em menor grau, através do sofrimento e da oração.
No mundo atual, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevância para a vida da Fé, para governar a barca de S. Pedro e anunciar o Evangelho é necessário também vigor, tanto do corpo como do espírito. Vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de forma que tenho de reconhecer a minha capacidade para exercer de boa forma o ministério que me foi encomendado.
Por isso, sendo consciente da seriedade deste ato, e em plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, sucessor de S. Pedro, que me foi confiado pelos cardeais no dia 19 de abril de 2005. De forma que, a partir do dia 28 de fevereiro de 2013, às 20:00 (19:00 em Lisboa), a sede de Roma, a sede de S. Pedro vai ficar vaga e deverá ser convocada, através daqueles que têm competências, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Queridíssimos irmãos, dou-vos as graças de coração por todo o amor e trabalho com que trouxeram até mim o peso do meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos.
Agora, confiamos a Igreja ao cuidado do Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo e suplicamos a Maria, sua Santa Mãe, que assista com a sua materna bondade aos padres cardeais ao eleger o novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, também no futuro, quero servir com todo o meu coração à Santa Igreja de Deus com uma vida dedicada à oração.
Vaticano, 10 de fevereiro de 2013»