domingo, 3 de novembro de 2013

MAPUTO: Guebuza: "Ambição & Ganancia Desmedida

GUEBUZA:"AMBIÇÃO & GANÂNCIA DESMEDIDA "

Carta aberta da Moçambicana Maria Alice Mabota para Grala Machel, Joaquim Chissano dentre outros patriotas.
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

Samora deixou o país destruído pela guerra, mas tinha moral, ética, identidade e espírito de unidade nacional. Dizia que lutava pela unidade de todos mesmo que tivesse sido em teoria; ele procurava reflectir a moral do seu povo e ninguém imaginava que o actual presidente estava metido em negócios. Sabem, no meu tempo, filha de uma prostituta subia para o altar de véu e grinalda. JOAQUIM CHISSANO saiu do poder e deixou os cidadãos com alguma moral e esperança. Que me lembre não deixou muita gente tão descontente como estão os cidadãos hoje, sem esperança, sem moral, sem dignidade onde cada um só pensa em roubar para ser rico. Nunca ouvi o povo tão revoltado e sem esperança como está agora. Ora, vejamos: A corrupção aumentou sem qualquer plano de acção para o seu combate; a incompetência dos governantes acentuou-se mais e passamos a ver ministros que nem sequer sabem o que fazem, não conhecem a casa que governam, os problemas dos seus pelouros e não medem palavras quando se dirigem aos cidadãos; a criminalidade aumentou assustadoramente; a sinistralidade está ceifando vidas diariamente nas estradas; os incêndios jamais vistos ocorrem nesta governação; o branqueamento de capitais, o tráfico de órgãos humanos, drogas e armas fazem parte do sistema de uma forma impune. Os raptos sucedem-se e atingem números que assustam. A comunidade asiática, apesar de ser composta por moçambicanos com igual direito de protecção, nada é feito para a acudir. No mínimo o estado deve esclarecer este fenómeno que, ultimamente, virou crime organizado com impacto social e económico bastante negativo. As manifestações de vários segmentos sucedem-se, dia após dia, mas a Polícia de Intervenção Rápida é, de facto, veloz para descarregar sobre cidadãos no gozo dos seus direitos. Para não falar de perseguições consequentes desde o emprego até a casa. Vivemos, sim, momentos de terror e incerteza. A greve do pessoal da saúde, por duas vezes, sem resposta e que continua silenciosa. Basta ir para qualquer posto de saúde ou hospital para ver como é que o povo sofre. A greve silenciosa na saúde tem efeitos mais nefastos do que a da rua. Os médicos, enfermeiros, todo o pessoal da saúde e suas famílias continuam a sofrer, ameaças, despedimentos, transferências, descontos, processos disciplinares e humilhações. É para isto que lutaram e pensam que nos libertaram? Libertaram a terra, mas os homens continuam debaixo do sofrimento. Os dois levantamentos populares aconteceram e marcaram os dois mandatos de Armando Guebuza em que as pessoas procuraram demonstrar a sua revolta ante a má governação. E o governo no lugar de transmitir mensagem de esperança, distanciou-se cada vez mais, matando inocentes. Senhoras e Senhores libertadores acima citados e outros esclareçam-me: Quem foi, afinal, Armando Guebuza, ontem, na luta de libertação que tantos anos convosco viveu e não o descobriram que é a pessoa com mais espírito de negócios pessoais, ambição e ganância desmedida. Porquê não descobriram que ele é que poderia virar o país para o abismo e não somente o Lázaro Nkavandame e Urias Simango que os textos parciais da Frelimo tanto nos deliciam? Digam-me minhas senhoras e meus senhores foi para isto que lutaram e tomaram o poder para num minuto tornar a filha dele a mulher mais rica de Moçambique; não lutaram por uma sociedade equilibrada e de justiça social? Maria Alice Mabota, na primeira das suas Cartas Abertas a Graça Machel, Joaquim Chissano e outros Libertadores da Pátria. Por : Heitor

LUANDA: O Que quer a UNITA - Por Raul Diniz

O QUE QUER A UNITA?

Fonte: angola24horas
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

A UNITA atravessa um dos piores momentos desde a sua criação, fica claro a todos angolanos atentos a inexistência de dinamismo pragmático de afirmação na direção da UNITA de Isaías Samakuva, que a ajude a  encontra uma saída viável para cultivar novos incentivos de construção metodológica na condução da sua conduta comportamental que ajude a sua direção a ativar no seu interior o interesse de  liderar a luta desesperante do movimento crescente de milhões de almas descontentes com a situação prevalecente no país.
A UNITA TEM DE SAIR DA MONOTONIA ASSOMBROSA EM QUE VIVE, E ASSIM SARAR AS FERIDAS AINDA NÃO CICATRIZADAS ADVINDAS DO PASSADO.
 Dessa maneira a UNITA por mérito próprio poderá eventualmente dissolver-se definitivamente. A UNITA de hoje esta renitente e continuar a ser a caixa de ressonância da vontade de Dos Santos que a conduz com elevada mestria, não somente a UNITA, mas toda oposição, que prontamente atemorizadas respondem ao chamado do tirano para servirem os objetivos mais elevados, que se resumem na acreditação nacional e internacional do seu regime putativo. A UNITA de SAMAKUVA parece ter pena de si mesma ou se ressente ainda do estado de submissa humilhação em que foi forçada e traiçoeiramente submetida pelo ditador bandido e seu entourage composta de experientes assassinos. Acredito que essa situação abriu perigosas feridas que ainda não sararam de todo, e essas feridas adquiridas na longa caminhada pós-criação, continuam até hoje atuantes em toda extensão do seu corpo militante e não só.
A UNITA TEM MESMO DE DIALOGAR E INAUGURAR UM NOVO CICLO DIALOGANTE COM TODA SOCIEDADE ANGOLANA SEM EXCEÇÕES
Por outro lado, prolifera no interior da UNITA uma serie de distensões continuadas provenientes de uma orientação disforme de conceito monolítico persistente e desejosa de continuar desse modo até os dias de hoje. Também fica nítida a existência de um necessário realismo introspetivo equilibrado, que levem o partido criado por Jonas Savimbi encontrar mecanismos modernizados para alterar o modus operandi praticado pela atual direção, e abdicar do habitual autoritarismo temperamental adquirido no passado, e assim buscar a necessária e urgente tranquilidade para o seu crescimento maturo. Para acontecer isso, faz-se necessário ouvir essencialmente a militância da UNITA, com as devidas cautelas, posso afirmar que a UNITA tem mesmo de priorizar o dialogo interno para que haja uma saudável mudança qualitativa de atitudes moderadas, e haja igualmente uma nova mentalidade na forma de agir dentro e fora dos seus órgãos de direção, que inaugure prioritariamente um novo momento apelativo de consciencialização interna que permita a direção atual tornar-se mais atuante para sair urgentemente da baderna em que a UNITA se envolveu voluntariamente, talvez por inexperiência e/ou pela inexistência de estilo próprio na condução administrativa do partido no seu todo, que denote um posicionamento credível a todas as tribos e classes sociais nativas de Angola e não só! Assim sendo, permitirá a UNITA evitar o impasse que a olhos nus se nota existir no interior do partido dos maninhos.
ACREDITO QUE A UNITA NASCEU PARA PROTAGONIZAR NOVOS MOMENTOS DE MODERNIDADE POLITICA DEMOCRÁTICA
Por outro lado, temos uma UNITA que se posiciona ao lado titular do regime totalitarista, a UNITA no meu entender já aceitou a muito, que Angola seja gerida pelos dois partidos e pelos dois lideres com epítetos presidencialistas vitalícios entronizados politicamente no interior dos seus partidos. Torna-se ridículo verificarmos que temos uma UNITA deficiente, completamente descaracterizada, a deriva, sem norte e sem sul, cobarde até a medula, e pior que tudo isso sem uma agenda politica independente para se gerenciar. Até hoje a UNITA caminha atrelada a agenda privada do ditador e ambos são os verdadeiros autores e consumadores do regime déspota que fielmente servem para a defesa de suas integridades enquanto partidos de aspiração governativa. Não consigo vislumbrar qualquer diferença na ação governativa se por acaso a UNITA saísse vencedora do frustrante e adulterado pleito eleitoral pressagioso ocorrido em 31 de Agosto de 2012! Tenho a certeza que seriamos paralisados no tempo e no espaço pela mesmice da politica até aqui exercida pela UNITA, que em nada difere dos posicionamentos assinalados pelo partido MPLA/JES progenitor do totalitarismo politico nacional. Temos como verdadeiro, que definitivamente o atual MPLA tem de facto a cara totalmente descolorida do seu autocrático presidente, defensor do regime deficiente e verdadeiro responsável da doutrina apologética do nepotismo, peculato, despotismo cleptomaníaco desenfreada que reina no regime infame angolano.
A UNITA SABE QUE O PAÍS ESTA DE PATAS PARA O AR, AINDA ASSIM PERMANECE COMO AS MULETAS QUE JES E O MPLA TANTO PRECISAM PARA CONTINUAR A SER GOVERNO.
Por outro lado, temos uma UNITA inerte sem propósitos definidos que demonstre um elevado sentidos de estado e de maturidade politica centrada em objetivos elevados de princípios viáveis, desprovidos de características subservientes com contornos desastrosos incontornáveis que ajudem a viabilizar novas e renováveis formas de fazer politica lado a lado com o povo desesperado.  É sim verdadeira a ideia que nos passa pela mente quando observarmos hoje, que a UNITA nada possui absolutamente nada que a identifique com o seu saudoso fundador, o indescritível Dr Jonas Malheiro Savimbi, grande combatente da paz e libertário da nossa martirizada terra. A UNITA sabe que temos um governo que diz ser do povo, mas que na pratica não fala a linguagem do povo! A UNITA sabe que caminhamos para o abismo, e insiste em prevaricar contra o povo!  A UNITA sabe também que a caminhada do governo deve ser neutralizada por ter chegado ao limite da saturação coletiva, por esse governo já ter dado o que tinha para dar, mas a ÚNICA continua ligada colegialmente ao partido que sustenta o debilitado governo de JES! A UNITA segue de perto o enorme déficit democrático e econômico e social do país, massa UNITA insiste em fingir que tudo está certo e que apenas faltam limar algumas arestas no regime que todos temos como indigerível! A UNITA sabe que temos todos de mudar de vida, mas insiste em ser pequeno e ficar no parlamento ao invés de correr o risco inerente a sua verdadeira origem de ter sido sempre pautada pela diferenciação dos seus posicionamentos políticos do passado! A UNITA prefere permanecer incólume no parlamento da mentira e da rizada social paroquial a entrar em conflito politico direto contra o ditador JES!
É IRREFUTÁVEL A PARCERIA DA UNITA COM O MPLA/JES
A pergunta que não aceita de jeito nenhum calar-se é a seguinte: Como pode um partido politico pelejar pela estabilidade do país se vive da mentira compulsiva conjuntural, e ainda por cima anda em permanente rodopio entre o ditador e o seu partido? Outra pergunta não menos esfuziante é a seguinte: Afinal o que deseja a UNITA se ela serve apenas de estampa para a legalidade do regime tanto nacionalmente como internacionalmente? A UNITA procurou a sua crucificação por não ter sabido fazer a leitura certa do momento politico que vivi e porque não se quis aconselhar com quem podia verdadeiramente ajudar a dar-lhe outra orientação, que não fosse a que segue imparável até agora!  Torna-se hilariante e inconcebível que a UNITA queira passar-nos a imagem de reformadora do regime quando sabemos todos, que o regime é irreformável, e assim é toda e qualquer ditadura! A condição comprometedora da UNITA em adquirir o estatuto de coautora e protetora do regime, mesmo sabendo que o presidente da republica transformou a UNITA num utensilio de sobrevivência para o seu partido continuar no poder, ainda assim a UNITA permanece incólume ao lado do regime!
DIZ-ME COM QUEM ANDAS E DIR-TE-EI QUEM ÉS
Dessa forma, a UNITA constituiu-se no fervoroso cúmplice das travessuras praticadas pelo MPLA/JES contra o idôneo e sofrido povo autóctone de Angola! Ninguém acredita que alguém que subsidie um regime tão decrepito como o de JES possa servir de gladiador e defensor do povo, não se pode servir a dois patrões, no caso ou se serve ao povo ou se serve o ditador, aos dois é que não pode servir, e a UNITA sabe muito bem disso! Pois não pode a UNITA negar os prestativos serviços que a direção de Isaías Samakuva tem vindo a prestar ao partido que sustenta a ditadura e ao seu desprestigiante presidente, que a todos nós membros do MPLA envergonha, pois um presidente que privatizou o estado, que chefia uma cleptocracia, adepto do nepotismo e da mentira enganosa, assassino maníaco, crucificador de adolescentes como o nosso filho Nito Alves, líder de uma gang razoavelmente bem estruturada, que tem até um exercito privado a “UGT” que além de atropelar todos os direitos de cidadania do povo, ainda rapta e assassina indiscriminadamente todos quantos se declarem seu adversário, que digam os familiares dos nossos amados irmãos Kassule e Camulingue que ele os roubou do seu convívio, sinceramente não merece obviamente ser protelado nem tão pouco merecer o nosso participativo apoio como base de sustentação para mantê-lo indefinidamente no poder, é caso para se dizer ao partido UNITA, diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és! Falei atoa camaradas?
Raul Diniz


LUANDA :O mais importante não é apenas tirar o ditador do poder, importa lutar para que outro não o substitua.

O MAIS IMPORTANTE NÃO É TIRAR SÓ O DITADOR DO PODER, O MAIS IMPORTANTES É FAZE-LO SEM PERMITIRMOS QUE OUTRO, SEMELHANTE, O SUBSTITUA.
HÁ QUE SER REALISTA PARA, HONESTAMENTE, SUBSIDIARMOS A MUDANÇA CULTURAL E POLÍTICA DE QUE A NOSSA SOCIEDADE CARECE E QUE NÃO SERÁ CONSEGUIDA SÓ COM A MUDANÇA DO DETENTOR DO PODER.

SEM SERMOS CAPAZES DE TRATARMOS ABERTAMENTE AS PRÁTICAS PREDADORAS QUE ENFERMAM A SOCIEDADE ANGOLANA, DA BASE AO TOPO, NÃO CONSEGUIREMOS MUDAR MAIS DO QUE PESSOAS, POIS ACABAREMOS APENAS DEPONDO UNS E PROMOVENDO OUTROS ESSENCIALMENTE SEMELHANTES.
Fonte: ponto-final
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

Se queremos erradicar a ditadura e a corrupção da sociedade angolana temos que ousar ser verdadeiros na exposição da nossa percepção sobre essas práticas generalizadas a todos os níveis da nossa sociedade.

A verdade sobre os factos deve ser sempre assumida, mesmo quando a assunção dessa postura possa ser tida e classificada como uma incoerência.

Na sociedade angolana corrupção e a ditadura não são exclusivo do ditador, dos seus agentes e clientes. Esse é o facto.

As práticas autoritárias e corruptas são comuns a todos os nichos e níveis da sociedade angolana. Mesmo entre os mais pobres e excluídos da nossa sociedade essas práticas predadoras caracterizam a nossa sociedade. Ser-se vítima não significa ser-se automaticamente um anjo.

Obrigo-me a abordar esse assunto colocando-o desta forma mesmo se sou contra a ditadura de José Eduardo dos Santos e contra as práticas corruptas que caracterizam o seu regime.

E - diga lá o que quiser quem o quiser - obrigo-me a esta forma de colocar as coisas porque se não tratarmos das práticas corruptas e ditatoriais das vítimas da ditadura de JES, que escorre por toda a sociedade angolana, outros iguais a ele (como alguns opositores que conheço) quando tiverem o poder, nalguma forma e medida, reproduzirão a sua maneira de o exercer e de realizar rendimentos indevidos.

Será inglório combater um ditador para no seu lugar ser colocado qualquer outro predador.

Exige dignidade com dignidade




Por : Luiz Araújo