sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

MAPUTO: Antigo presidente moçambicano Joaquim Chissano discorda da posição do SG da Frelimo sobre as presidenciáveis

Chissano discorda da posição do SG da Frelimo sobre presidenciáveis

O ex-presidente recusou revelar quem é o seu candidato favorito.
Joaquim Chissano ex-Presidente de MoçambiqueJoaquim Chissano ex-Presidente de Moçambique
TAMANHO DAS LETRAS 
O ex-presidente Joaquim Chissano considerou muito positivo o debate no seio da Frelimo para a escolha do seu presidente e candidato a Chefe de Estado nas eleições de Outubro.

No entanto, ele tem uma leitura diferente da do secretário-geral da Frelimo Filipe Chimoio Paúnde, e diz que o Comité Central pode indicar outros nomes à liderança além dos endossados pela Comissão Política.

Questionado sobre quem é o seu favorito na sucessão a Armando Guebuza, o ex-presidente titubeou e contou uma história popular.

Refira-se que a Comissão Política da Frelimo indicou como pré-candidatos à presidência Jose Pacheco, Alberto Vaquina e Filipe Nyusi.

Por outro lado, Joaquim Chissano disse ver como bons olhos a retomada das negociações entre o Governo e a Renamo, congratulando-se com o que diz ser uma maior abertura do principal partido na oposição.

Era o antigo presidente de Moçambique Joaquim Chissano a reiterar que o Comité Central pode indicar outros nomes para a corrida à liderança do Frelimo e a congratular-se com o regresso do Governo e da Renamo à mesa das negociações.

Chissano proferiu estas declarações ontem à  noite na cidade da Praia, em Cabo Verde, onde participa na primeira Cimeira sobre Inovação em África, que termina hoje.

LUANDA: Agência Moody's pede maior transparência e melhor gestão á economia angolana

Agência Moody´s pede maior transparência e melhor gestão à economia angolana

A falta de transparência é, segundo especialistas, a grande ameaça para a economia angolana que ainda se encontra-se bem cotada
TAMANHO DAS LETRAS 

"O 'rating' soberano de Ba3 pode ser melhorado se o recentemente estabelecido Fundo Soberano ficar suficientemente volumoso para servir de escudo às finanças do país em caso de choques externos, escreve hoje a Moody's numa Opinião de Crédito.

Mas mais, aquela agência, que atribui cotação às economias, recomendou também maior transparência nas contas do Estado.

O panorama geral descrito nas sete páginas que compõem a Opinião de Crédito é bastante optimista, mas a Moody's explica que um dos factores que pode piorar a avaliação do país prende-se com a relação entre as receitas da petrolífera Sonangol e o erário público, tendo em conta a vulnerabilidade do país.

Para o economista Faustino Mumbica, esta advertência da agência Moddy´s é muito pertinente porque a economia angolana é muito vulnerável e dependente da conjuntura interncional.

Para aquele especialista, a falta de transparência é um grande entrave a uma melhoria da visibilidade de Angola, nomeadamente junto das instituições de crédito e investidores.

Na Opinião de Crédito, a Moody´s avisa que o 'rating' do país pode descer "se as finanças governamentais e ou a balança externa se deteriorarem devido a uma insuficiente capacidade de reacção do Governo".

E neste caso, Faustino Mumbica adverte para as consequências a nível da redução do investimento externo e do consumo interno.

O Fundo Soberano de Angola, no valor de 5 mil milhões de dólares, é controlado por José Filomeno dos Santos, o filho mais velho do Presidente angolano.

O fundo, que sucede ao fundo petrolífero, foi criado em Outubro de 2012 para investir domesticamente e no exterior os recursos gerados pelas exportações de petróleo em infra-estruturas e outros projectos tendentes a diversificar a economia angolana, fortemente dependente do petróleo.

Até agora, no entanto, desconhecem-se detalhes sobre o funcionamento do referido fundo.

LUANDA: Jornalista angolano é julgado e aguarda sentença

Jornalista angolano é julgado e aguarda sentença

O preso espancado acabou por morrer e foi a enterrar hoje.
TAMANHO DAS LETRAS 
A sentença do  julgamento do jornalista Queirós Anastácio Chiluvia,  será conhecida amanhã , sexta-feira,  deu a conhecer à Voz da América o defensor do processo Pedro Cangombe.

As audiências decorreram durante toda a manhã e tarde desta quinta-feira sob fortes medidas de segurança e ante a ameaça  de  manifestação de jovens  que se deslocaram às instalações do Tribunal municipal  de Cacuaco, nos arredores de Luanda.

O advogado Pedro Cangombe disse que o tribunal não apurou matéria suficiente para sustentar a acusação da Polícia  pelo que o seu cliente deverá ser absolvido.

Por duas  vezes consecutivas,  o  processo tinham sido devolvido à  Direcção Nacional de Investigação Criminal  por  falta de matéria suficiente  que pudesse sustentar  a acusação que pesa sobre o também director adjunto da Rádio Despertar.

Queirós Anastácio Chiluvia foi preso no domingo passado na vila de Cacuaco quando, segundo o seu director Emanuel Malaquias, tentava reportar uma suposta cena de  espancamento de detidos no interior do comando municipal da  Polícia.

A prisão do  jornalista foi oportunamente condenada por associações profissionais e  cívicas, nomeadamente, o Sindicato Angolano de Jornalistas,  o Misa Angola  e o Conselho Angolano dos Direitos Humanos, bem como o chamado Movimento Revolucionário Angolano e da JURA, organização juvenil da UNITA.

O preso que estava a ser espancado na cadeia chamava-se Eduardo Braço, de 42, e foi a enterrar nesta quinta-feira. Natural da província do Kwanza Sul, não tinha filhação partidária declarada e trabalhava na praça do Kikolo cortando madeiras.

Tudo começou com uma briga no mercado, onde, mais tarde, para se defende,r utilizou uma garrafa que acabou por ferir o outro. Entretanto, várias pessoas começaram a agredir-lo até que terá sido entregue à polícia.

Segundo o irmão, a polícia não deu qualquer tratamento a Eduardo Braço e colocou-o numa cela onde foi também espancado pelos outros presos e pela policia.

Com a intervenção do jornalista Queirós Anastácio Chiluvia, o detido foi encaminhado o hospital onde acabou por morrer.