sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

LUANDA: Agência Moody's pede maior transparência e melhor gestão á economia angolana

Agência Moody´s pede maior transparência e melhor gestão à economia angolana

A falta de transparência é, segundo especialistas, a grande ameaça para a economia angolana que ainda se encontra-se bem cotada
TAMANHO DAS LETRAS 

"O 'rating' soberano de Ba3 pode ser melhorado se o recentemente estabelecido Fundo Soberano ficar suficientemente volumoso para servir de escudo às finanças do país em caso de choques externos, escreve hoje a Moody's numa Opinião de Crédito.

Mas mais, aquela agência, que atribui cotação às economias, recomendou também maior transparência nas contas do Estado.

O panorama geral descrito nas sete páginas que compõem a Opinião de Crédito é bastante optimista, mas a Moody's explica que um dos factores que pode piorar a avaliação do país prende-se com a relação entre as receitas da petrolífera Sonangol e o erário público, tendo em conta a vulnerabilidade do país.

Para o economista Faustino Mumbica, esta advertência da agência Moddy´s é muito pertinente porque a economia angolana é muito vulnerável e dependente da conjuntura interncional.

Para aquele especialista, a falta de transparência é um grande entrave a uma melhoria da visibilidade de Angola, nomeadamente junto das instituições de crédito e investidores.

Na Opinião de Crédito, a Moody´s avisa que o 'rating' do país pode descer "se as finanças governamentais e ou a balança externa se deteriorarem devido a uma insuficiente capacidade de reacção do Governo".

E neste caso, Faustino Mumbica adverte para as consequências a nível da redução do investimento externo e do consumo interno.

O Fundo Soberano de Angola, no valor de 5 mil milhões de dólares, é controlado por José Filomeno dos Santos, o filho mais velho do Presidente angolano.

O fundo, que sucede ao fundo petrolífero, foi criado em Outubro de 2012 para investir domesticamente e no exterior os recursos gerados pelas exportações de petróleo em infra-estruturas e outros projectos tendentes a diversificar a economia angolana, fortemente dependente do petróleo.

Até agora, no entanto, desconhecem-se detalhes sobre o funcionamento do referido fundo.

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