sábado, 14 de dezembro de 2013

LUANDA: Ausência de Dos Santos no funeral de Mandela não deve ser dramatizada, diz analista afeto ao segmento do regime ditatorial angolano

Ausência de dos Santos no funeral de Mandela não deve ser dramatizada - analista

Angola e África do Sul têm interesses comuns fortes que não serão afectados por isso

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Arão Ndipa VOA
Divulgação: Redação do Planalto De malanje Rio capôpa
Não deve ser dramatizada a ausência do presidente angolano José Eduardo dos Santos das cerimónias fúnebres de Nelson Mandela, disse o analista político angolano Bernardino Neto.

O analista disse que a ausência de dos Santos de pode dever-se  “ a razões de maior” e que portanto “tudo o resto são especulações”.

Neto comentava à Voz da América essa ausência que tem merecido vastos comentários nas redes sociais .

Neto fez notar que Angola e a África do Sul têm “um conjunto de interesses” comuns e que por isso não vai ser a ausência do chefe de estado “ que vai fazer com que venha a descambar todo um processo que foi já construído”.

O analista recordou a história para sublinhar que as relações entre Angola e Nelson Mandela não começaram após a sua libertação mas muito antes da independência quando os nacionalistas das colonias portuguesas se organizavam na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas.

O analista disse que as relações politicas e diplomáticas entre Angola e África do Sul também foram impulsionadas nos últimos anos, graças á dimensão visionária que Nelson Mandela assumiu para aproximar os dois países, depois de um período marcado por trocas de acusações.

O porta-voz da UNITA Alcides Sakala disse por seu turno esperar que “as futuras gerações sul-africano respeitem este legado de Nelson Mandela e que o seu pensamento continue a iluminar a sociedade africana e sul africana.” Sakala recordou que quando uma delegação da UNITA se avistou com Mandela este disse que se os membros da delegação se quisessem avistar com membros do anterior regime não havia nenhum problema.

O que Mandela fez notar, disse Sakala, é que “uma coisa é o passado que ficava para traz outra coisa é a construção de uma sociedade nova assente numa visão realista”.

“Nelson Mandela como político não se dissocia muito daquilo que era como homem,” acrescentou  Sakala
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Qunu/ Africa do Sul: Graça Machel chora ao receber a bandeira do caixão de Mandela

Graça Machel chora ao receber bandeira do caixão de Mandela

Corpo do antigo presidente sul africano chegou à sua terra natal de Qunu onde será sepultado Domingo
Unidos em lágrimas. Graça Machel  e Jacob Zuma
Unidos em lágrimas Graça Machel e Jacob Zuma                                                                                                                                                                                                                                                                         Tamanho das LETRAS
Fonte: Redação VOA
Divulgação: Redação Planalto De Malanje Rio Capopa
O corpo do antigo presidente sul africano  Nelson Mandela chegou hoje à aldeia de Qunu na província do Cabo Oriental.

As ruas estavam repletas de gente para saudar o ex-presidente quando o seu corpo foi transportado do aeroporto de Mthatha para a aldeia.

Uma enorme tenda foi montada em Qunu para a cerimónia fúnebre no Domingo.

O enterro será uma cerimónia praticamente reservada á família com apenas poucos convidados.

O Congresso Nacional Africano, ANC, realizou uma cerimónia de homenagem a Mandela na base aérea de Waterkloof antes do seu corpo ter sido transportado de avião para a província do Cabo Oriental.

A viúva de Nelson Mandela, Graça Machel, chorou ao receber a bandeira do Congresso Nacional Africano (CNA) que cobriu o caixão do seu marido durante a cerimónia fúnebre oficial.

Vestida de negro, Graça Machel teve de limpar, por várias vezes, as lágrimas, depois de receber a bandeira com as cores da África do Sul das mãos do Presidente sul-africano, Jacob Zuma.

Durante a cerimónia, Machel ouviu atenta os discursos, sentada na primeira fila, junto a Jacob Zuma e à ex-mulher do antigo Presidente sul-africano Winnie Madikizela-Mandela.