quarta-feira, 22 de outubro de 2014

MAPUTO: Observadores da UE preocupados com atraso que deteriora processo eleitoral em Moçambique

Observadores da UE preocupados com atraso que “deteriora” processo eleitoral em Moçambique

Denúncias de fraude continuam. Chefe de operações eleitorais da Beira detida por falsificar editais da votação.
As autoridades moçambicanas garantem que os prazos de divulgação de resultados serão cumpridos GIANLUIGI Fonte de origem: GUERCIA /AFP
O atraso no apuramento dos resultados das eleições da semana passada em Moçambique está a preocupar a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE), para a qual a falta de explicações “deteriora o que tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral”.
A preocupação dos observadores europeus junta-se à da embaixada os Estados Unidos em Maputo, que lamentou os “actos de violência” pontuais do processo eleitoral e manifestou apreensão por “algumas irregularidades” no escrutínio.
A posição da missão da UE – que na sexta-feira tinha considerado a votação “ordeira” – e a da embaixada americana foram expressas na terça-feira, numa altura que continuam a surgir denúncias de atropelos às eleições de dia 15, e quando estão apenas divulgados resultados preliminares e parciais.
Os observadores europeus lamentam também os obstáculos que lhes foram colocados no acesso ao apuramento provincial em Cabo Delgado e na Zambézia e lembra que, ao abrigo da lei, "todo o processo eleitoral deve pautar-se pela transparência e integridade".
A missão considera que a contagem de votos se tem deparado com dificuldades resultantes da “falta de organização e conhecimento dos procedimentos de apuramento, tratamento incorrecto das actas e material de votação e métodos de apuramento demorados”. O seu apelo é para que os problemas sejam ultrapassados “de forma eficaz e transparente, incutindo nos cidadãos a confiança de que o processo eleitoral será concluído em total conformidade com os requisitos legais".
O apuramento distrital deveria ter terminado no sábado e nas províncias deveria ter sido concluído na segunda-feira. Até terça não estava concluído em quatro das 11 províncias. Apesar dos atrasos, o secretariado de administração eleitoral reafirmou que a demora não terá consequências no plano nacional e será respeitado o prazo de 15 dias, que vai até 30 de Outubro, para a divulgação dos resultados globais.
Para além dos partidos da oposição, que logo após as eleições se queixaram de casos de fraude, também organizações como o Centro de Integridade Pública, uma organização independente, e jornais têm vindo a divulgar alegadas irregularidades.
Uma das últimas situações foi noticiada pelo jornal Canal de Moçambique, que divulgou a notícia de que a chefe de operações da Comissão Eleitoral da cidade da Beira, identificada como Sónia Dzimba, foi detida por falsificar editais de um bairro onde Afonso Dhlakama, líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana, antiga guerrilha), e o seu partido terão vencido por larga margem. Os editais falsos “tinham 400 votos a mais em cada mesa”, disse fonte do jornal. O diário O País citou o presidente da comissão distrital de eleições, segundo o qual representantes da oposição detectaram neste caso a falsificação de um edital em que o número de votos na Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique, no poder) foi alterado de três para 223.
Os últimos resultados nacionais divulgados indicavam uma vantagem na corrida presidencial de Filipe Nyusi, candidato da Frelimo, com uma votação superior a  60% contra os cerca de 30% de Afonso Dhlakama e da Renamo.
Dhlakama disse, no final da semana passada, que a eleição “não foi livre nem justa”, mas prometeu não recorrer à violência e manifestou-se pronto a negociar com “os irmãos do Governo”, numa declaração entendida como disponibilidade para negociar a formação de um governo de unidade. “Não haverá mais guerra”, garantiu.
Governo e Renamo retomaram entretanto, na segunda-feira, o diálogo de paz interrompido na campanha eleitoral e fixaram o dia 29 de Outubro como data para o início do processo de desmilitarização e integração dos homens armados da antiga guerrilha. Moçambique viveu durante cerca de ano e meio, até há poucos meses, uma guerra intermitente que fez temer um regresso ao conflito generalizado que se prolongou de 1976 e 1992.
         

LISBOA: Uma Ferrari seria a próxima aquisição de Kangamba se a Policia Judiciaria permiti-se


Ferrari seria próxima aquisição de Kangamba... se PJ deixasse

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Ferrari seria próxima aquisição de Kangamba... se PJ deixasse



A Polícia Judiciária continua a investigar Bento Kangamba. A entrada de capital no Vitória de Guimarães está na mira dos investiagdores, mas não só. Sabe o Jornal de Notícias que a polícia continua a tentar perceber a origem dos milhões de euros que foram encontrados nas casas e contas bancárias do angolano, que estaria para comprar um Ferrari caso não fosse travado pela PJ.
Kangamba continua debaixo de olho da Policia Judiciária, que esta semana, através da sua Unidade de Combate à Corrupção e do Departamento Central de Investigação e Ação penal do Ministério Público, vai investigar a entrada de capital do empresário no Vitoria de Guimarães. O objetivo é perceber se esses investimentos eram lícitos ou se eram realizados com dinheiro sujo.
Na mira dos investigadores permanece também a enorme quantidade de dinheiro apreendido em casas, escritórios e cofres de bancos no valor de sete milhões de euros.
A apreensão feita esta semana foi uma das maiores alguma vez feitas em toda a Europa, refere o Jornal de Notícias. Além da apreensão em numerário, incluída está também a apreensão de saldos bancários e a suspensão de operações financeiras de Bento Kangamba.
Uma dessas operações fazia referência ao pagamento da compra de automóveis de gama alta, nomeadamente de um Ferrari.
Notícias Ao Minuto

LISBOA: Polícia portuguesa apreende oito milhões de Euros e imóveis de Bento Analfabeto Kangamba

Polícia Portuguesa apreende 8 milhões de euros e imóveis de general Bento “Kangamba”
Polícia Portuguesa apreende 8 milhões de euros e imóveis de general Bento “Kangamba”

Fonte: LUSA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
sexta, 17 outubro 2014 00:31

Autoridades terão apreendido 8 milhões de euros em dinheiro e arrestado três imóveis que pertecem a Bento dos Santos “Kangamba”, sobrinho de José Eduardo dos Santos.

O general angolano Bento dos Santos “Kangamba” foi alvo de de buscas na quarta-feira e é acusado de gerir um fundo de branqueamento de capitais em Portugal. A PJ apreendeu 8 milhões de euros em dinheiro, arrestou três imóveis em Lisboa e apreendeu outros bens patrimoniais do sobrinho de presidente angolano, José Eduardo dos Santos. Apesar da investigação ter sido aberta no seguimento do caso BES Angola, o processo foi autonomizado tal como o de Álvaro Sobrinho e a acusação é de branqueamento de capitais.

O Correio da Manhã refere que os 8 milhões de euros foram apreendidos em dinheiro vivo e que uma das casas do general se situa no Parque das Nações e está avaliada em 2 milhões de euros. Ainda segundo este jornal diário, as apreensões terão sido ordenadas pelo juiz Carlos Alexandre que entende que toda a fortuna de “Kangamba” em Portugal é de “origem criminosa”.

O angolano foi suspeito de estar envolvido num caso de tráfico humano no Brasil, nomeadamente numa rede de prostituição, onde o dinheiro seria lavado através da sua participação em clubes de futebol. Também em França está indiciado por branqueamento de capitais, tendo as autoridades no ano passado apreendido 3 milhões de euros em dois carros de matricula portuguesa que lhe pertenciam.

Bento dos Santos “Kangamba” tem 49 anos e casou em 2010 com uma sobrinha de José Eduardo dos Santos. Na última época, o general angolano de três estrelas foi um dos maiores patrocinadores do Vitória de Guimarães que usaram as suas iniciais no seu equipamento.

Lusa