domingo, 5 de janeiro de 2014

SÃO PAULO: Morreu o Cantor Nelson Ned

Morreu Nelson Ned

Aos 66 anos, morre cantor Nelson Ned


Fonte: MSN Notícias

Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capopa

Emílio Surita não quer que nome de Sabrina Sato seja pronunciado nos bastidores do "Pânico" - 1 (© AgNews)
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Por FAMOSIDADES
SÃO PAULO - Após ser internado às pressas no último sábado (4), o cantor Nelson Ned não resistiu e faleceu no Hospital Regional de Cotia, na Grande São Paulo, neste domingo (5).
Aos 66 anos, o artista deu entrada na emergência do centro médico com um quadro de infecção respiratória aguda, pneumonia e problemas na bexiga.
Ned estava registrado desde o último dia 24 na casa de repouso 'Recanto São Camilo', no bairro da Granja Viana. O cantor recebia a visita de uma irmã e do cunhado todos os dias.
Ainda não existem informações sobre o velório e o enterro.
Carreira
Nascido na cidade de Ubá, em Minas Gerais, o artista se consagrou como um dos melhores cantores de música romântica da década de 1960. Seu maior sucesso foi a canção 'Tudo Passará', regravada mais de 40 vezes.
Nelson chegou a investir na carreira internacional, gravando diversos discos em espanhol. Na época, ele levava o público da Argentina, México e Colômbia ao delírio.
Além disso, no auge de sua trajetória profissional o músico ainda teve composições gravadas pelos veteranos Agnaldo Timóteo e Moacyr Franco.
A partir dos anos 1990, o cantor se converteu à religião evangélica e passou a interpretar canções gospel. Já em 1996, ele lançou a biografia que levava o seu apelido, 'O Pequeno Gigante da Canção'. Isso porque o artista tinha apenas 1m12 de altura.
Nelson foi o primeiro músico latino-americano a vender 1 milhão de discos no mercado dos Estados Unidos.
Em 2003, o cantor sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), agravando os problemas de saúde que já tinha há anos. Como consequência do AVC, Ned perdeu a visão de um dos olhos e se locomovia apenas de cadeira de rodas.
Ele sofria também de diabetes, hipertensão arterial e, recentemente, foi diagnosticado com Mal de Alzheimer em fase inicial. Nelson Ned vivia em na clínica de repouso desde 2013.

LUANDA: Imprensa estatal angolana é contra os interesses nacionais

Imprensa estatal angolana é contra os interesses nacionais - Domingos da Cruz

Jornalista diz que a imprensa estatal angolana é um intrumento de manipulação
    TAMANHO DAS LETRAS 

    A imprensa pode ser usada para fortalecer estados totalitários e o exemplo disso é Angola, defende em entrevista à Voz da América o jornalista e escritor angolano Domingos da Cruz.

    “O partido no poder faz dos órgãos de comunicação públicos seu instrumento de manipulação da propaganda política ou partidária,” disse o jornalista que tem publicado no mercado o livro “ A Liberdade de Imprensa em Angola – obstáculos e desafios no processo de democratização”, lançado no ano passado em Luanda.

    É um livro que resulta da dissertação de mestrado numa universidade brasileira em 2011.

    Domingos da Cruz disse que Angola é actualmente “um caso único no mundo” pois é um país “onde se pode identificar a imprensa ao serviço do poder”

    “A imprensa em vez de ser um instrumento que viabiliza o processo de democratização pelo contrário a imprensa angolana particular aquela que está sob controlo do poder hegemónico fortalece o autoritarismo, fortalece e exclusão,” disse.

    “Pode-se dizer que a imprensa angolana está a jogar um papel contra os interesses nacionais,” acrescentou.

    Referindo-se à falta de liberdade de imprensa Domingos da Cruz recordou os vários jornalistas assassinados em Angola ao longo dos anos.

    “Não se pode falar de liberdade de imprensa sem falar de liberdade de expressão,” disse Domingos da Cruz que se referiu ainda aos processo judiciais iniciados contra jornalistas como Rafael marques, William Tonnet  “e tantos outros”.

    O jornalista referiu-se ainda às dificuldades impostas ao registo de órgãos de informação ou autorização para transmissão de radio.

    LISBOA: Morreu o Rei Eusébio da Silva Ferreira "o Pantera Negra"

    MORREU O REI 
    Eusébio da Silva Ferreira, 71 anos, glória do Benfica, morreu esta madrugada devido a uma paragem cardio-respiratória.
    Fonte: Diário Economico
    Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
    05.01.2014
    Génio, ídolo, património nacional, embaixador, estátua viva - tudo isto está associado ao nome mítico de Eusébio da Silva Ferreira que fez História no Desporto e muito além dele, ganhou dimensão planetária, encheu de alegria os corações dos adeptos, alterando o próprio curso histórico do futebol português e internacional. Portugal e o Benfica conquistaram respeito pelos relvados do Mundo fora com as suas jogadas magistrais, os seus remates invulgares, os golos inesquecíveis. Aos 71 anos, o generoso coração de Eusébio parou. Mas os seus feitos vão perdurar na memória colectiva.
    África e as ruas pobres do bairro da Mafalala, na então Lourenço Marques, em Moçambique, foram, na década de 50, os primeiros palcos de expressão para o futuro talento do futebol mundial. Bola de trapos, pés descalços, o futebol era o passatempo favorito com os amigos. Laurindo, o pai que era angolano, morrera de tétano aos 35 anos, após uma vida de trabalho nos caminhos-de-ferro moçambicanos, tendo sido a mãe, Dona Elisa Anissabana, a cuidar sozinha da educação dos filhos.
    Entre os 12 e os 15 anos, depois de o cauteleiro Chico dar notícia das suas qualidades, foi num clube chamado "Os Brasileiros", ainda no bairro, que começou o brilhante trajecto. Porém, depressa iria chegar o interesse do Sporting através da filial de Lourenço Marques, após indicação de Hilário - amigo dos irmãos mais velhos de Eusébio -, que jogaria no clube de Alvalade. O menino preferiu o Desportivo, filial do Benfica, mas as duas experiências correram mal, foi rejeitado e, por isso, entrou no rival e ali jogou durante três anos.
    Do duelo ao primeiro aviso
    Com 18 anos já não restavam dúvidas quanto às suas reais capacidades, mas de Lisboa chegaram indicações de que o Sporting pretendia experimentá-lo. Seria Dona Elisa a decidir que o filho só viajaria para Portugal com um contrato assegurado. Isso mesmo foi apresentado pelos enviados do Benfica e, a 17 de Dezembro de 1960, Eusébio chegou à capital portuguesa para jogar na Luz.
    No entanto, durante cinco meses ainda decorreu um mini-folhetim rocambolesco a propósito da contratação - o documento de desvinculação não chegava do Sporting de Lourenço Marques, as diversas entidades analisavam o assunto e a oficialização tardava. Até que, a 13 de Maio de 1961, por 400 contos, a filial moçambicana dos sportinguistas enviou mesmo o documento e o assunto ficou resolvido.
    Passaram 10 dias até ao primeiro jogo com a camisola do Benfica, a 23 de Maio de 1961, frente ao Atlético (três golos na vitória por 4-2), mas já não foi a tempo de ser integrado na equipa que, um dia depois, rumou a Berna para conquistar o primeiro título europeu com o Barcelona. A estreia oficial no campeonato processou-se a 9 de Junho e Eusébio contribuiu com um golo para a goleada ante o Belenenses (4-0).     
    Uma semana mais tarde, no Torneio de Paris, aconteceu o primeiro encontro com o Rei Pelé, de quem seria amigo pela vida fora, e logo de modo marcante: o Benfica defrontava o Santos, perdia por 0-5, Eusébio entrou e, em cerca de um quarto-de-hora, apontou três golos, além de sofrer uma grande penalidade falhada por José Augusto. No final, o resultado seria de 6-3, mas o aviso internacional estava feito.
    Instinto desequilibrador
    A partir daqui, as espectaculares acções de Eusébio, a potência dos remates, a estonteante velocidade, os dribles desequilibradores, mudaram um pouco de tudo. No futebol português, a hegemonia começada pelo Sporting dos Cinco Violinos transferiu-se para a Luz, traduzindo-se na conquista de 11 títulos e cinco Taças; na Europa, dois golos na final da Taça dos Campeões Europeus de 1962, com o Real Madrid do seu ídolo Alfredo di Stéfano, valeram-lhe a Bola de Prata europeia, apenas atrás do checo Masopust (vice-campeão mundial frente ao Brasil) - ganharia o troféu em 1965, após a final europeia em que foi derrotado pelo Inter, perdendo o do ano seguinte por um ponto (jogara a final da Taça dos Campeões em 1963 ante o Milan e jogaria a de 1968 com o Manchester United, perdendo ambas); no Mundo, aos 25 anos, o papel que interpretou na campanha dos Magriços, tornando-se melhor marcador do Mundial em que Portugal garantiu a melhor presença de sempre (terceiro lugar) com nove golos, abriu as portas para um respeito universal que é eterno.
    Um ano antes, a Juventus apresentara uma proposta fabulosa para o contratar e tudo parecia decidido quanto à sua saída. Contudo, seria o próprio Salazar a interpor-se na decisão, recusando a transferência com o argumento de que Eusébio era "património nacional". Em 1966, cerca de um ano depois do casamento com Flora, o Inter convidou o casal para passar mini-férias em Milão com o objectivo de convencer Eusébio a ficar. Dessa vez só o Mundial evitou a saída, pois a Itália foi afastada pela Coreia do Norte e os responsáveis italianos vetaram a entrada de jogadores estrangeiros.     
    Dos 75 jogos e 57 golos nas competições europeias, a maior parte (65 encontros e 46 golos) foram na Taça dos Campeões, sinal evidente de um desempenho histórico. Na selecção nacional foi, durante muitos anos, líder com 64 jogos e 41 golos, além de ter sido convidado para selecções da FIFA (quatro) e da UEFA (cinco). Em 1972, na Minicopa realizada no Brasil, ainda ajudou Portugal a chegar à final, perdida (0-1) com o país anfitrião. Tudo somado, a carreira fez-se com mais de 700 jogos e 1.137 golos, 320 dos quais no campeonato nacional, 317 pelo Benfica. E chamaram-lhe Pantera Negra.
    Para sempre
    Em 1976, depois de seis dolorosas intervenções cirúrgicas no joelho esquerdo, fez o último jogo pelo Benfica. Ainda voltou a recusar o Sporting antes de actuar pelo Beira-Mar. Seguiu-se percurso no futebol norte-americano e o final da carreira no União de Tomar. Voltaria à Luz na década de 80, primeiro nas equipas técnicas de Sven-Goran Eriksson, mais tarde como embaixador do clube e, num papel mais recente, enquanto embaixador da Federação.  
    Uma vida feita de alta intensidade deixou marcas e o coração lançou vários avisos ao mito até falhar esta madrugada. "A minha infância foi igual à de tantos e tantos miúdos", contava Eusébio. Como um miúdo, chorou de tristeza na derrota com os ingleses que o afastou da final do Mundial em 1966. Como um miúdo, chorou de alegria ao ver a selecção qualificar-se para a final do Europeu em 2004. Como miúdos choramos todos nós agora, unidos no respeito a um fenómeno incomparável.     
    Currículo
    Eusébio da Silva Ferreira
    Data de nascimento: 25 de Janeiro de 1942, em Lourenço Marques (actual Maputo), Moçambique
    Clubes: Benfica, Beira-Mar, Rhode Island Oceaners, Boston Minuttemen, Monterrey, Toronto Metros, Las Vegas Quicksilver, New Jersey Americans e U. Tomar
    Taça dos Campeões: 1961/62
    Liga: 11 títulos (60/61, 62/63, 63/64, 64/65, 66/67, 67/68, 68/69, 70/71, 71/72, 72/73 e 74/75)
    Taça de Portugal: 5 troféus (61/62, 63/64, 68/69, 69/70 e 71/72)
    Melhor marcador da Liga em 63/64 (28 golos), 64/65 (28), 65/66 (25), 66/67 (31), 67/68 (42), 69/70 (21) e 72/73 (40)
    Selecção: 64 jogos/41 golos (melhor marcador no Mundial 66 com nove golos)
    Bola de Ouro: 1965
    Bota de Ouro: 67/68 (42 golos) e 72/73 (40 golos)
    Provas da UEFA: 75 jogos/57 golos
    Campeonato da NASL (liga norte-americana): 1976
    Medalha de prata da Ordem do Infante D. Henrique (1966); Grande Colar do Mérito Desportivo (1981); Águia de Ouro do Benfica (1982); Grande Colar de Honra ao Mérito Desportivo (1990); Ordem do Infante, medalha de ouro da cidade de Lisboa e estátua no Estádio da Luz (1992); Ordem de Mérito da FIFA (1994); Terceiro melhor jogador do século XX para a FIFA, a seguir a Pelé e Maradona (2000).  


    LUANDA: Antevisão de Angola para 2014

    Antevisão de Angola em 2014

    Assembleia Nacional Angola
    Assembleia Nacional Angola

    TAMANHO DAS LETRAS
     
    Fonte: VOA-Agostinho Gayeta
    Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

    LUCAPA: Terror continua nas Lundas

    Terror Continua nas Lundas
     Fonte: Maka Angola 
    Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
    04 de Janeiro, 2014

    O supervisor da empresa privada de segurança Bikuar, conhecido como Ratinho, disparou à queima-roupa e atingiu, na cabeça, Maró Maria Franco, de 28 anos. O corpo do motorista inclinou-se ligeiramente para a frente. A cabeça tocou no volante, a chave continuou na ignição. O jovem morreu sentado, por volta das 13h45, na viatura que conduzia, a 27 de Dezembro, na área diamantífera de Calonda, no município do Lucapa, província da Lunda-Norte.

    A seu lado, o jovem que o acompanhava, no Toyota Land-Cruiser, saiu ileso.

    Matar tem sido o lema entre os guardas das empresas privadas de segurança, ao serviço das companhias diamantíferas, nas Lundas. A impunidade tem sido a palavra de ordem entre os proprietários das referidas empresas, por norma altos oficiais do exército e da Polícia Nacional.

    Nesse cortejo de mortes, a diferença tem estado apenas nos detalhes sobre como a vida alheia, nas Lundas, não vale nada.

    Segundo depoimentos prestados pelo irmão do malogrado, António Aleluia, de 19 anos, que se fez presente ao local, Maró Maria Franco foi morto porque se recusou a entregar a chave da viatura. O supervisor da Bikuar havia bloqueado a via com outra viatura e exigiu a chave para confisco do Toyota. “O meu irmão disse que estava conduzir na via pública e não tinha nada de entregar as chaves. Foi morto por isso”, reafirmou António Aleluia .

    Maró Maria Franco trabalhava para um comprador de diamantes de nacionalidade senegalesa, conhecido localmente como o Boss Petit Ba. Transportou uma equipa de garimpeiros, ao serviço do seu patrão, para uma zona de exploração artesanal. A abordagem fatal aconteceu na sua viagem de regresso.

    “Eu fui remover o corpo do meu irmão porque a polícia estava lá no local, incluindo o comandante da Polícia do Sector de Calonda, o intendente Mário Muandumba, mas não fazia nada e as horas passavam”, disse António Aleluia.

    “ Só depois de eu ter pegado no corpo, um dos oficiais disse para eu esperar, para eles tirarem dados. Como eu estava muito nervoso, colocaram-me na viatura do próprio comandante Muandumba”, afirmou o irmão da vítima.

    Na viatura do comandante encontrava-se já o motorista da Alfa-5, que transportava o supervisor da Bikuar e, segundo depoimentos recolhidos junto da polícia local, terá facilitado também a sua fuga da cena do crime.

    A Alfa-5 e a Bikuar prestam serviços privados de segurança à Sociedade Mineira de Angola (Somipa), a empresa diamantífera que actualmente faz a prospecção de diamantes no Calonda.

    O General JJ

    De acordo com o depoimento de António Aleluia, na viagem de regresso à vila de Calonda, “o comandante Muandumba falou com o general JJ, a quem tratava por sua excelência, para ficar tranquilo. ‘Sua excelência, vou pôr tudo em ordem, fica calmo’ dizia o comandante”.

    O general JJ, cuja verdadeira identidade a testemunha desconhecia, é o segundo comandante provincial da Polícia Nacional no Uíge, subcomissário José João. Até recentemente, o subcomissário exercia as mesmas funções na província da Lunda-Norte. É o principal responsável da empresa Bikuar, no relacionamento com as autoridades locais.

    Maka Angola tem acompanhado as intervenções pessoais do general JJ junto da polícia local, sempre que os guardas da empresa cometem actos de homicídio e outros crimes.

    João Inácio, tio do malogrado, interveio na narrativa para reafirmar o que é um segredo público na Lunda-Norte. “Os donos dessa empresa são o general JJ, o próprio governador provincial da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, e o empresário Santos Bikuku. Não vamos esconder a realidade”.

    “Essa empresa é um exército clandestino que criaram para dar cabo do povo”, alegou o tio da vítima.

    Em reacção ao homicídio, centenas de populares tomaram de assalto o principal acampamento da Bikuar, situado fora do perímetro da mina, tendo os guardas abandonado o local em debandada. Efectivos policiais foram enviados ao local para dispersar a população a tiro, quando estes destruíam e saqueavam o referido acampamento.

    Já no comando policial de Calonda, o comandante Muandumba telefonou ao “general JJ”, diante de vários membros da família do malogrado, para negociar uma compensação. “Na nossa presença, o comandante perguntou-nos o que queríamos, para transmitir ao general JJ”.

    O tio João Inácio detalhou a conversa entre o padrasto, em representação da família, e o comandante, em nome do subcomissário José João. O padrasto recusou-se a negociar sem a presença dos familiares directos, na altura em viagem para o local, e exigiu apenas o montante devido para a realização das despesas do funeral, avaliadas em um milhão de kwanzas (US $10,000).

    “O comandante Muandumba ligou outra vez para o general JJ [o subcomissário] apresentou a proposta e recebeu instruções e um número de telefone para ligar à direcção da Somipa, para a empresa efectuar o pagamento”, revelou João Inácio.

    Maka Angola teve acesso às duas notas de entrega de um total de 900,000 kwanzas à família. A nota da Somipa, datada de 31 de Dezembro, indicava a contribuição de 500,000 kwanzas da concessionária diamantífera e foi assinada pelo seu director de operações, Viacheslav Savelyev. A segunda nota, de 400,000 kwanzas, como contribuição da Bikuar, foi assumida pela Esquadra policial de Calonda e assinada pelo seu comandante, Mário Muandumba.

    “Venho por intermédio desta informar que Esquadra Policial do Calonda que em função do incidente ocorrido no dia 27 de Dezembro de 2013, às 13:45 que vitimou o cidadão Maró Maria Frank procedemos à entrega de 400,000,00 Kz (quatrocentos mil kwanzas) valores provenientes da direcção da Bikuar à mãe da vítima senhora Maria Tchabua Ngamba (…)”, lia-se na nota de entrega da polícia.

    No entanto, os montantes só foram entregues a 2 de Janeiro.

    Injecções de Gasolina no Corpo

    Apesar dos grandes anúncios de desenvolvimento que têm ocorrido no país, a morte de Maró Maria Franco expôs a falta de uma morgue no município do Lucapa, uma área com mais de 80,000 habitantes e rica em diamantes.

    Os familiares tiveram de levar o corpo directamente para casa. O enterro seria realizado no dia seguinte, enquanto aguardavam pela chegada de mais familiares provenientes de Luanda e Cafunfo.

    “Para não inflamar e manter o corpo até ao enterro, tínhamos de injectá-lo regularmente com gasolina. É assim que fazemos aqui para conservarmos os nossos mortos até serem enterrados”, explicou João Inácio.