África do Sul avança no reforço da sua liderança ao acolher a cimeira do BRICS
As cinco potências emergentes vão anunciar em Durban a criação de um banco destinado a financiar o desenvolvimento nos países menos avançados.
A África do Sul acolhe pela primeira vez a cimeira do BRICS – como o mais novo membro desse grupo de países emergentes, que contempla o Brasil, a Rússia, a Índia e a China.
Enquanto se aproxima o encontro de Durban a ter lugar em finais deste mês, a questão que surge é, que importância tem esta cimeira para África do Sul e para o continente africano.
A África do Sul é a menor economia do BRICS, mas espera que o seu estatuto de membro poderá significar grandes oportunidades para o país, e para África.
“Os nossos vínculos são históricos.”
A ministra dos negócios estrangeiros sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane realça que o seu país tem vínculos económicos e culturais de longa data com vários países do BRICS, principalmente com a Índia e a China.
A África do Sul juntou-se ao grupo em 2011 na esperança de poder reforçar a sua posição global, e contrabalançar a grande influencia tradicionalmente exercida pelas potências ocidentais.
O analista Lyal White que dirige o Centro de Dinâmicas dos Mercados, no Instituto Gordon de Estudos Económicos diz que ainda que a África do Sul não faça parte tecnicamente desse grupo de elite, é no entanto o gerador e porta de entrada para os mercados africanos.
“É uma oportunidade para a África do Sul poder realmente exercer o seu peso no contexto global e realmente engajar-se com uma agenda global ao mais alto nível e para conduzir o futuro político e económico do mundo em desenvolvimento.”
Joanesburgo é a cidade multicultural e tem sido há muitos anos um ponto de emigrantes do mundo. O comerciante Zubair Ismail importa os produtos que vende da Índia e da China. Mas diz que se tivesse a oportunidade para falar com os dirigentes do BRICS, teria feito um surpreendente pedido.
“Basicamente a principal coisa seria parar com as importações da China, Índia e seja de onde for, e tentar a recuperação industrial local. Porque poderia aumentar o emprego e também dar a todos, a oportunidade de venda a grosso e a retalho localmente.”
Do outro lado da cidade e na mais antiga loja chinesa do sítio, o negócio vai bem. A loja tem uma profunda relação com a comunidade local e tem crescido durante 60 anos. O proprietário King Pon diz que os BRICS não vão mudar grande coisa.
“As pessoas são muito capitalistas. Penso que não é realmente preciso grandes acordos dos governos do BRICS para as pessoas fazerem negócios. Onde há dinheiro, as pessoas afluem.”
Críticos dizem que o BRICS não é uma dinâmica nova – apenas uma outra forma de colonialismo que permite aos países ricos explorar a África.
O académico Patrick Bond diz que BRICS será desastroso para o continente.
“É a extracção que é tão devastadora para o meio ambiente e para as pessoas… de que BRICS se trata? …o que parece é que está a tentar fazer as coisas mais formal e legitimamente, mais fluido e com mais dinheiro.”
Os governos do BRICS poderão argumentar de que esse dinheiro é a chave para conter a exploração e os seus planos em usar a cimeira para anunciar a criação de um banco próprio do grupo que poderá beneficiar não apenas o continente africano.
Enquanto se aproxima o encontro de Durban a ter lugar em finais deste mês, a questão que surge é, que importância tem esta cimeira para África do Sul e para o continente africano.
A África do Sul é a menor economia do BRICS, mas espera que o seu estatuto de membro poderá significar grandes oportunidades para o país, e para África.
“Os nossos vínculos são históricos.”
A ministra dos negócios estrangeiros sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane realça que o seu país tem vínculos económicos e culturais de longa data com vários países do BRICS, principalmente com a Índia e a China.
A África do Sul juntou-se ao grupo em 2011 na esperança de poder reforçar a sua posição global, e contrabalançar a grande influencia tradicionalmente exercida pelas potências ocidentais.
O analista Lyal White que dirige o Centro de Dinâmicas dos Mercados, no Instituto Gordon de Estudos Económicos diz que ainda que a África do Sul não faça parte tecnicamente desse grupo de elite, é no entanto o gerador e porta de entrada para os mercados africanos.
“É uma oportunidade para a África do Sul poder realmente exercer o seu peso no contexto global e realmente engajar-se com uma agenda global ao mais alto nível e para conduzir o futuro político e económico do mundo em desenvolvimento.”
Joanesburgo é a cidade multicultural e tem sido há muitos anos um ponto de emigrantes do mundo. O comerciante Zubair Ismail importa os produtos que vende da Índia e da China. Mas diz que se tivesse a oportunidade para falar com os dirigentes do BRICS, teria feito um surpreendente pedido.
“Basicamente a principal coisa seria parar com as importações da China, Índia e seja de onde for, e tentar a recuperação industrial local. Porque poderia aumentar o emprego e também dar a todos, a oportunidade de venda a grosso e a retalho localmente.”
Do outro lado da cidade e na mais antiga loja chinesa do sítio, o negócio vai bem. A loja tem uma profunda relação com a comunidade local e tem crescido durante 60 anos. O proprietário King Pon diz que os BRICS não vão mudar grande coisa.
“As pessoas são muito capitalistas. Penso que não é realmente preciso grandes acordos dos governos do BRICS para as pessoas fazerem negócios. Onde há dinheiro, as pessoas afluem.”
Críticos dizem que o BRICS não é uma dinâmica nova – apenas uma outra forma de colonialismo que permite aos países ricos explorar a África.
O académico Patrick Bond diz que BRICS será desastroso para o continente.
“É a extracção que é tão devastadora para o meio ambiente e para as pessoas… de que BRICS se trata? …o que parece é que está a tentar fazer as coisas mais formal e legitimamente, mais fluido e com mais dinheiro.”
Os governos do BRICS poderão argumentar de que esse dinheiro é a chave para conter a exploração e os seus planos em usar a cimeira para anunciar a criação de um banco próprio do grupo que poderá beneficiar não apenas o continente africano.