segunda-feira, 18 de março de 2013

AFRICA DO SUL-DURBAN - ÁFRICA DO SUL AVANÇA NO REFORÇO DA SUA LIDERANÇA AO ACOLHER A CIMEIRA DO BRICS


África do Sul avança no reforço da sua liderança ao acolher a cimeira do BRICS

As cinco potências emergentes vão anunciar em Durban a criação de um banco destinado a financiar o desenvolvimento nos países menos avançados.
Os cinco líderes do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
Os cinco líderes do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

TAMANHO DAS LETRAS
 
Redacção VOA
A África do Sul acolhe pela primeira vez a cimeira do BRICS – como o mais novo membro desse grupo de países emergentes, que contempla o Brasil, a Rússia, a Índia e a China.

Enquanto se aproxima o encontro de Durban a ter lugar em finais deste mês, a questão que surge é, que importância tem esta cimeira para África do Sul e para o continente africano.

A África do Sul é a menor economia do BRICS, mas espera que o seu estatuto de membro poderá significar grandes oportunidades para o país, e para África.

“Os nossos vínculos são históricos.”

A ministra dos negócios estrangeiros sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane realça que o seu país tem vínculos económicos e culturais de longa data com vários países do BRICS, principalmente com a Índia e a China.

A África do Sul juntou-se ao grupo em 2011 na esperança de poder reforçar a sua posição global, e contrabalançar a grande influencia tradicionalmente exercida pelas potências ocidentais.

O analista Lyal White que dirige o Centro de Dinâmicas dos Mercados, no Instituto Gordon de Estudos Económicos diz que ainda que a África do Sul não faça parte tecnicamente desse grupo de elite, é no entanto o gerador e porta de entrada para os mercados africanos.

“É uma oportunidade para a África do Sul poder realmente exercer o seu peso no contexto global e realmente engajar-se com uma agenda global ao mais alto nível e para conduzir o futuro político e económico do mundo em desenvolvimento.”

Joanesburgo é a cidade multicultural e tem sido há muitos anos um ponto de emigrantes do mundo. O comerciante Zubair Ismail importa os produtos que vende da Índia e da China. Mas diz que se tivesse a oportunidade  para falar com os dirigentes do BRICS, teria feito um surpreendente pedido.

“Basicamente a principal coisa seria parar com as importações da China, Índia e seja de onde for, e tentar a recuperação industrial local. Porque poderia aumentar o emprego e também dar a todos, a oportunidade de venda a grosso e a retalho localmente.”

Do outro lado da cidade e na mais antiga loja chinesa do sítio, o negócio vai bem.   A loja tem uma profunda relação com a comunidade local e tem crescido durante 60 anos. O proprietário King Pon diz que os BRICS não vão mudar grande coisa.

“As pessoas são muito capitalistas. Penso que não é realmente preciso grandes acordos dos governos do BRICS para as pessoas fazerem negócios. Onde há dinheiro, as pessoas afluem.”

Críticos dizem que o BRICS não é uma dinâmica nova – apenas uma outra forma de colonialismo que permite aos países ricos explorar a África.
O académico Patrick Bond diz que BRICS será desastroso para o continente.

“É a extracção que é tão devastadora para o meio ambiente e para as pessoas… de que BRICS se trata? …o que parece é que está a tentar fazer as coisas mais formal e legitimamente, mais fluido e com mais dinheiro.”

Os governos do BRICS poderão argumentar de que esse dinheiro é a chave para conter a exploração e os seus planos em usar a cimeira para anunciar a criação de um banco próprio do grupo que poderá beneficiar não apenas o continente africano.

ANGOLA-LUANDA - PASSADOS MAIS DE CINCO ANOS DEPOIS DO ASSASSINADO DOS DOIS ATORES ANGOLANOS SEM QUE HA-JÁ SOLUÇÃO DA PARTE DAS AUTORIDADES ANGOLANAS QUE INVESTIGARAM O CASO, A ASSOCIAÇÃO DE ADVOGADOS MÃOS LIVRES DA COMO ENCERRADO O CASO APESAR DE NÃO EXISTIR RESPOSTAS PARA O SEU ESCLARECIMENTO.


Angola: 5 anos depois caso dos actores assassinados continua por esclarecer

Associação Mãos Livres quer levar caso à Comissão Africana.
Avenida Marginal, Luanda
Avenida Marginal, Luanda
TAMANHO DAS LETRAS 
Coque Mukuta
Cinco anos depois, ainda não se concluiu em Angola o processo dos dois actores que foram mortos no município do Sambizanga quando gravavam um filme intitulado “Sem Piedade”.
Para Salvador Freire, Presidente da organização cívica “Mãos Livres”, passados cinco anos conclui-se que o processo está encerrado e pede às famílias para que façam maiores pressões sobre a Procuradoria-Geral da República: “Evidentemente o processo está encerrado os familiares devem continuar junto da Procuradoria-Geral da República a pressionar o caso” frisou aquele activista.

Salvador Freire disse também que regista-se no caso dos jovens Nunes Mendes Ernesto, mais conhecido por “Bayoco” e Danilson dos Santos a negação da justiça, por isso as “Mãos Livres” irá, em breve, escrever à Comissão Africana e fazer diligências internacionais por ver rejeitada a justiça em Angola: “Nós vamos fazer tudo para levarmos o caso à Comissão Africana, porque passados cinco anos é claro que a justiça foi negada dentro do país e por isso nós vamos recorrer” realçou Salvador Freire, presidente da Associação Cívica Mãos Livres, falando acerca do caso dos assassinatos a morte dos dois jovens quando participavam na rodagem do filme “Sem Piedade”
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