sábado, 1 de fevereiro de 2014

LUANDA: Oposição angolana defendem revisão da constituição atípica concebida pelo MPLA/JES

Oposição Angolana defendem revisão da Constituição

Fonte: O País
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Oposição Angolana defendem revisão da Constituição
A este propósito, e como era de esperar,  três dos quatro partidos  da oposição com assento parlamentar reiteraram o seu desejo assente na remoção da cláusula relativa à forma de eleição do Presidente da República, tal como ficou expresso nas suas declarações a O PAÍS.
O secretário geral da UNITA, Victorino Nhany, considera que a existência do Artigo 109, que determina a eleição do Presidente da República a partir da posição do candidato no boletim de voto, “não se justifica, porque constitui uma boleia do partido”.
O dirigente do Galo Negro exige o retorno da modalidade de eleição do Presidente da República em sufrágio próprio. Outra pretensão da UNITA, revelada pelo seu secretário-geral tem a ver com a alteração dos símbolos nacionais, “tendo em conta os objectivos culturais, históricos e judiciais e a trajectória do país”.
Nhany diz ainda serem necessárias alterações sobre o órgão supervisor das eleições, ao qual deve ser conferido poderes independentes dos órgãos do Executivo, bem como a efectiva realização periódica das autarquias.
É ainda pretensão da  UNITA, numa eventual revisão constitucional, propor a existência de uma comunicação social pública independente “para promover o contraditório”.
O secretário-geral do PRS, Benedito Daniel, também entende ser a modalidade de eleição presidencial a primeira alteração que deveria ser feita, se tal revisão à Constituição for aprovada, por considerar que  a “atipicidade” da eleição presidencial atrapalha o país e o poder do Presidente da República”.
Ele precisou que uma eleição com base na lista de deputados devia sugerir um regime parlamentar  “e não presidencialista como acontece no nosso país. Não existe pressuposto legal para tal efeito”.
Também  este político exige a eleição presidencial por “candidatura única e universal”. “Pelo menos que deixassem o Presidente ser eleito pelo parlamento, o que também não acontece”, observou.
Benedito Daniel  insistiu em como o enquadramento da “atipicidade”  tem suscitado dúvidas na sua aplicação prática e teórica.
“Foram arranjos feitos e cuja experiência  não é imitável do ponto de vista legal e de legitimidade. A nossa Constituição tem de evoluir para consagrar a Nação”, sentenciou o político.
No mesmo diapasão alinha o deputado e vice-presidente da CASA-CE, Lindo Bernardo Tito, para quem “o sistema de governo atípico não tem história do ponto de vista constitucional, o que justifica a sua retirada da actual Carta Magna do país”.
O deputado considera que a actual Constituição “foi feita à socapa e fora dos prazos, é difícil de se  aplicar e a modalidade do cabeça de lista  retira o direito de opção ao cidadão”, “fora disso”, acrescenta,“a nossa Constituição é moderna e se equipara com as constituições de outros países do mundo”.
A Carta Magna angolana possui três capítulos, 244 artigos e três anexos.
Foi aprovada a 21 de Janeiro e promulgada 5 de Fevereiro de 2010 pelo Presidente José Eduardo dos Santos.
A Constituição foi aprovada com 186  votos do MPLA, tendo  os 16 deputados da UNITA abandonado a plenária por discordarem do seu texto.
Outros partidos se abstiveram, embora também fortemente críticos ao texto.   A  revisão da Constituição está prevista no seu Artigo 233.º que remete tal  iniciativa ao Presidente da República ou a um terço dos deputados da Assembleia Nacional em efectividade de funções.
O Artigo 234.º determina que as alterações da Constituição são aprovadas por maioria de dois terços dos deputados em efectividade de funções e que o Presidente da República “não pode recusar a promulgação da Lei de Revisão Constitucional, sem prejuízo de poder requerer a sua fiscalização preventiva pelo Tribunal Constitucional.
As alterações da Constituição que forem aprovadas serão reunidas numa única lei de revisão.   A Constituição, no seu novo texto, é publicada conjuntamente com a lei de revisão”.
Relativamente aos limites temporais, a Carta Magna de Angola, no seu Artigo 235.º, estipula que a Assembleia Nacional pode rever a Constituição, decorridos cinco anos da sua entrada em vigor ou da última revisão ordinária.
“A Assembleia Nacional pode assumir, a todo o tempo, poderes de revisão extraordinária por deliberação de uma maioria de dois terços dos deputados em efectividade de funções”, refere a principal norma jurídica do país.
O Artigo 236.º  determina que as alterações à Constituição têm de respeitar a dignidade da pessoa humana, a independência, integridade territorial e unidade nacional, a  forma republicana de governo, a natureza unitária do Estado, o núcleo essencial dos direitos, liberdades e garantias.
Defende ainda o respeito do Estado de direito e a democracia pluralista, a laicidade do Estado e o princípio da separação entre o Estado e as igrejas, o Sufrágio universal, directo, secreto e periódico para a eleição dos titulares dos órgãos de soberania e das autarquias locais,  a independência dos tribunais, a separação e interdependência dos órgãos de soberania  e a autonomia local.
No que tange aos limites circunstanciais, o documento refere que não pode ser realizada qualquer alteração à Constituição durante a vigência dos estados de guerra, de sítio ou de emergência.
João Pinto: ‘A Constituição fica como está’
O chefe adjunto da bancada parlamentar do MPLA, João Pinto, considera que a Oposição “tem muitos sonhos” quando advoga a necessidade da alteração da actual Constituição do país.
O também professor de Direito Constitucional, entende que a actual Lei Magna do país é a melhor que há porque garante a estabilidade das instituições.
“A nossa Constituição é estável, sólida, original e não existe outra no mundo”, disse João Pinto.
Para o parlamentar do MPLA,
uma Constituição deve ser avaliada na sua faculdade de garantir ou não a estabilidade do país e a de Angola respeita os aspectos culturais e sociais.
“Era preciso garantir o mando único para evitar a bicefalia. A nossa Constituição garante mais direitos do que qualquer outra e não devemos comparar a nossa democracia com a americana, alemã ou francesa. Eles mesmos (a oposição) sabem que o único que manda nos seus partidos é o presidente e mais ninguém”, ironizou.
O PAIS

LONDRES: Funcionários do The Guardian destroem arquivos passados por Snowden

Funcionários do Guardian destroem arquivos de Snowden

Jornal foi ameaçado de processo pelas autoridades do Reino Unido caso não eliminasse o material considerado confidencial

Fonte: The Guardian Journal
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
01.02.2014

SÃO PAULO - Imagens de jornalistas do diário britânico The Guardian destruindo computadores que continham os arquivos passados ao jornal pelo ex-agente da CIA Edward Snowden foram divulgadas nesta sexta-feira. O episódio aconteceu em 20 de julho do ano passado.
O jornal foi ameaçado de processo pelas autoridades do Reino Unido caso não destruísse o material, que continha informações sobre o governo do país consideradas confidenciais. O chefe da casa civil britânico, Jeremy Heywood, teria dito a Alan Rusbridger, editor do Guardian: "Podemos fazer isso de um jeito tranquilo ou podemos seguir a lei. Muita gente no governo acha que vocês deveriam ser fechados".
Através das reportagens de seu correspondente Glenn Greenwald, que teve acesso a documentos vazados pelo ex-agente da CIA Edward Snowden, o Guardian revelou o esquema de espionagem online da agência norte-americana NSA.
O governo britânico agiu para barrar a divulgação de segredos seus contidos na massa de informação. O serviço de inteligência do país (GCHQ) pediu ao jornal que entregasse os computadores onde as informações estariam armazenadas para que fossem destruidos.
O Guardian recusou, propondo que seus próprios jornalistas eliminassem o material. Oficiais do GCHQ acompanharam então o processo de destruição, feito por três funcionários do Guardian. Foram usadas furadeiras e rebarbadoras para "lixar" as placas dos computadores. Depois, tudo foi passado por um desmagnetizador do GCHQ.
Segundo o Guardian, todos os arquivos relacionados a Snowden que o jornal tinha em seu poder estavam em quatro laptops sem conexão à internet ou qualquer rede interna. Os computadores ficavam numa sala especial, vigiada 24 horas por dia por seguranças. Havia múltiplas senhas e uma proibição ao uso de aparelhos eletrônicos na sala. Apenas uma pequena equipe de repórteres veteranos de confiança tinha acesso aos arquivos. O editor do jornal, Alan Rusbridger, lembrou ao governo, porém, que cópias dos documentos existiam em outros países.
Na semana que vem, a editora do jornal lança o livro The Snowden Files, de Luke Harding, que conta a história do agente, desde seus tempos de juventude, o período em que trabalhou para a CIA até o ano passado, quando decidiu contar ao mundo tudo que sabia.

MAPUTO: Governo moçambicano e Renamo voltam a reunir-se no sãbado

Governo moçambicano e Renamo voltam a reunir-se no sábado

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
O governo de Moçambique e a Renamo vão realizar no sábado uma sessão extraordinária das conversações que mantêm em Maputo para ultrapassar o conflito político e militar que o país atravessa, anunciou hoje o maior partido de oposição.Manuel Bissopo, secretário-geral da Renamo, confirmou a realização do encontro durante um almoço com jornalistas, na capital moçambicana.

Trata-se da primeira vez que as duas partes se encontram fora do calendário estabelecido, às segundas-feiras, desde que há mais de um ano se iniciaram os contactos formais entre ambos.

LUANDA: Nova dança politica na Nigéria, governador e senadores mudam de campo e vão para oposição

Nova dança política na Nigéria, governador e senadores mudam de campo

Partido no poder, o PDP, parece estar em desmoronamento com a recente deserção de mais cinco senadores para as fileiras da poderosa coligação política na oposição.

Alhaji Bamanga Tukur, presidente do partido nigeriano no poder - PDP

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Redacção VOA
Divulgação: Planalto de Malanje Rio capôpa
Alguns analistas até afirmam que essas desistências não são apenas uma acção de confiança política para as eleições presidenciais de 2015.

O Partido Democrático do Povo (PDP) está no poder na Nigéria desde a transição do regime militar para a democracia em 1999. É o maior de todos, mais organizado e bem implantado por todo o país.

Mas nos últimos meses a poderosa intocabilidade do PDP tem sido desafiada com a deserção de 5 governadores e 37 membros da Camara dos Representantes. Todos eles juntaram-se a um novo partido político, o All Progressive Congresso (APC), ou Congresso Todo Progressista em tradução literal, que foi formado no ano passado durante a fusão dos então maiores partidos da oposição.

Clement Nwankwo, director do Centro de Advocacia e Democracia em Abuja, diz que “a luta entre os partidos está a intensificar-se”.

Clement Nwankwo adianta que a luta começou porque os muitos problemas nigerianos não foram resolvidos nos últimos quatro anos da presidência de Goodluck Jonathan.

A situação de pobreza, insegurança, falta de electricidade e do quase colapso económico do país em várias regiões são apenas algumas das razões para que o partido do presidente esteja a perder o concerto.

“Simultaneamente há pessoas que adoram o ambiente que ele criou para os seus negócios, para fazerem dinheiro e tudo. E elas poderiam fazer de tudo para mantê-lo no poder, incluindo os mais próximos que continuam a dizê-lo ‘senhor presidente, não se preocupe com eles. O PDP é uma grande máquina. E vai ganhar as eleições”, disse Nwankwo.

Mas não são apenas os membros do PDP que estão a desafiar o poder.

Ibrahim Shekaru, um dos líderes do Congresso Todo Progressista e antigo governador do Estado de Kano, deu uma conferência de imprensa ao lado de uma dezena de líderes do norte do país na qual disse disse que o APC ainda tem falta de “engajamento, transparência e responsabilização”.

Alguns dos observadores disseram que as mudanças políticas actuais na Nigéria são mais tentativas para se chegar ao poder,do que acções políticas concretas.

Onyiye Gandhi é jurista no Delta do Níger, o centro de base de apoio do presidente Goodluck Jonathan:  “É político. São apenas interesses permanentes. Não existem amigos permanentes e nem inimigos permanentes”.

As eleições estão previstas para início de 2015 e o presidente Jonathan Goodluck é largamente dado como estando a preparar a sua recandidatura. Depois de sua vitória de 2011, cerca de mil pessoas foram mortas em actos de violência.

LUANDA: Retirada de Lopo do Nascimento coloca em destaque a necessidade de renovação na liderança no MPLA

Angola: Retirada de Lopo do Nascimento põe em destaque necessidade de renovação da liderança, dizem analistas

Lopo do Nascimento foi um dos signatários dos acordos de Alvor e membro do conselho presidencial do governo de transição.
Lopo do Nascimento
Lopo do Nascimento

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Voanews/Arão Ndipa
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Analistas políticos em Angola consideram que o abandono de Lopo do
Nascimento da vida política activa representa, para o pais, a necessidade de se desencadear um  processo de renovação das suas lideranças,  acautelando todos os antecedentes.

Lopo do Nascimento foi um dos signatários dos acordos de Alvor e membro do conselho presidencial do governo de transição do lado do MPLA, juntamente com José Ndele da UNITA  e de Jonhy Pinock Eduardo da FNLA.

Foi posteriormente acusado por Agostinho neto de ser um pequeno burguês e afastado do cargo. Mais tarde foi comissário provincial da Huíla.

Para falar sobre as repercussões da retirada deste conhecido politico angolano, ouvimos o politólogo Alberto Bula e o jornalista José Kaliengue
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SÃO PAULO: Grupo empresarial "DIS" se diz enganado poe Neymar pai empresário atual do filho jogador do barcelona Neymar Junior, o grupo suspeita da renuncia do presidente do Barça.

DIS se julga enganado por Neymar e suspeita de renúncia de Rosell

O DIS, braço esportivo do Grupo Sonda e ex-detentor de 40% dos direitos de Neymar, se julga enganado pelo pai do atacante negociado pelo Santos com o Barcelona...

Fonte: EFE
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
01.02.2014

DIS se julga enganado por Neymar e suspeita de renúncia de Rosell
Neymar iniciou o duelo contra o Elche na reserva e viu Alexis Sánchez brilhar
O DIS, braço esportivo do Grupo Sonda e ex-detentor de 40% dos direitos de Neymar, se julga enganado pelo pai do atacante negociado pelo Santos com o Barcelona. Roberto Moreno, advogado da empresa, ainda levantou suspeitas em torno da renúncia de Sandro Rosell à presidência do clube espanhol.
"Nos sentimos muito enganados e tristes, porque ajudamos bastante o Neymar. O pai dele trabalhava na construção civil e tínhamos um carinho muito grande por ele. Ajudamos a família toda. Compramos (40%) dos direitos econômicos do atleta por R$ 5 milhões, o que na época (2009) deixava uma pessoa rica no Brasil", disse Moreno em entrevista à rádio La Xarxa, de Barcelona.
Sem receber o que considera justo na negociação com o Barcelona, o representante da DIS criticou Neymar pai. "Não fala mais com a gente, não liga mais. Está fazendo tudo para prejudicar quem mais o ajudou, incentivou e acreditou nele. Isso é muito triste para nós", declarou o advogado.
De acordo o DIS, o empresário André Cury, na condição de representante oficial do Barcelona, chegou a oferecer 6 milhões de euros em troca do silêncio da empresa, que não aceitou a proposta e agora reúne documentos para entrar na Justiça.
Em meio à polêmica em torno da transferência de Neymar ao Barcelona, Sandro Rosell tomou a decisão de renunciar ao cargo de presidente do clube espanhol. A atitude do dirigente leva Roberto Moreno a crer em irregularidades na negociação que levou o atacante à Catalunha.
"Se não existe problema, por que renunciou? É muito estranho. Se não houve nada de errado, por que ele acabou saindo de Barcelona com sua família para Londres? Tem alguma coisa que precisamos descobrir exatamente o que é para que todos saibam o que efetivamente aconteceu", declarou.

LUANDA: Deputada da CASA-CE agredida pela policia nacional

Deputada da CASA-CE agredida pela polícia

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Deputada da CASA-CE agredida pela políciaO presidente da coligação eleitoral diz ir convidar o Presidente da República a visitar o bairro para ver as condições em que os angolanos vivem.
O líder da CASA-CE Abel Chivukuvuku e uma delegação do partido foram impedidos de visita visitar hoje cerca de 50 famílias retiradas da Chicala, bairro do Quilombo onde viviam em casas, para habitarem em tendas sem condições.
À chegada forcas policiais impediram a visita e a deputada Odeth Joaquim foi agredida pelos agentes.
"Um agente da policia agarrou-me no peito, empurrou-me para impedir que eu entrasse, p que é muito mau e repugnante num pais que se diz democrático e de direito", disse Joaquim.
O presidente da coligação eleitoral Abel Chivukuvuku depois do que viu prometeu escrever uma carta ao Presidente da República para que este va ver com os próprios olhos como estão a viver os seus concidadãos.
"O que constatamos aqui neste acampamento é tão desumano que é quase impossível descrever a situação, mas preocupante é a consciência de que isto é feito por angolanos contra outros angolanos", comentou Chivukuvuku.
Voa

LUANDA: Abel Chivukuvuku envia carta reivindicativa ao presidente da Republica

Abel Chivukuvuku: Teor da Carta a Eduardo dos Santos

Fonte: CASA-CE
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Abel Chivukuvuku: Teor da Carta a Eduardo dos Santos
A
Sua Excelência
Senhor José Eduardo dos Santos
Presidente da República de Angola
LUANDA
Excelência!
Aceite os meus respeitosos cumprimentos.
Na minha qualidade de Presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – CASA-CE, e de servidor do cidadão, visitei nesta manhã do dia 30 de Janeiro de 2014, o acampamento onde foram despejados os cidadãos  que viviam na Chicala e no Kilombo,  município das Ingombotas. E, apesar da tentativa de impedimento ilegal e por meios violentos, por parte de efectivos da policia nacional e das forças armadas angolanas, que chegaram a agredir a senhora Odeth Ludovina Baca Joaquim, Deputada e 4ª Secretária de Mesa da Assembleia Nacional, consegui fazer a visita.
Abstenho-me de explicar-lhe o que pude observar no acampamento da Kissama pela dimensão ultrajante do tratamento desumano a que estão sujeitos  os cidadãos Angolanos, nossos compatriótas.
Excelência!
Tenho clara noção das múltiplas responsabilidades que pesam sobre os Vossos ombros, no âmbito da governação do nosso país.
Também, tenho plena consciência, de que, como humano que Vossa Excelência é,  provavelmente pode não ter o total conhecimento do que vai ocorrendo no nosso país e eventualmente, mesmo aqui em Luanda. Até é provavel que grande parte dos relatórios de que Vossa Excelência se serve para ter uma imagem do país não correspondam a realidade.
Assim, humildemente, vos suplico, em nome daqueles que sofrem no acampamento da Kissama, Senhor Presidente, consagre uma manhã da sua agenda, por mais carregada que ela esteja, para ir visitar o acampamento da Kissama e ver com seus proprios olhos para que confirme se o que tem sido feito com as transferencias forçadas  de cidadãos, coincide ou não com o Vosso projecto de governação e se coincide ou não com as Vossas instruções.
Tenho a certeza de que depois da vossa constatação, e se não coincidir com o Vosso pensamento, o sofrimento e a injustiça contra os Angolanos da Chicala e do Kilombo terminarão imediatemente.
Finalmente, informo a Vossa Excelência, que tenciono voltar a visitar o acampanento da Kissama para mais uma vez procurar constatar se houve ou não mudança na condição de vida daqueles Angolanos.
Luanda, aos 30 de Janeiro de 2014.
Respeitosamente
Abel Epalanga Chivukuvuku
Presidente da CASA-C
E