terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

LUANDA: MPLA Connectiom (II)

MPLA CONNECTION (II)
Fonte: Planalto de Malanje Rio Capopa - Blog Cidadania
13/02/2018
JOÃO LOURENÇO NÃO É NEM NUNCA FOI O HERDEIRO NATURAL PARA PRESIDIR O MPLA
Resultado de imagem para jes e joão lourençoA inadequada eloquência verbal encontrada nos discursos musculados do vice-presidente do MPLA, são a prova comprovada de que o governante é parcialista e não compreendeu o cansaço que a imponência dos seus exaustivos discursos sem criatividade causa aos que o escutam. Por outro lado, denota-se nos discursos uma elevada doze de incredulidade que de certo modo inviabilizam o prometido combate a corrupção e a igualdade de oportunidades e na aplicação da justiça igual para todos, debalde.
 Essa questão obstaculiza a salutar convivência entre a elite governante e os governados expostos a todo tipo de sofrimento miserável e de pobreza descabida.
Governar o país não significa apenas exonerar inimigos e/ou adversários e de seguida nomear amigos próximos.
O que fará o PR auto-intitulado reformista para transformar a economia do país? Além de ter passado mais de 150 dias a defender o gangster corrupto Manuel Vicente, com quais instrumentos conta o PR para ajustar e fortalecer economicamente o país?
Pelos vistos, o presidente precisa urgente de um plano coeso para começar a executar as prometidas reformas económicas. Cabe a cada um dos presidentes o da república e do MPLA, o papel fundamental para retirar o país do estado de falência económica que se encontra. João Lourenço tem de aprender e rápido a governar para todos como prometeu fazer.
 Quanto ao presidente JES, cabe-lhe o papel fundamental de modernizar o MPLA, retira-lo da fossilização nauseabunda onde se encontra acostado. José Eduardo dos Santos é neste momento a pessoa certa para permanecer a frente do MPLA para afasta-lo do estigma de partido elitista e voltar a dar-lhe o cunho de partido de massas do passado.
Foi de uma estrema gravidade o PR permitir que o novo PGR Pitagróz ameaça-se e/ou tenta-se amordaçar a Maria Luísa Abrantes.
Se o presidente da república quer tanto perseguir gatunos e corruptos, então que comece dentro da cidade alta, por exemplo poderá começar por perseguir o director do seu gabinete, passar pelo seu secretário económico, pelo secretario dos assuntos produtivos e desaguar no ministro da casa de segurança. Aí sim daria sinais de verticalidade e amadurecimento político.
Todos cometemos erros, todos falhamos, sobretudo aqueles que como eu, deram inicio a construção da república popular de Angola. Então por quê essa peregrina perseguição contra os filhos da Maria Luísa Perdigão Abrantes? O que esses filhos da nossa Angola fizeram que os outros filhos da elite não fizeram?
Porque não amnistia os prisioneiros políticos e de consciência injustamente atirados para as masmorras da ditadura. Como por exemplo o cristão “KALUPETECA” cidadão humilde e pobre.
 A forma violenta como foram desarreigados dos seus negócios, nem mesmo os seus direitos empresariais foram respeitados. Tem razão a dra. Milucha Abrantes, e fez muito bem abrir a boca no momento certo para defender os seus filhos.
 Caso essa mulher valente não partisse para luta em defesa dos filhos quem o faria? 
João Lourenço e o seu PGR não têm o direito de ameaçar a mãe dos filhos de JES, se quiserem começar uma caça as bruxas comecem dentro do palácio não aqui fora. Não lutamos para que se repita o que aconteceu no passado recente, vamos com humildade trabalhar por uma verdadeira paz social em harmonia.
Tanto ódio para quê?
 Todos erramos e roubáramos o que é de todo povo, incluindo o próprio PR e o PGR. Querem agora criar bodes expiatórios para justificar o recurso a uma ambicionada purga só para o PR e sua entourage alcançar popularidade mixuruca? 
Afinal querem mudar o país para pior e coloca-lo em desordem social? Que razão está por baixo dessa tão dedicada caça as bruxas? Ameaçar e/ou tentar calar a cidadã a Milucha, foi no mínimo um perigoso exercício de estupidez delirante e um doloroso tiro mo pé do PGR e de quem lhe deu ordens. Vamos trabalhar e melhorar a vida do nosso sofrido povo.
Por essa e por outras é que o MPLA se enfraquece a cada vez mais, por outro lado, os injustiçados estão incondicionalmente ao lado dessa mulher valente. O governo de João Lourenço é de facto a extensão do anterior em todas as suas vertentes.
Quem quiser ser presidente do MPLA tem de ir a votos, os “LOURENCISTAS” querem a presidência do MPLA, a solução é JL irem a votos.
Não existe unanimidade nos partidos políticos, o MPLA não é excepção a regra.  Não existe unidade de pensamento no interior da militância do MPLA e muito menos no corpo expedicionário da oligarquia impositora do regime segregacionista. Por assim dizer, João Lourenço não é nem poderia ser a única escolha para dirigir o partido.
Nunca fiz política por encomenda, tão pouco meu comportamento obedece a qualquer espécie de seguidismo político cego e irresponsável. Porém, a minha posição desta vez é claríssima, enquanto militante do MPLA, estou ao lado da corrente que segue o ex-presidente da república e actual presidente do partido José Eduardo dos santos.
A razão é que os seguidores de João Lourenço nunca encararam positivamente o debate político como o caminho a seguir. Sempre se comportaram como ratazanas oportunistas, nunca abriram a boca para manifestar qualquer opinião contra as arbitrariedades impostas pelo regime.
Todos quantos desejarem concorrer a presidência do partido poderão fazê-lo em liberdade e em sã consciência.
Não me oponho a predisposição do novo inquilino da cidade alta desejar liderar o MPLA.  Essa vontade é legitima, só não deve ser tão levianamente exigível. Nem deverá pensar que é o herdeiro natural do trono só por ter sido colocado por JES e Kopelipa na presidência da república.
Pensar que é o candidato de toda a militância seria o mesmo que insinuar que somos todos dementes. Em primeiro lugar é que no MPLA cada cabeça é uma sentença, segundo lugar, não existe nenhum deficit de quadros com capacidade de comandar capazmente o MPLA e leva-lo a bom porto.
Sempre se mantiveram caladinhos e obedientes a mercê da vontade do ditador, agora aparecem como pavões alvoraçados em arautos defensores da democratização do país.
Jamais fui preparado como expert para discutir pessoas ou cargos, a minha praticabilidade sempre se baseou em discutir ideias e em apoiar projectos estruturais, sobretudo, discutir modelos de governação viáveis, que respeitem a com clareza a administração coerente da coisa publica. Isso significa dizer que é preciso que o povo participe em liberdade nas discussões económicas do país
Portanto, para mim JES não é mais o principal entrave da governação que o precisa para sair da clausura fúnebre em que se encontra, Não há mais nenhuma necessidade de se combater o presidente do MPLA nem se lhe pode assacar responsabilidades idênticas as que no passado recente provocou tamanho sofrimento ao povo.
Os que acreditaram que João Lourenço seria a promessa de renovação do sistema político-económico encontram-se expectantes.
Certamente perceberam o engodo em que se meteram e entenderam que não haverá alteração melhorada nenhuma na condução do xadrez político económico e social. Aqueles que sonhavam com uma nova Angola estão decepcionados pois o chefe do executivo decidiu defender os corruptos, coisa que não foi escrutinada nas eleições de Agosto.
 Por exemplo, a Angola profunda não esta representada no governo do presidente lobitanga. Com João Lourenço o país encolheu e ficou mais pequeno. O governo ficou desconfigurado descabidamente, e está sem tecnocratas de reconhecida craveira, também não possui nenhuma representatividade política fora do celeiro da corrupção.
Até o MPLA ficou mais pequenino com a presidência de João Lourenço. a As escolhas para formação do governo são da inteira e exclusiva responsabilidade do presidente da república. Porém, acredito que seria bem-vinda tentar utilizar outras alternativas com quadros experimentados da nossa praça político-económica, deste modo ajudariam a retirar o país da enrascada em que MPLA o colocou.
Infelizmente em Angola a democracia não é a regra, mas, a excepção.
O estado de direito não funciona onde não se respeitam as liberdades de expressão, de ir e vir e de manifestação publica. Hoje a integridade e a inteligência do cidadão em Angolano tem sido constantemente estuprada violentamente pelo poder carrancudo emanado do autoritarismo do regime, que insiste em não se renovar.
Isso demonstra que filosofia autoritária e a cultura totalitária continua a cultivar a intolerância, a mentira eloquente continua activa e actuante na divulgação da publicidade falsa, com o firme propósito de enganar o maior número de pessoas distraídas.
Não sou e nem nunca fui LOURENCIANO e não faço questão nenhuma em sê-lo, do mesmo modo que nunca fui JESSEANISTA.
Sou apenas um humilde cristão que é também militante do MPLA há 43 anos, disso não abro mão. Esse sentimento lúgubre que define a bajulação como o caminho mais rápido de ascender a um lugar ao sol sem qualquer esforço, não é mais bem-vindo. Essa é a formula errada de se chegar ao pólio e por isso tem de ser definitivamente banida.
Quando JES foi automaticamente conduzido ao cargo de em Presidente da república e do partido ao tempo do MPLA/Partido do Trabalho, pertence a era de partido único. Seria uma tremenda imprudência continuar a alimentar levianamente a militância com deslavadas incongruências, não se pode perpetuar o erro nem continuar a conduzir erradamente o partido.
Camaradas, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Ninguém pode chegar a presidência do partido senão pela via eleitoral, e não vale mais a farsa de candidato único, o confucionismo elaborado tem de terminar no MPLA.



LUANDA: É Fácil e Lucrativo Elogiar Vivos e Desonrar Mortos

É FÁCIL E LUCRATIVO ELOGIAR VIVOS E DESONRAR MORTOS!


O jornalista e escritor Sousa Jamba foi entrevistado recentemente pelo “Jornal de Angola”. Disse (terá dito) aquilo que o JA queria que dissesse, sobretudo sobre Jonas Savimbi. Talvez tenha dito outras coisas importantes, mas os respeitáveis critérios editoriais são mesmo assim.

Por Orlando Castro
Sousa Jamba, a propósito do “fenómeno” Kalupeteka (ainda se lembram?) explicou há cerca de três anos que o caso faz parte de uma longa tradição na África de profetas com uma mensagem apocalíptica.
“Na África do Sul, no século XIX, havia a Nongqawuse que instruiu aos seguidores dela xhosa para venderem todo o seu gado. Na Zâmbia, nos anos 50, houve o fenómeno da Alice Lenshina, que fundou uma seita com princípios que não alinhavam com as estratégias das autoridades coloniais britânicas e mesmo com alguns líderes negros da Zâmbia. Na Nigéria, há várias seitas vindas da corrente dominante do Cristianismo. Em certos casos estas seitas chocaram com a policia. Há casos que os antropólogos chamam de sincretismo — fusão de várias crenças, incluindo religiões tradicionais”, explicou Sousa Jamba.
À pertinente pergunta sobre de que UNITA tinha mais saudades, se a dirigida pelo seu fundador Jonas Savimbi ou desta que chegou à grande cidade, com todos os seus “mais velhos”, e ficou por aqui, deixando o seu principal território étnico para trás, Sousa Jamba respondeu:
“Saudades não seria o termo. Continuo a tentar entender a complexidade do Dr. Savimbi, que é, sem dúvida, um dos personagens mais complexos que conheci. De 1977 a 1980, o Dr. Savimbi foi um líder altamente exemplar: corajoso, disciplinado, pronto a consultar os seus colegas, com uma visão que privilegiava a formação de militares e quadros de qualidade. Depois, surge o culto de personalidade, a eliminação física de figuras tidas como rivais ao chefe e outros males que quase cancela o que foi tão positivo nele. Aprecio muito a liderança das cidades – do Dr. Samakuva – que em 2003 soube conciliar as facções que existiam depois da morte do líder fundador. Em situações que ameaçavam a paz e o processo de reconciliação nacional, esta liderança sempre optou pelo consenso e moderação. O Dr. Isaías Samakuva deve ser reconhecido pelo papel tão positivo em manter a UNITA intacta.”
Para quem continua “a tentar entender a complexidade” de Jonas Savimbi, Sousa Jamba tem já conclusões muito assertivas. O que, aliás, não é difícil. Chamar à colação os defeitos (e Savimbi tinha muitos, ou não fosse um ser humano que nunca foi considerado “o escolhido de Deus”) de alguém que já morreu é muito fácil. Dizê-lo enquanto estava vivo era, de facto, mais complicado. Mas, reconheça-se, não é pecado embora possa ser moralmente condenável, ser forte perante os mortos e passivo com os vivos, sobretudo quando estes têm o Poder.
“O que se passou com o escritor Sousa Jamba cujo livro “Patriotas”, na versão inglesa, viu retirada duas páginas que retratavam a queima de pessoas vivas acusadas de bruxaria na Jamba?”, perguntou o entrevistador.
Sousa Jamba explica que “a versão em Inglês contém relatos que tocam nos aspectos negativos da UNITA, como a queima de pessoas acusadas de bruxaria. Em 1991, fui pressionado a não incluir na versão portuguesa esta questão (..)”. Que chatice. Quase apetece dizer que “quem não cede a pressões não é filho de boa gente”. Então quando se tem de escolher entre ser um herói morto ou um cobarde vivo, tudo fica mais simples. Para os cobardes, é claro.
“O Dr. Savimbi tinha um lado sem escrúpulos: no ajuste de contas, com ele a família e os próximos não eram poupados”, explicou Sousa Jamba. Digamos que era algo semelhante, embora em ínfima escala, a Agostinho Neto e aos massacres de 7 de Maio de 1977. É isto, não é Sousa Jamba?
Na opinião de Sousa Jamba, “a UNITA vai ter que falar com franqueza sobre as figuras que desapareceram em circunstâncias bastante nebulosas. O partido vai ter que lidar com candura com os erros crassos cometidos quando o Huambo estava sob o seu controlo. Há muitos jovens que ficaram traumatizados com o autoritarismo daquele momento. A UNITA precisa mesmo de uma Comissão da Verdade. Só assim poderemos apreciar o muito que certamente é louvável e positivo no partido, que, naturalmente, vai ter que se adaptar aos novos tempos”.
Pelos vistos, todos os partidos que fizeram a guerra têm necessidade de avançar com uma Comissão da Verdade. Ou será só a UNITA? Sousa Jamba só refere os da UNITA mas, certamente, não esquece todos os outros, bem mais graves.

Comissão da Verdade?

Aliás, falar dos “erros crassos” que Savimbi cometeu e esquecer outros, muitos outros, bem mais graves, parece ser uma boa forma da cair – como muitos outros ex-militantes e ex-militares da UNITA – nas boas graças do “escolhido de Deus”, versão II – João Lourenço.
Sousa Jamba não fala especificamente nisso, mas ele também sabe que tudo o que de mal se passou, passa ou passará em Angola é culpa da UNITA. Desde logo porque as balas das FALA matavam apenas civis e as das FAPLA/FAA só acertavam nos militares inimigos.
Tal como sabe que:
– As bombas lançadas pela Força Aérea do MPLA só atingiam alvos inimigos e nunca estruturas civis;
– A UNITA é que foi responsável pelos mais de 40.000 angolanos torturados e assassinados em todo o país depois dos acontecimentos de 27 de Maio de 1977, acusados de serem apoiantes de Nito Alves ou opositores ao regime;
– A UNITA foi também responsável pelo massacre de Luanda que visou o seu próprio aniquilamento e de cidadãos Ovimbundus e Bakongos, onde morreram 50 mil angolanos, entre os quais o vice-presidente da UNITA, Jeremias Kalandula Chitunda, o secretário-geral, Adolosi Paulo Mango Alicerces, o representante na CCPM, Elias Salupeto Pena, e o chefe dos Serviços Administrativos em Luanda, Eliseu Sapitango Chimbili.
– Na lista de principais terroristas e inimigos do Povo (sendo que o Povo é o MPLA e que o MPLA é o Povo) estão nomes como Alda Sachiango, Isaías Samakuva, Alcides Sakala, Jeremias Chitunda, Adolosi Paulo Mango Alicerces, Elias Salupeto Pena, Jonas Savimbi, António Dembo ou Arlindo Pena “Ben Ben”.
– O massacre do Pica-Pau em que, no dia 4 de Junho de 1975, perto de 300 crianças e jovens, na maioria órfãos, foram assassinados e os seus corpos mutilados no Comité de Paz da UNITA em Luanda… foram obra da UNITA.
– O massacre da Ponte do rio Kwanza, em que no dia 12 de Julho de 1975, 700 militantes da UNITA foram barbaramente assassinados, perto do Dondo, perante a passividade das forças militares portuguesas que garantiam a sua protecção, foi obra da UNITA.
– Entre 1978 e 1986, centenas de angolanos foram fuzilados publicamente, nas praças e estádios das cidades de Angola, uma prática iniciada no dia 3 de Dezembro de 1978 na Praça da Revolução no Lobito, com o fuzilamento de 5 patriotas e que teve o seu auge a 25 de Agosto de 1980, com o fuzilamento de 15 angolanos no Campo da Revolução em Luanda. Responsável? A UNITA.
– Foi a aviação da UNITA que, em Junho de 1994, bombardeou e destruiu Escola de Waku Kungo, tendo morto mais de 150 crianças e professores, que, entre Janeiro de 1993 e Novembro de 1994, bombardeou indiscriminadamente a cidade do Huambo, a Missão Evangélica do Kaluquembe e a Missão Católica do Kuvango, tendo morto mais de 3.000 civis.
Como é que vias Jonas Savimbi?, perguntou o entrevistador do JA.
Sousa Jamba responde: “Era um personagem cheio de contradições. Ele foi, em termos físicos, muito corajoso e capaz, mas havia o seu lado burguês. Uma vez, quando estive na Jamba, estava a ajudar numa tradução e ele apareceu, à madrugada, vestido de pijama de seda e óculos, com um calhamaço sobre logística em inglês na mão. Ele parecia ser um intelectual finíssimo numa biblioteca privada num chalé suíço. Ele escutava música clássica e reggae – sobretudo o Jimmy Cliff. Ele lia muito em Francês, Português e Inglês, e escrevia nas margens dos livros com caneta de feltro preta, como se estivesse a argumentar com os autores. Havia, na sua biblioteca, vários livros sobre Winston Churchill.”
Era, como comprova Sousa Jamba, um personagem cheio de contradições. Ouvir música clássica e reggae, ler livros escritos em português, francês e inglês e ter uma biblioteca com obras sobre Winston Churchill é a prova provada.
Conta Sousa Jamba que Savimbi “não perdoava aos que, aparentemente, o teriam traído”. Aparentemente? Estará a falar do general Geraldo Sachipengo Nunda, expoente máximo dos que saltaram a barricada e ajudaram a puxar o gatilho que levaria ao seu assassinato?
Esperemos pela próxima entrevista de Sousa Jamba, quem sabe se já como colega de Fernando Heitor…

ÁFRICA DO SUL: ANC Dá 48 Horas para o Presidente Zuma se Demitir

ANC DÁ 48 HORAS A ZUMA PARA SE DEMITIR


Resultado de imagem para jacob zumaÁFRICA DO SUL. O Congresso Nacional Africano (ANC) deu 48 horas ao Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, para apresentar a sua demissão do cargo, segundo informações avançadas hoje pela televisão estatal sul-africana SABC.

Segundo a televisão, que cita elementos que participam na reunião do ANC, o presidente do partido, Cyril Ramaphosa, deslocou-se até à residência oficial do chefe de Estado para o informar que tem 48 horas para apresentar a sua demissão, evitando assim ser afastado do cargo.
O actual chefe de Estado, que enfrenta acusações de corrupção, pode recusar demitir-se mas, nesse caso, o ANC pode apresentar no Parlamento uma moção de censura.
O partido de Jacob Zuma, o Congresso Nacional Africano (ANC), está reunido em Pretória para, como afirmou o seu líder, Cyril Ramaphosa, “finalizar” a questão da saída antecipada do Presidente da África do Sul.
Os 107 membros do Conselho Nacional Executivo do ANC estão reunidos num hotel da capital da nação sul-africana para uma decisão sobre o futuro do Presidente da África do Sul.
O conselho tem o poder de “lembrar” Jacob Zuma sobre o ocorrido em 2008, quando o Presidente Thabo Mbeki, que sucedeu no cargo a Nelson Mandela, renunciou por falta de apoio do ANC no Parlamento.
Depois de ter ultrapassado sete moções anteriormente, o Presidente Zuma vai enfrentar em 22 deste mês uma nova moção de censura parlamentar, pedida por um partido da oposição.
Após deixar a presidência da formação no último congresso do ANC, em Dezembro, a favor de Ramaphosa – que não era o seu candidato preferido -, a pressão para que o chefe de Estado abandone o poder aumentou, especialmente nas últimas semanas.