segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

LUANDA: Líder da CASA-CE anuncia ano de fortes pressões e contestações

Líder da CASA-CE anuncia ano de fortes pressões e contestações

Presidente diz que verdadeiros culpados do assassinato de Hilbert Ganga terão de prestar contas à justiça, custe o que custar.

Fonte: Voanews/Manuel José
Divulgação: Planalto de malanje Rio capôpa
20.01.2014

Abel Chivukuvuku num comício da CASA-CE em Luanda durante a campanha de 2012 (CASA-CE)Abel Chivukuvuku num comício da CASA-CE em Luanda durante a campanha de 2012 (CASA-CE)TAMANHO DAS LETRAS
 
Em exclusivo a Voz da América, Abel Chivukuvuku assegurou que 2014 vai ser, para a sua organização, um ano de fortes pressões e contestações.

"Este ano de 2014 a CASA-CE vai começar a ter uma postura diferente, muito diferente mesmo com muitas exigências e reivindicações profundas", disse

A começar, a coligação liderada por Chivukuvuku vai se bater este ano para que os culpados pelo assassinato do militante Hilbert Ganga sejam devidamente responsabilizados.

"O caso de Hilbert Ganga é caso de tribunal, neste momento o processo está a ser instruído, vamos continuar atentos a acompanhar, para termos certeza que as coisas terão seguimento, anunciou Chivukuvuku.

Hilbert Ganga foi morto a tiro no dia 22 de Novembro passado, por elementos da segurança presidencial, quando se encontrava a colar panfletos sobre uma manifestação que teria lugar no dia seguinte.

O presidente da CASA-CE assegurou igualmente que sempre que houver alguma injustiça no país a sua coligação vai intervir: "Lá onde houver mudanças, onde houver positivismo, nós da CASA-CE vamos contribuir, mas não podem exigir a nossa colaboraçãonas coisas negativas", conluiu.

LUANDA: Justino Pinte de Andrade homenageia seu irmão Vicente Pinto de Andrade

JUSTINO PINTO DE ANDRADE : AO MEU IRMÃO VICENTE,  UM FORTE E PARABÉNS!
Fonte: JN
 






Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa



18.01.2014
O Meu Irmão Vicente Pinto de Andrade fez hoje anos. Como acontece desde que ele nasceu, a nossa diferença de idades são 2 anos e 2 dias - invariavelmente. Não somos pessoas com o hábito de comemorar os nossos aniversários, mas eu penso que o Vicente merece que eu assinale com carinho mais este dia 18 de Janeiro.

Segundo a nossa Mãe dizia, quando eu nasci, o nosso Pai ficou bastante satisfeito, pois eu era o seu segundo filho (homem) e, por isso, foi-me dado o seu nome - o nosso Pai também se chamava Justino. Ele já tinha, antes de casar com a nossa Mãe, uma filha, a nossa querida Irmã Antónia.

Do casamento com a nossa Mãe, vieram de imediato duas meninas, a Miza (Maria Henriqueta - nome da nossa avó) e a Néné (Elsa Maria de Fátima - Maria de Fátima, seguramente, por razões de fé). A seguir a estas duas, veio o meu irmão Nelito, a quem foi dado o nome do meu Avô paterno (Manuel Feltro). E o nosso Pai ficou todo feliz por poder, finalmente, homenagear o seu Pai. Para ele, estava tudo a correr bem... Estavam quase completadas as homenagens ao ramo do nosso Pai.

o Vicente nasceu já fora das previsões e a nossa Mãe aproveitou a ocasião para aplicar ao terceiro filho varão do meu Pai, o nome do Pai dela. Portanto, do nosso Avô Materno, Vicente José. O nosso Pai aceitou, democraticamente, que a nossa Mãe homenageasse, dessa forma, o Pai dela e, por extensão, o nosso querido Tio Vicente José da Costa (para nós, o Tio Zeca), irmão da nossa Mãe.

Com esse gesto, se restabeleceria algum equilíbrio familiar, no que diz respeito às homenagens. É evidente que era um falso equilíbrio, uma vez que, do lado dos Pinto de Andrade, já lá contavam 3: a Miza, o Nelito e eu. Do lado dos Costa entrou o Vicente como fiel representante.

O Vicente soube retirar enorme vantagem disso e tornou-se o "filho querido" da nossa Mãe, que até o tratava, carinhosamente, por "Meu Paizinho".

Eu e o Vicente nascemos em Calulo - no Kwanza Sul. Os restantes são todos camundongos.

Finalmente, pouco mais de 1 anos depois de ter nascido o Vicente, nasceu o sexto filho da nossa Mãe com o nosso Pai. E foi mais um rapaz. O nosso Pai achou que já eram rapazes demais... E a nossa Mãe, para compensar o momentâneo desencanto do Marido, deu-lhe o nome de Merciano - que é o nome da nossa Tia Merciana, Irmã do nosso Pai. O nosso Pai ficou bastante satisfeito pelo facto de a nossa Mãe ser ter lembrado de homenagear a cunhada.

E fico aqui, na revelação de alguns dos nossos "segredos familiares"..., neste dia 18 de Janeiro em que nasceu um dos elementos mais Queridos e mais Ilustres da minha Família: o meu Irmão Vicente José da Costa Pinto de Andrade, meu companheiro de um longo trilho... Um trilho nem sempre muito liso mas de que, afinal, nos orgulhamos, dado que nunca fizemos mal a ninguém. Por isso, dormimos de consciência tranquila.

Ao meu Irmão Vicente, um forte abraço e Parabéns!

LUANDA: A verdade do general Dino e a mentira da PGR

A Verdade do General Dino e a Mentira da PGR
Por Rafael Marques de Morais 
Fonte Maka Angola
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
 20 de Janeiro, 2014
A 6 de Janeiro de 2012 apresentei, junto da Procuradoria-Geral da República (PGR), umaqueixa-crime, por suspeita de enriquecimento ilícito e abuso de poder, contra o triunvirato presidencial constituído pelo actual vice-presidente Manuel Vicente, o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, e o principal consultor do referido ministro, o general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”.  
 
Em reacção, a Procuradoria-Geral da República instaurou um inquérito preliminar, sob processo nº 06-A/2012-INQ, para averiguação da queixa sobre o envolvimento do trio em negócios que o autor expôs na sua investigação “Presidência da República: O Epicentro da Corrupção em Angola”.  
 
Como conclusão do inquérito, a PGR reconheceu que os três homens eram accionistas do Grupo Aquattro, que, por sua vez, em menos de três anos, passou a dominar a economia política angolana, sendo o maior grupo empresarial do país com participações desde o sector do petróleo ao comércio retalhista, através da rede de supermercados Kero.
 
Obviamente, a decisão da PGR foi favorável aos dirigentes ─ não podia ser de outra maneira.  
 
Há, no entanto, um detalhe que espelha uma mentira grosseira da PGR, lavrada e assinada pelo magistrado instrutor e adjunto do procurador geral da República, Domingos Salvador André Baxe, e confirmada pelo vice-procurador geral adjunto da República, Henrique dos Santos, na decisão de arquivamento do processo datada de 7 de Fevereiro de 2013.  
 
Trata-se, especificamente, da participação accionista do grupo na Biocom – Companhia de Bioenergia de Angola, em parceria com a Sonangol e a multinacional brasileira Odebrecht.  
 
Segundo o despacho de arquivamento: “Do exposto resulta que os denunciados Eng. Manuel Domingos Vicente, General Manuel Hélder Vieira Dias Júnior e general Leopoldino Fragoso do Nascimento não são nem nunca foram sócios da referida sociedade [Biocom], não integram nem nunca integraram os seus órgãos sociais nem nunca exerceram nela funções executivas, pelo que não poderiam ter praticado – como não praticaram – actos de improbidade conducentes ao enriquecimento ilícito, nem se verifica a alegada conflitualidade de interesses privados com a sua qualidade de servidores públicos, como denunciado por Rafael Marques de Morais.”  
 
Recentemente, a empresa Cochan, parte do império de negócios do trio, lançou o seu website (www.cochan.com), no qual revela ter na Biocom um dos seus principais investimentos, conjuntamente com o Kero, a UNITEL, O DT Group e a Puma Energy, detentora da rede dos postos de abastecimento de combustível Pumangol.  
 
O website revela apenas um nome, em toda a sua cadeia de negócios, o do general Leopoldino Fragoso do Nascimento, actual consultor principal do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, na qualidade de fundador e presidente da Cochan.   Desde 10 de Maio de 2010, o general Leopoldino Fragoso do Nascimento tem exercido funções de administração da Cochan, a partir de Singapura. Quatro meses depois, o presidente da República, José Eduardo dos Santos, através do Decreto Presidencial nº 216/10, nomeou o referido general para o cargo de consultor do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República.  
 
O Estatuto Orgânico da Casa de Segurança estabelece que os consultores do ministro de Estado e o chefe da Casa de Segurança “são oficiais generais das Forças Armadas Angolanos, nomeados em comissão de serviço (…)”. Entre as suas atribuições, o consultor realiza “estudos, análises e pareceres pontuais sobre assuntos de segurança nacional”.  
 
Todavia, desde a sua nomeação, o general tem acumulado o exercício de cargos públicos e privados, em flagrante violação da Lei da Probidade, em vigor desde Junho de 2010. Segundo a referida lei, é um acto de improbidade, conducente ao enriquecimento ilícito, “aceitar emprego ou exercer actividade de consultoria para pessoa física ou jurídica que tenha interesse susceptível de ser atingido ou amparado por acção ou por omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a actividade”.  
 
Como pode o general Leopoldino Fragoso do Nascimento ser, ao mesmo tempo, servidor público e presidente de um grupo de empresas privadas que estão associadas à Sonangol? A Cochan também é sócia da Sonangol na UNITEL, na DT Group e na Puma Energy.  
 
A resposta é óbvia. O general é um protegido do presidente José Eduardo dos Santos. Está acima da lei.   Na verdade, a Procuradoria-Geral da República não desvirtuou o sistema de justiça ao encobrir a verdade sobre a participação do referido general na Biocom. É que a justiça é a vontade do presidente, e a PGR é apenas uma agência do seu capricho.