quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

LUANDA: Lei de branqueamento de capitais exclui desvios cometidos até agora em Angola

Lei de branqueamento de capitais exclui desvios cometidos até agora em Angola

Oposição diz que lei exclui desvios cometidos há mais de 10 anos e não aprovou também a lei sobre buscas e revistas por aumentar a repressão.

Fonte: Voanews/Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
29.01.2014
TAMANHO DAS LETRAS 
Os principais partidos da oposição angolana recusaram-se a votar  uma lei sobre o branqueamento de capitais apresentada como parte essencial no combate à corrupção.

A oposição afirma que a lei exclui de punição todos aqueles que desviaram dinheiro há vários anos atras pelo que não aprovaram a legislação

A CASA CE votou contra e a UNITA absteve-se. A FNLA votou a favor juntamente com a bancada do MPLA fazendo aprovar a lei por 144 votos a favor 5 contra e 27 abstenções.

O chefe da bancada parlamentar da UNITA Raúl Danda fez notar que a lei prescreve após 10 anos pelo que crimes cometidos para lá desse tempo não serão punidos.

"Estão a fazer uma lei para protegerem os que praticaram estes crimes, isto não pode ser", disse Danda.

O chefe do grupo parlamentar do PRS, Benedito Daniel deu um exemplo da lei sobre branqueamento de capitais que o faz crer na falta de seriedade destes documentos.

"A exploração ilícita de diamantes tem um peso enorme na questão do branqueamento de capitais entretanto este aspecto não está tipificado neste código, por isso não acreditamos que estas leis sejam transparentes", disse.

Por outro lado o parlamento aprovou também uma lei que  regula as revistas, buscas e apreensões e foi aprovada com 144 votos do MPLA, 34 contra (UNITA, CASA-CE e PRS) e abstenção da FNLA.

Para o MPLA, estas leis representam maiores garantias às liberdades dos cidadãos como diz o deputado dos camaradas Tomàs da Silva.

"Esta lei vem não só clarificar mas também introduzir maiores garantias de protecção do cidadão, corresponde a perspectivas das convenções internacionais sobretudo o pacto Internacional dos Direitos Humanos", disse

Um dos aspectos que pesou no chumbo da oposição em relação a lei sobre buscas e revistas é o facto da mesma permitir que a partir de uma simples suspeita a policia poderá invadir a casa de um cidadão.

Para a oposição isto pode aumentar a repressão.

LUANDA: Investigador diz que sistema angolano é incontornável

Investigador diz que "sistema" em Angola é incontornável

O tema é tese de doutoramento de Jon Schubert a ser defendida em Março na Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Jon SchubertJon SchubertFonte: Voanews/Alvaro Lodgero AndradeDivulgação:Planalto De Malanje Rio capôpa29.01.2014
TAMANHO DAS LETRAS 
As novas gerações, recordações e sonhos deram o mote para uma tese de doutoramento em estudos africanos que será defendida no próximo mês de Março na Universidade de Edimburgo, na Escócia.

Jon Schubert viveu em Angola de 1984 a 1991 e depois dos seus estudos superiores, regressou em 2007 para preparar o seu mestrado e mais tarde para concluir o seu doutoramento, cuja tese foi entregue à Universidade de Edimburgo no passado mês de Dezembro.

Shubert estudou em pormenor a comuna de Sambizanga durante muito tempo à procura das memórias da nova angola, com particular interesse no pós-27 de Maio de 1977 e pós- eleições de 1992. E concluiu que as pessoas não se revêem no projecto actual do MPLA.

Para o autor da tese, existe uma Angola a duas velocidades, em que apenas uma pequena minoria beneficia-se do tão propalado crescimento do país.

Nas suas investigações, Jon Schubert descobriu o que se conhece por "sistema" que, segundo ele, é o emaranhado de interesses e estruturas montado pelo Mpla em quase 40 anos de governação e contra o qual, aparentemente, não se pode lutar.

A tese de doutoramento de Jon Schubert sobre o caso de Angola será defendida na Universidade de Edimburgo na Escócia no próximo mês de Março e o seu autor pretende publicar a mesma em livro ainda este ano.

MAPUTO: Recenseamento eleitoral começa amanhã em Moçambique e abrange 10 milhões de votantes

Moçambique: Recenseamento eleitoral começa amanhã e abrange 10 milhões de votantes

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
29.01.2014

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral de Moçambique (STAE) prevê recensear cerca de 10 milhões de eleitores para as eleições presidenciais e legislativas de 15 de outubro, indicou hoje o director-geral do organismo, Felisberto Naife.


Em entrevista à emissora pública Rádio Moçambique, Felisberto Naife afirmou que o STAE já tem as condições criadas para o arranque do recenseamento eleitoral, no dia 30.
Um total de 6.698 postos de recenseamento foram criados para a operação, para a qual foram contratados 12.244 brigadistas, distribuídos por 4.078 brigadas, disse Felisberto Naife.