terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

LUANDA: CASA-CE denuncia combates entre Forças Armadas e FLEC

CASA-CE denuncia combates entre Forças Armadas e FLEC

José Lelo citou também desaparecimento de cidadãos naquela circunscrição do país.

Fonte: Voanews/Coque Mukuta
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
11.02.2014
Monumento do Tratado de Simulambuco, em CabindaMonumento do Tratado de Simulambuco, em Cabinda
TAMANHO DAS LETRAS 
O Secretário Provincial da CASA-CE em Cabinda diz-se preocupado com o clima de guerra que se vive naquela província.

José Lelo citou também desaparecimento de cidadãos naquela circunscrição do país.

Segundo o dirigente máximo da terceira maior força política naquela província há informações de confrontos entre as Forças Armadas Angolanas e a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda na localidade de Cata no Município de Buco Zau.

José Lelo diz que a última investida foi atribuída à FLEC no princípio do mês de Janeiro e nota-se uma grande movimentação das Forças Armadas Angolanas naquelas localidades: “O clima de guerra ainda persiste em Cabinda na medida em que se veem registando escaramuças entre os beligerantes (FAA e FLEC) na zona de Maiombe. Prova disso, é que a CASA-CE tem informações não pouco credíveis, segundo as quais teriam havido acções militares, na segunda quinzena do mês de Janeiro do ano em curso, na localidade de Cata – Buanga, Municipio de Buco – Zau cuja autoria foi atribuída às Forças da FLEC que teriam protagonizado uma acção militar que resultou em danos materiais de empresas de exploração de madeira na região, numa altura em que grandes efectivos militares das FAA estão baseadas naquelas matas”.
 
Na ocasião, José Lelo lembrou ainda que no mesmo município indivíduos ainda não identificados raptaram um cidadão de nome Francisco Faustino pertencente ao Comité Provincial da FNLA cujo paradeiro continua desconhecido.

O secretariado Executivo da CASA-CE tem vindo a apelar que a presença de grandes efectivos militares nas matas onde os populares praticam a agricultura, caça e pesca tem causado muita insegurança as populações rurais sobre as quais ainda pesa a proibição de frequentarem as suas lavras”, disse.

Lelo revelou lamentar o desaparecimento, no final do mês de Novembro de 2013 na localidade de Chivolo, Município de Buco, Zau, de Francisco Faustino, membro do executivo provincial da FNLA, que lá se deslocou para a actividade de caça.

"Das buscas feitas pelos elementos das FAA na área foram encontrados os animais caçados, o telefone e a roupa do desparecido”, disse José Lelo, Secretário Provincial da CASA-CE em Cabinda, a manifestar a sua preocupação com a situação militar em cabinda e o desaparecimento de um cidadão ligado ao Comité Provincial da FNLA

NOVA IORQUE: Bill Gates gosta de lavar a louça e outras revelações

Bill Gates gosta de lavar a louça e outras revelações

O fundador da Microsoft respondeu online a várias perguntas.
Bill Gates apanharia uma nota do chão. Mas dava-a à sua fundação 
Fonte: Publico
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
11.02.2014
Por: JIM WATSON/AFP 
Tal como já tinha feito no ano passado, o conhecido fundador da Microsoft colocou-se à disposição da Internet para responder a perguntas. No fórum Reddit, que frequentemente organiza sessões de perguntas e respostas com celebridades, Gates falou de filantropia, da Microsoft, de dinheiro e da vida quotidiana.
“Qual é a diferença entre o Bill Gates com 20 anos e o de hoje?”, perguntou um utilizador. “Há 20 anos, eu ficava no escritório durante dias seguidos sem pensar duas vezes sobre isso – tinha a energia e um espírito naíf a ajudar. Hoje, espero estar um pouco mais relaxado, mas com mais sabedoria”.
Um outro colocou várias questões sobre o novo presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella, que pediu a Gates para voltar a trabalhar na empresa, desta feita como conselheiro. “O Satya está a adoptar uma nova visão de onde a Microsoft está – forças e fraquezas. Uma pessoa nova tem a oportunidade de dar um passo atrás e mudar o foco de alguma forma. Vai ter um bom começo”.
Há alguma coisa que Bill Gates gosta de fazer e que surpreenderia os outros? “Jogar bridge é uma coisa muito antiquada de que eu gosto mesmo. (...) Também lavo a louça todas as noites – outras pessoas voluntariam-se para isso, mas eu gosto da forma como lavo”. Quem é a pessoa que inspira Gates? “As pessoas que dedicam as suas vidas a trabalhar em países pobres e que estão a fazer um trabalho fantástico com muito pouca visibilidade”. O que estaria a fazer se não tivesse criado a Microsoft? “Acho que teria acabado em Física se não tivesse acabado em Ciência de Computadores”.
As perguntas – e os muitos comentários às respostas – sucederam-se no Reddit, que já organizou sessões semelhantes com personalidades como Barack Obama e Jerry Seinfeld.
Antes de se submeter às perguntas dos utilizadores, Gates publicou um vídeo animado onde responde àquilo a que chama três mitos. “Como se sente ao ser o maior filantropo do mundo?” Nega o epíteto e lembra que não abdica de nada para fazer filantropia: viagens, férias ou idas ao cinema. “Se visse uma nota de 100 dólares no chão, pararia para a apanhar?”. Sim. Mas dá-la-ia à sua própria fundação. “E sobre o mito de que a solidariedade não funciona?” Gates lembra que o mundo está melhor com a erradicação da varíola, uma das causas em que a sua fundação trabalhou.

 

MAPUTO: Governo e Renamo alcançam consenso em Moçambique

Governo e Renamo alcançam consenso em Moçambique


Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
TAMANHO DAS LETRAS 
O Governo e a Renamo regressam hoje à mesa das negociações para aprimorarem alguns aspectos da legislação laboral na sequência do acordo alcançado ontem sobre a composição da Comissão Nacional de Eleições. Também hoje irão analisar a participação dos observadores nacionais nas conversações.

A Comissão Nacional de Eleições deverá ser constituída por 17 membros, repartidos entre as três bancadas parlamentares e a sociedade civil, excluindo a magistratura.
O chefe substituto da delegação governamental ao diálogo, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, disse que nos últimos dias as duas partes têm estado a intensificar o processo de diálogo e os resultados que têm sido alcançados são encorajadores, e o mesmo tem decorrido num ambiente de cordialidade.

LISBOA: Rafael Marques acusa generais angolanos de ameaçar de morte testemunhas do processo "Diamante de Sangue"

Rafael Marques acusa generais angolanos de ameaçar de morte testemunhas do processo "Diamantes de Sangue"


11111 Como classifica este artigo Lisboa - O ativista angolano Rafael Marques afirmou  à agência Lusa que generais angolanos ameaçaram a família de uma das testemunhas do processo "Diamantes de Sangue", no qual responde por difamação.
Fonte: Lusa
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
11.02.2014
Rafael Marques, autor do livro "Diamantes de Sangue", alvo de um processo em Lisboa movido por nove oficiais angolanos visados pelo trabalho de investigação sobre os direitos humanos na zona diamantífera de Angola, vai apresentar terça-feira em tribunal duas testemunhas com quem viajou desde Angola.
Os cidadãos angolanos Linda Moisés da Rosa e o soba (chefe tradicional) Mwana Capenda, da Lunda Norte, já relataram na passada quinta-feira, numa conferência realizada no Gabinete do Parlamento Europeu em Lisboa, casos de violentos abusos de direitos humanos que viveram e testemunharam em Angola.
Segundo Rafael Marques, após a conferência em Lisboa o marido de Linda Moisés da Rosa foi "incomodado por militares" na casa onde vive, na Lunda Norte.
"Foram lá para tentar convencer o marido a fazer com que ela não falasse em tribunal. Fizeram pressão direta junto da família", disse Rafael Marques à Lusa, recordando que antes do embarque no aeroporto em Luanda, Linda Moisés da Rosa foi "ameaçada de que se viesse a Portugal seria morta", tendo-lhe sido oferecida a quantia de dez mil dólares para não viajar.
O ativista afirmou que o responsável pela tentativa de corrupção é "representante de um partido político da oposição" mas que as autoridades angolanas foram cúmplices "quando a tentaram reter no aeroporto".
"Foi um ato institucional das autoridades angolanas e não podem dizer que se trata de um caso isolado de corrupção porque os serviços de emigração, sem razão absolutamente nenhuma, detiveram a senhora e teve de haver um confronto público para que ela fosse libertada", recordou.
Os relatos de Linda Moisés Rosa e do soba Mwana Capenda constam do livro "Diamantes de Sangue", publicado em Portugal.
Rafael Marques disse ainda que além das ameaças contra Linda Moisés da Rosa também o soba, antes da viagem, foi coagido e atacado por um polícia que lhe apontou uma arma de fogo.
"Ele (Mwana Capenda) vinha com mais dois jovens que desarmaram o polícia. Foram depois entregar a pistola ao Comando da Polícia e agora o soba é que está a ser processado porque se defendeu de um ataque armado", refere Rafael Marques.
A sessão do julgamento sobre o livro "Diamantes de Sangue" está marcada para terça-feira às 11:00 no Campus da Justiça, em Lisboa, com a presença das duas testemunhas, mas Rafael Marques tem como intenção angariar fundos para que em março possam estar presentes novas testemunhas.
"Por carta rogatória, os tribunais em Angola poderão fazer das suas e, por isso, procurarei trazer mais testemunhas a Portugal para que a justiça portuguesa ouça diretamente o que realmente estes generais, as empresas que são pertença dos generais têm estado a fazer", disse.
Para Rafael Marques, "as coisas não mudaram nada" nas Lundas, porque sempre que se denunciam situações de abusos de direitos humanos na zona dos diamantes, a comunidade internacional "ajuda o governo angolano a mascarar a realidade".
"Tanto é que Angola é vice-presidente do Processo de Kimberley, que é a instituição que determina se os diamantes são de sangue ou se são limpos e Angola preside a isto quando é um dos principais infratores dos direitos humanos no que toca às indústrias extrativas de diamantes", acusou.


LUANDA: Detidos do caso Kamulingue revelam dados que embaraçam governador de Luanda

Detidos do caso Kamulingue revelam dados que embaraçam governador de Luanda


11111 Como classifica este artigo
Lisboa - Pelo menos, em três ocasiões que a Procuradoria Geral da República, inqueriu os elementos do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), que se encontra sob custódia da justiça por causa dos assassinatos de Alves Kamulkingue e Isaías Cassule forneceram elementos de informação sob o “modus operante”, ao qual incluem o papel do governo provincial de Luanda (GPL).
Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
11.02.2014
Segundo, informaram nos interrogatórios sempre que se anunciassem intenções de realização de manifestações ou protestos em Luanda, e os interessados (manifestantes) escrevessem ao governador de Luanda, Bento Francisco Bento para comunicar conforme determina a constituição, este por sua vez, fazia chegar as correspondências ao SINSE, solicitando levantamento dos dados pessoais dos organizadores/líderes da anunciada manifestação.

O SINSE, colocava no terreno,  os seus homens, que atendem pelo código OV (abreviação de observadores visuais) para identificar os cabecilhas e dias antes das manifestações,  facultavam os dados a Polícia Nacional para que estes os prendessem.  A Polícia Nacional prendia por dois ou três dias e em diferentes cadeias e depois soltava-os até que o tema da manifestação terminasse junto da sociedade civil.

Caso Kamulingue
De acordo com os mesmos, quando se tentou realizar a manifestação do dia 27 de Maio de 2012,  o SINSE  tomou  conhecimento da mesma através do GPL e tiveram outros suplementos através do  próprio Alves Kamulingue que se comunicava com alguém da segurança de Estado que se  fazia  passar por amigo.

Os mesmos assumem que neste dia, foram os homens do SINSE que prenderam Alves Kamulingue e o entregaram a Polícia Nacional. Conforme explicaram, a PGR, este era o procedimento muito  normal que se fazia.

Naquele periodo, a então  comandante provincial da Polícia de Luanda, Elizabeth Ramos Frank “Beth”, se encontrava ausente do país  e era, o seu adjunto para área operativa, o Comissário Dias do Nascimento Fernando Costa, quem estava a interina-la.

Conforme revelaram, o comandante, Dias do Nascimento Costa   telefonou para o delegado adjunto do SINSE, Augusto Mota e este  foi ter com ele, no quilómetro 44, na companhia do Chefe dos serviços de Viana, João Fragoso.  Postos no local, os dois  responsáveis  do SINSE de Luanda, contaram que  encontram Alves Kamulingue, amarrado e já sem vida.

Ao regressarem do local do crime, Augusto Mota telefonou para o delegado provincial do SINSE, António Manuel Gamboa Vieira Lopes “Tó” informando que os colegas da polícia/DNIC   “limparam” Alves Kamulingue.

Augusto Mota, confirmou que presenciou os seus colegas da polícia a executarem o activista mais nada poderia fazer para impedir.

Durante aos interrogatório na PGR, os elementos do SINSE foram questionados se em algum momento receberam ordem do seu então superior, Sebastião Martins, e estes disseram que “não”  e esclareceram que naquele momento o antigo DG dos Serviços Secretos  se encontrava ausente do país.  Foram igualmente questionados, o porque não  o informaram do que se estava a acontecer.

De momento, as autoridades, procuram entender, quem terá dado  aos homens liderados pelo comandante Dias do Nascimento, as ordens para execução de Alvés Kamulingue   visto que tanto o ex-Ministro do Interior,  Sebastião Martins   e  a ex- comandante provincial Elizabeth Frank “Beth”, os seus superiores hierárquicos , se encontravam ausentes. 

Morte de Isaías Cassule

Quanto a morte de  Isaías Cassule,  líder do Movimento Patriótico Unido, os responsáveis do SINSE revelaram que  o  “homem do GPL” contactou Augusto Mota pedindo o numero de telefone do activista.  O “homem do GPL”, referenciado  atende pela alcunha de “Tcheu” e tem sido apresentado como escolta do governador de Luanda, Bento Francisco Bento (este dirigente do partido no poder  já  esclareceu publicamente que o mesmo faz parte de um suposto gabinete técnico do Comité Provincial do MPLA de Luanda).
Logo após ter sido raptado por “Tcheu”,  o activista Isaías Cassule foi levado para  uma esquadra da Polícia Nacional, onde foi sujeito a sessões de torturas. Cassule não resistiu tendo perdido a vida.  Ele terá sido esquartejado e as partes dos seus corpos atiradas numa área do rio Dande, habitada por jacarés.
Depois de regressarem da operação de assassinato,   o agente “Tcheu”  telefonou para o ex- delegado adjunto do SINSE,  Augusto Mota  para transmitir que “o presunto” (termo por ele usado para descrever Isaías Cassule estava) morreu e que desfizeram-se nos seus restos mortais.