sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

LUANDA: O rapper Yannick Afroman diz que a Verdade Doi

AFS - Yannick Afroman: "A verdade dói"

AFS
AFSTAMANHO DAS LETRAS
O rapper Yannick Afroman diz que a sua música é de “intervenção social e não é política”.

Falando num animado “Angola Fala Só”, o conhecido músico angolano recusou-se a envolver-se em discussões político-partidárias afirmando que na sua música fala “daquilo que conheço”.

“Não é fácil falar de coisas que não sei,” disse afirmando que quando se fala de assuntos que não se conhece “há sempre o perigo de ser mal interpretado”.

Um dos ouvintes criticou o músico afirmando que “toda a gente em Angola sabe que tudo está mal” pelo que “ não se pode dizer que não se sabe de política”.

Yannick Afroman disse que na sua m´suca procura fazer criticas mas de caracter social “não para criar problemas mas para procurar soluções”.

Um ouvinte instou-o a seguir o exemplo do Brigadeiro Dez Pacotes, um rapper angolano conhecido pela sua música de caracter político mas outro disse que Yannick Afroman deveria continuar com a sua música para “encorajar e alegrar o povo angolano”.

“Eu não faço imitações ou o que está na moda,” disse o rapper para quem a música “não pode ser só alegria e sofrimento”.

“Não vou mudar de estilo,” disse.

Interrogado sobre algumas da suas músicas de caracter mais controverso lhe tinham  causado problemas o rapper respondeu que “a verdade dói”, mas acrescentou:

“Não tenho tido problemas”.

O rapper, que vai dar este Sábado no estádio dos Coqueiro um espectáculo que qualificou de “grandioso” anunciou também uma digressão por várias províncias angolanas.

Yannick Afroman diz que a música angolana na generalidade continua a ter dificuldades em penetrar em mercados estrangeiros, mesmo aqueles de língua portuguesa como Portugal e o Brasil.

Contudo  está a tentar colocar o seu segundo álbum “Terra a Terra” à venda em Portugal.

Embora recusando envolver-se em controvérsias políticas, Yannick Afroman lançou um apelo aos políticos angolanos “para deixarem de lançar pedras uns aos outros” e procurarem em conjunto soluções para os problemas de Angola.

O rapper disse que ele próprio tinha sofrido com a guerra em Angola pois familiares dele tinham morrido durante o conflito mas que a situação em Angola é agora melhor do era.

“O meu filho tem oportunidades diferentes daquelas que não tive,” disse.
“Nem tudo está bem mas nem tudo está mal,” acrescentou para depois apelar a um esforço conjunto dos angolanos

Clique aqui para ter acesso ao arquivo do programa

BISSAU: Ministro da Guiné Bissau acusa presidente português de infantilidade

Ministro da Guiné-Bissau acusa presidente português de infantilidade

Fernando Vaz diz que o incidente com os refugiados sírios foi politizado por Lisboa com a intenção é dar suporte político ao antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

Fonte: VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
27.12.2013
Presidente português Anibal Cavaco SilvaPresidente português Anibal Cavaco Silva
Depois de há dois dias um comunicado do ministério português dos Negócios Estrangeiros ter considerado o comportamento do executivo de Bissau de absolutamente inaceitável, agora foi a vez do ministro de Estado e da Presidência guineense reagir.

O ministro de Estado e da Presidência revela, em entrevista à rádio portuguesa TSF, que o incidente com os refugiados sírios foi politizado por Lisboa, e que a intenção é dar suporte político ao antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, deposto em 2012.

Fernando Vaz vai mais longe e acusa o presidente português Cavaco Silva de ter sido extremamente infantil ao dar ouvido a tudo o que se disse em Portugal.

O governante sublinha que o aeroporto de Bissau é seguro e que tem todas as certificações necessárias emitidas por entidades internacionais.

No entanto, o ministro de Estado e da Presidência da Guiné-Bissau reconhece haver culpas partilhadas no incidente e aponta fragilidades no processo de embarque da TAP em Bissau.

LISBOA: Rafael Marques é a personalidade do ano de 2013

Rafael Marques é personalidade do ano 2013

Fonte LusoMonitor
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Foi um ano agitado para os países da comunidade lusófona, mas, para a Lusomonitor, a escolha foi bastante fácil: o jornalista e ativista pró-transparência Rafael Marques de Morais foi a personalidade mais marcante do ano de 2013, pela enorme influência que demonstrou ter nas questões angolanas, dentro e fora do país.
Os processos judiciais movidos por Rafael Marques a figuras do regime angolano em Portugal colocaram em causa, em última instância, as bases das relações entre Portugal e Angola. Mas, na opinião dos jornalistas e consultores da Lusomonitor, este questionamento pode ser clarificador.
Cada vez mais, as relações entre Portugal e Angola – ou pelo menos aquelas que contam – são as de negócios. Por isso, as personalidades que mais espaço ocupa nas páginas dos jornais são aquelas que estão na linha das frente dos mesmos. Acima de todos, Isabel dos Santos, cujo peso na economia portuguesa já anda a par do de figuras de sempre como Belmiro de Azevedo ou Américo Amorim. Em 2013, destacaram-se outras figuras angolanas nos negócios, como António Mosquito, que à construção juntou a comunicação social, com a entrada no capital da Controlinveste, que lhe dá mais poder, influência e prestígio.
Mas a nossa escolha por Rafael Marques decorre exatamente daí. Quer dizer, ou lembrar, que há mais vida para além dos negócios. Que os euros, kwanzas ou dólares são hoje muito importantes, mas que não só a isso se devem resumir os laços entre povos que se conhecem há séculos e que até há algumas décadas faziam parte da mesma nação.
O trabalho de Rafael Marques lembra-nos exatamente que, se queremos ser uma comunidade,  há valores que temos de partilhar. Se queremos ser uma comunidade digna, um desses valores a partilhar é o da honestidade. Outro que tem de estar sempre presente é o da partilha.
Que de façam negócios sim – muitos e cada vez mais. Mas que eles sejam feitos com transparência, por cima da mesa, e com dinheiro de proveniência conhecida. E que a riqueza gerada seja partilhada por aqueles que mais precisam. E são tantos, em países como Angola!
Num Portugal em profunda crise económica, e também moral em muitos casos, oss processos judiciais, e a forma expedita como acabou resolvido depois do “bater de pé” de José Eduardo dos Santos no discurso do Estado da Nação – ameaçando não avançar com a parceria estratégica entre os dois países – faz refletir sobre o estado de subserviência que é associado hoje ao país.
Uma voz incómoda, mas respeitada
Considerado inteligente, com dotes de analista político e coragem invulgar, Rafael Marques adquiriu notoriedade pública, interna e externa, como activista de causas como defesa dos direitos humanos e denúncia da corrupção em Angola.
Em Angola, é provavelmente odiado no chamado círculo presidencial. Os seus detractores dizem que está ao serviço de obscuros interesses estrangeiros, sendo aos EUA e George Soros que é mais frequentemente associado, num discurso tradicionalmente usado pelo regime para atacar os seus adversários.
Por outro lado, a sua acção cívica e política é discretamente apreciada por indivíduos e grupos do regime que têm contas a ajustar com o círculo presidencial. É respeitado ou, pelo menos, apreciado, na chamada sociedade civil angolana, em geral. Mantém ligações pessoais, até políticas, com intelectuais  conotados com a oposição e com os próprios partidos da oposição.
O último caso grave que revelou foi o da negociação da dívida à Rússia, estando apoiado em abalizados elementos de prova. As denúncias têm geralmente repercussão externa e também nesse aspecto o seu contributo no combate à corrupção tem sido importante.
Processos judiciais vão continuar a correr
As autoridades portuguesas abriram um inquérito em que foram investigadas transacções financeiras levadas a cabo pelo vice-presidente Manuel Vicente e várias outras figuras do regime, com base nas denúncias de Rafael Marques e nas de um ex-embaixador daquele país. Segundo estas, empresas portuguesas estariam a ser usadas por altos dirigentes angolanos para lavar dinheiro. O processo acabou arquivado pela Procuradoria-Geral da República portuguesa.
A insistência dos advogados dos visados, junto do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, para que a investigação terminasse, baseou-se em argumentos como o cargo desempenhado por Manuel Vicente, que deveria dar-lhe direito a um tratamento diferenciado relativamente aos restantes suspeitos. Também evocaram “o importante papel de Angola na recuperação da economia lusa”, e ainda o prejuízo que as denúncias estavam a causar “na captação de investimentos angolanos em Portugal”.
O inquérito, em que figuravam também como suspeitos o governador da província de Kuando Kubango, Higino Lopes Carneiro, e ainda a empresa de telecomunicações Portmill , investigada por causa da origem do dinheiro com que comprou parte do BES Angola, acabou mesmo por ser arquivado em novembro. O procurador encarregue do caso disse, no despacho de arquivamento, que a autonomia do Ministério Público e a independência do poder judicial “não são sinónimos de insensibilidade política, económica ou social”. Dizia, porém, no mesmo documento, que se encontra ainda a decorrer “grande volume de perícias financeiras” sobre as transacções alvo de denúncia.
Rafael Marques respondeu pedindo a abertura da instrução do processo em que acusava o vice-presidente angolano e outras figuras do regime de branqueamento de capitais, e que foi recentemente arquivado pela Procuradoria-Geral da República portuguesa. “Há matéria indiciária para levar os suspeitos a julgamento e há matéria de direito que não foi respeitada”, explicou o seu advogado, Duarte Teives, em declarações à Lusa.
LusoMonito
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LUANDA: Cronologia das Manifestações

Cronologia das Manifestações
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
 27 de Dezembro, 2013
O Maka Angola está a realizar um projecto de documentação sobre o exercício constitucional do direito de manifestação desde 2011. No princípio do referido ano, alguns jovens, inspirados pela primavera árabe, tentaram emular as mesmas ideias de mudança de regimes autoritários por via de protestos de rua.
Todos quantos queiram contribuir para o projecto podem enviar dados sobre protagonistas e participantes, casos de detenção, tortura e outros actos de violência, incluindo também eventos que tenham ocorrido nas províncias e não tenham sido registados.

2011

7 de Março – Tentativa de manifestação anti-governamental na Praça da Independência, em Luanda, convocada anonimamente por um desconhecido Movimento Revolucionário do Povo Lutador de Angola e assinada com o pseudónimo Agostinho Jonas Roberto dos Santos. A Polícia Nacional (PN) deteve 12 cidadãos, incluindo o rapper Luaty Beirão, a jornalista Ana Margoso, do Novo Jornal.
Cartaz Manif7Marco2011 WEB Cronologia das Manifestações
O dia 7 de Março de 2011 marcou o princípio dos protestos de rua em Angola. Os números da data, 070311, passou a simbolizar o crescente movimento contra o presidente José Eduardo dos Santos.
22 de Abril: O desdobramento de fortes dispositivos policiais forçou o cancelamento de duas manifestações previstas para este dia, uma no actual distrito do Cazenga, em Luanda, e outra em Caxito, na província do Bengo. Os moradores do Cazenga pretendiam protestar contra a insalubridade da zona. No Bengo, professores pretendiam reivindicar melhorias sociais.
3 de Setembro: Agentes da PN, forças de segurança e milícias pró-governamentais, dispersaram violentamente uma manifestação contra o presidente José Eduardo dos Santos em que participavam várias centenas de manifestantes em Luanda. Forças de segurança e membros das milícias atacaram vários jornalistas que faziam a cobertura da manifestação. Apreenderam ou partiram as suas câmaras e outros aparelhos de gravação, na vã tentativa de impedir a cobertura mediática.
Protestos WEB Cronologia das Manifestações
A brutalidade policial foi uma constante das manifestações desde 2011.
3 de Dezembro: Polícias e agentes de segurança à paisana dispersaram violentamente uma manifestação pacífica de cerca de 100 jovens em Luanda e feriram pelo menos 14 pessoas.

2012

27 de Janeiro: Uma manifestação organizada por residentes de Cacuaco exigindo acesso a água e electricidade foi reprimida pela polícia. Foram detidos 12 manifestantes.
3 de Fevereiro: Cerca de 50 manifestantes, que protestavam contra a prisão de cidadãos detidos numa manifestação anterior em Cacuaco, Luanda, foram agredidos por agentes da Polícia Nacional e de Intervenção Rápida. A polícia deteve 10 manifestantes, mas libertou-os no mesmo dia sem acusação.
4 de Fevereiro: Em Cabinda, a polícia deteve 21 grevistas do sindicato dos trabalhadores da saúde, incluindo dois dirigentes sindicais. Os trabalhadores da saúde , em greve desde o dia 30 de Janeiro, reclamavam melhores condições de trabalho e o pagamento de subsídios em atraso.
10 de Março: No bairro do Cazenga, em Luanda, cerca de 40 manifestantes foram atacados por uma dúzia de agentes da PN, à paisana, armados com bastões, facas e pistolas. Um dos líderes dos protestos, Luaty Beirão, foi ferido, bem como dois outros manifestantes. Três jornalistas que cobriam o evento – um da Voz da América, outro da Rádio Despertar e um jornalista freelancer – e os manifestantes procuraram refúgio em residências privadas nas proximidades para escaparem à violência. Nessa tarde, membros das milícias atacaram violentamente o secretário-geral do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, com barras de ferro. Teve de ser submetido a intervenções cirúrgicas no exterior do país.
luaty 10Marco 2012 Cronologia das Manifestações
Luaty Beirão, um dos líderes dos protestos, foi ferido numa manifestção a 10 de Março de 2012.
Dois dias depois, a Televisão Pública de Angola (TPA) deu amplo espaço a um suposto “Grupo de Cidadãos Angolanos pela Paz, Segurança e Democracia na República de Angola” que reivindicou os ataques e prometeu mais actos de violência contra todos aqueles que se manifestem contra o regime.
Em Benguela, a polícia destacou unidades de intervenção rápida, brigadas caninas e carros de jato de água por toda a cidade. Polícias fardados e à paisana, armados com pistolas, dispersaram um grupo de cerca de 60 manifestantes pacíficos e detiveram três activistas: Hugo Kalumbo (um dos organizadores do protesto), Jesse Lufendo (membro da organização de direitos humanos Omunga) e um motorista de táxi que estava a assistir aos acontecimentos.
31 de Março: Marcha de cerca de quatro mil veteranos das ex-FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola) e simpatizantes, na cidade de Menongue, na província do Kuando-Kubango.
19 de Maio: A UNITA realizou uma manifestação pacífica em Luanda com a presença de milhares de apoiantes.
23 de Maio: Um grupo de cerca de 15 indivíduos afectos às milícias pró-governamentais, armados com pistolas, catanas e varas de ferro, atacou o núcleo de jovens que se havia notabilizado na organização de manifestações anti-Dos Santos, desde Março de 2011. O ataque ocorreu na residência de Dionísio “Carbono”, onde vários jovens estavam reunidos. Vários jovens ficaram gravemente feridos.
23Maio2012 Cronologia das Manifestações
O ataque de 23 de Maio de 2012 causou vários feridos.
27 de Maio: Rapto de Alves Kamulingue, 30 anos, quando circulava, ao meio-dia, na baixa de Luanda. Kamulingue dirigia-se a uma manifestação que deveria ter juntado antigos membros da Unidade de Guarda Presidencial (UGP) e antigos combatentes, para a reclamação de pensões. A 29 de Maio, o seu companheiro Isaías Cassule, 34 anos, um dos organizadores da manifestação, também foi raptado.
7 de Junho: Cerca de 3,000 veteranos de guerra saíram à rua, em Luanda, em protesto pelo atraso no pagamento das suas pensões.
ManifDesmobilizados 7Junho2012 WEB Cronologia das Manifestações
Manifestação de desmobilizados de guerra, 7 de Junho de 2012.
20 Junho: Centenas de desmobilizados realizaram uma manifestação de protesto, em Luanda, que causou pânico na cidade. Um forte aparato da Polícia de Intervenção Rápida e da Polícia Militar dispersou violentamente os manifestantes a cassetete e com gás lacrimogéneo. Os antigos combatentes reclamavam o pagamento das suas pensões, muitas das quais em atraso desde há 20 anos. A Polícia Militar procedeu à detenção de mais de 50 veteranos de guerra.
29 de Junho: Mais de 500 desmobilizados das ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) concentraram-se no Bairro João de Almeida, na cidade do Lubango, província da Huíla, para uma marcha de protesto em reclamação das pensões que lhes são devidas há 20 anos. O Fórum Independente dos Desmobilizados de Guerra de Angola (FIDEGA), responsável pela iniciativa, cancelou a marcha na hora, após um encontro com o Comando da Região Militar Sul no dia anterior.
14 de Julho: Dois jornalistas (Coque Mukuta, correspondente do serviço em língua portuguesa da Voz da América, e Isaac Manuel, jornalista da estação de televisão RTP), foram detidos em Luanda numa manifestação anti-governamental impedida de se realizar pela polícia. No total, além dos jornalistas, foi confirmada a detenção de mais 10 pessoas.
3 de Agosto: Um forte dispositivo combinado da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), agentes da ordem pública e dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), dispersaram, de forma violenta, uma concentração de veteranos de guerra que se preparava para realizar uma manifestação na cidade do Lubango, província da Huíla.
25 de Agosto: Manifestação organizada pela UNITA, em Luanda, contra a fraude eleitoral.
22 de Dezembro: Manifestação do Movimento Revolucionário para exigir da polícia uma explicação sobre o desaparecimento de Isaías Cassule e Alves Kamulingue.

2013

2 de Fevereiro: Mais de 700 professores saíram à rua na cidade do Lubango para exigir melhores condições laborais e o pagamento de dívidas em atraso.
MarchaProfessoresHuila WEB Cronologia das Manifestações
Manifestação de professores, Huíla. O Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) tem vindo a organizar vários protestos em diferentes pontos do país.
30 de Março: A Polícia Nacional deteve cerca de 20 pessoas durante uma tentativa de manifestação em Luanda sob o tema “Direito à Vida e Liberdade para Quem Pensa Diferente”, em protesto pelo desaparecimento de Isaías Cassule e Alves Kamulingue.
27 Maio: Agentes da Policia Nacional dispersaram à bastonada os manifestantes que participavam na vigília convocada para esta tarde, em Luanda, pelo Movimento Revolucionário, em protesto pelo desaparecimento, há um ano atrás, de Isaías Cassule e Alves Kamulingue. Um dos manifestantes, Raúl Lindo “Mandela”, de 27 anos, foi brutalmente espancado. Um outro, Emiliano Catumbela, foi detido durante quase um mês e torturado sob ordens directas da comandante provincial da Polícia Nacional, Comissária Elizabeth “Bety” Rank Frank.
Manif27Maio2013 WEB Cronologia das Manifestações
Tentativa de manifestação, 27 de Maio de 2013.
15 de Junho: Mais de 15 mil pessoas saíram à rua em protesto contra a onda de homicídios de camponesas, na localidade diamantífera de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte.
ManifestacaoCuango 15Junho2013 WEB Cronologia das Manifestações
Manifestação em Cafunfo, Lunda Norte, de repúdio à onda de violência contra camponesas.
14 de Setembro: Cerca de 5 mil professores aderiram a uma marcha de protesto no Lubango, província da Huíla. A marcha foi convocada pelo Sindicato Nacional de Professores (SINPROF), reivindicando melhores condições de emprego.
19 de Setembro: Uma manifestação de protesto contra as injustiças sociais em Angola, organizada pelo Movimento Revolucionário, foi mais uma vez violentamente reprimida pela Polícia Nacional, em Luanda. Foram detidos 23 manifestantes. Por acaso, o secretário nacional do Bloco Democrático e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Manuel de Victória Pereira, que se encontrava a distribuir boletins informativos do seu partido, na sua área de residência, também foi detido como manifestante. Vários manifestantes declararam ter sido agredidos por agentes policiais.
A cobertura noticiosa da manifestação foi também fortemente reprimida pela polícia que ordenou aos jornalistas estrangeiros que abandonassem o local, sob ameaça de serem também detidos. Coque Mukuta, jornalista da Voz da América, foi brevemente retido por agentes da polícia quando tentava apurar o nome de um manifestante detido junto ao cemitério da Santana.
20 de Setembro: Menos de meia hora após terem sido libertados, sob termo de identidade e residência, a Polícia de Intervenção Rápida (PIR) deteve sete membros do auto-denominado Movimento Revolucionário, que organizara uma manifestação anti-governamental, reprimida pela polícia no dia anterior. Adolfo António, Adolfo Campos, Amândio Canhanga “Sita Valle”, Joel Francisco, Quintuango Mabiala “Dimas Roussef”, Pedro Teka “Pedrowski”, Roberto Gamba “Pastor”, concediam entrevistas aos jornalistas Alexandre Solombe, Coque Mukuta e Rafael Marques de Morais quando foram detidos, incluindo os jornalistas. Estes foram violentamente agredidos e os seus materiais de reportagem foram apreendidos e destruídos pelos agentes da PIR. Depois de várias horas, os jornalistas foram libertados mas os manifestantes permaneceram detidos. Dias depois foram libertados sob caução, fixada em um milhão e 520,000 kwanzas (US $15,400).
SeteMagnificos WEB Cronologia das Manifestações
Alguns dos jovens manifestantes, exibindo as ordens de soltura do tribunal, no dia 20 de Setembro, momentos antes de terem sido novamente detidos por agentes da PIR.
23 de Novembro: Um militante da CASA-CE, Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, foi morto a tiro nas primeiras horas da madrugada por um agente da Unidade de Segurança Presidencial (USP). O malogrado foi detido enquanto colava cartazes nas paredes do Estádio dos Coqueiros, levado para a unidade da USP, junto à presidência, onde foi morto com um tiro nas costas.
Uma manifestação convocada pela UNITA, em protesto pelas notícias recentes dando conta da execução dos activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue, foi violentamente reprimida com disparos sobre os manifestantes, canhões de água quente e granadas de gás lacrimogéneo. Foram registados vários feridos, incluindo o presidente da UNITA. Quase três centenas de pessoas foram detidas em todo o país, a maioria militantes da CASA-CE, que se tinham antecipado à manifestação com actos de colagem de cartazes nas ruas.
27 de Novembro: A marcha funerária de Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, militante da CASA-CE assassinado por operativos da USP a 23 de Novembro, foi impedida de prosseguir na Avenida Deolinda Rodrigues, nas imediações do Jumbo. O cortejo, que juntava centenas de pessoas, muitas envergando camisolas com os dizeres “Exigimos Justiça”, foi bloqueado por um forte dispositivo policial, que incluiu o uso de helicópteros, Polícia de Intervenção Rápida, Polícia Montada, duas viaturas com canhões de água e disparos de gás lacrimogéneo. O funeral prosseguiu após mais de uma hora de impedimento.
FuneralManuelGanga 12 Cronologia das Manifestações
Marcha funerária de Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, militante da CASA-CE assassinado por operativos da USP a 23 de Novembro.

CABINDA: Governo provincial de Cabinda envia policia para zonas marcadas para demolições

Cabinda: Governo envia polícia para zona marcada para demolições

Habitantes recusam-se a saír e querem negociar indemnizações

Fonte: VOA José Manuel
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
27.12.2013
TAMANHO DAS LETRAS 

Em Cabinda prossegue obraço de ferro entre as autoridades e os moradores do bairro A Resistência na sequência da anunciada demolição de mais de 20 residências par aa construção de uma mediateca no centro da cidade de Cabinda.

O governo provincial parece estar a endurecer a sua posição e Sexta-feira de manhã enviou para o local alguns efectivos da polícia nacional e da fiscalização da administração municipal de Cabinda.

A governadora Aldina da Lomba está a ser acusada pelos moradores de privilegiar o seu irmão e a sua mão que possuem ambos residências na zonas mas que segundo os moradores não estão abrangidos pelas anunciadas demolições.

Os moradores recusam-se a aceitar casas oferecidas pelo governo afirmando que estas são de má qualidade e muito longe da cidade.

“As pessoas estão actualmente bem alojadas não estão em situação precária,” disse um dos moradores.

“Querem levar-nos para o mato onde não temos comunicações e isso não podemos aceitar,” acrescentou afirmando ainda que as pessoas estão decididas a não sair de casa até governo “negociar com o povo”.

Não conseguimos obter qualquer reacção do governo

PEQUIM: Chinesa de 60 anos dá a luz a gémeas

Chinesa de 60 anos dá à luz a gémeas

Fonte: China Daily
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

TAMANHO DAS LETRAS
 
Uma sexagenária tornou-se a mulher mais idosa da China a dar à luz, após trazer ao mundo, aos 60 anos, duas gémeas concebidas mediante fertilização in vitro. O caso é extremamente incomum na China, que manteve por muitos anos a política do filho único, devido à idade da mulher.

No resto do mundo, muitos países e clínicas impõem limites a tratamentos de fertilização in vitro, que se torna menos eficaz com a idade e devido a preocupações com o bem-estar da criança.

Segundo o jornal China Daily, Sheng Hailin, que hoje tem 63 anos, perdeu a primeira filha por envenenamento acidental com gás há mais de quarenta anos.

LUANDA: Bloco Democrático pede libertação de Sindicalistas da EPAL presos pelo regime

Angola: Bloco Democrático pede libertação de sindicalistas da EPAL

Partido diz que cidadãos devem fazer uso de redes sociais e outros meios para divulgar notícias

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Redacção VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
O Bloco Democrático exigiu a libertação imediata de três sindicalistas da Empresa Pública de Agias de Luanda, EPAL.

Os sindicalistas foram presos na sequencia de uma greve decretada na empresa e o sindicato disse que não haverá regresso ao trabalho até os sindicalistas serem libertados.

Numa declaração o Bloco Democrático disse os trabalhadores tinham agido de acordo com a lei e a constituição da República de Angola, onde o direito à greve é um direito inalienável da classe trabalhadora Angolana.

O partido disse que segundo informações dos sindicalistas todo o processo foi realizado dentro do legalmente estipulado, pelo que não se compreende a violação dos direitos dos trabalhadores.

O Bloco  apelou “aos trabalhadores sindicalizados e aos trabalhadores não sindicalizados, aos do sector formal e aos do sector informal para que se organizem amplamente em movimentos de defesa dos seus direitos, se associando a outras organizações de direitos humanos e associações de defesa das causas dos Angolanos, de forma apartidária por forma a que haja uma real defesa dos direitos dos trabalhadores Angolanos”.

Apelou também aos trabalharem para criarem “meios de comunicação e divulgação das suas causas para a sociedade saber o que se passa”, como por exemplo blogs, facebook e redes sociais