quinta-feira, 3 de setembro de 2015

LISBOA: Bonga entrevista - O musico angolano fala a voz da América por telefone

 Bilhete de Identidade de Bonga

"Um povo que não intervém, que não se manifesta, é um povo boelo, burro."
Nesta Sexta-feira, 4 de Setembro o Angola Fala Só tem como convidado o cantor Bonga, conhecido pelo seu semba de mensagem, com letras interventivas. Numa entrevista ao Rede Angola, Bonga afirmou: "Vivo em Portugal mas tenho mais prémios do estrangeiro. Talvez esteja a pagar o preço por ter sido amigo de Jonas Savimbi, Samora Machel ou Holden Roberto. E pago a factura sempre que há negócios a fazer. Isso é muito triste para a nossa democracia".
NomeBarceló de Carvalho (Bonga)
Data de Nascimento: 5 de Setembro 1943
Local de Nascimento: Porto Kipiri (Bengo) - Luanda
Profissão: Músico
Curiosidades: Tem 30 álbuns editados, quatro compilações e dois álbuns ao vivo. Recebeu a medalha de honra de Cavaleiro das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura de França e entre Portugal, França e Holanda faz caber mil e um destinos onde a sua música e a bandeira angolana passam a ser reconhecidas.
Antes da música foi atleta do Benfica. Em 1966 foi "pescado" para representar o clube da metróple e, em Lisboa, juntou-se a músicos como Rui Mingas, Duo Ouro Negro ou Vum Vum.
Numa entrevista ao blog Buala/ Revista Austral, Bonga conta que foi André Mingas quem lhe levou a mensagem a Portugal de que ele constava da lista da polícia política portuguesa (também conhecida por PIDE), porque nas suas viagens para provas de atletismo ele aproveitava para disseminar a mensagem de repressão e discriminação que se vivia em Angola com o colonialismo.
Fugiu para a Holanda em 24 horas, onde foi reconhecido como campeão dos 400 metros e onde gravou o seu primeiro disco "Angola 1972".
Hobbies: Cozinhar é uma das suas paixões
Um homem político... Bonga foi sempre, desde a luta pela independência até aos dias de hoje, um ser político, que nas suas entrevistas deixa claro o quão importante é ter uma postura activa, de não indiferença perante os problemas. Poucos meses depois da prisão de 16 activistas em Luanda, também ele levantou a sua voz e tem-se feito ouvir pela sua libertação. Na entrevista de 31 de Agosto de 2015, ao Rede Angola, Bonga refere-se a apatia do povo como sendo burrice: "Um povo que não intervém, que não se manifesta, é um povo boelo, burro. Imitamos tanta coisa do Brasil, os cabelos, as modas, a música, mas não a manifestação. O povo inflamado do Brasil manifestou-se no outro dia. Também gostaria que em Angola se passasse o mesmo tipo de coisas quando se tem fome na barriga, as crianças não estudam, não há assistência médica."

Onde estava 11 de Novembro de 1975?
Segundo a sua biografia e entrevistas disponíveis na Internet estava pela Europa
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LUANDA: Território Angolano não pode servir de moeda para pagar divida a China

TERRITÓRIO ANGOLANO NÃO PODE SERVIR DE MOEDA PARA PAGAR DIVIDA A CHINA!  
Fonte: Club-k.net
03/09/2015
 Intrigantemente Angola caminha vertiginosamente para um abismo desolador, é inacreditável aceitar que o país fora atirado para as kalendas do inferno, afundando-se cada vez mais no vergonhoso mar desconfortável da discórdia sem possibilidade de emergir.
É INADMISSÍVEL QUE O TERRITÓRIO NACIONAL ESTEJA A SER UTILIZADO COMO MOEDA PARA PAGAR A DIVIDA A CHINA, E MUITO MENOS SE PERCEBERÁ QUE SEJA USADO COMO MATÉRIA DE TROCA PARA COMBATER A CRISE ENGENDRADA PELO MPLA E O SEU PRESIDENTE CORRUPTO, NO PODER A MAIS DE 36 ANOS.
A navegação politica angolana é de todo inoperante, e a situação econômica e financeira encontra-se igualmente mal e a deriva, espera-se a qualquer momento uma explosão social em larga escala, impossível de ser contida, caso não sejam tomadas medidas compensatórias para estancar a crise para trazer estabilidade econômica séria afastando definitivamente o fantasma da corrupção e nepotismo reinante no país, além de neutralizar com eficiência outros males que enfermam substancialmente a sociedade no seu todo.
O país está sintonizado numa única vertente e os angolanos sabem bem, que caso a atual direção do MPLA e o presidente da republica vitalício continuem a reinar no país, os angolanos conhecerão piores sintomas degradantes de miséria endêmica.
O quadro é negro e terrificante, é possível que surpreendentemente surja mais para frente um quadro demonstrativamente mais macabro na engrenagem administrativa do país, que arraste de permeio o país para um mais profundo oceano de trevas terrivelmente abismal.
A CHINA NÃO É A SOLUÇÃO QUE ANGOLA PRECISA PARA SAIR DA CRISE, ESSA INSISTÊNCIA DO REGIME EM PENDURAR-SE A CHINA, DEBILITA AINDA MAIS ECONOMICAMENTE O PAÍS, QUE A MUITO SEGUE SEM RUMO E COM FUTURO INCERTO.
O rumo que o país segue é totalmente desconhecido para os governados, ninguém acredita mais numa saída airosa tendo a cabeça do país um homem desmedidamente ambicioso que deseja permanecer no poder apenas pelo poder para perseguir, prender torturar e assassinar os seus opositores.
O país segue aos solavancos, ancorado á uma falsa perspectiva futurista confusa completamente desacreditada nacional e internacionalmente. A perspectiva esperançosa de retirar o país do marasmo desconfortável em que se encontra é diminuta, todos sabem que a China não é o parceiro certo nem nela existe a solução que ajude a sanear a crise econômica e financeira ruinosa que Angola vive.
A CHINA ESTÁ NUMA ENCRUZILHADA ECONÔMICA SEM PRECEDENTES, QUE A REDUZIRA A UM PATAMAR INFERIOR DE CRESCIMENTO.
A China vive a mais de 2 anos um momento catastrófico de crise recessiva econômica que a tornou legivelmente deficitária. Todos os países que acreditaram no crescimento abrupto da China e tornaram-se seus parceiros econômicos, vivem agora momentos amargos de instabilidade financeira sem conseguir acrescer o seu superávit primário para pagar os juros da sua divida interna.
Por outro lado, o quadro econômico da China é instável e a mais de dois anos é deficitário e o seu crescimento econômico é insustentavelmente inviável.
Vistas as coisas por esse angulo, o quadro é demonstrativamente perturbador e poderá levar Angola a mergulhar vertiginosamente num abismo de águas turvas ainda mais tenebroso.

Raul Diniz