segunda-feira, 13 de março de 2017

LUANDA: Como se Rouba Féio no Fundo Soberano do ladrão Filho Ladrão do presidente Gatuno da republica de Angola

COMO SE ROUBA FEIO NO FUNDO SOBERANO


O Fundo Soberano de Angola (FSDEA), presidido por José Filomeno do Santos, cada vez mais se revela como a manjedoura exclusiva deste filho do presidente José Eduardo dos Santos, através e sob controlo absoluto do seu mentor, sócio e amigo Jean-Claude Bastos de Morais.
A construção do Porto do Caio, em Cabinda, é o mais recente exemplo da cleptomania presidencial, emulada pela descendência de JES – neste caso, por José Filomeno dos Santos “Zenú”. O projecto foi lançado em 2012, com um custo de 540 milhões de dólares, 180 milhões dos quais seriam avançados por investidores privados e 360 milhões proviriam de empréstimos concedidos por instituições financeiras. O Estado angolano não participaria no investimento.
Entretanto, a 30 de Janeiro passado, o Fundo Soberano anunciou um investimento de 180 milhões de dólares na empresa Caioporto S.A., a concessionária do futuro porto, com a contrapartida de deter 50 por cento das suas acções.
A Caioporto S.A. foi criada a 16 de Outubro de 2011, por Jean-Claude Bastos de Morais, com um capital social de 20 mil dólares e como proprietário de 99.900 por cento das acções.
Mas de que forma é que a Caioporto S.A., empresa apenas com papéis registados no Cartório Notarial do Guiché Único de Empresas, sem capital ou know-how, se torna na concessionária do porto e sócia do Fundo Soberano, assumindo assim um projecto de mais de meio bilião de dólares?
Jean-Claude Bastos de Morais ignorou os pedidos de resposta às questões sobre este assunto enviadas por Maka Angola à sua assessoria de imprensa. Por sua vez, após insistência, a assessora de imprensa do Fundo Soberano, Nicole Anwer, prometeu responder às questões do Maka Angola e falhou, apesar de estar ao corrente do dia exacto em que a matéria seria publicada.
Nacionalizar os prejuízos, privatizar os lucros
Oficialmente, o esquema do porto teve início a 14 de Agosto de 2012, dez meses após a criação da Caioporto S.A. através do decreto presidencial n.º 177/12, que autorizava o ministro dos Transportes, Augusto Tomás, a realizar um contrato de concessão com a referida empresa, relativamente ao novo Porto do Caio.
A 17 de Janeiro de 2012, a empresa concluiu o processo de legalização, publicando os seus estatutos em Diário da República: sete meses, portanto, antes da decisão presidencial.
Como justificação, o presidente invocou a necessidade, a urgência e o interesse público, atribuindo assim, sem qualquer concurso público ou mecanismo de transparência, a concessão à empresa Caioporto S.A., que nessa altura não passava de uma escritura notarial. O nome da empresa, um trocadilho do nome do futuro porto, não é um mero acaso. Foi definido propositadamente, para receber a concessão.
O contrato, uma parceria público-privada, estabelecia que a Caioporto S.A. se encarregava do financiamento, planeamento, concepção, remodelação, engenharia, construção e aprovisionamento do novo Porto do Caio. Como contrapartida desta tarefa a empresa obtinha o exclusivo de fornecer instalações e serviços no porto a qualquer embarcação que o utilizasse.
Em resumo, a Caioporto S.A. angariava o financiamento de 540 milhões de dólares, construía e depois exploraria o Porto. Desse modo, a empresa assumia os riscos de investimento, que seria privado, e depois arrecadaria os lucros, prestando um serviço público – a construção e gestão de um porto de mar.
No entanto, tudo não passava de um engodo para José Eduardo dos Santos, sempre paternal no saque da coisa pública, conferir um aspecto de legalidade ao esquema, legitimado pelos decretos presidenciais subsequentes.
No âmbito da semana de celebrações do seu aniversário, e uma semana após ter assinado o referido decreto presidencial, a 20 de Agosto de 2012, o presidente da República lançou, com pompa e ampla divulgação, a primeira pedra do projecto.
Contudo, mal tinham passado quatro meses, surge o segundo decreto presidencial, com o n.º 234/12, de 4 de Dezembro, relativo ao mesmíssimo Porto de Caio. Esse decreto contém uma grande alteração: introduz no contrato entre a Caioporto S.A. e o Estado angolano a autorização de prestação de uma Garantia de Estado de pagamento à primeira solicitação a favor das entidades que financiam a concessão.
“O que este linguajar jurídico diz é muito simples: o Estado passa a garantir os empréstimos que os bancos concedem à empresa privada. Temos aqui uma alteração fundamental do risco do contrato”, refere Rui Verde, analista jurídico do Maka Angola.
“Antes, quem investia e perdia ou ganhava dinheiro era a empresa privada. Agora, a empresa privada só ganha; se houver perdas, o Estado é que paga”, acrescenta.
“Nacionalizam-se os prejuízos e privatizam-se os lucros”, assevera o jurista.
O mesmo decreto acrescenta que o Estado angolano presta a favor da empresa privada uma garantia de receita mínima, de modo a assegurar a viabilidade económica do porto.
Rui Verde traduz em miúdos o significado dessa garantia: “Vejamos um exemplo: a empresa privada Caioporto S.A. precisa de uma receita mínima do porto no valor de um bilião de kwanzas por mês, para pagar os seus encargos e ter lucro. Se o porto dá essa receita, a empresa recebe-a. Se o porto apenas dá uma receita de 700 milhões, os restantes 300 milhões (para perfazer um bilião) são entregues pelo Estado à empresa. O bilião é sempre certo.”
Em suma, a empresa tem sempre o seu lucro garantido: ou recebe directamente do negócio, ou recebe indirectamente do Estado. Posto isto, torna-se bastante claro que a empresa Caioporto S.A. não tem arcaboiço económico nem credibilidade junto das instituições financeiras para obter empréstimos, pois precisa do Estado como garante de receita e de pagamento. É uma empresa destituída de massa crítica para o projecto a que se propõe.
Depois disto, há um período de silêncio e estagnação. Apenas em finais de Julho de 2014, volvidos 18 meses sobre o último decreto presidencial, se anuncia que em Dezembro desse ano arrancarão as obras portuárias. A primeira pedra lançada pelo presidente, ainda em 2012, não passou de um golpe de propaganda para mostrar obra nas comemorações do seu aniversário, em Cabinda. Ao que parece, a pedra lançada foi levada pelo mar…
Decretos presidenciais feitos à medida
Passado outro ano, a 29 de Dezembro de 2015 surge o terceiro decreto presidencial, desta vez com o n.º 230-A/15, sobre a Caioporto S.A. e o Porto de Caio. Este decreto determina ainda mais benefícios para a zona a ser explorada pela empresa, e autoriza a prestação de uma Garantia de Estado no valor de 751 milhões de dólares. Este é o mesmo projecto que, em 2012, o presidente considerou urgente para justificar a entrega da concessão do porto à empresa de Jean-Claude Bastos de Morais, o “cérebro” e testa-de-ferro do seu filho.
O presidente José Eduardo dos Santos.
Um mês mais tarde, em Janeiro de 2016, a Caioporto anunciou a primeira fase de construção do porto, bem como a conclusão dos estudos de viabilidade e o levantamento geológico.
Ora, aqui os angolanos são tomados por acéfalos. É do conhecimento geral que os estudos de viabilidade são sempre concluídos antes do início da construção. No entanto, a lógica operacional deste projecto em particular é extraordinária, já que em Janeiro de 2016 a Caioporto revela, afinal, que o presidente decidiu sobre um projecto de grande envergadura em 2012, quatro anos antes de o seu estudo de viabilidade ser concluído em 2016. Não sendo futurologia, só podemos concluir que todo o negócio tem contornos no mínimo duvidosos.
A 21 de Dezembro passado, José Eduardo dos Santos exarou o decreto presidencial n.º 238/16, o quinto sobre o malfadado porto, segundo o qual o Estado passou a ser o financiador da construção do porto, através da sua inclusão na linha de crédito concedida pela China e definida pelo decreto presidencial n.º 138/16, de 17 de Junho.
Este decreto muda rigorosamente tudo, pois o financiador deixa de ser a empresa privada e passa a ser o Estado.
Trata-se de um decreto anedótico. No seu artigo 1.º, estabelece que a concessão atribuída à Caioporto S.A. se mantém exactamente igual, excepto naquilo que concerne ao financiamento. Este fica previsto nos artigos 2.º e 4.º, segundo os quais o Estado assume 85 por cento do financiamento e a empresa 15 por cento, sendo que o valor do contrato de empreitada é de pouco mais de 831 milhões de dólares (uma subida de 290 milhões de dólares, equivalente a 54 por cento). A empreiteira é a empresa chinesa China Road and Bridge Corporation (CRBC), que tem em José Filomeno dos Santos o seu «comissionista» privilegiado.
A China concede o crédito ao Estado angolano, que o entrega à Caioporto S.A. O Fundo Soberano, entidade estatal, cobre 15 por cento do total do financiamento requerido, uma fatia que competia à Caioporto.
Com total impunidade e autoridade absoluta, para quê limitar-se ao saque autorizado pelo presidente? Os 15 por cento necessários como complemento do crédito chinês são 124 milhões de dólares, mas o Fundo anuncia que vai investir 180 milhões de dólares. São 56 milhões de dólares a mais. Quem, no aparelho de Estado, tem coragem de perguntar a Zenú e ao seu amigo Jean-Claude Bastos de Morais para onde desviaram esse dinheiro?
Jean-Claude Bastos de Morais, o mentor, amigo e sócio de Zenú.
Em resumo, a Caioporto S.A. é uma concha vazia, criada apenas para sugar dinheiro ao Estado através de sucessivos decretos presidenciais, com vista ao enriquecimento ilícito do filho de JES, através de Jean-Claude Bastos de Morais. Ademais, caso algum dia a obra portuária venha a ser concluída, o filho também ficará com o monopólio exclusivo do Porto de Cabinda, o único de águas profundas em Angola, como parte do seu extenso património.
Ninguém acredita que o presidente esteja apenas a ser generoso para com o amigo do filho, concedendo-lhe tanto dinheiro e o Porto de Cabinda. Jean-Claude Bastos de Morais é o veículo através do qual o presidente enriquece copiosamente o seu filho Zenú.
Vejamos o que revelam os Papéis do Panamá sobre essa dupla, o Fundo Soberano e a Quantum Global, a empresa fundada por Jean-Claude Bastos de Morais para absorver os investimentos do Fundo Soberano.
A parceria do saque
Desde a sua criação, em 2012, muitos angolanos se têm interrogado sobre a gestão real dos cinco biliões de dólares do FSDEA.
Os Papéis do Panamá ajudam a desvendar parte do mistério. Em 2014, dois anos após a sua criação, o Fundo Soberano realizou investimentos na ordem de um bilião de dólares. Para o efeito, José Filomeno dos Santos gastou 12.1 por cento desse valor em honorários de consultoria para as empresas encabeçadas pelo seu parceiro de negócios, o obscuro Jean-Claude Bastos de Morais.
De acordo com documentos revelados pelos Papéis do Panamá, em 2014, o Fundo Soberano pagou um total de 121 milhões de dólares à Quantum Global, através de várias subsidiárias dessa empresa sediada na Suíça. Os três valores mais altos, como depósitos directos, foram para a Quantum Global Investments Africa, com 28.7 milhões de dólares; para a Quantum Global Investments Limited, com 26.3 milhões de dólares; e para a Quantum Global lnvestments Management, com 19.4 milhões de dólares.
Outras entidades de fachada associadas à Quantum Global, que partilham os mesmos directores e o mesmo endereço da empresa-mãe, conforme dados partilhados pela investigadora sul-africana Khadija Sharife, também beneficiaram de avultadas somas. A Tome International, com sede na Grafenauweg 6, Zug, o mesmo endereço da Quantum Global, cobrou 19.9 milhões de dólares em honorários de consultoria ao Fundo Soberano. Por sua vez, a Stampa Quantum Global, cujo director é o presidente do Quantum Global, Ernst Welteke, recebeu 17 milhões de dólares do Fundo Soberano na sua conta. A Uniqua Consulting GmbH, cujos sócios anteriores incluem a QG, registou pagamentos no valor de 5.8 milhões de dólares.
Khadija Sharife compara, como exemplo, os custos de consultoria do FSDEA com o de outros fundos soberanos em 2014. A Austrália, cujo Fundo Soberano está avaliado em 117 biliões de dólares, teve 15 contratos de consultoria para os quais pagou um total de cerca de um milhão e 500 mil dólares. A Noruega, com um fundo avaliado em 999 biliões de dólares, gastou um total de 20 milhões de dólares em contratos de assessoria jurídica, consultoria e pesquisa.
Em Angola, a sangria vai ao ponto de, em 2014, José Filomeno dos Santos ter pago à Quantum Global mais 11.6 milhões de dólares, pelos serviços prestados enquanto “especialista económico do Fundo para entender os processos fundamentais que afectam a economia nacional”. Tufas!
Sem quaisquer freios, o Fundo Soberano concedeu 16.8 milhões de dólares à empresa Benguela Development S.A., criada a 26 de Outubro de 2007 por José Filomeno dos Santos, Jean-Claude Bastos de Morais e Mirco Martins, o enteado de Manuel Vicente. A justificação foi a criação de uma academia de hotelaria em Benguela. Como se não bastasse, o FSDEA deu mais 12.3 milhões à African Innovation Foundation, de Jean-Claude Bastos de Morais, instituição em que José Filomeno dos Santos fazia parte do corpo directivo.
O Fundo Soberano transferiu outros tantos milhões para a Quantum Global, que tratou de explicar como notas de rodapé.
Tendo em conta o exposto, é impossível não colocar a seguinte pergunta: porque é que o presidente não exara um último decreto presidencial a declarar o Fundo Soberano como conta bancária particular e solidária do seu filho José Filomeno dos Santos e de Jean-Claude Bastos de Morais, a dupla de ladrões?
Roubar assim é feio, muito feio, e altamente criminoso. Exige-se justiça, e a reposição do saque nos cofres do Estado.

LUANDA: JóJô é ou Não Aldrabão? É Sim... E Muito Mais do que Isso, Ele é Vendido a Corrupção Despótica.

JÔJÔ É OU NÃO ALDRABÃO?


jojo

Já chegámos à conclusão acerca do lema a adoptar durante a campanha de entronização do sucessor de José Eduardo dos Santos, nomeado por José Eduardo dos Santos, para ocupar o trono da nação: João é Aldrabão! – Ou será que não?

Por Domingos Kambunji
Apesar das diversas teorias de distracção sobre a visão do herdeiro que irá ocupar o alto cargo da nação, só nos resta uma convicção: O João é aldrabão! – Ou será que não?
O João já ameaçou acabar com os vícios do passado. Será que está envergonhado por ter feito parte desse passado? O João é apenas mais um viciado.
O João já prometeu fazer um cerco à corrupção. Ele tem que ter muito cuidado porque poderá ficar cercado, juntamente com o seu dono, o que lhe ofereceu o trono.
O João já prometeu baixar consideravelmente o preço das obras. Não sabemos como irá fazer porque toda a gente sabe que os dirigentes do MPLA sempre se baixaram para poderem obrar a governar. Por isso é no estrangeiro o re(i)gime angolano é designado, não por democracia, por escatologia.
O João promete garantir a qualidade das infra-estruturas construídas. Por favor, não, João, estão demasiadamente corrompidas, comprometidas com tanta corrupção: Poder Executivo com comportamento furtivo, Poder Judicial é boçal, Poder Legislativo é primitiv0, as instituições são umas aberrações…
O João defende a constituição de parcerias público-privadas. Ainda mais, João, para tornar mais famílias angolanas pobres, desgraçadas? O teu patrão, o presidente da corrupção, já tem as suas crias muito endinheiradas, graças à privatização do dinheiro da nação.
O João promete continuar a obra de Zédu e de Agostinho Neto. Fomentar mais miséria e iniciar mais guerras civis, por favor, não faças isso João. Esse tipo de intervenção não melhora a qualidade de vida da população e essa prioridade partidária só favorece o lucro de quem for proprietário de uma agência funerária. Queres outro 27 de Maio, como fez o Agostinho Neto? Queres ter um filho ou filha como presidente da Sonangol? Queres que os teus filhos enriqueçam a vender ovos?
O João promete que o “Joãocutivo” vai alterar as políticas do “zéducutivo”, que promove acções de alcoolismo na juventude e venda de bebidas alcoólicas em locais próximos de escolas. Cuidado, João, essa poderá ser a pior decisão que há, porque diminuirá o número de militantes do MPLA. Só quem tiver uma grande bebedeira poderá apoiar o MPLA.
O João declara guerra aos traficantes de droga. Que tenha muita paciência mas continuar a apoiar o MPLA, depois de este partido praticar tanta corrupção, nepotismo e incompetência é toxicodependência. O MPLA não tem dirigentes, tem traficantes…
O João promete a estruturação familiar. Como, João? Incentivando e defendendo a prostituição na governação?
O João promete a construção de mais estradas e pontes. Para onde João? Para levares o dinheiro para um paraíso fiscal ou para o lavares para Portugal?
O João promete a construção de mais habitações sociais. Pra quem, João, para os generais?
O João promete construir mais hospitais. Hospitais psiquiátricos para tratarem as doenças mentais dos membros da governação que vivem muito apoquentados com as alucinações de tentativas de golpe de estado?
Será que com tanta falácia o João irá prometer mudar o nome de Angola e o nosso país passará a chamar-se Canadá, Austrália ou Suécia?
O João é aldrabão?!… Tens razão!

LUANDA: O Português Paulo Catarro é o Ponta de Lança que a Sonangol de Isabel dos Ovos Santos Foi Buscar a RTP

O PONTA-DE-LANÇA QUE A SONANGOL FOI BUSCAR À RTP


catarro1

No 24 de Junho de 2011, o Notícias Lusófonas publicou uma carta de um leitor sobre os excessos na delegação da RTP-África em Luanda, comandada por Paulo catarro, e que – escrevia o leitor – punha em causa dignidade da RTP. Eis o que se dizia sobre o ex-delegado da RTP e agora “ponta-de-lança” da Sonangol.

“Queria dar-vos conta do que se passa na Delegação da RTP-África e que põe em causa a dignidade dos jornalistas angolanos que lá trabalham. O jornalista português que dirige a redacção, Paulo Catarro, usa métodos prepotentes para com os seus colegas angolanos.
As relações pessoais são chocantes, com ameaças constantes de despedimento, perante os colegas angolanos quando estes ousam discordar da qualidade e da linha editorial que lhes é imposta e do tipo de trabalhos que lhes são marcados, e que muitas vezes não tem qualquer interesse jornalístico e que só servem os interesses pessoais e dos amigos do sr. Paulo Catarro.
A semana passada foi feita uma reunião com todos os jornalistas e operadores de imagem que são (6), cujo ponto de análise era a situação da Delegação e métodos de trabalho em que todos os presentes eram convidados a dar a sua opinião.
Por parte da Célia Silva e Inácio Cardoso, 2 jornalistas angolanos que lá trabalham, foram levantadas algumas questões que tinham a ver com o pouco interesse de alguns serviços agendados e o atraso da emissão dessas “peças”, por vezes transmitidas uma ou mais semanas depois de terem acontecido, e que por isso, perdem actualidade. Foram postas em causa também os serviços marcados e os métodos usados pelo sr. Paulo Catarro, ficando ele, com os trabalhos de maior relevância, por vezes duvidosos e para os colegas angolanos, coisas sem importância jornalística, como exposições, seminários, etc.
A reacção do sr. Paulo Catarro foi enérgica, dizendo que ele é que mandava e quem não estivesse de acordo devia era sair da Delegação.
Ao Inácio Cardoso chegou a dizer que, a partir daquele dia, tinha perdido a confiança nele e por isso ia deixar de trabalhar na Delegação. Isto só porque ele deu uma opinião pensando que aquela reunião era para fazer uma avaliação e uma autocritica de forma a ouvir a opinião de todos para melhorar a qualidade do trabalho.
O mesmo foi dito a Célia Silva, porque também questionou a qualidade e o fraco interesse jornalístico dos assuntos agendados. Disse ela que Angola é rica em acontecimentos e que o que a RTP- África transmite não dá a realidade do país, que está em franco desenvolvimento e com actividades interessantes, para além dos congressos e seminários. Disse mesmo que o importante era começar a fazer reportagem, fora de Luanda, porque Angola é muito mais do que se passa na capital.
Acontece que, desde este dia, sem ter dado conhecimento a ninguém, nem justificar perante o próprio, deixou de marcar serviços ao Inácio Cardoso, e por, isso, como ele é pago por trabalho que faz ao dia, deixou de trabalhar. Ou seja foi despedido, sem lhe dar conhecimento. O mesmo já não pode fazer à Célia, porque esta jornalista tem contrato de trabalho.
Também o operador de imagem, Augusto Luvito e a editora de imagem, Rosy, foram admoestados porque fizeram as suas críticas à forma como a delegação funciona. Disse ao Augusto Luvito que o trabalho dele, como operador de câmara, é muito mau e que não presta e por isso não tem moral para criticar o que ele, Paulo Catarro, faz. O sr. Luvito é operador de câmara há 30 anos e trabalha na delegação da RTP-África há 12 anos. E só agora é que descobriram que o trabalho é mau? Precisou de vir para Angola o sr. Paulo Catarro para descobrir que o Luvito é incompetente?
O Inácio Cardoso trabalha também na RTP-África há 12 anos como colaborador e só agora, porque deu uma opinião que não agradou ao sr. Paulo Catarro foi despedido? Isto é prepotência. Angola já não é colónia portuguesa e as pessoas têm de ser tratadas com correcção e educação. E quando não são competentes no trabalho, o despedimento deve ser justificado e notificar o trabalhador das razões porque é substituído e ressarcido do que tem direito, mesmo tratando-se de um colaborador como é o caso do Inácio Cardoso.
Quando algum assunto jornalístico envolve críticas ao Governo, ou partidos políticos da oposição, ele manda só o operador de imagem e, depois ele faz o texto recorrendo-se dos textos da Angop.
O que vos digo é verdade e foi-me transmitido por um dos visados que considera chocante a forma como são tratados os colegas que trabalham na delegação da RTP-África. O ambiente de trabalho é de medo de perderem o emprego.
A jornalista Célia, que é uma boa profissional, está posta na prateleira. Só lhe é marcado serviços insignificantes e perseguida por tudo e por nada. Se chega tarde, marca-lhe falta e desconta no vencimento.
O sr. Paulo Catarro usa a prepotência para ameaçar os colegas que, segundo ele, não devem ter opinião e fazer as notícias como ele entende e manda de acordo com os seus interesses pessoais, junto dos seus amigos portugueses e entidades angolanas que lhe pagam viagens para fazer reportagens no estrangeiro, como aconteceu agora com uma empresa de vinhos portugueses. Pagaram tudo, viagem, alojamento em Portugal. De certeza que, com tudo pago, o sr. Paulo Catarro, vai dizer que a adega de vinhos que visitou é uma maravilha. Isto é que é jornalista isento e independente aos poderes económicos.
É mais um dos estrangeiros que está aqui só para ganhar dinheiro. Não transmite conhecimentos aos quadros angolanos e só sabe criticar e rebaixar o trabalho que cada um faz.”

LUANDA: Com Absoluta Certeza, Somos um País Governado por Ladrões e Corruptos

SOMOS UM PAÍS GOVERNADO POR LADRÕES E CORRUPTOS?


vicente-angola

O autóctone angolano, de todas as latitudes, raças e credos religiosos, tem sido, para desgraça colectiva, confrontado com a tese de estar a ser governado por corruptos e ladrões, que açambarcam e privatizaram o Estado, uma mancha para os visados como, também, directa ou indirectamente, atingindo a honra dos honestos e dignos trabalhadores.

Por William Tonet
Verdade ou mentira, tudo incrimina. Esta lógica é tão velha, como actual, porquanto a minoria milionária e bilionária, engorda com o minguar dos cofres públicos, dolosamente pilhados, pela gang, com identidade partidocrata, que se aproveita da falta de escrutínio da sua acção enquanto governantes, por parte dos cidadãos, para desfilar imunidade e impunidade pelos corredores do poder.
Por esta razão, quando alguns jovens, indignados, se manifestam face à roubalheira institucional, a gang da ladroagem, acciona o botão policial, para soltar os cães e bastões, visando conter a revolta de milhões que calcorreia, na mente de milhões de cidadãos honestos, que se afastam, diariamente, da política e dos políticos, por falta de coragem de vir para as ruas gritar contra a corrupção.
Neste momento, os processos judiciais, no exterior, envolvendo a elite governante, colocam a nu evidências históricas da corrupção (desde o período de partido único, instituído por Agostinho Neto) não ser um fenómeno isolado de meia dúzia de elementos, mas do grupo hegemónico que controla o regime desde 1975, como proletário, mas cuja prática discriminatória se identifica com o capitalismo selvagem e fascista.
É pois uma prática mafiosa, comum nas gangs, que faz a do regime angolano navegar, com ligeireza, nos cofres públicos, face à cobertura policial e militar, ideologicamente comprometida com o regime cleptocrata que dominando os poderes económico, financeiro, político, administrativo e social, rouba as finanças e património público, institucionalizando a pilhagem, partilhada a todos níveis.
É este quadro dantesco que leva, cada vez mais, os cidadãos a perderem o respeito pelos actuais dirigentes, cuja vida de lorde, contrasta com a pobreza e miséria de mais de 20 milhões de autóctones, sem uma aspirina, vacina, pão, luz, água, caderno, lápis e liberdade…
Sabe-se que nem todos gestores ou agentes públicos são corruptos ou ladrões do dinheiro público, mas sendo uma gota de água, por vezes, são confundidos com as gangs institucionalmente corruptas, mas o povo tem memória e conta com estes, para no dia do juízo final, poderem fornecer acervo probatório bastante, contra esta máfia que está a corroer a sociedade.
Suspeições e acusações sobre delapidação, corrupção e tráfico de influência, recaiem contra o Presidente da República, filhos, vice-presidente, ministros, filhos de governantes e familiares, em mais de 150 processos judiciais em tramitação nos tribunais internacionais dos Estados Unidos da América, Portugal, Brasil, Inglaterra, etc..
Actualmente, o engenheiro Manuel Vicente, caído em desgraça interna, é o rosto mais visível, face à acusação blindada de alegado branqueamento de capitais, tráfico de influência e corrupção, por dentre outras, ter “comprado” o silêncio, por mais de 700 mil euros (cerca de 1 milhão de dólares), de um procurador da República portuguesa (também constituído arguido), para apagar provas e processos, como o da aquisição de imóveis milionários, para Manuel Helder Vieira Dias Kopelipa e Leopoldino Fragoso, ambos da Casa de Segurança da Presidência da República, por não conseguir, até agora, justificar a proveniência lícita desse dinheiro, pese refugiar-se na ladainha de ter sido PCA da Sonangol e consultor de outras empresas, argumentos tão frágeis, quão ridículos, que não colhem…
O direito nacional pátrio não proíbe que um corrupto, um ladrão ou assassino possa estar a contas com o direito internacional, quando a sua acção transcende as fronteiras nacionais. Dinheiro público, comprovadamente dado como desviado, por alguém, deve ser perseguido, lá onde estiver e o autor algemado. O estranho é assistir a instituições públicas a defender um ente privado quando deveriam exigir deste um posicionamento consentâneo com as acusações.
A lógica só está invertida, em função da apatia da população, que não saí à rua para exigir justiça e cadeia contra os ladrões e corruptos institucionais. É verdade que, no caso de Manuel Vicente, a acusação não significa, inicialmente, o cometimento dos crimes de que está acusado. Imperando respeito pelo princípio do contraditório, Vicente pode esgrimir argumentos em sua defesa (não o fazendo, com lisura e eficácia, está a reconhecer), pois tem ainda a seu favor o princípio da presunção de inocência, até trânsito em julgado, pelo que fugir a dar respostas pode não ser a melhor táctica, tal como a de atacar o governo português, que respeitando a soberania dos poderes, no seu país, é politicamente incompetente, para interferir no sistema judicial, proibindo os tribunais e juízes de exercerem o seu papel, ainda que em Angola seja diferente face à balbúrdia, onde a interferência política partidocrata seja a regra…