quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

LUANDA: Sindika Dokolo- O rosto sinistro do regime corrupto Por - Raul Diniz

SINDIKA DOKOLO- O ROSTO SINISTRO DO REGIME CORRUPTO

Percebe-se cada dia mais que todos precisamos fazer mais e melhor para Angola mudar de rumo, Angola está mesmo nas mãos de uma família de jacarés que se comporta estranhamente.

OS ANGOLANOS CONHECEM BEM A OS EFEITOS DA CORRUPÇÃO QUE GRAÇA NO PAÍS
Insto o regime a deixar de insistir em passar-nos a todos invulgares atestados de incompetência, e deixe igualmente de estigmatizar continuamente a inteligência dos angolanos por denunciarmos a sua governação promiscua desastrosa e negligente da nossa coisa publica.
Nós angolanos conhecemos bem o estado de pobreza lastimável que o povo vive, e temos a percepção que é essa governação descuidada é suicidaria. Governar um país como o nosso não significa colocar toda família de José Eduardo dos Santos nos lugares cimeiros da economia e das finanças do país
GOVERNAR EM DEMOCRACIA SIGNIFICA OUVIR E RESPEITAR A VONTADE PUBLICA DA SOCIEDADE HUMANA.
Governar em democracia significa dialogar permanentemente com todas as esferas da sociedade politica, civil e castrense, Sobretudo, governar bem qualidade e transparência, significa que o poder tem que obrigatoriamente aceitar submeter-se a ação fiscalizadora das entidades da sociedade credenciadas para o efeito.
No meu entendimento, corrupção é uma coalizão forjada ilegalmente entre os donos do poder publico e os donos do poder privado, essa coalizão deve ser eficazmente combatida com eficiência e constantemente fiscalizada para não deixar a impressão de tratar-se de um mal menor que deixa a sensação que o dinheiro público não tem dono e por isso pertence a quem o achar primeiro!

 Todavia se o regime não parar de martelar o superávit produtivo nacional e se não desistir de maquiar continuamente o déficit da balança de pagamentos, certamente que o PIB produto interno bruto será falseados continuamente para favorecer os detentores da maquina governativa a manterem-se indefinidamente no poder. Temos que laquear já o surgimento de mais um rosto sinistro da família iluminada de Dos Santos, que começa a despontar no plano publico da politica externa.
Pessoalmente não me resigno nem aceito de maneira alguma que a imagem promocional do meu país, do qual eu e milhões de angolanos demos a vida, esteja a ser promovido pelo filho bastardo do Republica democrática do Congo, e enteado de um reino nórdico europeu qualquer, nascido de uma serpente viscosa e genro de uma ave de rapina nojenta, marido de uma ladra que deambula como uma franzina figurinha feita zumbi que arrota dólares roubados a todos nós angolanos naturais.
O CASAMENTO ENTRE O GENRO ESTRANGEIRO OPORTUNISTA SINDIKA DOKOLO COM A FILHA GATUNA DO JACARÉ BANGÃO, LHE DÁ TAMBÉM PODERES SIGNIFICATIVOS PARA ESSE ZAIRENSE INSIGNIFICANTE FORNICAR COM A NOSSA ANGOLANIDADE POLITICA E SOCIAL?
Qual foi a razão que motivou José Eduardo dos Santos a indicar o seu genro estrangeiro Sindika Dokolo, um insignificante bandido ambulante para que seja transformado no “new public relashion” (garoto propaganda do regime?). Afinal que motivos levaram Eduardo dos Santos a transformar o seu genro estrangeiro, um bastardo aventureiro no porta voz oficial da republica de Angola no exterior? Será que pelo facto de Sindika Dokolo ser genro do presidente jacaré lhe dá o direito de se transformar no pior dos promotores da imagem bastante enegrecida do regime ditatorial no exterior? Afinal sindika Dokolo casou com a filha ladra do infame ditador para se satisfizer unicamente com ela, ou será que esse casamento com a filha estrangeira do tirano chefe do regime lhe dá também o direito de fornicar com todo país politico e social?
Fica claro, que não podemos continuar na contra mão da verdade explicita dos factos, a defesa da nossa integridade como povo e como nação despedaçada tem de ser defendida e/ou vingada a preceito, para deixarmos de depender do mau gênio do ditador. Temos de unir-nos para derrubarmos urgentemente esse maligno cartel de traficantes de influencia que operam no interior do regime de José Eduardo dos Santos, o rei dos jacarés rastejantes.
Temos que nos mexer rapidamente, pois esses senhores já possuem todo o país econômico e financeiro nas suas sujas mãos, agora o propósito do ditador passa por promover o seu genro Congolês depois da tentativa de promoção do seu filho bandido Filomeno dos Santos Zenu, temos de fazer sangrar para diluir essa tentativa de promover essa politica externa deficiente conduzida por pessoas estranhas que sequer nos conhecem nem conhecem a nossa historia e nem sabem o sacrifício por que passamos para que exista uma Angola independente.
CHEGA DE ESTRANGEIROS A MANDAR-NOS E A ROUBAR-NOS A TODOS, TRONA-SE POR ISSO NECESSARIO E URGENTE NEUTRALIZAR EFICAZMENTE O MERCENÁRIO SINDICA DOKOLO.
Não podemos permitir que esse aventureiro Sindika Dokolo nos venha impor os seus alienados hábitos e costumes culturais provenientes da sua obscura mente demoníaca estrangeira. Camaradas nós não podemos aceitar que a nossa cultura seja simplesmente assassinada por termos um estrangeiro incompetente na presidência da republica como o ditador jacaré a gerir impudicamente as nossas riquezas que são finitas!
O inescrupuloso bandido Sindika Dokolo apesar de se mover no interior do epicentro da corrupção nacional não entendeu que o problema maior de angola não é o país estar reduzido à corrupção. Angola esta reduzida isso sim a um pequeno grupo de corruptos insaciáveis que devoram tudo e não deixam nada, pior que isso é esse insignificante marido da ladra Isabel dos Santos ser tão infantil que ainda se alvoroça em afirmar que Angola se firmará como país desenvolvido daqui a vinte anos, nove fora os trinta e quatro anos que já levamos da governação do seu sogro esclerosado!
 Não é de rir a gargalhadas camaradas? Temos que aceitar esse absurdo linguajar ensoberbado vindo desse borralheiro analfabeto politico Sindika?  Acha essa amaldiçoado genro do jacaré que nós acreditamos nele e no seu sogro bandido, afinal ainda pensa continuar a gozar das riquezas de Angola por mais vinte anos?
Acredita mesmo esse irracional zairense Dokolo, que nós angolanos continuaremos a ver a riqueza da família do bandoleiro Eduardo dos Santos a crescer mais e mais enquanto nós o povo continuamos a conviver com a miséria traduzida em meros dez dólares mensais por pessoa! Afinal estamos onde? Esse senhor está a brincar com a vida dos angolanos? Não seria muito melhor que essa tropa do jacaré enviada pelo chefão mafioso com o intuito de tentar justificar o injustificável com enganos e mentiras a mistura seja neutralizado já? Nós angolanos não merecemos por acaso muito mais respeito da parte de toda a jacarélhada mercenária que vive adulando o chefe cancerígeno?
Por isso estou decidido a não claudicar da minha motivação pessoal em combater essa família déspota açambarcadora do jacaré presidente da ditadura. Entre ficar quieto e aceitar a humilhação e a ilegalidade, preferi seguir incondicionalmente risco da luta pela deposição do regime do jacaré bangão.
Raul Diniz



LUANDA: Cidadão português morto a tiro numa tentativa de assalto em luanda

Cidadão português morto em Luanda em tentativa de assalto

Um cidadão português foi morto terça-feira à noite em Luanda, durante uma tentativa de assalto, disse à Lusa fonte policial.Segundo o porta-voz da Polícia Nacional, subcomissário Aristófanes dos Santos, o crime ocorreu à saída de um restaurante, perto do cemitério de Viana, nos arredores de Luanda, e os assaltantes exigiram ao cidadão português a entrega dos valores que transportava consigo.
Como este recusou e ofereceu resistência, os assaltantes desferiram golpes com uma arma branca.
O cidadão português ainda foi conduzido a uma clínica nas proximidades do local, a Clínica Dádiva, mas já não foi possível salvá-lo.
Os autores do crime estão ainda a monte.
 

SÃO PAULO: Ministério Público do Brasil Diz haver provas contundentes contra Kangamba

Ministério Público do Brasil diz haver provas contundentes contra Kangamba

Ainda não há data para o julgamento do general angolano acusado de traficar mulheres do Brasil para o exterior.
Bento Kangamba
Bento KangambaFonte: VOAMarília Cláudia SantosDivulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa Radz Balumuka

TAMANHO DAS LETRAS
 
A Procuradoria da República, em São Paulo, garante que são contundentes as provas do processo que denuncia o general angolano Bento dos Santos Kangamba por liderar uma quadrilha de tráfico internacional de brasileiras para fins de prostituição em vários países.

Em resposta às recentes especulações de possível fragilidade de provas contra o angolano, a Procuradora da República em São Paulo, Stella Fátima Scampini, afirma que uma investigação muito sólida fundamentou o processo que corre na oitava Vara Criminal do Tribunal Federal de São Paulo.

Houve uma investigação por parte da Polícia Federal aqui no Brasil. Com base nessa investigação, o Ministério Público detectou indícios suficientes de autoria e de mentalidade de crime. O que se apurou foi um esquema criminoso de tráfico de pessoas, além de outros crimes. As provas são contundentes. O Ministério Público está convicto da acusação. Por isso, foi oferecida a denúncia contra essas pessoas e o processo encontra-se em curso”, afirma.

A representante do Ministério Público Federal em São Paulo explica que as evidências contra o general Bento Kangamba foram obtidas de várias formas.

“Os documentos são sigilosos. Foi decretado sigilo documental do que foi encartado no processo. Mas, o que eu posso adiantar é que houve vários meios de investigação. Foram feitas interceptações telefónicas e acções controladas da polícia brasileira com a colaboração de Portugal. A prova é farta”, garante Scampini.

Brasileiros envolvidos já estão presos

A Procuradora não acredita na possibilidade do julgamento do caso Kangamba nos próximos dias, como tem sido cogitado, já que processos envolvendo acusados de fora do país são mais burocráticos. Para evitar, inclusive, que a lentidão atingisse o julgamento dos cinco brasileiros, acusados de fazer parte da quadrilha, o processo foi dividido.

“Nós temos dois núcleos deste esquema criminoso. Os cinco integrantes do núcleo brasileiro estão presos. Os dois integrantes do núcleo angolano não estão presos. Como Angola é outro país, isso envolve outras medidas que demandam mais tempo. Então, acabou sendo determinado o desmembramento do processo. O processo agora envolvendo os acusados brasileiros poderá seguir mais célere do que o outro que depende das medidas envolvendo os dois países”, detalha Scampini.

Defesa de Kangamba com dificuldades

A defesa do general Bento Kangamba, representada pelo advogado Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz, já enfrentou a primeira derrota.  No último dia 28, o relator do processo, desembargador federal Paulo Fontes, negou o pedido de habeas corpus, mantendo, assim, a ordem de prisão cautelar contra o acusado angolano.  A defesa de Kangamba estuda a possibilidade de entrar com novo pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça brasileiro.

Eduardo Kuntz descarta a possibilidade do cliente dele se entregar, alegando que isso não se justifica por considerar que o pedido de prisão brasileiro é ilegal.

“O Ministério Público tenta acusá-lo com base em algumas interceptações telefônicas entre os outros acusados que são distorcidas da verdade. Eu vou me permitir não aprofundar muito a questão das provas do processo porque ele corre em segredo de justiça e eu não posso revelar o conteúdo total dos autos”, afirmou.

O advogado explica que a defesa de Bento Kangamba vai ser fundamentada, principalmente, no histórico de vida do angolano. 

Kangamba na lista de procurados da Interpol

“A estratégia da defesa vai ser demonstrar todo o histórico de luta e defesa de Angola do General, juntamente com o sucesso profissional dele à frente de diversas empresas, o estímulo do esporte. Uma pessoa que é extremamente querida no país. É isso que vamos buscar demonstrar, que ele não tem qualquer tipo de envolvimento com essas acusações que estão sendo feitas. Mas, ao longo do tempo e com o desenrolar das investigações, principalmente, com a oitiva das testemunhas de defesa, que serão anunciadas em breve, vão demonstrar que ele não tem qualquer tipo de participação nesse esquema”, concluiu.

O nome do general angolano Bento dos Santos Kangamba está na lista de procurados pela Interpol por causa do processo em curso no Brasil. Além do general, permanece foragido Fernando Vasco Inácio Republicano, apontado como braço direito de Kangamba no esquema que traficava as brasileiras para o exterior. Os cinco brasileiros que, segundo a polícia federal, também faziam parte da quadrilha, aguardam presos o julgamento.

LUANDA: Não existe o direito ao contraditório nos media estatais afetos ao regime - confirmam analistas angolanos

Não há dirieto ao contraditório nos media estatais - analistas angolanas

Ministro da Comunicação Social criticado por afirmar que esse direito existe
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte VOA
Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Radz Balumuka
Analistas angolanas disseram não corresponder á realidade a recente declaração do ministro da comunicação social angolano de que nos media estatais existe o direito ao contraditório.


José Luis de Matos disse com efeito recentemente aos deputados, aquando da discussão do Orçamento geral do estado na especialidade, que nos órgãos de informação estatais esse direito está assegurado.

Opinião diferente têm as analistas do painel de debate da Luanda Antena Comercial. A política Alexandra Simeão não concorda com a constatação do ministro.

"Lamentavelmente tenho de discordar com o senhor ministro quando defende que em todos os espaços está garantido o contraditório,” disse a analista.

“O contraditório em que a parte referenciada está presente para poder se defender, este contraditório não existe, ou então é um contraditório em que só um fala e outro está em casa a ouvir," acrescentou

Simeão apresenta como exemplo do que diz o caso do único jornal diário do país.
"O Jornal De Angola ou peca por insuficiência de isenção ou peca por abundância de "puxa saquismo" e o mesmo se aplica à ANGOP e a TPA," disse.

A jornalista e activista social Suzana Mendes comunga da mesma opinião de que não se verifica o contraditório nos nossos órgãos.

"Não há realmente este espaço para o debate e o direito ao contraditório que seria desejável e saudável," disse

Na mesma linha de pensamento, a jurista Ana Paula Godinho advoga que principalmente os órgãos de informação do estado deviam dar um outro exemplo de respeito ao direito ao contraditório.

"A TPA e a Radio Nacional não são órgãos de informação qualquer, são meios de comunicação estatais por isso deviam servir de exemplo de isenção e rigor no tratamento da informação porque têm o dever de assegurar o direito a informação que vem na constituição," acrescentou.

LUANDA: Sindika e a dentadura do presidente

O Sindika e a Dentadura do Presidente
Fonte: Maka Angola
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Texto de Rafael Marques de Morais -
04 de Dezembro, 2013
O marido de Isabel dos Santos e genro do presidente da República, Sindika Dokolo, prestou ontem, à imprensa portuguesa e a partir de São-Tomé, esclarecimentos sobre o estado de saúde do seu sogro, José Eduardo dos Santos.
 
Sindika Dokolo revelou informações que tanto os Serviços de Apoio ao Presidente da República como o Bureau Político do MPLA têm sido incapazes de partilhar com o povo. Explicou as razões da estadia do Chefe de Estado em Espanha, há quase um mês.
 
Segundo Sindika Dokolo, o presidente aproveitou apenas as suas férias para uma consulta de rotina ao seu dentista, em Barcelona.
 
Desmentiu, assim, os rumores sobre a alegada batalha do presidente contra um cancro na próstata, como causa da sua ausência do país. “Se calhar daí é que surgiu esse rumor, que não tem fundamento nenhum”, disse o genro, sobre a visita ao dentista.
 
O cidadão dinamarquês, de origem congolesa, foi mais longe e explicou também as razões que levaram o chefe de Estado a evitar, pela primeira vez nos seus 34 anos de poder, a celebração do Dia da Independência, 11 de Novembro, em Angola. “O senhor presidente da República aproveitou o facto de ter fechado o dossier do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2014, que foi um grande trabalho, para aproveitar alguns dias de férias na Europa”, disse.
 
Há um dado que o porta-voz da família Dos Santos não esclareceu. Entre Junho e Julho, o presidente esteve em Espanha por um período de férias de quase dois meses. Por interpretação extensiva, o presidente é um funcionário público com direito a 30 dias de férias por ano. Tendo já ultrapassado o seu período de férias em quase um mês, sem justificação de faltas, como pode o presidente ter faltado ao serviço por quase mais um mês e, mais uma vez, sem justificar as faltas?
 
Outro dado importante é a revelação segundo a qual a preparação do OGE deu muito trabalho a José Eduardo dos Santos? E os OGE’s passados?
 
Porquê o OGE de 2014 haveria de dar tanto trabalho ao chefe? Não há discussão aprofundada na sua elaboração. É um processo proforma. No MPLA vigora o unanimismo político e ninguém contesta os números apresentados. A oposição resmunga de modo fugaz e, mesmo assim, sofre ameaças pela mais pequena discordância que manifesta contra José Eduardo dos Santos.
 
Há mais um terceiro dado relevante. Sindika também referiu, por escrito e ao Jornal de Negócios, que o modelo de desenvolvimento de Angola “daqui a 20 anos, será celebrado de forma unânime”.
 
Em 11 anos de paz, o regime do seu sogro ainda não conseguiu formar um dentista capaz de fazer revisão à boca do presidente em Luanda? Tem de ir a Espanha para ver os seus dentes? É esse o modelo que aplaudiremos “daqui a 20 anos”?
 
Nos Camarões, o presidente Paul Biya, era useiro e vezeiro em ausentar-se do país, sem qualquer justificação, para se instalar num hotel luxuoso na Suíça por meses de cada vez. Um membro da oposição interpretou a Constituição e invocou argumentos legais para a destituição do presidente por abandono de lugar. Paul Biya regressou imediatamente ao país para evitar que o caso se tornasse sério.
 
Em Angola, José Eduardo dos Santos não tem com que se preocupar. O país é a sua residência e a sua família é o seu governo. Por isso, Sindika hoje pode dizer se o presidente tem dores de dentes ou não, enquanto o porta-voz do chefe de Estado mantém-se em silêncio. O Bureau Político do MPLA serve apenas para emitir comunicados belicistas contra a oposição, mas não tem voz para se pronunciar sobre a ausência do presidente do país por um trimestre. A Televisão Pública de Angola (TPA), o Jornal de Angola e a Rádio Nacional de Angola (RNA) servem apenas como veículos de propaganda. Não merecem sequer um exclusivo de Sindika, a explicar sobre a dor de dentes do presidente, para o povo angolano ouvir directamente dos seus órgãos de comunicação social e não a partir de Portugal.
 
Em tudo o resto, só temos de agradecer a Sindika Dokolo por ter facilitado o trabalho de identificação do que realmente se está a passar com o presidente.
 
José Eduardo dos Santos encontra-se em situação de abandono de lugar. Manifestou todo o seu desrespeito para com a soberania nacional, ao ter preferido ir visitar o seu dentista, em Barcelona, no dia da Independência, a 11 de Novembro.
 
É terrível quando a guarda presidencial mata um político indefeso, o Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, e o presidente nem sequer apresenta condolências à família enlutada porque está a gozar o terceiro mês de férias anuais.
 
Arrepia a tranquilidade do presidente, quando a sua polícia castiga o secretário da UNITA em Cafunfo, Lourenço Fernando, com palmatórias na mão, e lhe racha a cabeça com uma paulada, como aconteceu a 23 de Novembro. Aquele dirigente da oposição tentou organizar uma manifestação em memória de Cassule e Kamulingue.
 
Corta a respiração ver como a oposição e as liberdades constitucionais são intoxicadas com gás lacrimogéneo pela polícia especial do presidente José Eduardo dos Santos, e este manifesta-se ausente, em gozo de férias a que já não tem direito.
 
Para mim, este senhor já não é presidente. Abandonou o lugar. Foi ao dentista e perdeu o lugar.

LUANDA: A Estreia Politica de Sindika Dokolo

A Estreia Política de Sindika Dokolo
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
04 de Dezembro, 2013
Por Manuel Kanda :
 
A estreia de Sindika Dokolo como porta-voz da primeira família angolana não poderia ter sido mais desastrada. Aparente ou obviamente incomodado com as repetidas trapalhadas da Casa Civil do presidente da República, sempre incapaz de explicar com um mínimo de clareza as idas e vindas do Chefe de Estado, Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, decidiu soltar a língua. Mas mais valia ter permanecido calado.
 
Noutras paragens, o que Sindika disse seria combustível suficiente para o imediato desencadeamento de uma acção que levasse o presidente da República a renunciar ao cargo.
 
José Eduardo dos Santos deixou Luanda com destino a Barcelona a 9 de Novembro, dois dias antes da data comemorativa do 38º aniversário da independência nacional. Não tendo sido, mais uma vez, informados sobre as verdadeiras razões da repentina viagem do presidente ao exterior, os angolanos entregaram-se a um exercício de adivinhação. Coincidentemente, quase todos eles concluíram que a nova deslocação de José Eduardo dos Santos a Barcelona, de onde regressara há pouco mais de 2 meses, depois de haver permanecido ali por mais de 40 dias, só poderia ter sido ditada por razões de força maior, nomeadamente doença.
 
Para a generalidade dos angolanos, habituados a ver em José Eduardo dos Santos um homem de carne e osso como o mais comum dos mortais, o Carmo e a Trindade não desabaram quando, sem citar qualquer fonte, a RTP noticiou no dia 29 que o presidente angolano teria sido internado numa clínica de oncologia em Barcelona para se sujeitar a uma cirurgia. Incomodada com a notícia, a Casa Civil reagiu intempestivamente, cobrindo a emissora televisiva lusa com adjectivos pouco simpáticos. Mas, toldada pela ira, a Casa Civil acabou por não explicar o que levou o presidente angolano a trocar a celebração do 38º aniversário da independência nacional pelo luxo dos hotéis de Barcelona.
 
Pouco convencida , a opinião pública nacional entrou em alerta. Nas redes sociais trocaram-se os mais sérios e disparatados argumentos sobre o estado de saúde de José Eduardo dos Santos.
 
E eis então que, perturbado pela especulação que envolve a saúde do Presidente da República, o seu genro Sindika Dokolo decidiu emergir da penumbra em que se movimenta. Das declarações que prestou em São Tomé e Príncipe à imprensa portuguesa se conclui que nem a Casa Civil precisava de recorrer a truques e nem a opinião pública precisa de se inquietar. José Eduardo dos Santos está bem e recomenda-se!
 
Mas se o Presidente da República está bem e recomenda-se, por que razão virou as costas aos festejos do 11 de Novembro? Resposta: O presidente estava muito extenuado. Aos jornalistas que o abordaram em São Tomé e Príncipe, Sindika não fez segredo das causas do cansaço presidencial. “O senhor presidente da República aproveitou o facto de ter fechado o dossier do Orçamento Geral do Estado para 2014, que foi um grande trabalho, para aproveitar alguns dias de férias na Europa”. Isto é, Angola tem um presidente para quem o fecho do Orçamento Geral do Estado é um exercício muito extenuante. E se não for seguido de férias imediatas, preferencialmente na Europa, esse exercício pode ter consequências catastróficas para o presidente da República.
 
Pela voz autorizada do genro, os angolanos ficaram assim a saber que a repentina deslocação de José Eduardo dos Santos à Europa não se deveu a qualquer razão de força maior. Ele simplesmente afastou-se dos festejos do 11 de Novembro e nem interrompeu as férias para apaziguar os ânimos quando o Governo investiu com toda a força contra as vozes discordantes pela simples razão de que se sentiu extenuado…
 
Noutras paragens, a revelação de Sindika Dokolo teria sido suficiente para que a Assembleia Nacional ou o Tribunal Constitucional desencadeassem de imediato um processo de destituição do presidente da República por manifesta incapacidade. Nenhum país está seguro quando o seu presidente sucumbe à fadiga depois de fechar o Orçamento Geral do Estado.