quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

LUANDA: Não existe o direito ao contraditório nos media estatais afetos ao regime - confirmam analistas angolanos

Não há dirieto ao contraditório nos media estatais - analistas angolanas

Ministro da Comunicação Social criticado por afirmar que esse direito existe
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte VOA
Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Radz Balumuka
Analistas angolanas disseram não corresponder á realidade a recente declaração do ministro da comunicação social angolano de que nos media estatais existe o direito ao contraditório.


José Luis de Matos disse com efeito recentemente aos deputados, aquando da discussão do Orçamento geral do estado na especialidade, que nos órgãos de informação estatais esse direito está assegurado.

Opinião diferente têm as analistas do painel de debate da Luanda Antena Comercial. A política Alexandra Simeão não concorda com a constatação do ministro.

"Lamentavelmente tenho de discordar com o senhor ministro quando defende que em todos os espaços está garantido o contraditório,” disse a analista.

“O contraditório em que a parte referenciada está presente para poder se defender, este contraditório não existe, ou então é um contraditório em que só um fala e outro está em casa a ouvir," acrescentou

Simeão apresenta como exemplo do que diz o caso do único jornal diário do país.
"O Jornal De Angola ou peca por insuficiência de isenção ou peca por abundância de "puxa saquismo" e o mesmo se aplica à ANGOP e a TPA," disse.

A jornalista e activista social Suzana Mendes comunga da mesma opinião de que não se verifica o contraditório nos nossos órgãos.

"Não há realmente este espaço para o debate e o direito ao contraditório que seria desejável e saudável," disse

Na mesma linha de pensamento, a jurista Ana Paula Godinho advoga que principalmente os órgãos de informação do estado deviam dar um outro exemplo de respeito ao direito ao contraditório.

"A TPA e a Radio Nacional não são órgãos de informação qualquer, são meios de comunicação estatais por isso deviam servir de exemplo de isenção e rigor no tratamento da informação porque têm o dever de assegurar o direito a informação que vem na constituição," acrescentou.

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