sexta-feira, 19 de julho de 2013

LUANDA: Guilherme Santos PCA da ADRA diz que em Angola existe um déficit de liderança, espanto seria dizer o contrario. No entanto denota-se um enorme esforço da pessoa na qual e endereçada o ônus da responsabilidade de tal constatação.

ANGOLA FALA SÓ: Guilherme Santos - "Angola tem um déficit de liderança"

Redação da VOA
Reedição Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com


Angola tem um deficit de liderança em problemas complexos, disse o Presidente do Conselho Directivo da Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) Guilherme Santos.

 Esse deficit deve-se a “problemas de capacidade e conhecimentos” e abrange  o governo, social civil e o sector privado.

Guilherme Santos falava no Programa Angola Fala Só em que o foco foram programas de desenvolvimento em Angola e também problemas sociais e políticos.

O ouvinte Pedro Cabral do Uíge telefonou para se insurgir contra a violação dos direitos de greve dos trabalhadores, aludindo a greves na Lunda Norte onde esse direito teria sido ignorado.

O director da ADRA disse que os trabalhadores têm o direito á greve mas podem também fazer uso de outros meios de pressão para tentar resolver os seus problemas.

“Temos que fazer uso da inteligência técnica e táctica,” disse.

O dirigente da ADRA concordou com o ouvinte Henrique João do Uíge acusou o partido no poder de manter o monopólio sobre a informação.

“O cidadão não tem acesso à informação plural e isto é um déficit,” disse Santos que recordou que a informação plural está prevista na constituição angolana.

“Há dificuldades de rigor, de auto censura e outras,” acrescentou.

O dirigente da ADRA disse ainda em resposta a outro ouvinte que não está a ser feito o suficiente para que os angolanos tenham acesso “à informação de política pública”.

Para Guilherme Santos não pode haver participação “se o cidadão não sabe”.

Para além disso muitas vezes não há participação nos programas governamentais porque o cidadão “ não participa nas decisões”, defendendo para combater esses problemas “sistemas de organização comunitária”.

Santos defende durante o programa a necessidade de envolvimento das populações rurais e afirmou que por exemplo o programa do governo “Água para Todos” poderia beneficiar de “pequenos projectos com pequenos recursos”.

 O presidente da ADRA concordou com Filipe Joaquim de Luanda que afirmou que há por parte do governo constante improvisação não se resolvendo os problemas de fundo.

“Em muitos casos não se atacam as causas e anda-se á volta dos efeitos,” disse Santos que se referiu várias vezes às “fragilidades” da sociedade angolana numa “face difícil de transição” em que muitas vezes “é a propaganda que fala mais alto”.
Isso, disse, “gera depois desilusões”.

“Temos que ser realistas e ver os problemas como problemas da sociedade angolana, não de que uns são bons e outros são maus,” disse.

“Temos que avançar todos,” acrescentou.

A última pergunta do programa veio do ouvinte Armando Diniz de Benguela que quis saber a opinião do dirigente da ADRA sobre o chamado “escândalo Kangamba” .

O General Kangamba escapou de ser preso em frança por ter passaporte diplomático depois das autoridades francesas terem apreendido três milhões de Euros em dois carros provenientes de Portugal. O dinheiro tinha como destinatário o general Kangamba.

“isso é uma questão que os serviços judiciais têm que resolver, “ disse Guilherme dos Santos que sublinhou que como todos os casos  há a “presunção de inocência”.

NAMPULA: Permanece a crise politica em Moçambique, o regime usurpador da FRELIMO continua a manobrar para que o recenseamento eleitoral se mantenha atrasado, Vamos lá saber quais as motivações que levam o partido que sustenta a ditadura a continuar com joguinhos que em nada acrescentam para a melhoria de vida das populações moçambicanas.

Nampula: Recenseamento eleitoral continua atrasado

A província de Nampula, a mais populosa de Moçambique, inscreveu apenas 40 por cento dos potenciais eleitores.
Sede do governo provincial de Nampula
Sede do governo provincial de Nampula

TAMANHO DAS LETRAS
 
Faizal Ibramugy
Reedição
Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
A falta de meios circulantes e a exiguidade de fundos para custear campanhas de mobilização e educação cívica eleitoral, são apontadas como sendo factores que estão a contribuir para o não alcance das metas previstas para a inscrição de eleitores ao nível das 7 cidades e vilas da província de Nampula.
Até à semana passada por exemplo, a província de Nampula, a mais populosa do país, havia inscrito apenas 40 por cento dos potenciais eleitores, o que levou com que o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Abdul Carimbo e o director-geral do STAE, Felisberto Naife se deslocassem a Nampula.

A agenda é comum: aferir no terreno o trabalho que está a ser desenvolvido bem como encorajar as equipas do STAE e CNE a desempenhar o seu trabalho com a maior afinco.

“Estamos satisfeitos porque através dum relatório apresentado aqui, ficamos a saber que da semana passada para cá, as cifras dos inscritos na província de Nampula subiram de 40 para 69 porcento”, disse Abdul Carimo para quem, se o espírito de trabalho continuar assim, as metas poderão ser alcançadas até ao termo do processo na próxima terça-feira.

A comissão Nacional de Eleições, recorde-se já veio a público afirmar que até ao momento não há motivos para prorrogar o período de recenseamento eleitoral, pese embora o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, STAE tenha aparecido em público admitindo que não vai atingir metas.

Questionado sobre a falta de meios circulantes e fundos para despesas de mobilização e supervisão ao processo de recenseamento eleitoral, o director-geral do STAE, Felisberto Naife disse que que os mesmos problemas são derivados da exiguidade dos fundos existentes para custear o processo.

A fonte disse porém, que esforços empreendidos com entidades governamentais, resultaram recentemente no aluguer de um número considerável de viaturas que estão a ajudar os trabalhos de recenseamento ao nível das províncias.

A fonte anunciou a aquisição nos próximos dias de um número não especificado de viaturas que serão alocadas às províncias para facilitar os trabalhos atinentes ao processo eleitoral que vão até a realização das Eleições Gerais em 2014.

PRAIA: Crise institucional a vista entre Cabo-Verde e o país vizinho Guiné-Bissau. A detenção de polícias cabo-verdianos envenena relações já de si bastante fragilizadas os dois países.

Detenção de polícias cabo-verdianos envenena relações Praia-Bissau

As autoridades de Cabo Verde apresentaram um pedido de libertação dos polícias que ainda não obteve resposta.

TAMANHO DAS LETRAS
 
Eugénio Teixeira
Reedição Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
O Governo de Cabo Verde pediu às autoridades guineenses que esclareçam, "com urgência", as condições e fundamentos legais da detenção, sexta-feira, de dois agentes da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras cabo-verdianos.

Numa conferência de imprensa, a ministra da Administração Interna cabo-verdiana, Marisa Morais, indicou que, até hoje, não foi formalizada qualquer acusação aos dois agentes.

Marisa Morais adiantou que, na sequência da falta de informação sobre as razões da detenção, as autoridades de Cabo Verde apresentaram nas instâncias competentes guineenses um pedido de libertação, que ainda não obteve resposta.

O nosso correspondente em Cabo Verde, Eugénio Teixeira,  falou com um analista cabo-verdiano sobre o impacto deste caso nas relações bilaterais.

Segundo ele, as relações históricas e de amizade que unem os povos de Cabo Verde e da Guiné Bissau são fortes e ultrapassam qualquer crispação nas relações políticas, entre os governos dos dois países.

A constatação é do professor e jornalista António Silva Roque, abordado pela reportagem da VOA na cidade da Praia.

Ainda assim, o nosso entrevistado reconhece que a crispação nas relações entre os dois países africanos de língua portuguesa enfraquece, a cooperação nas áreas político-diplomáticas, comerciais e outras.

Sobre a missão dos agentes policiais cabo-verdianos que se encontram detidos em Bissau, António Silva Roque considera que se tratou de uma missão normal, sendo que não se esperava esse desfecho adianta o jornalista ouvido pela VOA.

No entanto, Silva Roque acredita no desfecho positivo do caso da detenção de dois agentes da polícia cabo-verdiana que viajaram para a Guiné Bissau, na campainha de uma cidadã guineense extraditada do arquipélago.

Quanto à detenção dos polícias cabo-verdianos, a ministra da administração interna, Marisa Morais, disse o Governo do arquipélago está a acompanhar atentamente a situação, tendo afirmado que até ao momento, não se formalizou nenhuma acusação contra os agentes em causa.

Em relação às declarações das autoridades Bissau- guineenses que dizem não haver nenhum registo de entrada dos polícias de Cabo Verde na Guiné, a governante cabo-verdiana garante que há documentos da campainha área do Marrocos sobre a viagem dos agentes e da cidadã guineense extraditada para o país de origem.

Enquanto isso, o maior partido da oposição o MPD pede ao Governo que dê mais informações sobre o processo de detenção dos polícias cabo-verdianos na Guiné Bissau
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