terça-feira, 5 de agosto de 2014

LISBOA: Nepotismo Sufisticado

Nepotismo sofisticado

Lisboa -  Personalidades  que se dedicam na pesquisa sobre a  transparência e a ética de governação em Angola, notam que figuras do regime  terão aperfeiçoado as praticas de nepotismo, num formato mais discreto,  dando lugar ao que agora  tratam por  “trocas de favores”, ou  o nepotismo cruzado como tratam os brasileiros. 
Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
06/08/2014
Em violação a lei da probidade pública
A “troca de favores” ou nepotismo cruzado que se esta a verificar no regime angolano  é,  quando o Ministro A nomeia, no seu pelouro, o  filho ou parente do Ministro B, e este por sua vez procede da mesma forma promovendo ou nomeando os familiares do Ministro A que trabalham consigo.
Um caso recente aconteceu no primeiro semestre do corrente ano. Isto é,    o PCA  da Comissão de Mercados e Capitais (CMC), Archer Augusto Mangueira (na foto) propôs ao Presidente de República, a nomeação de  António Gomes Furtado, para o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA).  Como moeda de troca, Gomes Furtado,  tem o  filho de Archer Mangueira, Rui Elvídio Gonçalves de Oliveira, de 26 anos e recém regressado de Londres,  como administrador executivo   da BODIVA. 
A BODIVA é uma entidade gestora que tem a responsabilidade de assegurar a transparência, eficiência e segurança das transacções nos mercados regulamentados, estimulando a participação de pequenos investidores e a concorrência entre todos os operadores.
Há poucos anos atrás, as autoridades angolanas aprovaram a lei da probidade pública, como instrumento de  luta pela ética, moral e justiça na partilha da coisa pública. Apesar de não ser devidamente aplicada, esta  lei é usada para o combate à corrupção, aos conflitos de interesses, nepotismo e outros males que atingem o bem público. 


LISBOA: Álvaro Sobrinho criou um fundo de 1 bilião de dólares com a ajuda do ex-assessor de JES

Álvaro Sobrinho criou fundo de 1 bilião de dólares com ajuda do ex-assessor de JES

Lisboa -  Documentos em posse do Club-K revelam que o antigo presidente da Comissão Executiva do  Banco de Espírito Santos de Angola (BESA), Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho, criou há dois anos atrás um fundo de um bilião de dólares norte-americanos, tendo contado com os préstimos do antigo assessor presidencial, o PCA da Comissão de Mercados e Capitais (CMC), Archer Augusto Mangueira, para sua legalização.
Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
05/08/2014
Registrou como um fundo imobiliário 
No dia 2 de Julho de 2012, Álvaro Madaleno Sobrinho deslocou-se a sede da CMC, tendo sido recebido pelo presidente desta instituição pública, Archer Mangueira. O propósito da visita seria obter uma certidão que atesta a legalidade do fundo.
Sobrinho legalizou-o como “Fundo de investimento imobiliário privado fechado”, tendo como entidade gestora a sociedade BESAACTIF - Sociedade gestora de fundos de investimentos, SA.
De acordo com descrição oficial, os "Fundos Imobiliários" são condomínios de investidores, administrados por instituições financeiras e fiscalizados pela CMC. Tem por objetivo aplicar recursos em negócios com base imobiliária, como desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, imóveis já prontos ou títulos financeiros imobiliários, ou cotas de fundos imobiliários já constituídos.
O “Fundo de investimento imobiliário privado fechado” de Álvaro Sobrinho foi legalizado numa altura em que a Comissão de Mercados de Capitais não dispunha de competências para o fazer. Os seus documentos reitores que lhe atribuíam poderes para o fazer ainda não estavam aprovados em Conselho de Ministro.
O Buraco de US .5 biliões do BESA
Conforme é do conhecimento público, o Banco Espírito Santo Angola (BESA) enfrenta actualmente graves problemas financeiros devido a um buraco na ordem dos US .5 biliões, incluindo US .5 bilião em juros. Trata-se de créditos mal parados devido aos empréstimos milionários que o Banco, ao tempo da gestão de Álvaro Sobrinho dedicou-se a distribuir a figuras do regime, com destaque a membros do Bureau Político do MPLA (partido no poder desde 1975).
O BESA alega não saber a quem emprestou 5,7 mil milhões de dólares, sendo que a atual administração suspeita que 745 milhões foram parar às mãos de Álvaro Sobrinho, presidente daquele banco até 2012.
Para salvar o BESA da crise que vive, o Presidente José Eduardo dos Santos assinou "pela própria mão" a 31 de Dezembro de 2013, a garantia de 5,7 mil milhões de dólares a este banco privado. 
A garantia não está sujeita a condições e consta de um Despacho Presidencial interno, em que "é autorizado o ministro das Finanças a emitir uma 'Garantia Autónoma' até ao valor de 5,7 mil milhões de dólares norte-americanos a favor do BESA, que assume a responsabilidade pelo bom e integral cumprimento das operações de crédito executadas".
O BESA tem como acionistas o BES de Portugal, o general Leopoldino Fragoso do Nascimento (Geni), o general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” (Portmill) e o próprio Álvaro Sobrinho, acionista individual. 
Em 2013, na sequência de um aumento de capital de 170,5 milhões para 670,5 milhões de dólares, o BES reforçou a sua participação accionista de 51,94% para 55,71%, os angolanos da Portmill mantiveram uma posição de 24% enquanto a Geni, outro angolano, subiu ligeiramente a sua participação de 18% para 18,99%.