sábado, 9 de novembro de 2013

LUANDA: Integridade é Cool, Corrupção é Crime

Integridade é Cool, Corrupção é Um Crime
por:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
 08 de Novembro, 2013
Discurso de Rafael Marques de Morais, Prémio Integridade, Transparency International:
 
Senhoras e Senhores,
 
Em Julho passado, fui convocado pelo Procurador-Geral de Angola devido a 11 denúncias criminais instauradas contra mim por sete generais, depois de eu ter exposto as suas ligações a sistemáticas violações dos direitos humanos e práticas de corrupção envolvendo empresas suas nos sectores da extracção de diamantes e de segurança privada.
 
Enquanto estava sob interrogatório, um grupo de jovens reuniu-se na praça em frente à Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), em Luanda, para expressar a sua solidariedade e para me encorajarem. Entre eles, estava um rapaz de 17 anos de idade, com o nome de Manuel Chivonde Nito Alves. Foi apenas aí que nos conhecemos, embora eu já antes tivesse admirado a sua coragem em participar em manifestações contra o regime.
 
Eu brinquei com Nito Alves, chamando-lhe agitador, e censurei-o por se expor desnecessariamente. Ele havia já sido alvo de perseguição política, breves detenções e espancamentos, o que acontecia desde os seus 15 anos de idade. Devido às suas opiniões e a iniciativas de rua em favor da liberdade de expressão e contra a corrupção, Nito Alves era já um alvo do aparelho de segurança do Estado.
 
Hoje, eu recebo este prémio em nome de Manuel Nito Alves, a quem dedico esta homenagem. Há já dois meses que ele está preso, acusado de “ultraje” ao presidente. Legislação angolana que entrou em vigor em 2010 define um tal “ultraje” como crime contra a segurança do Estado. Nito Alves é suspeito de tentar imprimir 20 camisolas com o slogan “Ditador Nojento”, tendo como alvo o presidente José Eduardo dos Santos. Este menor está a ser tratado como um terrorista, por causa de 20 camisolas!
 
No mês passado, os angolanos enfrentaram três acontecimentos marcantes que demonstram o estado da governação do país e que provam que o presidente José Eduardo dos Santos é, de facto, um ditador corrupto.
 
Primeiramente, no seu discurso do Estado da Nação, o presidente manifestou-se a favor da acumulação primitiva de capital em Angola e em África em geral, para afastar as críticas de corrupção e justificar a riqueza da sua família e do seu círculo interno.
 
Em segundo lugar, pela primeira vez na sua história, o governo apresentou a Conta Geral do Estado de 2011 à Assembleia da República para aprovação. Este procedimento foi divulgado como mais um passo no caminho da boa governação e da transparência. No entanto, o presidente, como chefe do governo, não apresentou as contas relativas a mais de 70% das despesas do Orçamento de Estado de 2011.
 
Além disso, e em terceiro lugar, o Tribunal Constitucional considerou inconstitucional a supervisão do parlamento sobre as acções do governo, excepto para aprovar leis e os orçamentos de Estado. Segundo o Acórdão número 319/2013, “a Constituição não confere à Assembleia Nacional competência para fazer interpelações e inquéritos ao Executivo, nem para convocar, fazer perguntas ou audições aos Ministros, uma vez que em Angola os Ministros de Estado, Ministros e Governadores desempenham funções delegadas pelo titular do Poder Executivo, que é o Presidente da República”.
 
Para o Tribunal Constitucional “ter o poder de convocar os ‘membros do Executivo’ seria o mesmo que ter o poder de convocar o Presidente da República, que é o titular do Poder Executivo, o que não é constitucionalmente aceitável”.
 
Senhoras e senhores,
 
Estou aqui hoje por causa do meu trabalho de denúncia de corrupção. Eu fundamento os meus padrões na legislação angolana existente, que deveria supostamente garantir a boa governação e a probidade.
 
Os acontecimentos acima mencionados não são uma surpresa, mas revelam um padrão de impunidade institucionalizada. As eleições realizadas em 2012, assim como o sistema judicial angolano, têm sido utilizados apenas como um verniz de legitimidade para um regime de cleptocracia que continua a saquear o seu próprio país e que não revela qualquer consideração pelo futuro dos seus cidadãos.
 
Eu estou empenhado em sensibilizar a opinião pública sobre a legislação anticorrupção existente, e tenho esperança de que conseguirei fazê-lo. A corrupção endémica tornou-se a principal instituição do país. É agora a medalha de honra para a elite dominante e a aspiração para aqueles que buscam uma vida melhor. No entanto, eu acredito profundamente que é possível mudar a mentalidade da sociedade e que é possível revelar ou transformar a corrupção naquilo que ela realmente é – um crime, de acordo com a legislação angolana, e que por isso deve ser tratado como tal.
 
É por isso que eu tenho apresentado uma série de queixas-crime contra altos funcionários do governo e generais, acerca dos quais tenho denunciado o uso de cargos públicos para defesa dos seus interesses particulares e para seu enriquecimento pessoal, no valor de vários milhares de milhões de dólares. Em resposta, a Procuradoria-Geral da República tem arquivado as denúncias, alegando que os funcionários públicos, no exercício das suas funções, têm o direito, como qualquer cidadão, de deter legalmente interesses em empresas privadas que mantêm contratos com o Estado, incluindo petróleo, diamantes e contratos públicos, desde que os próprios não estejam directamente envolvidos na gestão dessas empresas.
 
Numa investigação recente, levada a cabo por mim e pela revista Forbes, divulguei provas de que o presidente José Eduardo dos Santos usou o seu cargo para emitir decretos que permitiram à sua filha Isabel dos Santos construir um império empresarial avaliado em US $5 biliões, através da transferência ilícita de bens, acções e fundos do Estado.
 
Neste momento, estou a investigar uma empresa estatal de diamantes, a Sodiam, que detém os direitos exclusivos para comercializar a produção industrial de diamantes angolanos, e que tem uma joint-venture secreta em Malta, juntamente com o cidadão congolês-dinamarquês Sindika Dokolo, genro do presidente José Eduardo dos Santos. Em 2012, esta joint-venture, a Victoria Holding Limited, na qual cada uma das partes detém 50% das acções, comprou 72,5% das acções da fabricante suíça de jóias De Grisogono.
 
Todavia, através dos documentos a que tenho tido acesso, obtive a informação de que o senhor Fawaz Gruosi, anterior dono da De Grisogono, recebeu em troca 20,8% das acções da Victoria Holding Limited. Mais uma vez, não há registo de que a família presidencial tenha pago um centavo para ter tais acções e deter assim o controlo de metade dos diamantes angolanos comercializados por esta empresa secreta. Além disso, por ser secreta, esta Victoria Holding Limited não aparece no sistema de contabilidade nacional como um investimento do Estado angolano.
 
Através deste acordo, diamantes no valor de centenas de milhões de dólares podem assim ser desviados dos cofres públicos angolanos, de modo regular e continuado, através de um fabricante de jóias respeitável e cuja clientela inclui celebridades de Hollywood.
 
Senhoras e Senhores,
 
É precisamente aqui que os investidores estrangeiros, as empresas internacionais e os governos interessados em fazer avançar os seus interesses comerciais no país ou em atrair investimento angolano se tornaram os mecanismos de apoio à corrupção em Angola, e, por conseguinte, os mecanismos de apoio à repressão.
 
Para terem sucesso em Angola, os investidores estrangeiros são obrigados a associar-se, por meio de joint-ventures, à família presidencial, a membros do governo e a generais ou outros parceiros indicados pelos poderes constituídos.
 
Tais joint-ventures, uma vez que envolvem o Estado, violam a legislação antiCorrupção, e só podem ser mantidas devido à impunidade de que goza o regime. Multinacionais e governos ocidentais, e a China em particular, protegem assim estas alianças nefastas, de forma a defenderem os seus interesses. O único perdedor é o povo angolano.
 
Grande parte do orçamento do Estado angolano está a ser usado na repressão do povo, mas a corrupção está a minar os alicerces do próprio regime. Para o ano fiscal de 2013, que agora terminou, o presidente José Eduardo dos Santos tinha atribuído US $13.1 biliões aos sectores da defesa e da segurança. Apesar de todos esses recursos, até à data, o governo é incapaz de fornecer rações alimentares, uniformes, botas e condições básicas as forças armadas, ao corpo da polícia e a outros agentes do aparelho de repressão do Estado. Isso ocorre porque os generais e comparsas do presidente roubam grande parte do dinheiro.
 
É por esta razão que a detenção de Nito Alves representa muito mais do que a detenção de um activista. É antes um sintoma de que o regime perdeu o seu rumo e se tornou errático nas suas acções.
 
Senhoras e senhores,
 
Sinto-me feliz por poder anunciar que Nito Alves acaba de ser libertado da prisão esta tarde, sob termo de identidade e residência, para aguardar julgamento. Apesar de eu hoje cantar “Oh, Happy Day”, peço que se juntem a mim para exigir a libertação incondicional de Nito Alves. E também vos peço para estarem ao lado do povo de Angola, passando a ser parte da solução, e não do problema.
 
Agradeço profundamente a extraordinária oportunidade para renovar a causa da luta contra a corrupção em Angola. Já afirmei antes e vou repeti-lo: a corrupção é um obstáculo à democracia em Angola, uma vez que os líderes actuais não hesitarão em destruir o povo e o país para proteger o seu saque.
 
Não vamos deixar que isso aconteça.
 
Obrigado.

LUANDA: A Ponte da Discórdia Entre Angola e Portugal - Por Raul Diniz

A PONTE DA DISCÓRDIA ENTRE ANGOLA E PORTUGAL - Investigação

Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Investigação: A ponte da discórdia entre Angola e Portugal - Raul DinizO regime angolano e o próprio presidente José Eduardo dos Santos apenas brincar e gozar com o governo do primeiro Ministro português Pedro Passos Coelho e Paulo Portas com o esfriamento do relacionamento entre os dois autores dessa fingida refrega politica! Percebe-se que neste joguinho da cabra cega, os bodes em refrega mantêm os olhos muito bem abertos. Em causa desse esfriamento instantâneo das relações Angola Portugal, nunca estiveram às razões apresentadas pelo presidente do regime angolano Eduardo dos Santos, nem nunca foram à divulgação das investigações criminosas relacionadas com os crimes diversos praticados pelos mais altos membros do regime angolano e da própria família do presidente de Angola!
POR QUE MOSTRAR AO POVO A IRRELEVÂNCIA NESSA HISTÓRIA MACABRA DO RELACIONAMENTO SÉPTICO ENTRE O REGIME ANGOLANO E O ESTADO PORTUGUÊS.
Aqui não se trata na verdade não é uma zanga espontânea entra comadres desavindas por princípios éticos, o que se passa na verdade é a composição antecipada de jogadas de José Eduardo dos Santos, que combinadamente em atitudes programas ajuda na iminente morte por asfixia do governo português atual. José Eduardo dos Santos como astuto que é, compreendeu a muito que o governo de passos Coelho esta com os dias contados, sendo assim, o Portugal de hoje deixou de ter qualquer valia que sirvam os interesses recônditos do regime angolano em obediência as suas estratégias futuras, e muito menos servem aos mais mediáticos objetivos do presidente angolano naquele país insular. Eduardo dos Santos não confia nem nunca confiou por completo num governo cuja pessoa de Paulo Portas, um difuso militante da confusão e intriga politica exerce nele funções de relevo.
PAULO PORTAS NUNCA GOZOU VERDADEIRAMENTE DA CONFIANÇA DE DOS SANTOS
É do conhecimento de toda a classe politica angolana e não só, que o vice primeiro ministro de Portugal não é um politico confiável, Paulo Portas serviu apenas como estafeta do regime angolano e igualmente foi utilizado como um eficiente e interessante porte parole junto da comunidade internacional para engrandecer e embelezar enganosamente o regime angolano e o próprio presidente Eduardo dos Santos. O que de importante estava em jogo afinal? Duas situações distintas estavam em jogo no xadrez politico internacional; a primeira seria a rosto fuinha de ditador reconhecidamente tanto no país e no exterior essa imagem marcada de ditador de José Eduardo dos Santos faz sentir merecidamente um enorme mal estar não somente ao próprio Dos Santos, mas também ao regime no geral e a todos os membros do governo. Na verdade angola não tem um interesse especifico de relevo que ajude Angola a desenvolver-se econômica e financeiramente, o que se passa de verdadeiro nas relações ambíguas entre o regime de Dos Santos e Portugal, passa apenas pelo interesse pessoal do presidente do MPLA e da sua família ambiciosa composta pelas suas filhas e pelos filhos, que conseguem ser tão sinistramente maldosos quanto o seu progenitor. Portugal nada trousse de importante relevância que ajudasse no crescimento econômico de Angola. Nos dias que se seguiram a criação da CPLP, vários críticos se ergueram para contestar essa dependência linguística que a nada nos leva, as criticas são muito fortes e contundentes, pelo menos entre angolanos por acreditarmos que esse acordo é desprezível sem qualquer interessa nacional.
SERÁ MESMO IMPORTANTE PARA ANGOLA ESSA ESPERMACRASIA TODA DE EDUARDO DOS SANTOS PARA CIMA DO GOVERNO PSD/CDS-PP?
A história do namoro entre o regime de Eduardo dos Santos e Portugal mostra-nos as variantes desse relacionamento medíocre assente em bases duvidosas sem credito nenhum, e condenáveis a todos os níveis. Uma vez mais o regime de Eduardo dos Santos serviu-se do posicionamento privilegiado de Portugal como país democrático, como um equilibrista senil de um circo em falência acelerada, José Eduardo dos Santos decidiu colocar mais desordem no interior do ordenamento jurídico que regem o relacionamento entre os dois estados para d’ele tirar melhor partido do bom momento que a politica externa portuguesa atravessa junto das organizações internacionais como a das nações unidas e da união europeia para Portugal ajuda-lo a vender a sua banha da cobra empestada de enganos e mentiras, como aconteceu. A principal verdade de Eduardo dos Santos nesse relacionamento a dois, apenas cingiu-se em objetivos claramente definidos, que passavam NA UTILIZAÇÃO DE Portugal como utensílio descartável, que no momento o ajuda-se a relativizar o apoio internacional de que gozava a UNITA juntos dessas organizações internacionais e principalmente canalizar a desinformação junto dos Estados Unidos a partir das Nações Unidas, o que foi feito com extremo brilhantismo pela diplomacia portuguesa. Para o cinismo apuradíssimo de Eduardo dos Santos, Paulo Portas não passou senão de um office boy por estar escudado pela sua posição privilegiada de segundo homem na hierarquia do governo de Portugal. Essa situação ajudaria muito a valorizar junto das autoridades portuguesas a presença de suas filhas para facilitar as movimentações econômicas e financeiras realizadas no Portugal democrático.
A TRAIÇÃO DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS A PEDRO PASSOS COELHO FIEL ESCUDEIRO DO REGIME DESPÓTICO ANGOLANO
O atual momento de insegurança do governo PSD em Portugal levou o regime angolano a estabelecer contatos secretos junto de outro partido de governo em Portugal, que em outros diferentes momentos de grande instabilidade que provocaram enormes momentos de crise de afirmação ajudaram o regime de Eduardo dos Santos a reerguer-se. Trata-se aqui do partido socialista que no passado recente serviu de grande valia para manter ativo o regime neofascista angolano nas muitas crises institucionais e de afirmação que passou.
O SINCRONISMO SECRETO DOS CONTATOS EXTRAOFICIAL ENTRE O REGIME DE EDUARDO DOS SANTOS E O PARTIDO SOCIALISTA PORTUGUÊS!
Sabemos de fonte segura que existem contatos entre José Eduardo dos Santos e o partido socialista de José seguro em Portugal! As nossas fontes são claras quanto a esses contatos mantidos no maior secretismo possível por se tratar de assuntos impróprios para o consumo publico. Os contatos têm passados por momentos menos bons, e por isso tem merecido a da parte dos intervenientes uma atenção especial nesse negócio escuro, uma vez que o secretário geral do partido socialista “PS” Antônio José Seguro, não pertencer ao circulo restrito dos amigos do presidente angolano em Portugal. Por outro lado e também por se tratar de assuntos muito sensíveis relacionados com os investimentos processados pela família de Eduardo dos Santos e dos seus mais fieis comandados estarem, e, sobretudo por estes estarem a ser questionados em Portugal pela sociedade ativa e pela sociedade politica e judicial do universo dos países democráticos civilizados. Assim sendo o partido socialista teme esbarrar em contingencias que o possam prejudicar e assim atirar não só o partido socialista, mas juntamente atirar o país para o descredito total e assim inviabilizar uma eventual governação socialista em Portugal.
JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS AJUDOU A FERIR DE MORTE O GOVERNO PSD/CDS DE PEDRO PASSOS COELHO E PAULO PORTAS
Portugal continuaria a merecer atenção especial da parte do governo angolano e do seu presidente em particular. Não estamos aqui a falar de hipóteses, essa informação é real e verdadeira. Antônio José seguro vai em breve pedir eleições em Portugal, e sabe-se de antemão que essas eleições serão ganhas pela esquerda. Também é sabido que o PS de Seguro vai tentar a sós as eleições, e prepara-se já para pedir aos portugueses uma maioria absoluta no próximo pleito! O Partido socialista “PS” mais a esquerda deseja ganhar as eleições com a ajuda explicita do regime angolano, esse apoio que parece inofensivo e até mesmo divertido é muito mais mortífero e muito bem estruturado do que parece. O PSD e O CDS-PP certamente já perceberam a traição, e ainda assim fazem concorridos percursos junto do presidente Dos Santos com a finalidade de reverter à situação em que se encontram as relações politicas, econômicas e institucionais entre os dois países, que de tanto se amarem, cada vez mais se parecem com os dois lados de uma mesma moeda, por isso, acredito que, o governo de direita de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas já está praticamente esmorecido e sem salvação possível para evitar a anunciação da sua morte por asfixia. Portugal passa por momentos de extrema confusão social explosiva e também por uma extraordinária crise afirmação politica, econômica e de tesouraria; ainda assim, não pode existir motivo nenhum para um governo legitimado fielmente pelas urnas colocar-se de cócoras para suplicar perdão a um sócio pata, anticristão e neofascista como Eduardo dos Santos. O PSD e o CDS-PP caíram em desgraça por nada terem feito para evitar a vergonha nacional por que fizeram passar todo povo do Portugal democrático.
AMIGOS, AMIGOS SACANICES A PARTE.
 Portugal se subordinou a vontade de um regime déspota, esqueceu-se que Angola não é apenas um pedaço de terra rica, mas também é constituído por um povo com sentimentos nobres, e, que se quer libertar do regime que lhe fora imposto a revelia da sua vontade, mas o governo português igualmente como os antecessores movidos pelos ganhos financeiros dessa desagradável relação de amor e ódio entre o ditador angolano e o Portugal politico. Mas o mais grave foi ver Portugal desvalorizar-se, e, sobretudo contagiar-se com atitudes inegáveis de submissão inigualável perante um regime apodrecido e malévolo como o de Angola. Indignamente o governo de direita português feriu de sobremaneira o orgulho patriótico do povo português e arrastou todo povo e o país num profundo mergulho mortal. É caso para se concluir em tese, zangam-se as comadres e descobrem-se as sacanices!

Raul Diniz

LUANDA: Visitas privadas do estadista Angolano deixam muito a desejar.

Visitas privadas do Estadistas... Por Eugênio de Almeida

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Visitas privadas dos Estadistas... Por Eugenio de Almeida


Não tenho nada contra as visitas privadas dos estadistas, mas quando começam a ser um pouco "demais", já se tornam estranhas.
Houve uma altura que, pelo menos uma vez por ano, o presidente Eduardo dos Santos fazia uma vista privada ao Brasil, segundo se constava, para estudos físicos, ou seja, de saúde; plenamente naturais.
Agora é um constante a Barcelona onde, por sinal, já esteve este ano, entre Junho e Agosto (cerca de 45 dias); hoje partiu, novamente e em privado, se bem que bem acompanhado, para Barcelona.
Sabendo dos mujimbos que correm em certos meios e quando se entra numa certa idade as visitas "privadas" prolongadas e constantes deixam de ser privadas e tornam-se assuntos de Estado.
O problema é quando para a sua natural protecção os assuntos de Estado se tornam demasiados "segredos de Estado"!
E o mais estranho é esta visita acontecer em vésperas do nosso Dia Nacional!
Publicada por ELCAlmeida 

LUANDA: Portugal continua a ser a principal lavandaria de capitais roubados a Angola pelas elites angolanas


Portugal “continua a ser a lavandaria privilegiada” da elite angolana

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Portugal “continua a ser a lavandaria privilegiada” da elite angolana


Rafael Marques continua a deixar críticas ao Governo angolano, mas nem o Executivo português escapa.
O jornalista Rafael Marques diz que Portugal continua a ser a lavandaria privilegiada dos actos de corrupção da elite angolana.
“A corrupção neste caso tem o corrupto e o corruptor e aqui vemos que Portugal continua a ser a lavandaria privilegiada dos actos de corrupção da elite angolana”, disse.
Em entrevista à Renascença, Rafael Marques garante que nada mudou nas relações entre Portugal e Angola, apesar da suspensão da cimeira entre os dois países que estava marcada para Fevereiro. Houve, em seu entender, apenas, um esfriamento ao nível do discurso político.
O jornalista angolano reforça a sua tese, acusando ao mesmo tempo a classe politica portuguesa. Ainda assim, Rafael Marques aplaude o Ministério Público português, apesar da investigação ainda não ter resultado em acusações.
Rafael Marques recebe esta sexta-feira, em Berlim, o prémio “Integridade”, um galardão da Transparency International destinado a distinguir personalidades ou organizações que se tenham notabilizado na luta anti-corrupção.
O jornalista dedica o prémio integridade a Nito Alves, jovem jornalista de 17 anos preso desde Setembro por alegadamente ter insultado o Presidente José Eduardo dos Santos.
Lançado em 2000, o prémio, que não tem valor monetário, já distinguiu organizações e indivíduos, incluindo jornalistas, magistrados, responsáveis governamentais e líderes da sociedade civil.
Renascença

LUANDA: Inadmissível - Editorial do Jornal de Angola



Inadmissível - Editorial do Jornal de Angola

Fonte: Jornal De Angola
Divulgação: Planalto De Malanje Rio  Capôpa
Editorial do Jornal de AngolaEditorial do Jornal de Angola
As elites portuguesas ignorantes e corruptas continuam no registo que  sempre usaram contra os Angolanos. Para eles, Angola é um país de corruptos, analfabetos e ladrões. O verbo utilizado vai do suave ao grosseiro. Das falinhas mansas aos gritos de ódio. Das palmadinhas nas costas à punhalada brutal e assumida.
A comunicação social portuguesa é transformada em Tribunal do Santo Ofício por magistrados do Ministério Público, ciosos da sua independência mas estranhamente irmãos siameses dos que mais se distinguem nas calúnias e ataques à honra de cidadãos angolanos que nenhum Tribunal julgou ou condenou. A justiça popular, os processos de intenções, os preconceitos substituem o Estado de Direito. Se as vítimas reagem, dizem que em Portugal as coisas são mesmo assim, ninguém respeita ninguém e que a democracia é isto.
As autoridades portuguesas são incapazes de obrigar o Poder Judicial a guardar o segredo de justiça. Os patrões dos órgãos de comunicação social esfregam as mãos de contentes quando os seus empregados disparam sobre os angolanos. Pode ser que isso lhes dê vantagens nos negócios.
Os jornalistas usam a carteira profissional como licença para assassinar o carácter das suas vítimas angolanas na praça pública. Altas figuras do Estado Angolano são os seus alvos. Se houver reclamação, dizem que altas figuras do Estado Português são também vítimas dos mesmos crimes. Como se isso transforme crimes em virtudes. Ou o Estado de Direito aguente semelhantes atentados, protagonizados por magistrados e jornalistas que em rigor deviam ser os seus principais defensores.
O Ministério Público Português faz manchetes na comunicação social quando abre um inquérito a uma alta figura do Estado Angolano. Devidamente acusado, julgado e condenado na praça pública, os criminosos partem para outra. Quando os inquéritos são arquivados, é segredo. Até para as vítimas. Um ano depois de ver o seu nome e a sua honra violados, o Procurador-Geral da República de Angola soube que afinal apenas estavam em causa umas informações bancárias que são sigilosas e por isso, não podem ser bases de notícias.
Para manter a chama acesa, o Ministério Público deu de manhã a um jornal uma “informação” preciosa: o inquérito ao Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, foi arquivado. Na noite do mesmo dia, num comunicado oficial, a Procuradoria-Geral da República Portuguesa vem esclarecer que a “notícia” não tem fundamento porque a vítima das violações do segredo de justiça afinal “não consta como arguido, nem foi suspeito, no inquérito em apreciação”. Se não é ele, são os seus enteados! Mas nada de especial: o problema é com uma empresa e se for cumprido o que os arguidos aceitaram perante a Justiça, fica tudo resolvido. É claro que o juiz de instrução tem que dar despacho.
O comunicado da Procuradoria-Geral da República Portuguesa tem como título “Vice-Presidente de Angola - Manuel Vicente”. Que não é arguido nem suspeito. Devia lá estar o nome da empresa em causa mas não está. E o documento oficial refere apenas “os seus enteados”. Cumprimentamos os magistrados do Ministério Público por resguardarem os nomes de cidadãos que até ver, são inocentes. Assim é que deve ser sempre. Mas não tiveram o mesmo cuidado com altas figuras do Estado Angolano. Pelo contrário, julgaram-nas e condenaram-nas na praça pública de uma forma infame. É contra isso que os angolanos decentes estão. É isso que consideramos inaceitável.
Se o Ministério Público em Portugal abrisse um inquérito ao Vice-Presidente de um país da União Europeia ou dos EUA temos a certeza de que os seus nomes não iam fazer manchete nos noticiários dos barões da droga em que se transformou a comunicação social portuguesa. As elites portuguesas ignorantes e corruptas estacionaram no colonialismo mais retrógrado. Continuam a achar que os negros são seres inferiores e se têm uma camisa lavada é porque a roubaram.
Quem tem amigos assim, o melhor é virar-lhes as costas e negociar até com o diabo ou dialogar com os inimigos. É muito difícil dialogar com um país em que parece que ninguém se entende e estão todos virados para o tornar ingovernável. Dizem que o investimento é bem-vindo, mas atacam os investidores angolanos. O mesmo fizeram com Ângela Merkel e a Alemanha que meteram rios de dinheiro para salvar Portugal da bancarrota. 
Se não soubessem o que fazem, eram perdoados. O que fazem é tentar intimidar os angolanos para estes deixarem de gerir com toda a soberania e independência o seu país. Mas compreendemos muito bem porque fazem antes ataques a Angola, quando nos chamam seus irmãos. Ainda que lhes custe têm de compreender que jamais nos deixaremos intimidar. Antes a morte que tal sorte! Assim falava Camões.
Editorial do Jornal de Angola

MUNIQUE: A hora de nos pronunciarmos é esta camaradas

A HORA DE NOS PRONUNCIARMOS É ESTA , E NÃO DEPOIS DA DITADURA TER SIDO VENCIDA !
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Não acredito que os angolanos não tenham criatividade suficiente nem capacidade para actuarem nesse sentido, mesmo com manifestações e greves!

COMO DIZIA O FUNDADOR DA NAÇÃO ANGOLANA

O Dr. ANTÓNIO AGOSTINHO NETO, DOUTORADO EM FUZILAMENTO 27.05.1977, E POETA DA Sagrada esperança.

„Esta é a hora de junto marcharmos corajosamente para o mundo de todos homens“ O MPLA existe para democratizar a nação angolana, as instituições do estado e educar o povo a se defender dos oportunistas, entre eles os corruptos, e não para dar proteção a um homem. A “fidelidade” é um fenômeno aceitável em organizações fechadas e mafiosas, governadas como seitas com estilos medievais, que tentam atrair seus membros fazendo o uso da chantagem espiritual ou económica, em que os mesmos podem estar envolvidos como consequência de seus interesses mesquinhos, duvidosos, sempre longe de tudo que é social e digno.


Que fidelidade é a sua ao MPLA camarada(...)? No MPLA, para manter verdadeiramente a paz, ou a de manter laços promiscuo e individualistas!?


O MPLA não é um patrimônio pessoal de generais e comandantes corruptos, não importa o que eles fizeram no passado, mesmo porque ninguém trava guerras e batalhas sozinho.

Angolanas da Ex RDA, a hora de nos pronunciarmos é esta, não é depois da ditadura ter sido vencida que o discurso contra surgirá. ..

LUANDA: Elites portuguesas acusadas de tentarem intimidar Angola

Elites portuguesas acusadas de tentarem intimidar Angola

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Elites portuguesas acusadas de tentarem intimidar Angola
De novo ao ataque. O Jornal de Angola vira-se novamente para "as elites portuguesas ignorantes e corruptas" que acusa de tentarem "intimidar os angolanos para estes deixarem de gerir com toda a soberania e independência o seu país". O pretexto são as recentes notícias sobre o alegado arquivamento pelo Ministério Público português de um inquérito judicial que, segundo a comunicação social, visava o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente.
Na passada quarta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR) dava a conhecer uma nota intitulada "Vice-presidente de Angola - Manuel Vicente", em que veio esclarecer que o inquérito, para apurar "eventuais crimes de fraude fiscal, falsificação e branqueamento de capitais, relativo a diversas operações" visava afinal a empresa Edimo e que Manuel Vicente não é arguido nem foi suspeito no inquérito.
Hoje, o Jornal de Angola no seu editorial vem lamentar o título da nota da PGR quando, afinal, a mesma nota serve para esclarecer que o mesmo Manuel Vicente "não é arguido nem suspeito".
Cumprimentando os magistrados do Ministério Público português por, na nota, se referirem apenas aos enteados de Manuel Vicente, sem os identificarem, o jornal lamenta que não tenha havido "o mesmo cuidado com altas figuras do Estado Angolano".
"Pelo contrário, julgaram-nas e condenaram-nas na praça pública de uma forma infame. É contra isso que os angolanos decentes estão. É isso que consideramos inaceitável", pode ler-se no editorial.
Estimando que o mesmo não aconteceria se em causa estivesse um inquérito ao vice-presidente de um país da União Europeia ou dos EUA, o jornal acusa as "elites portuguesas ignorantes e corruptas" de "estacionarem no colonialismo mais retrógrado".
"Continuam a achar que os negros são seres inferiores e se têm uma camisa lavada é porque a roubaram. Quem tem amigos assim, o melhor é virar-lhes as costas e negociar até com o diabo ou dialogar com os inimigos".
Para o editorialista "é muito difícil dialogar com um país em que parece que ninguém se entende e estão todos virados para o tornar ingovernável".
"Dizem que o investimento é bem-vindo, mas atacam os investidores angolanos. O mesmo fizeram com Ângela Merkel e a Alemanha que meteram rios de dinheiro para salvar Portugal da bancarrota".
O jornal no seu editorial acusa ainda os magistrados do Ministério Público de, embora "ciosos da sua independência", serem "irmãos siameses dos que mais se distinguem nas calúnias e ataques à honra de cidadãos angolanos que nenhum Tribunal julgou ou condenou".
Diz que os patrões dos órgãos de comunicação social, que apelida de "barões da droga", "esfregam as mãos de contentes quando os seus empregados disparam sobre os angolanos" por esperarem que isso "lhes dê vantagens nos negócios".
Jornalistas não são poupados
Neste editorial nem os jornalistas portugueses são poupados ao serem acusados de usarem a carteira profissional "como licença para assassinar o caráter das suas vítimas angolanas na praça pública".
O editorial do Jornal de Angola acusa ainda as ditas elites portuguesas de tentarem intimidar os angolanos para estes deixarem de gerir com toda a soberania e independência o seu país.
"Se não soubessem o que fazem, eram perdoados. O que fazem é tentar intimidar os angolanos para estes deixarem de gerir com toda a soberania e independência o seu país. Mas compreendemos muito bem porque fazem tantos ataques a Angola, quando nos chamam seus irmãos. Ainda que lhes custe têm de compreender que jamais nos deixaremos intimidar", refere o editorial.
E termina com um aviso: "Antes a morte que tal sorte! Assim falava Camões."
Recorde-se que a atual tensão diplomática entre Portugal e Angola, que levou o Presidente José Eduardo dos Santos a anunciar a suspensão da parceria estratégica que pretendia criar com Portugal, começou em novembro do ano passado quando o semanário Expresso noticiou a existência de um inquérito-crime no Ministério Público português contra altos dirigentes angolanos.
Refira-se que o mesmo jornal falava em indícios de fraude fiscal e branqueamento com os nomes em destaque do vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, do general Hélder Vieira Dias "Kopelipa", do chefe da Casa Militar da Presidência da República e do general Leopoldino Nascimento "Dino", consultor do ministro de Estado e ex-chefe de Comunicações da Presidência da República.
LUSA

LUANDA: Nito Alves esta em liberdade

Nito Alves esta em Liberdade

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Activista de 17 Anos Nito Alves Activista de 17 Anos Nito Alves
Nito Alves acaba de ser libertado neste momento, lembra-se que um grupo de populares convocar uma Vigília hoje em frente a comarca de Luanda , a fim de exigir do governo a  libertação do menor  e alem de uma manifestação pacifica prevista para o próximo  dia 16 de Novembro, em Luanda.
A libertação de Nito Alves foi decidida pela justiça na sequência de um requerimento dos seus advogados.
"O processo (contra Nito Alves) continua a sua tramitação normal, pois já existe acusação formal do Ministério Público cuja cópia os advogados aguardam notificação para que possam apresentar a sua defesa", disse o Advogado de Nito Alves.
Nito Alves fica agora submetido à apresentação do termo de identidade e residência quinzenalmente no Tribunal Provincial de Luanda.
Manuel Nito Alves foi detido a 12 de setembro por "ultraje ao Presidente" por ter encomendado a impressão de camisolas em que apelidava o Presidente angolano José Eduardo dos Santos de "ditador nojento", para serem utilizadas numa manifestação antigovernamental.
Segundo Nito Alves mesmo depois de mais de 50 dias passados na prisão nada lhe faz desistir dos seus ideias: “a minha vida será normal e não retiro nenhuma virgula e vou fazer de novo – ze-dú fora!” disse. “A dignidade de um cidadão não está em bater prender um cidadão, o que o governo deve fazer é conversar com o os activistas” disse pela Voz de America.
Nito denunciou ainda a alegada tentativa de corrompê-lo pelos funcionários do Ministério da Juventude e Desporto.
Segundo Nito “Fui aliciado sim senhor e uma das pessoas que eu não tenho receio de dizer e posso dizer agora é o Sidónio que trabalha com o Secretario do Estado para a Juventude e ele é que fazia as negociações com os indivíduos do sistema, que disse-me para chegarmos a um consenso”.
Nito Alves acrescentou na voz de America: “Nós não devemos temer, devemos ter as nossas próprias convicções e vamos até as últimas consequências com este governo de José Eduardo dos Santos porque num país democrático e de direito quando os jovens têm medo de protestar é uma doença para a juventude, por isso temos que mostrar que não estamos doentes, vamos sair as ruas” concluiu.
Mandato de Soltura do menor Activista Angolano Nito Alves
Modificado emsexta, 08 novembro 2013 21:17

LUANDA: Quando a vontade da mudança for mais forte que o medo, o regime cairá - Samakuva

Quando a vontade da mudança for mais forte que o medo, o regime cairá - Samakuva

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.com
Presidente da Unita,Isaias Samakuva na Abertura da III Reunião da Comissão PolíticaPresidente da Unita,Isaias Samakuva na Abertura da III Reunião da Comissão Política
O Portal Angola24horas apresenta na integral o discurso do Presidente da Unita,Isaias Samakuva na Abertura da III Reunião da Comissão Política.
Prezados companheiros da Direcção do Partido,
Minhas senhoras e meus senhores:
Realizamos esta reunião nas vésperas do 38º aniversário da nossa independência. Por isso, vou enquadrar nesta minha introdução uma reflexão sobre os 38 anos de independência.
Três movimentos lutaram de armas na mão pela independência de Angola. Destes, apenas um retém na sua denominação a palavra “independência”. Os outros dois utilizaram a palavra “libertação” para designar o seu objectivo: Movimento Popular para a Libertação de Angola e Frente Nacional para a Libertação de Angola.
Ao adoptar a denominação UNIÃO NACIONAL para a INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA, a UNITA trouxe a atenção da comunidade política dois valores fundamentais para a construção da Nação angolana: a independência e a unidade nacional.
Desde a sua fundação, em 1966, a UNITA identificou que o MPLA era contra a independência de Angola e contra a unidade dos angolanos. Hoje, até as crianças já perceberam que o MPLA coloca o estrangeiro em primeiro lugar e o angolano em último lugar. Já perceberam que o MPLA discrimina o ‘langa’, humilha os ‘sulanos’, divide o dinheiro entre os seus e não permite que pessoas de outros Partidos prosperem economicamente e conquistem legitimamente o poder político. Quer dizer, o MPLA é contra a igualdade dos angolanos. É contra a unidade nacional.
Durante muitos anos, o MPLA deturpou a história e quis fazer crer aos angolanos que ele era o único defensor destes dois valores: a independência nacional e a unidade nacional.
Infelizmente, o conflito militar não permitiu que o povo avaliasse, antes de 2002, quem é o real defensor desses valores. Hoje, 38 anos depois da proclamação da independência, em 1975, qual é a situação real de Angola e dos angolanos em 2013 em comparação com o ano de 1973 ou 1974, antes da independência?
Do ponto de vista político, Angola hoje está numa situação asfixiante tal como em 1973: Havia em 1973, um Estado novo fundado numa ditadura velha. Hoje também há um novo Salazar, um novo absolutismo, uma nova ditadura! Também não havia democracia em 1973, como não há hoje democracia.
Na ditadura de Salazar, as pessoas eram discriminadas com base na cor da pele. Na ditadura de Eduardo dos Santos, as pessoas são discriminadas com base na cor política. “Quem é do MPLA, tem direito a assistência médica no Hospital público. Quem for da UNITA e for ao Hospital, vai morrer”; diz sem pestanejar, segundo os anciãos de uma comuna no Moxico, o Administrador comunal, Senhor Manuel Tchimboma, que é o representante do Presidente José Eduardo dos Santos na Comuna.
Além disso, o povo diz que as pessoas estão a ser mortas nos Hospitais. As parturientes estão a ser vítimas de cesarianas forçadas para reduzir o número de filhos que as angolanas podem ter com o objectivo de se alterar a médio prazo a geografia humana de Angola.
O regime também está a promover a exclusão entre os enfermeiros. Aqueles cujas qualificações foram obtidas junto das estruturas administradas pelo MPLA, obtêm as carteiras profissionais e são integrados nos serviços de saúde. Os outros, cujas qualificações foram obtidas junto das estruturas administradas pela UNITA, e que, nos termos dos Acordos de Paz, deviam igualmente obter as suas carteiras profissionais e serem integrados no Serviço Nacional de Saúde, estão a ser excluídos e atirados ao desemprego. Pior do que isso, estão a ser presos e humilhados, enquanto o País importa profissionais estrangeiros para os substituir.
Na ditadura colonial, havia um Partido-Estado, chamado União Nacional, o Partido de Salazar, que defraudava as eleições e ganhava sempre com percentagens pré-determinadas. Também hoje, há um Partido-Estado, chamado MPLA, o Partido de José Eduardo dos Santos, que defrauda sempre as eleições e ganha com percentagens pré-determinadas.
Na ditadura colonial, havia uma economia vibrante que promovia um crescimento económico que não beneficiava os angolanos. As grandes exportações de café, algodão e sisal sustentavam uma balança comercial positiva, mas à custa de salários de miséria, trabalho forçado, racismo e outras injustiças laborais.
Hoje também, Angola tem novos latifundiários que usurparam as terras dos autóctones e constituíram autênticos feudos em espaços de milhares de hectares onde erigiram e equiparam grandes fazendas utilizando fundos desviados do erário público. Nesses locais, os senhores feudais pagam aos angolanos salários de miséria, que variam entre Kz. 4.000.00 e Kz. 8.000.00. Isto acontece em todo o lado mas com epecial destaque nas provínciais do Kwanza Sul, Kuando Kubango, Huila, Kwanza Norte, Bengo e Benguela.
Tal como em 1973, a maioria das empresas, angolanas ou estrangeiras, não respeitam os trabalhadores angolanos. Mas não os respeitam, em parte, porque sabem que o nosso Governo não nos respeita! Há crescimento económico, sim senhor, mas à custa de quê?
À custa do trabalho forçado de chineses, vietnamitas e outros! À custa de trabalhadores mal pagos. À custa de pilhagens e de compadrios, mas também, verdade seja dita, à custa do trabalho honesto de muitos, incluindo milhares de cidadãos portugueses!
O que nos preocupa é que os angolanos ainda não controlam a economia de Angola. Não controlam as tecnologias nem os sitemas de produção, não controlam os processos de transformação, não controlam as redes de abastecimento nem tão pouco a gestão dos principais investimentos que produzem a riqueza nacional.
Ou seja, 38 anos depois de declarada a independência, os angolanos ainda não são realmente independentes! Libertaram-se de um sistema político, a ditadura, mas cairam num mesmo sistema político, a ditadura!
A ditadura de Eduardo dos Santos apenas tem cores diferentes: vermelho, amarelo e preto.
Tal como em 1975, a estrutura económica de Angola está desiquilibrada. É sustentada pelo exterior e está voltada para o exterior enquanto protege os interesses da ditadura! Não serve os interesses da vasta maioria dos angolanos!
Quer dizer, 38 anos depois de declarada a independência, os angolanos estão mais pobres do que em 1975. Mais pobres moralmente, mais pobres culturalmente e mais pobres materialmente!
Quanto ao processo político de reconciliação nacional e de construção da Nação que vimos adiando desde 1975, a situação degradou-se. Estamos piores em 2013 do que estávamos em 1991, quando assinamos os Acordos de Paz.
Esta não é Pátria sonhada por Viriato da Cruz, Hojy Ya Henda, Liceu Vieira Dias, Johnny Pinocky Eduardo, José Ndele, Kafundanga, Deolinda Rodrigues e outros heróis da independência de Angola.
Do ponto de vista das violações dos direitos humanos, Angola hoje está prior do que antes da independência. O regime emprega métodos mais sinistros do que a PIDE. Há assassinatos políticos, presos políticos, desaparecimento de dissidentes, censura na comunicação social, torturas, excessos injustificados de prisão preventiva e outras violações dos direitos humanos.
Acima de tudo isso, o regime do Presidente José Eduardo dos Santos transformou o Estado numa entidade marginal, corruptora da sociedade, que viola a sua própria Constituição e destrói a fibra moral e social da Nação.
Qual será o futuro deste nosso país se aqueles que se apresentam como líderes da juventude, dirigentes políticos, afinal são chefes de quadrilhas, criminosos internacionais e promotores da imoralidade pública?
Que Nação querenos construir quando dirigentes politicos são indiciados por crimes, procurados pela Polícia internacional e o seu Partido nem sequer se pronuncia?!
Para onde vai esta nossa Angola, se o seu Presidente fica indeferente ao sofrimento do povo, insensível a prisão injustificada e prolongada de um menor que o criticou e assume, pelo silêncio, ser o Chefe do Chefe de uma quadrilha?
Onde estão os nacionalistas do ‘glorioso MPLA’? Para onde vai esta nossa Angola, camaradas?
Prezados companheiros:
A estratégia de contenção adoptada pelo nosso partido nos últimos anos, forçou o regime a revelar ao povo a sua real identidade e a sua natureza anti-Angola.
O conflito entre o regime de Eduardo dos Santos e Angola atingiu o ponto de ruptura. O povo está saturado e chegou ao limite da paciência. O povo diz que Já não pode tolerar mais as arbitrariedades do Presidente da República.
O País chegou ao ponto crítico da sua história. Por um lado, o regime apodreceu e o Presidente perdeu a legimitidade política e moral para continuar a governar Angola. Por outro lado, o povo está revoltado e já não quer mais ouvir falar de paz, nem de discursos, nem de promessas! O povo quer agir por conta própria! e já!
É nestes momentos delicados da história de uma Nação que os seus líderes são chamados a demonstrar liderança. E liderança aqui não é violência, companheiros! Liderança é sabedoria, determinação e coragem!
Sabedoria para equacionar os interesses de todos para que a mudança seja feita por todos e para o benefício de todos! Não só daqueles que querem a mudança mas também daqueles que ainda têm medo da mudança!
Determinação para dialogar! Dialogar com todos. Porque todos querem mesmo mudar! Uns mais do que outros, talvez, mas só o diálogo irá remover receios, eliminar desconfianças e fortalecer a esperança!
Quando a vontade de mudar for mais forte e mais generalizada do que o medo da mudança, o regime cairá. E o dia da segunda independência chegará!
Para isso precisamos de coragem. Coragem moral acima de tudo. Para sermos diferentes. Coragem para resistir à tentação de retribuir olho por olho dente por dente.
Vigilância, camaradas!
Vigilância, companheiros!
O regime quer empurrar Angola para as águas turvas da violência. O regime está a esticar demais a corda da provocação. Revogou a paz. Asfixiou as liberdades. Fechou todas as oportunidades económicas a quem não é subserviente ao MPLA. Lançou os professores, enfermeiros, médicos, mecánicos, e outros da UNITA no desemprego. Não paga pensões a quem deve pagar. Coloca todos na sua dependência. Não dá para queixar a ninguém porque ele também sequestrou os Tribunais.
É por tudo isso que dissemos que o povo chegou ao limite da resistência!
O que fazer? É preciso CORAGEM para manter a cabeça fria e utilizar a razão e a paz como armas contra a ditadura!
Não vamos cair na armadilha da ditadura, como aconteceu com a Renamo em Moçambique. Não vamos seguir apelos radicais daqueles que ainda não conhecem os horrores da guerra senão dos livros!
Em Angola, nós da UNITA conhecemos bem a alma deste povo, sua capacidade de resistência, seus temores e suas aspirações. Tamém conhecemos bem os engodos e armadilhas do MPLA, sua vontade férrea de voltar ao sistema de Partido único, de substituir a Assembleia Nacional pela Assembleia do Povo e sua aversão à igualdade e à unidade de todos os angolanos!
Por isso, gostaria de reafirmar aqui a todo o povo angolano, o compromisso da UNITA para com a paz, a democracia e a reconciliação nacional.
Companheiros:
Mesmo com a comunicação social e os tribunais sequestrados; mesmo perante a instrumentalização das autoridades tradicionais e a repressão das forças policiais, o povo está dicidido a demitir o governo. O povo já demitiu o Governo, porque o povo não quer mais este Governo!
E quando digo o povo, refiro-me ao povo plural, a todas as correntes políticas e sociais, incluindo muitos líderes do MPLA e líderes religiosos. O povo está saturado e está dizendo: CHEGA! CHEGA! CHEGA!
O povo já demitiu o Governo e espera que o Chefe do Governo entenda isso!
O conflito que o Presidente da República alimenta contra Angola, tem de chegar ao fim. E este conflito só pode ter um vencedor: Angola.
Angola vai vencer o conflito porque já terminou a legitimidade política do Presidente.
A legitimidade política de um Presidente termina quando ele deixa de governar para o povo todo e passa a governar para si ou para os seus. Quando ele utiliza ou deixa utilizar as instituições do Estado para fazer fraudes e outros actos que não estão em conformidade com a Constituição; ou quando ele utiliza ou deixa utilizar os recursos públicos para enriquecimento ilícito ou até mesmo para actos criminosos.
A legitimidade política de um Presidente termina quando ele concentra em si mesmo todos os poderes, controla todos os recursos públicos, e não permite que nenhum outro órgão do Estado o fiscalize.
A legitimidade política de um Presidente termina quando ele prende ou deixa prender crianças só porque exerceram o direito à crítica. E Não diz nada. Passam semanas e semanas e não manda soltar a criança!
Por tudo isso, considero que a legitimidade política do Presidente da República terminou! A era de José Eduardo dos Santos terminou!.
E atenção!
Angola não está em conflito com o MPLA, porque não é o MPLA que dirige a corrupção, o nepotismo, o tráfico de mulheres e a exclusão social. O MPLA também é vítima. O MPLA foi sequestrado pelo seu Presidente. Quem dirige a corrupção identificou-se recentemente no passado dia 15 de Outubro. Chama-se José Eduardo dos Santos.
Angola ainda precisa também do MPLA para a construção da Nova República e para a reforma do Estado. Mas Angola já não precisa de José Eduardo dos Santos na sua liderança.
Repito: Angola já não precisa de José Eduardo dos Santos na sua liderança!
Nesta base,
Considerando que a Nação angolana está gravemente ferida e refém de um só homem que já perdeu a legitimidade para continuar a governar o País;
Interpretando o sentimento de uma vasta porção da sociedade angolana, em particular da sua juventude;
Em nome da dignidade e para honrar os angolanos e sobretudo os heróis da dependência de Angola;
Na busca de uma transição pacífica e inclusiva com vista a construirmos uma sociedade pacífica, justa e solidária,
Convido os angolanos para exigir que o Senhor Presidente da República renuncie formalmente ao cargo que ocupa nos termos previstos na Constituição da República.
Companheiros:
Proponho que esta III Reunião Ordinária da Comissão Política da UNITA convide as forças democráticas do País para um diálogo franco e abrangente com vista a perspectivarmos os fundamentos da nova República e as estratégias para a construção de uma sociedade mais justa, uma juventude mais rica e uma Nação reconciliada com seus valores, suas culturas e suas aspirações.
O povo apenas confia na UNITA para o dirigir e proteger na materialização desta vontade colectiva. A UNITA criou esta vontade no povo e agora deve alimentá-la e gerir com responsabilidade. A comunidade internacional também alterou a sua posição e considera a UNITA factor decisivo para a estabilidade do país quer antes quer depois da saída do Presidente Eduardo dos Santos. Por isso vamos dialogar com todos para construir consensos.
Esta é a responsabilidade que paira sobre os nossos ombros. Mais uma vez, o futuro do país depende da UNITA. Quer os nossos antepassados, quer as novas gerações não nos irão perdoar se não gerirmos este momento com a sabedoria que a situação recomenda. Precisamos de estar unidos no pensamento e na acção, sem distracções.
Vamos encetar este diálogo com todos: ricos e pobres, trabalhadores e patrões; angolanos e estrangeiros, jovens e idosos. Conformistas e revolucionários. Todos, quer da sociedade política como da sociedade civil. Incluindo certamente os nossos compatriotas do MPLA.
Repito: Acho que Angola ainda precisa do MPLA, mas já não precisa de José Eduardo dos Santos na sua liderança.
Companheiros:
Também tenho uma proposta para os dirigentes do nosso Partido. Que Nós da UNITA, os impulsionadores das mudanças em Angola, sejamos os primeiros a viver já a mudança que se avizinha a nível nacional! Ou seja, que a mudança que o país almeja comece AQUI e AGORA.
A partir de agora, vamo-nos revestir de uma nova atitude, um novo espírito para com as actividades do Partido.
Além do Plano de Acção contendo as actividades correntes de mobilização e aperfeiçoamento da organização interna, vamos submeter a esta reunião quatro documentos fundamentais, cuja implementação irá cunduzir o País à mudança pacífica e inclusiva que todos almejamos. Estes documentos são:
• O Plano de Acção Para a Libertação do Jovem Nito Alves.
• O Plano Estratégico de Fiscalização e Controlo dos Actos do Titular do Poder Executivo.
• O Plano Estratégico de Mobilização da Sociedade Para a Mudança
• As Linhas Gerais da Reestruturação do Partido Para a Conquista do Poder Autárquico.
Minhas senhoras e meus senhores:
A posição da UNITA como interlocutor incontornável na busca de soluções para o país está consolidada.
A condição da UNITA de única força estruturada e experimentada, capaz de manter a estabilidade do país, é indiscutível.
Os parceiros comerciais de Angola conhecem a UNITA e sabem que a UNITA ama Angola e tudo fará para que Angola continue a crescer em estabilidade para o benefício de todos.
Também a eles reafirmamos a nossa determinação de manter a paz, proteger os investimentos e garantir a estabilidade dos seus negócios em Angola e com Angola.
Declaro aberta a III Reunião da Comissão Política da UNITA.
Muito obrigado.