domingo, 22 de dezembro de 2013

LUANDA: Natal em Luanda: Uma história de realidades opostas de duas cidades diferentes

Natal em Luanda: Uma história de duas cidades

Para os muitos pobres "Feliz Natal" não é uma realidade que existe para outros

Fonte: VOA
Luanda
LuandaTAMANHO DAS LETRAS
 
Por: Agostinho Gayeta
Em véspera da quadra festiva a capital angolana é dominada por alguma agitação. São centenas de veículos automóveis que circulam nas estradas, congestionamento nas principais vias rodoviárias, enchentes nos supermercados e lojas.

A movimentação de citadinos em grande número nas ruas e mercados para compra e venda de diversos produtos caracterísiticos da quadra festiva é uma forte demonstração de uma aparente alegria montam o cenário de festividade numa das mais caras cidades do mundo.

A Psicóloga Maragarida Pederneira explica as razões de tanta agitação durante a época de festas. Para a especialista a data em si meche com a componente emocional das pessoas.

Em busca do bem-estar para as suas famílias durante a quadra festiva estão os homens e mulheres zungueiras (vendedeiras que com banheira na cabeça, balde com produtos diversos circulam dezenas de quilómetros a pé pelas principais artérias de Luanda) que se mostram incansáveis e pressionadas a garantir um óptimo dia da família aos seus parentes. Porém, para algumas este desejo não passa apenas de uma miragem, pois não será materializado. Entre as razões elas apontam: a subida dos preços dos produtos no mercado e principalmente a falta de meios financeiros, facto que se agrava quando a polícia fiscal as impede venderem na rua.

A Psicóloca Margarida Pederneira adverte que a insatisfação de um desejo pode causar frustração familiar. Para a especialista é muito comum nesta época existirem famílias pressionadas e emocionadas, por isso aconselhoa uma boa gerência da situação.

Marta Paulo Ngana, com 63 anos de idade, vende funje de calulo. Ela não tem um posto fixo de trabalho, zunga em vários pontos de Luanda. Para ela interessa apenas não ter problemas no seio familiar e ter bastante saúde para passar uma quadra festiva feliz. Marta Paulo que falou aos microfones da Voz da América  em Kimbundu, sua língua de materna, lamentou dizendo que o que ganha não satisfaz, são apenas 200 kwanzas por cada prato de comida, o que não dá para sustentar a família...
António Coche Kapinga portador de dificiência, antigo funcionário da já falida empresa Macambira, recua no tempo para explicar como comemorava o natal nos anos anteriores. Para ele, a falta de salários e a subidas do preço dos produtos essencias marcam pela negativa a presente época.

Alguns dos nossos entrevistados alegam que a cada ano que passa a situação está a piorar, cada vez mais vêm reduzido o seu poder de compra. Para uns os tempos passados foram melhor, um pouco de tudo não falta à mesa.
Se para alguns na condição de vendores de rua o natal não vai ser feliz, outros na mesma condição procuram com o pouco agradar a família e passar o Natal bem ao seu jeito.

Dizem as sagradas escrituras que o pouco com Deus é muito, e muito sem Deus é nada. Job Sambanje jovem de 33 anos de idade é zungueiro há dois anos, ele vende diveros produtos. Proveniente de uma família humilde de matriz religiosa ele explica como será o seu natal, onde o mais importante a presença de Deus.

Mas as festas não serão infelizes para todos.  Se para alguns falta pão à mesa a outros tem até que sobra. Enquantos uns lamentam quem se farta de compras. À porta de um supermercado no Distrito do Rangel, Bairro Vila Alice em Luanda conversamos com alguns citadinos.

Julene José e Valódia Morais preparam-se para comemorar o Natal em família. No programa para seia à meia noite de 24 de Dezembro consta a troca de presentes e outros atractivos

Os preços no mercado não estão favoráveis, mas há sempre um jeito para adquirir os produtos disse um dos nossos entrevistados.

Olhando para o aumento dos preços de bens no mercado, o Consultor Social Menzes Domingos diz que medida que o tempo vai passando o espírito natalino vai se perdendo. Para o também Antropólogo o Natal em Angola e no mundo em geral ganhou uma dimensão mais comercial.

MAPUTO: Comandante do avião da LAM provocou internacionalmente o acidente

Comandante do avião da LAM provocou intencionalmente o acidente

No momento do acidente, o co-piloto estava fora da cabine e o comandante aproveitou para precipitar o avião intencionalmente, segundo o Instituto de Aviação Civil de Moçambique.
Linhas Aéreas de MoçambiqueLinhas Aéreas de MoçambiqueFonte: VOADivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa22.12.2013
TAMANHO DAS LETRAS 

O presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Aviação de Moçambique (INAM) disse em conferência de imprensa ontem, 21, que o relatório preliminar, quase concluído, mostra ter havido o que chamou de "clara intenção" do comandante em provocar o acidente sem, no entanto, explicar a sua conclusão.

“A Comissão de Investigação comprovou que todas as acções observadas nas gravações requerem um conhecimento dos sistemas automáticos do avião, uma vez que toda a descida foi executada em piloto automático ligado. Isto denota uma clara intenção. A razão para todas estas acções é desconhecida e a investigação prossegue”, disse João Abreu.

Os dados do radar revelaram que na posição EXEDU, ponto de relatório obrigatório de informação na região de Gaberone, o avião começou a descer repentinamente do nível do voo normal de cruzeiro de 38 mil pés. O centro de controlo perdeu contactos de radar e voz, daí encetadas buscas eo  salvamento que conduziram à localização dos destroços no Parque Nacional de Bwabwata.

“Segundo João Abreu, o avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) caiu com o piloto aceso mas afirmou desconhecer as razões que teriam originado esta atitude. 

O PCA da INAM disse que minutos antes do acidente, o co-piloto deixou a cabine para os lavabos, tendo permanecido no cockpit apenas o comandante Hermínio dos Santos. 

Então, a selectora de altitude foi manualmente actuada três vezes de 38 mil pés para uma altitude de 592 pés abaixo do nível do solo. 

Os parâmetros do manípulo dos freios aerodinâmicos indicam que foi accionado para abrir os painéis dos “spoilers (superfícies de resistência aerodinâmica), e mantiveram-se nesta posição até ao fim das gravações dos parâmetros, prova de que a manete foi manualmente comandada.

“Durante estas acções foram audíveis toques de alerta de baixa e alta intensidade bem como repetidas pancadas na porta como solicitação de entrada na cabine”, dando a entender que o co-piloto se deu conta que algo ia mal e queria entrar.

João Abreu disse, no entanto, que as invstigações prosseguem, tentando descobrir todos os promenores do acidente.


A aeronave, do voo TM470, que seguia com destino a Luanda, despenhou na tarde de 29 de Novembro na região norte da Namíbia, no Parque Nacional de Bwabwata, vitimando 33 pessoas, sendo 27 passageiros e seis membros da tripulação.

MOSCOVO: Putin amnistia o seu adversário politico, o antigo magnata russo Mikhail Khodorkovski

Putin amnistia antigo magnata russo

Presidente russo anunciou perdão de Mikhail Khodorkovski. Preso em 2003, ao ex-magnata do petróleo faltavam oito meses para concluir uma pena de 11 anos por evasão fiscal, apropriação indevida e fraude.
João Xará
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
A condenação de Khodorkovski terá sido também motivada por razões políticas, porque o magnata e o seu sócio, também detido,  eram financiadores dos partidos da oposição russaGrigory Dukor/Reuters A condenação de Khodorkovski terá sido também motivada por razões políticas, porque o magnata e o seu sócio, também detido, eram financiadores dos partidos da oposição russa
O Presidente russo anunciou esta quinta-feira a amnistia de 
Mikhail Khodorkovski, 
preso há dez anos. O julgamento, em 2003, do antigo chefe da companhia 
de pretróleo
 Yukos foi alvo de muitas críticas por, supostamente, esconder motivações 
políticas de
 Vladimir Putin.

"Passou mais de dez anos atrás das grades. É um castigo suficiente. 
Ele alegou
 motivos humanitários - a mãe está doente", justificou hoje Putin em
 conferência de imprensa.

A decisão do Presidente russo surge depois de, alegadamente, ter recebido um pedido de
 perdão de Khodorkovski, que estava a oito meses de ser posto em liberdade. Segundo 
a BBC, o advogado do ex-magnata não confirma o envio de qualquer documento, mas
 incentiva a amnistia.

Khodorkovski foi detido na Sibéria em outubro de 2003 por crimes de fraude, evasão fiscal e apropriação indevida.
 O líder da petrolífe
ra Yukos e o seu sócio Platon Lebedev foram condenados depois de se manifestarem contra o aumento dos
 impostos aplicados à indústria do petróleo.

O caso foi manchete em inúmeras publicações internacionais, que levantaram a hipótese de o caso judicial conter
 motivações políticas. A verdade é que Khodorkovski e o sócio  financiavam partidos da oposição. E os Estados
 Unidos falaram em abuso do sistema legal russo.

Em maio de 2011, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos considerou a detenção de Khodorkovski "ilegal", 
por ter sido "feita com uma finalidade diferente da expressa" na sentença.

A decisão de Putin surge um dia depois do Presidente russo ter amnistiado igualmente os elementos da banda
 Pussy Riot, que já cumpriam pena, e os 30 membros da Greenpeace, que ainda aguardavam por julgamento. 
Os elementos desta organização não-governamental foram presos em setembro quando protestavam junto de 
platafoma petrolífera russa no Árctico.O apoio a Obama

Numa altura em se adensa a tensão entre a Rússia e os Estados Unidos, Putin estendeu o seu apoio a 
Barack Obama ao reconhecer a importância da NSA (agência de segurança nacional norte-americana) 
no combate ao terrorismo.

"O programa da NSA não é motivo de alegria, mas também não é de arrependimento" disse hoje Putin. Ainda assim,
 o Presidente russo recomenda a alteração das regras da agência.
Na quarta-feira, foi divulgado um estudo elaborado por uma comissão de especialistas, a pedido de Obama, que 
pediram uma "maior transparência, divulgação sobre programa de informação não secreta e mais restrições à 
vigilância de cidadão de outros países", segundo refere o "The New York Daily News".
Na mesma conferência de imprensa, Putin negou ainda qualquer tentativa de contacto ou vigilância a 
Edward Snowden, a quem garantiu dar asilo.
A decisão de Putin surge numa altura em que a Rússia recebe cada vez mais críticas pela violação dos 
Direito Humanos e se prepara para receber os Jogos de Inverno de 2014, na cidade de Sochi.