domingo, 22 de dezembro de 2013

MOSCOVO: Putin amnistia o seu adversário politico, o antigo magnata russo Mikhail Khodorkovski

Putin amnistia antigo magnata russo

Presidente russo anunciou perdão de Mikhail Khodorkovski. Preso em 2003, ao ex-magnata do petróleo faltavam oito meses para concluir uma pena de 11 anos por evasão fiscal, apropriação indevida e fraude.
João Xará
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
A condenação de Khodorkovski terá sido também motivada por razões políticas, porque o magnata e o seu sócio, também detido,  eram financiadores dos partidos da oposição russaGrigory Dukor/Reuters A condenação de Khodorkovski terá sido também motivada por razões políticas, porque o magnata e o seu sócio, também detido, eram financiadores dos partidos da oposição russa
O Presidente russo anunciou esta quinta-feira a amnistia de 
Mikhail Khodorkovski, 
preso há dez anos. O julgamento, em 2003, do antigo chefe da companhia 
de pretróleo
 Yukos foi alvo de muitas críticas por, supostamente, esconder motivações 
políticas de
 Vladimir Putin.

"Passou mais de dez anos atrás das grades. É um castigo suficiente. 
Ele alegou
 motivos humanitários - a mãe está doente", justificou hoje Putin em
 conferência de imprensa.

A decisão do Presidente russo surge depois de, alegadamente, ter recebido um pedido de
 perdão de Khodorkovski, que estava a oito meses de ser posto em liberdade. Segundo 
a BBC, o advogado do ex-magnata não confirma o envio de qualquer documento, mas
 incentiva a amnistia.

Khodorkovski foi detido na Sibéria em outubro de 2003 por crimes de fraude, evasão fiscal e apropriação indevida.
 O líder da petrolífe
ra Yukos e o seu sócio Platon Lebedev foram condenados depois de se manifestarem contra o aumento dos
 impostos aplicados à indústria do petróleo.

O caso foi manchete em inúmeras publicações internacionais, que levantaram a hipótese de o caso judicial conter
 motivações políticas. A verdade é que Khodorkovski e o sócio  financiavam partidos da oposição. E os Estados
 Unidos falaram em abuso do sistema legal russo.

Em maio de 2011, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos considerou a detenção de Khodorkovski "ilegal", 
por ter sido "feita com uma finalidade diferente da expressa" na sentença.

A decisão de Putin surge um dia depois do Presidente russo ter amnistiado igualmente os elementos da banda
 Pussy Riot, que já cumpriam pena, e os 30 membros da Greenpeace, que ainda aguardavam por julgamento. 
Os elementos desta organização não-governamental foram presos em setembro quando protestavam junto de 
platafoma petrolífera russa no Árctico.O apoio a Obama

Numa altura em se adensa a tensão entre a Rússia e os Estados Unidos, Putin estendeu o seu apoio a 
Barack Obama ao reconhecer a importância da NSA (agência de segurança nacional norte-americana) 
no combate ao terrorismo.

"O programa da NSA não é motivo de alegria, mas também não é de arrependimento" disse hoje Putin. Ainda assim,
 o Presidente russo recomenda a alteração das regras da agência.
Na quarta-feira, foi divulgado um estudo elaborado por uma comissão de especialistas, a pedido de Obama, que 
pediram uma "maior transparência, divulgação sobre programa de informação não secreta e mais restrições à 
vigilância de cidadão de outros países", segundo refere o "The New York Daily News".
Na mesma conferência de imprensa, Putin negou ainda qualquer tentativa de contacto ou vigilância a 
Edward Snowden, a quem garantiu dar asilo.
A decisão de Putin surge numa altura em que a Rússia recebe cada vez mais críticas pela violação dos 
Direito Humanos e se prepara para receber os Jogos de Inverno de 2014, na cidade de Sochi.

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