domingo, 24 de novembro de 2013

LUANDA: Eduardo dos Santos é quem escolheu as regras do que está ára vir

“Eduardo dos Santos é quem escolheu as regras do que está para vir” - Fernando Tomas

Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto de Malanje Rio Capôpa  
Um morto é uma tragédia, milhões de mortos são estatística, a tragédia para a ditadura, por ter feito o que fez, há-de ser uma estatística. E por sua própria escolha. Não é possível manter todo um povo sob a ameaça de punhais. O ditador é que escolheu as regras do que está para vir, o ditador e os seus acólitos, quer internos, quer externos. O povo Angolano há muito escolheu o caminho do Estado de Direito, e com isso os seus pressupostos e a sua defesa. É legítimo ver todo um povo a ser massacrado e ficarmos estáticos? É legítimo respeitar quem compactua com quem nos aterroriza?
É legitimo continuar a dar a hipótese da redenção a quem tanto faz mais do mesmo? Não é a só a ditadura que está encurralada, também nós patriotas, e pela simples razão de, termos sido capazes de nos juntar todos em defesa dos princípios que regem a República, agora estamos encurralados uns contra os outros na continuação da luta nos mesmos moldes, ou somos capazes disso agora e não no amanhã, ou também havemos de perecer, não já às mãos do ditador, que o tempo e a incompetência já delinearam o destino, mas da nossa própria gente, que não nos vai perdoar se deixarmos a luta a meio, ou formos periclitantes nesta hora.

A hora de mostramos do que somos feitos e do que valemos é esta. O momento porque muitos esperaram é este.

No Funeral do malogrado Manuel de Carvalho “Ganga” é que há que provar quem está com Angola e com os Angolanos e pela democracia, que quem se sinta com um mínimo de responsabilidade perante o país e si próprio que apareça, que demonstre que os assassinatos políticos não hão-de ser mais tolerados, que a impunidade e a indiferença não é parte da nossa forma de estar e de encarar a vida. A cada um a responsabilidade que lhe cabe.

Manuel "Ganga", para onde fores, se algum lugar existe além deste, que encontres a paz e a justiça que não tiveste nesta Angola ditatorial, nesta Angola que continua a assassinar os seus mais corajosos e honestos filhos, que olhes de onde agora te encontras e que não te envergonhes de nós, e o que eu desejo, e tento fazer por isso e para isso, é que nós, os ainda vivos, não te envergonhem. De onde estás, tenho eu a crença, e tento fazer por essa crença, que ainda te vais orgulhar e rejubilar muito com um país que há-de fazer jus à tua coragem e ao viver que tiveste. Kandados meu irmão, e não perdes por esperar para ver uma Angola pela qual lutaste. Uma Angola livre e democrática!

Fernando Tomas
24 de Novembro de 2013

SÃO PAULO: Angolanos lotam aviões em busca de tratamentos estéticos e/ou de reprodução no Brasil

Angolanos lotam aviões para tratamentos estéticos ou de reprodução assistida no Rio

Angolanos lotam aviões para tratamentos estéticos ou de reprodução assistida no Rio

Que beleza é a natureza das viagens que estão movimentando a ponte aérea Luanda-Rio de Janeiro. Se, nos anos 70 e 80, os angolanos buscavam refúgio contra a guerra civil, hoje vêm atrás de lipoaspiração, terapia capilar, laser contra estrias e, é claro, botox. Como a infraestrutura de serviços ainda é precária no país, pacificado desde 2002, o avião virou a melhor saída para a emergente classe média angolana que quer ter acesso a aparelhos e cosméticos que não existem do lado de lá do Atlântico.
Um cálculo informal do consulado de Angola estima que, dos 25 mil visitantes anuais, pelo menos 30% vêm procurar algum tratamento estético. Nesse vai e vem, outro nicho cresce a olhos vistos: o da reprodução assistida.
"De 2006 para cá, ajudamos no nascimento de 112 bebês angolanos", conta o médico Luiz Fernando Dale, que, no consultório, tem uma prateleira repleta de estatuetas africanas presenteadas pelos clientes. "As mulheres fazem o tratamento e ficam até o parto. E muitas querem gêmeos", acrescenta Dale, que recebe em média três novos pacientes de Angola por semana.
Os três voos semanais da TAAG para o Rio estão sempre lotados. A razão para essa preferência é histórica: entre 1975 e 2002, quando a guerra civil devastou Angola, levas de refugiados foram acolhidos no Rio. Agora os angolanos continuam dando preferência à cidade que os recebeu nos tempos mais difíceis.
Na cirurgia plástica, outro ramo em que o Brasil tem fama mundial, a presença de angolanas (e angolanos) também remete, não raras vezes, à precariedade do atendimento médico: muitos querem corrigir cicatrizes resultantes de operações malfeitas.
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