terça-feira, 21 de janeiro de 2014

LISBOA: A adopção e a Coadopção: do absurdo à selvajaria

A adopção e a coadopção: do absurdo à selvajaria

Por: Daniel Oliveira
Fonte: Expresso
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Depois do texto de ontem , sobre o circo a que assistimos, na semana passada, em relação ao referendo à do-adopção e
 adopção por parte de casais do mesmo sexo, hoje dedico o texto à substância da questão.
Não encontro nenhuma razão válida para que a lei proíba que casais do mesmo sexo possam candidatar-se à adopção de crianças. 
Repare-se que a lei não proíbe, nem poderia constitucionalmente proibir, que homossexuais adoptem. Desde que o façam individualmente
, já que a adopção por famílias monoparentais é possível. 
Na realidade, a lei não proíbe quase ninguém de requerer a adopção plena. Podem fazê-lo duas pessoas casadas ou em união de facto
 há mais de 4 anos, se tiverem mais de 25 anos e menos de 60. Pode qualquer cidadãos que tenha mais de 30 anos (ou mais de 25 se
 o adoptado for filho do cônjuge).
Os requisitos para que a adopção seja decretada são também bastante genéricos: que "apresente reais vantagens para o adoptado, se 
funde em motivos legítimos, não envolva sacrifício injusto para os outros filhos do adotante e seja razoável supor que entre o adoptante 
e o adoptado se estabelecerá um vínculo semelhante ao da filiação". Cabe aos técnicos da segurança social e à justiça determinar, no 
concreto, se todas estas condições estão preenchidas. 
E bem. Seria absurdo definir regras muito concretas para situações que são muito diferentes.
 Os limites da lei prendem-se, como se pode observar, com duas coisas: alguma estabilidade na relação dos adoptantes, quando se trata
 dum casal; e limites etários que garantam o mínimo de maturidade e o máximo longevidade dos adoptantes, para que possam garantir a
 educação e o sustento dos filhos enquanto menores.
Era assim até 2010, quando o legislador resolveu acrescentar uma exceção, que nada tem a ver com estes dois factores: interditar a 
possibilidade de adoptar a casais do mesmo sexo. Isto quando continua a permitir a adopção por homossexuais individualmente
 considerados que podem, como é evidente, ter relações estáveis e até casar com pessoas do mesmo sexo enquanto educam um 
filho já adoptado.
A exceção foi acrescentada na lei que aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Decide-se, na lei do casamento, que
 "as alterações introduzidas pela presente lei não implicam a admissibilidade legal da adopção, em qualquer das suas modalidades, por
 pessoas casadas com cônjuge do mesmo sexo". É sintomático que esta exceção surja na lei do casamento e não na lei da adopção.
 A preocupação do legislador nada tinha a ver com o superior interesse da criança (que preside à lei da adopção), mas com a 
sensibilidade duma opinião pública bastante preconceituosa em relação às capacidades educativas dos homossexuais.
 Esta curiosa escolha do legislador mostra como a adopção é olhada, neste aspeto, do ponto de vista dos limites aos direitos dos
 homossexuais (o que resulta de puro e simples preconceito) em vez de ser vista, como deveria, do ponto de vista dos direitos das
 crianças.
Acontece que nada disto esteve, na semana passada, em debate. O que está em causa não é a adopção por casais do mesmo sexo.
 O que está em causa são situações que já existem de facto. Há um casal de duas pessoas do mesmo sexo, há um filho biológico ou
 adoptado que não tem outro vínculo de filiação e quer-se garantir que aquela pessoa que também o educa, que também o sustenta e
 quase sempre também é seu pai ou mãe de facto não seja, aos olhos da lei, um estranho.
 E que a lei reconheça a possibilidade de coadoptar. Exatamente como hoje acontece com casais de sexo oposto. Dirão: a co-adopção
 seria uma forma de driblar a lei, começando pela adopção individual e alargando-a depois a dois. Mas esse é o problema duma lei original
 absurda, que, permitindo, e bem, a adopção por homossexuais solteiros, a proíbe para homossexuais casados.
A lei reconhecer um facto e uma prática não é, neste caso, indiferente. Sobretudo em caso de morte do pai ou da mãe legal. Como está, 
a lei não põe apenas ou sobretudo em causa os direitos dos homossexuais.
 Põe, para não melindrar a sensibilidade social, os interesses da criança em segundo plano. Permitindo que um juiz, se o entender e sem
 grande problema, retire a um pai ou a uma mãe de facto (mas não de jure) a guarda da criança depois da morte de quem legalmente era
 tratado como tal.
 É uma forma de punir as crianças por um laço amoroso que uma parte da sociedade recusa, tentando, por via da lei, ilegalizar famílias já
 existentes. É, pura e simplesmente, uma selvajaria. E um inaceitável ataque aos direitos humanos destes pais, destas mães e destes filhos.
Escrito tudo isto, sou perentório em afirmar que recuso a possibilidade de assuntos desta natureza serem referendados. A razão deu-a,
 muitíssimo bem, num excelente artigo, o militante PSD e "militante honorário" da JSD Carlos Reis dos Santos: 
 Tal como este militante do PSD, eu teria estado, na história, contra referendos à escravatura, aos casamentos inter-raciais, ao divórcio
 e aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Da mesma forma que a democracia não dá à maioria o direito de silenciar ou retirar 
direitos políticos a uma minoria, a desigualdade não pode ser referendada junto da maioria que é favorecida pela lei. A desigualdade
 perante a lei e a violação dos direitos humanos é abolida, por ser a igualdade dos cidadãos perante a lei e o respeito pelos seus direitos
 fundamentais uma condição para existência da própria democracia. E a democracia, por natureza, não se referenda. Porque, em
 democracia, o limite do poder da maioria é o de não esmagar os direitos das minorias.


LISBOA: A farsa: Aborto e gays no mesmo saco

A farsa: aborto e gays no mesmo saco


Por: Henrique Raposo
Fonte: Expresso
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
 

É a grande tragédia destes debates: as esquerdas colocam o aborto e a questão gay na 

mesma escala de valores. O discurso do Progresso transforma-se num bulldozer que arrasa quaisquer 

diferenças entre uma questão superficial (gays) e a questão mais profunda de todas (aborto). 

Separadas por milhares de quilómetros morais, os dois pontos são nivelados à força pelas

 palavras-bomba do costume, avanço civilizacional, direitos, etc.

 Mais cedo ou mais tarde, as esquerdas discutirão os direitos dos animais com a mesma carga

 de cavalaria, com a mesma falta de sofisticação, com a mesma cegueira moral. Um cachorro é moralmente

 equivalente a um bebé, não é? São ambos "seres sensitivos", não é verdade? Colocar aborto e questão gay no mesmo

 saco é uma farsa.

 O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, implica a união voluntária entre dois seres adultos, 

vacinados e com barba bem feita. Como é que isto pode ficar na mesma dimensão do aborto? Não pode. 

É um assunto de uma galáxia muito mais simples de resolver. Sim, mais simples.

 A temática gay (casamento, coadopção e até adopção) está à superfície, não coloca nem 10% dos dilemas morais 

do aborto. 

Na questão do aborto, o mais profundo e inacabado dos debates, estamos a falar de vida, da protecção de uma vida, 

de uma terceira parte que ainda não tem voz mas que terá sempre essa voz se o deixarem nascer; a retórica

 do progresso e dos direitos tem de parar ou desacelerar porque choca de frente com o direito à vida deste ser.

 Os argumentos que abolem a presença desta vida são falsos empiricamente e imorais do ponto de vista ético. 

Ou seja, até podem existir caminhos respeitáveis para o sim, mas todos têm de passar pela noção de mal menor

 e nunca pelo conceito de conquista

Como já se percebeu, não vejo qualquer problema no reconhecimento de direitos a casais 

homossexuais, mas vejo enormes problemas na actual lei do aborto, que é uma vergonha. 

Aliás, ao contrário do que dá a entender a retórica progressista, esta lei tem de ser discutida novamente. O debate não está fechado. Nunca estará fechado. Ora, é por esta razão que fico um pouco banzado quando vejo a direita a repetir a equivalência moral entre a questão do aborto e a questão gay, como se ambas merecessem a mesma resistência, como se ambas representassem o mesmo grau de importância na ordem das coisas.  


MALANJE: Advertência rigorosa aos governantes de Malanje - Por Raul Diniz

ADVERTÊNCIA RIGOROSA AOS GOVERNANTES DE MALANJE

Norberto dos Santos, Governador Provincial de Malanje (Foto: ANGOP)
Fonte: www.planaltodemalanjeriocapopa.com
Divulgação: Planalto De malanje Rio Capôpa
21.01.2014
Ainda agora começou o novo ano e o desgoverno em Malanje já começa a dar sinais do desgaste desastroso de uma gestão acabrunha eivada de defeitos estruturais humanamente inaceitáveis em todos os sentidos! Estes sinais são a evidencia da imundície estilizada de governação que os esquisitões acoitados no centro do poder corrupto contagioso do impostor Eduardo dos Santos.
 De uma coisa tenho certeza, essa é a ultima vez que os comandados do comissário Tony Bernardo atropelam as regras que regem as leis de transito, e por outro lado, a polícia não mais vai vitimar mortalmente nenhum cidadão por essas paragens, seja qual for a razão.
Quero acreditar que a policia nacional de JES tenha sido criada para servir e proteger as tribos e micro tribos malanjinas, ela não foi constitucionalmente criada para matar o povo natural de Malanje. E se assim é responsabilizo desde já o Tony Bernardo e o governador Norberto dos Santos "Kwata kanawa" de todas as atrocidades que foram cometidas contra os pobres cidadãos assassinados violentamente em Malanje.
Que o regime comece a compreender que as nações naturais de Angola não suportam mais serem governadas por estrangeiros incompetentes como acontece em Malanje com a indicação e consequente  nomeação ao cargo de governador alguém que mal conhece o povo nem a miséria por que tem passado todo povo de Malanje.
 O presidente vitalício da republica, pode desde já começar a pensar em retirar o seu assalariado Norberto dos Santos “Kwata Kanawa” para fora das fronteiras demarcadas do território da província de Malanje, pois para os malanjinos, Kwata Kanawa não passa de um lacaio de JES, e a sua nomeação não trousse nenhuma mais valia que melhorasse substancialmente a vida do povo da província Quimbundo de Malanje.
Raul Diniz