quarta-feira, 27 de novembro de 2013

LUANDA: Eleições moçambicanas: Relatório acusa imprensa de falta de equelíbrio

Eleições moçambicanas: Relatório acusa imprensa de falta de equilíbrio

Estudo analisou 1222 artigos jornalísticos de seis jornais semanários, três diários, uma estação de rádio e dois canais televisivos.
Moçambique  - Boletim de Voto
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TAMANHO DAS LETRAS
 
fonte: Redacção VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Um relatório preliminar de monitoria à cobertura jornalística da campanha para as eleições municipais moçambicanas do passado dia 20 revelou falta de equilíbrio nas reportagens e notícias publicadas.

A pesquisa foi realizada pelo Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação, (CEC), com apoio do Programa Para Fortalecimento da Mídia.

A monitoria cobriu um conjunto de 12 órgãos de informação entre rádio, televisão e imprensa escrita durante 13 dos 15 dias da campanha eleitoral, tendo para tal analisado 1222 artigos jornalísticos de seis jornais semanários, três diários, uma estação de rádio e dois canais televisivos.

Outra das constatações é que os meios de radiodifusão (rádio e televisão) foram mais equilibrados em relação á imprensa escrita.

O estudo foi apresentado na terça-feira, 26 de Novembro, por Ernesto Nhanale, coordenador de pesquisa do CEC, e Egídio Vaz Raposo, Especialista de Mídia no Programa Para Fortalecimento da Mídia, durante a sessão mensal dos “Debates na Redacção” da IREX.

Nhanale alertou para uma leitura não simplista destes resultados preliminares.

“A radiodifusão produz informação rápida e diária, sendo obrigada a optar pela factualidade. Já o jornalismo impresso tem de optar pela análise dos factos, daí a tendência de ser mais analítico, o que pode remeter para juízos de valor, sejam eles positivos ou negativos”, disse Nhanale.

Os 12 órgãos de informação cobertos pela monitoria foram seleccionados com base em critérios de circulação, audiência e de papel/relevância de cada um dos meios na produção da informação pública no país.

A versão final do estudo será publicada no próximo mês de Dezembro.

LUANDA: A Ausência de Dos Santos e o Futuro de Angola

A Ausência de Dos Santos e o Futuro de Angola
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
26 de Novembro, 2013
Nos últimos meses, a saúde do presidente da República tem sido abalada por enfermidades que o levam a deslocar-se, com frequência, para o Reino da Espanha, para tratamentos médicos.
 
Nos primeiros dias do mês de Novembro, o presidente, segundo fontes que falaram ao Maka Angola em condição de anonimato, caiu no Palácio Presidencial e teve de ser evacuado, a 9 de Novembro para Barcelona.
 
Maka Angola soube, sem no entanto ter confirmação oficial, que o presidente teve uma crise prostática renal e deverá permanecer, pelo menos, 30 dias sob observação. Esta foi a razão pela qual o Chefe de Estado faltou, pela primeira vez, à celebração do dia da Independência a 11 de Novembro.
 
Segundo uma fonte médica contactada pelo Maka Angola, uma crise prostática renal pode ser descrita como a obstrução da drenagem da urina devido ao alargamento da próstata e a paragem de produção da urina, com necessidade de diálise no caso de insuficiência renal.
 
“Em caso de insuficiência renal, uma situação muito grave e frequentemente fatal, os pacientes têm de fazer hemodiálise regular. A falência de um ou dos dois rins pode ser consequência de varias situações clínicas, incluindo a maior parte dos tratamentos de quimioterapia”, disse o médico, que preferiu não ser identificado. Especulações frequentes dão conta do presidente sofrer, há vários anos, de um cancro na próstata.
 
Entre Junho e Agosto deste ano, o presidente já havia passado mais de 40 dias ausente do país, devido a uma implantação total de dentes que lhe causou inflamações no rosto.
 
A ausência prolongada do presidente nessa altura, tal como agora, não mereceu qualquer explicação oficial. José Eduardo dos Santos é, antes de tudo, um ser humano. Ninguém espera que a sua saúde seja divina, sobretudo na sua idade. Mas os angolanos, seus eleitores, esperam, legitimamente, saber do seu paradeiro e das razões da sua ausência do país.
 
No entanto, as viagens privadas do Chefe de Estado são acompanhadas de total secretismo. Como mais alto servidor da Nação, o presidente tem a obrigação de comunicar o seu paradeiro e as razões das suas deslocações ao estrangeiro. Ao não o fazer, o presidente demonstra arrogância e desprezo pelo povo que o legitimou.
 
Mais significativo é o modo como, perante os recentes acontecimentos em Angola, o presidente se tem mantido não apenas ausente mas também silencioso. Desde a sua saída de Luanda, a 9 de Novembro, a única acção presidencial conhecida foi o acto de exoneração, em modo telecomandado, do director do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), Sebastião Martins.
 
José Eduardo dos Santos manteve o seu silêncio mesmo depois dos trágicos acontecimentos de 23 de Novembro que incluíram o assassinato de Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, de 28 anos, um dirigente da CASA-CE. O chefe para o Departamento de Mobilização Nacional da CASA-CE foi abatido com dois tiros nas costas por um membro da Unidade de Segurança Presidencial (USP).
 
A Polícia Nacional deteve perto de 300 cidadãos, incluindo líderes políticos e cívicos, numa manobra de repressão que envolveu o uso indiscriminado de gás lacrimogéneo contra civis indefesos que exerciam de forma pacifica o seu direito, constitucionalmente garantido, de manifestação pública.
 
De certo modo, o recurso constante à violência, para abafar as críticas e os protestos internos, revelam a bancarrota de ideias e da capacidade e vontade patriótica, por parte do governo do presidente José Eduardo dos Santos, na resolução dos problemas políticos, sociais e económicos actuais.
 
Perante estes acontecimentos, a ausência e o silêncio do presidente apenas podem ter uma interpretação: a sua irrelevância para o futuro de Angola.
 
O presidente deve, por essa altura, anunciar o seu estado de saúde real, à nação, e proceder ao seu auto-afastamento gradual, transparente e ordeiro da vida política activa, para cuidar das suas enfermidades.
 
Com a retirada da cena política de José Eduardo dos Santos, o futuro de Angola e a sua democratização devem começar a ser debatidos de forma aberta e serena. Neste debate, será importante discutir, publicamente, a forma como o MPLA, assim como o exército e os esquemas paralelos do general Kopelipa, Manuel Vicente e seus acólitos se conduzirão ou se enquadrarão na era pós-Dos Santos.

LUANDA: Policia lança gás lacrimogênio sobre as pessoas que acompanham o cortejo fúnebre do jovem assassinado pela policia do regime do ditador angolano José Eduardo dos Santos

Polícia lança gás lacrimogénio no cortejo fúnebre do jovem assassinado pela UGP

    Luanda - O cortejo fúnebre para o ultimo adeus ao jovem Manuel Carvalho “Ganga” assassinado no dia 23 de Novembro pela guarda presidencial, esta a ser marcado por turbulência precipitadas pela Policia Nacional.

Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
O corpo de Manuel Carvalho “Ganga” encontrava-se, em câmara ardente desde terça feira, no salão dos bombeiros, ao lado do hospital militar de Luanda com previsão de seguir por volta das 9h ao cemitério do São Paulo. Uma multidão esta a marchar a pé desde os bombeiros até ao cemitério com o carro fúnebre em frente e ao mesmo tempo a serem perturbados pela policia que decidiu por na rua um forte aparato de efectivos.

Uma multidão esta a marchar a pé desde os  bombeiros até ao cemitério  com o carro fúnebre em frente e ao mesmo tempo a serem perturbados pela policia que decidiu por na rua um  forte aparato de efectivos.

De acordo com o activista Victor Hugo  Ngongo “Três helicópteros patrulham o cemitério da Santa Ana e há  informações que dizem terem  disparado  bombas de gás lacrimogénio no trajecto bombeiros Santa Ana. Eu estou na Santa Ana.”

Uma segunda  testemunha que acompanhava o cortejo nos arredores do supermercado confirma que foram atirados gás contra as pessoas:  “Fomos travados no cortejo por um  forte aparato policial com gás lacrimogéneo helicópteros  etc. há desmaios ainda não chegamos ao Jumbo. Os helicóptero estão a fazer voo estante e as pessoas estão envolvidas em pó de areia mesmo em torno do carro fúnebre”

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Um terceira testemunha,   amigo do malogrado que pede para não ser citado  conta que , “A marcha funerária de Wilbert Ganga está parada junto ao Jumbo porque a polícia não deixa avançar. Há PIR por todo lado. Fiz o trajecto Feira Popular - Cemitério Sant'Ana de candongueiro e deu pra ver a cavalaria escondida um pouco mais em frente. Os policias estão fortemente armados por todo caminho. Em cima sobrevoa o helicóptero da polícia.”

A  Policia impediu que se realizasse o  cortejo fúnebre   a pé obrigando as pessoas  a apanharem autocarros para chegarem até ao cemitério. 
“Fomos  impedidos pela barreira da polícia que encontramos no Jumbo. A  situação está feia, até os mortos são impedidos de serem enterrados. O carro da urna está parado. Os polícias alegam que estão a espera das ordens superiores”, lamentou  uma quarta testemunha. 
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