sábado, 3 de agosto de 2013

JOANESBURGO: Primeiro restaurante que desafiou o aparttheid encerra as portas após 40 anos de história

.Primeiro restaurante a desafiar o apartheid fecha após 40 anos de história



DA EFE
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O histórico Gramadoelas, em Johannesburgo, o primeiro grande restaurante que desafiou o regime do apartheid permitindo a entrada de clientes negros, serviu pela última vez seu célebre bufê pan-sul-africano e fechou as portas.
Sua aposta contra a segregação racial chegou quase por acaso, depois que o governo sul-africano da época do regime segregacionista não respondeu ao telefonema do restaurante que pedia autorização para a reserva de um grupo de políticos norte-americanos que incluía negros.
Os proprietários se aventuraram a atender os clientes, e, com a falta de resposta oficial do regime racista àquela "transgressão", eles sentiram confiança para permitir a entrada de pessoas de qualquer raça.
"Se, de maneira excepcional, quiséssemos servir a pessoas negras ou mulatas, deveríamos entrar em contato com Pretória para pedir permissão", recorda Eduan Naudé, dono e fundador do estabelecimento, que fechou no último mês de julho após mais de quatro décadas com as fornalhas acesas.
"A polícia não interveio e, a partir daquele dia, abrimos as portas a todos", conta o empresário.
Denis Farrell/Associated Press
Eduan Naudé, um dos sócios do restaurante Gramadoelas
Eduan Naudé, um dos sócios do restaurante Gramadoelas
Mas o Gramadoelas, que serviu personalidades como a rainha Elizabeth 2ª e o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, também é famoso pela cozinha, que abrange todas as tradições culinárias que convivem no país.
Essa singularidade, junto à decoração de época, transformou o restaurante, ao longo de sua trajetória, em um dos locais que melhor reflete a diversidade da África do Sul.
"Fomos os primeiros a oferecer toda a culinária sul-africana", diz com satisfação Naudé, 82.
A vida desse mítico local chega ao fim com o vencimento da concessão do espaço que ocupa no famoso Market Theatre, no centro de Johanesburgo.
Fundado em 1967 no bairro de Hillbrow, o Gramadoelas - que significa "lugar remoto" no idioma afrikaans - cumpriu amplamente seu objetiv, e recebeu sul-africanos de todas as raças, turistas e celebridades como as atrizes Charlize Theron e Catherine Deneuve.
De todas as ilustres visitas, Naudé lembra especialmente a de Mandela em 1994, antes de sua posse como primeiro presidente negro da África do Sul.
"Lembro que, embora não estivesse previsto que comeria aqui, entrou no restaurante, chamou todos os funcionários, apresentou-se, felicitou-lhes e agradeceu pela boa comida que haviam servido nas suas visitas anteriores", acrescentou.
A complexa história do país se reflete nos 46 anos de história do restaurante e nas suas paredes, onde estão quadros do holandês pioneiro na África do Sul, Jan van Riebeeck, com utensílios culinários de madeira típicos dos povos africanos.
O fechamento do Gramadoelas deixa órfãos frequentadores das sessões do Market Theatre, que passavam o tempo degustando algumas de suas especialidades enquanto esperavam a próxima sessão da casa de espetáculos.
É o caso do "pescado em escabeche do Cabo", temperado com produtos asiáticos que os escravos malaios trazidos pelos primeiros colonos procedentes da Holanda --dos quais descende o próprio Naudé-- introduziram nas cozinhas de seus senhores.
Esse tipo de prato mestiço era, talvez, o mais emblemático do cardápio do restaurante, que também preparava a africâner salsicha boerewors, frango ao curry indiano e pratos negros como o mohodu (tripas).
O fim do Gramadoelas veio acompanhado de uma tragédia.
Brian Shalkoff morreu em julho após receber uma brutal surra durante um assalto à casa que dividia com Naudé no centro de Johannesburgo.
Durante uma das últimas noites no restaurante, Eduan Naudé recebeu os pêsames e emocionantes despedidas dos fiéis clientes que conserva há décadas.
Naudé não esconde o orgulho por tudo o que conseguiram juntos com o Gramadoelas, cuja vasta coleção de móveis, talheres e objetos decorativos antigos foi leiloada esta semana no próprio local.
Para trás, ficam mais de quatro décadas de história gastronômica sul-africana, a lembrança indelével de milhares de clientes que degustaram seus manjares e o inevitável pesar de Eduan Naudé.
"Teria gostado de continuar uns anos mais...", diz ele.

BRUXELAS: As irregularidades verificadas nas eleições fraudulentas no Zimbabwe preocupam as autoridades da União Europeia e não só.






UE «preocupada com irregularidades» nas eleições no Zimbabué

Edição: TSF
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03-08-2013


Em comunicado, a chefe da diplomacia europeia disse ainda estar preocupada com a «participação incompleta no escrutínio, bem como com as falhas identificadas no processo eleitoral e a falta de transparência».

A União Europeia está «preocupada com as alegadas irregularidades» verificadas nas eleições de quarta-feira no Zimbabué, que foram novamente conquistadas por Robert Mugabe.
Em comunicado, a chefe da diplomacia europeia disse ainda estar preocupada com a «participação incompleta no escrutínio, bem como com as falhas identificadas no processo eleitoral e a falta de transparência».
Catherine Ashton adiantou ainda que a UE pretende «continuar a seguir os desenvolvimentos no país e trabalhar com os seus parceiros internacionais nas próximas semanas».
Entretanto, a oposição zimbabueana anunciou que vai contestar a vitória de Robert Mugabe na justiça, resultados que Morgan Tsvangirai classificou de «ilegais».
Em conferência de imprensa, o líder do MDC, que assegurou que vai boicotar o novo governo do Zimbabué, adiantou que «existe um luto nacional no país».



EUA: Caso " Generais contra Rafael Marques" nas Nações Unidas

Caso “Generais contra Rafael Marques” nas Nações Unidas
Fonte: Makaangola
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Representantes de dezassete organizações nacionais e internacionais endereçaram ontem, 2 de Agosto, uma carta aos relatores da Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos e das Nações Unidas, solicitando a sua intervenção junto do Estado angolano para que ponha fim aos processos de difamação contra o jornalista e defensor dos direitos humanos Rafael Marques de Morais.

A carta expressa preocupação com as várias acções judiciais contra o jornalista, relacionadas com o conteúdo do seu livro Diamantes de Sangue: Corrupção e Tortura em Angola, publicado em Portugal, em 2011. O livro documenta casos de homicídio e tortura contra os habitantes na região diamantífera das Lundas. As mais recentes acções judiciais contra Rafael Marques de Morais consistem em 11 queixas-crime apresentadas por sete generais angolanos, a título individual, e três colectivas pela Sociedade Mineira do Cuango, ITM-Mining e Teleservice. Todos estão implicados nos alegados crimes cometidos nas Lundas, documentados no referido livro.

Os signatários da carta indicam que o jornalista “tem sido regular e repetidamente assediado pelas autoridades por causa de seu trabalho, sendo que esta não é a primeira vez que ele está a ser perseguido pelo legítimo exercício dos seus direitos conferidos pela Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e a Declaração das Nações Unidas dos Direitos Humanos”.

Segundo a petição, “o governo angolano parece estar a usar as suas leis criminais de difamação para impedir o Sr. Marques de Morais de realizar as suas reportagens sobre direitos humanos”.

Subscrevem a carta as seguintes organizações: Media Legal Defence Initiative, Article 19, Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD), Associacão Mãos Livres, Associação OMUNGA, Committee to Protect Journalists, Corruption Watch UK, Freedom House, Human Rights Foundation (HRF), Human Rights Watch, National Endowment for Democracy, Observatory for the Protection of Human Rights Defenders, Rencontre pour la Paix et les Droits de l’Homme (RPDH), Reporters Without Borders, SOS Habitat-Acção Solidaria, Transparency International e World Movement for Democracy.

LISBOA: Culpado é quem é contra o MPLA/JES

CULPADO É QUEM É CONTRA MPLA
Fonte: Ponto-Final
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Culpado quem é contra MPLA. 15776.jpegO líder do MPLA (partido que governa Angola desde 1975), presidente da República de Angola (não eleito e há 32 anos no cargo), chefe do Governo e dono de Angola, José Eduardo dos Santos, de há muito que não brinca em serviço.

Não brinca em serviço mas, isso sim, adora brincar com os angolanos de segunda (todos aqueles que não pactuam com o regime e que, por isso, passam fome e vivem na miséria) e com todos aqueles que vai comprando por esse mundo fora.

Quando no dia 7 de Dezembro de 2009 exortou os seus súbditos a "não pactuar com a corrupção e com a apropriação de meios do erário público ou do partido", mostrou como é fácil e barato enganar meio mundo e comprar o outro meio. As excepções, que são - embora silenciosamente - cada vez mais, que se cuidem. Vejam, por exemplo o caso de William Tonet.

O tempo vai passando e tudo continua na mesma, e até os mais optimistas e ingénuos começam a pensar que nem as moscas mudam. E, aproveitando o balanço, não falta quem se queira juntar à festa. E se os mais cépticos perguntam o que é que andaram a fazer desde 1975 os lacaios do dono do país, os mais realistas continuam a fazer contas com o dinheiro que passa por baixo da mesa.

Recordo que nesse dia, numa intervenção sistematicamente interrompida pelos aplausos dos mais de 3.000 delegados ao VI Congresso, num visível e marxista culto da personalidade do chefe, José Eduardo dos Santos deixou um lote recheado de recados para o MPLA, para o país e para o mundo ver, aplaudir e venerar.

Recorde-se, contudo, que o chefe do partido para o qual supostamente manda recados é ele próprio há dezenas de anos, tal como o é do país. Mais uma vez, a política é a de sempre: olhai para o que ele diz e não para o que ele (e os seus amigos) faz.

Tiveram, aliás, bons mestres. E se tiverem dúvidas, não quanto à corrupção mas à forma de a camuflar, basta pedirem umas lições aos velhos ou novos "professores" portugueses. Todos eles falam de cátedra e são peritos na matéria.

"Hoje é voz corrente equiparar a pessoa investida em funções políticas a um homem sem palavra, desonesto e sem escrúpulos. É necessidade absoluta assumir atitudes positivas que desfaçam essa imagem pálida e inconveniente de forma a dar credibilidade, valorizar e repor a nobreza da função dos dirigentes políticos".

Não, não foi António José Seguro, Passos Coelho, Paulo Portas, Francisco Louçã, Jerónimo de Sousa ou até Cavaco Silva quem fez esta afirmação, embora ela retrate o que também se passa no reino lusitano.

Quem o disse foi o soba de um outro reino, no caso Eduardo dos Santos. Reino que, benemérito, aceita dar a Portugal o estatuto de protectorado e que também tem o seu povo a aprender a viver sem comer.

José Eduardo dos Santos sublinha que o partido "tem dito isto por outras palavras" e adverte que "as nossas palavras e promessas devem corresponder aos actos que praticamos".

Ou seja, entre inúmeros exemplos, promete liberdade de imprensa e prende jornalistas (quando não os mata) por delito de opinião.

Uma treta semelhante ao que se passa em Portugal. Treta para enganar os cerca de 70% de angolanos que vivem na pobreza, 36 anos depois da independência e nove após a paz ter regressado ao país, tal como em Portugal é usada para enganar os para já 800 mil desempregados, os 20% que vivem (isto é...) na miséria e os outros 20% que a têm à porta de casa.

Eduardo dos Santos pede o "fim da intriga, dos boatos e a manipulação de factos na comunicação social para prejudicar os outros".

Eduardo dos Santos não explica, mas todos sabem (que o digam, entre outros, William Tonet e Rafael Marques) que a única maneira de acabar com a intriga, com os boatos e com a manipulação na comunicação social é acabar com os jornalistas, substituindo-os por funcionários do regime, mesmo que estes tenham de no lugar da assinatura colocar a impressão... digital.

Bem me parecia (e só não tinha a certeza porque, reconheço, sou ingénuo) que em Angola, como em Portugal, a comunicação social é a fonte de todos os males. Foi ela, a comunicação social independente, que forçou o MPLA a reconhecer (embora apenas como medida cosmética) a corrupção e outras grandes enfermidades, e é exactamente por isso que é a culpada de tudo.

"Devemos aperfeiçoar o modo de encarar a política, um modo pró-activo e rigoroso de mostrar o nosso empenho e dedicação que sirva para mobilizar milhões para a nossa causa", diz Eduardo dos Santos, certamente depois de ter tido num só dia o que milhões de angolanos não têm durante muitos dias: refeições.

O presidente da República e do MPLA disse também que "em cada 100 angolanos, 60 são muito pobres, não conseguem comer normalmente todos os dias, não têm acesso fácil a água potável, acesso aos cuidados de saúde nem casa normal para se abrigar".

É preciso ter lata ou, no caso são as duas coisas juntas, um povo submisso tal o estado de subnutrição. O MPLA está no poder há 36 anos, Angola está em paz há nove anos, e mesmo assim o dono do país não assume que é ele o principal, em muitos casos o único, responsável por este descalabro.

O "desemprego, o analfabetismo e a pobreza são três problemas muito graves e difíceis de resolver, que atingem especialmente as mulheres, as famílias e as crianças", disse Eduardo dos Santos (o mesmo poderia, aliás, ser dito pelo seu amigo Pedro Passos Coelho) em mais uma manifesta enciclopédia de hipocrisia que, contudo, foi aplaudida pelos súbditos de sua majestade.

Certamente anestesiado pelas ovações dos seus vassalos, José Eduardo dos Santos disse também que o MPLA pugna desde 1975 "pela defesa das liberdades direitos e garantias dos cidadãos, e considera o direito à associação como fundamental".

Foi mais um atestado de menoridade passado aos angolanos. Mas como foi dito pelo chefe... foi aplaudido. É claro que quem não aplaudir o querido líder sujeita-se - na melhor das hipóteses - a peixe podre, fuba podre e porrada se refilar.

Para os problemas que persistem no país, como a pobreza, José Eduardo dos Santos, retomou a evocação da "pesada herança do colonialismo" que foi "agravada pelo período de guerra que o país viveu" até 2002.

Nisto tem razão. Se tantos anos depois da conquista da democracia os portugueses continuam também a desculpar-se com a pesada herança do salazarismo, é legítimo que o MPLA acuse o colonialismo, um bode expiatório que aguenta ainda ser utilizado aí por mais uns trinta anos.

Acresce que, também como resquício do colonialismo, o regime angolano continua - como fazia a PIDE/DGS - a praticar a tese de que até prova em contrário todos são culpados. E mesmo quando se prova que os culpados são inocentes, os donos do país subvertem as regras e fazem deles culpados.


Orlando Castro

Jornalista (CP 925)
A força da razão acima da razão da força
http://www.altohama.blogspot.com
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LUANDA: Existirá mesmo uma sociedade entre políticos Angolanos, empresários congoleses e franceses na exploração de diamantes na Republica Democrática do Congo?

A UNIÃO DE KANGAMBA E CHIVUKUVUKU NA ÁREA DOS DIAMANTES
Fonte: Ponto-Final
Reedição: www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
 
“Jaume du Pont” empresa mista de Chivukuvuku e Kangamba na RDC

Os políticos angolanos continuam a desapontar os angolanos, e entendemos hoje o desabafo de Nelo de Carvalho, quando diz que seria bom que a UNITA acabasse, assim combateríamos melhor a corrupção.

A empresa Jaume DuPont, sedeada no sul da RDC, explorando diamantes, é uma empresa de capitais público-privado, entre empresários franceses, angolanos, e congoleses democratas, cuja actividade é feita há 15 anos naquele país vizinho.

Os accionistas angolanos, são Bento Kangamba, com uma participação de 15% e Abel Chivukuvuku com cerca de 11,7% equivalendo como é óbvio, a vários milhões de dólares.

Conta nossa fonte, que os dois accionistas angolanos, raramente se falam e evitam todo o tipo de contacto para não levantar suspeitas sobre o pacto empresarial.

Jaume Dupont, já solicitou licença para explorar diamantes em Angola. A razão que leva Abel Chivukuvuku a guardar segredo sobre sua fortuna e negócios, ainda é desconhecida. Internautas já haviam questionado a forma como seu filho esbanja dinheiro em festas milionárias nos EUA.