Exclusão de Dhlakama das eleições pode ser fatal para a democracia moçambicana
"Forçar uma exclusão para o líder da Renamo não se recensear é um erro", diz analista.
Em Moçambique, a opinião pública é unânime em afirmar que uma eventual exclusão do líder da Renamo Afonso Dhlakama das eleições presidenciais de Outubro seria fatal para a democracia e iria atiçar o conflito político-militar que dura há mais de um ano.
Falta pouco mais de uma semana para terminar o recenseamento eleitoral, e o líder da Renamo ainda não se recenseou, o que constitui motivo de preocupação para muitas pessoas.
Nas hostes da Renamo, Afonso Dhlakama é o candidato "natural" do partido às presidenciais e, entre os requisitos exigidos na altura da apresentação da sua candidatura ao Conselho Constitucionnal, o concorrente deve entregar um documento que ateste estar recenseado.
Neste momento, Dhlakama está em parte incerta, e para o jornalista Machado da Graça, "não parece que as condições para a tal parte se tornar certa estejam a melhorar, pelo que se torna necessário um cessar-fogo que lhe permita sair em segurança do seu esconderijo para se recensear".
Mário Sithoi, militante da Renamo, diz que a presente situação é óptima para a Frelimo, visto que assim pode fazer a sua propaganda contra Afonso Dhlakama dizendo que ele está contra o processo eleitoral.
Para o jurista Inácio Mungoi, forçar uma exclusão para o líder da Renamo não se recensear é um erro e essa atitude pode ser fatal para a democracia porque, por um lado, iria atiçar o conflito político-militar e, por outro, iria ter graves implicações num parlamento, eventualmente dominado pela Frelimo e pelo MDM, já que alguns membros da Renamo poderão não concorrer às legislativas, em solidariedade com o seu líder.
Para que isso não aconteça, o sociólogo João Colação diz ser fundamental que o Presidente da República Armando Guebuza e o líder da Renamo se entendam.
Por seu turno, o também académico Calton Cadeado diz que tudo deve ser feito para evitar o escalar do conflito em Moçambique, de modo a que as eleições se realizem em ambiente de paz.
Por seu lado, o bispo anglicano, Dom Dinis Sengulane, um dos observadores do diálogo entre o Governo e a Renamo, considera que eleições em clima de paz até podem constituir um momento de festa.
Refira-se que o recenseamento eleitoral termina no próximo dia 29 e, até ao momento, nada indica que o mesmo possa ser prorrogado.
Falta pouco mais de uma semana para terminar o recenseamento eleitoral, e o líder da Renamo ainda não se recenseou, o que constitui motivo de preocupação para muitas pessoas.
Nas hostes da Renamo, Afonso Dhlakama é o candidato "natural" do partido às presidenciais e, entre os requisitos exigidos na altura da apresentação da sua candidatura ao Conselho Constitucionnal, o concorrente deve entregar um documento que ateste estar recenseado.
Neste momento, Dhlakama está em parte incerta, e para o jornalista Machado da Graça, "não parece que as condições para a tal parte se tornar certa estejam a melhorar, pelo que se torna necessário um cessar-fogo que lhe permita sair em segurança do seu esconderijo para se recensear".
Mário Sithoi, militante da Renamo, diz que a presente situação é óptima para a Frelimo, visto que assim pode fazer a sua propaganda contra Afonso Dhlakama dizendo que ele está contra o processo eleitoral.
Para o jurista Inácio Mungoi, forçar uma exclusão para o líder da Renamo não se recensear é um erro e essa atitude pode ser fatal para a democracia porque, por um lado, iria atiçar o conflito político-militar e, por outro, iria ter graves implicações num parlamento, eventualmente dominado pela Frelimo e pelo MDM, já que alguns membros da Renamo poderão não concorrer às legislativas, em solidariedade com o seu líder.
Para que isso não aconteça, o sociólogo João Colação diz ser fundamental que o Presidente da República Armando Guebuza e o líder da Renamo se entendam.
Por seu turno, o também académico Calton Cadeado diz que tudo deve ser feito para evitar o escalar do conflito em Moçambique, de modo a que as eleições se realizem em ambiente de paz.
Por seu lado, o bispo anglicano, Dom Dinis Sengulane, um dos observadores do diálogo entre o Governo e a Renamo, considera que eleições em clima de paz até podem constituir um momento de festa.
Refira-se que o recenseamento eleitoral termina no próximo dia 29 e, até ao momento, nada indica que o mesmo possa ser prorrogado.