terça-feira, 20 de maio de 2014

LUANDA: Movimento Revolucionário Angolano 'MRA' denuncia regime de situações para justificar violações contra as vozes descordantes

MRA denuncia regime de situações para justificar violações contra as vozes descontentes

                                      MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO ANGOLANO
                                                                                   N O T A  D E  I M P R E N S A
ASSUNTO: Sob a cumplicidade da Polícia Nacional de Angola, agentes dos Serviços Secretos de Inteligência atentam contra as vidas de jovens activistas cívicos.
O Movimento Revolucionário Angolano (MRA) emite este comunicado de imprensa visando alertar a comunidade nacional e internacional de que tendo em vista a realização de uma manifestação pacífica no dia 27 de Maio deste ano, às 19 horas no Largo da Independência, que cumprindo com os trâmites legais fora comunicado às autoridades, os jovens activistas cívicos Angolanos estão mais uma vez a serem vítimas do regime Angolano, que orquestra situações para ilegamente justificar as violações dos direitos humanos que está a cometer contra as vozes descontentes no País.
As ocorrências dos últimos dias têm sido preocupantes e com maior realçe às incitações de ódio, desconfiança, tendências de “dividir para conquistar”, caluniando e difamando, pondo assim em causa a segurança dos jovens activistas cívicos.
Na noite de terca-feira, 19 de Maio de 2014, três agentes dos Serviços de Inteligência Nacional e Segurança do Estado Angolano (SINSE) deslocaram-se no bairro Chimuku, Município de Viana em Luanda, onde reside um dos jovens activistas cívicos, Manuel Baptista Chivonde Nito Álves, e puseram-se a distribuir uma carta de duas páginas que de maneira difamatória caluniou os nomes mais sonantes do Movimento dos jovens Angolanos, incluindo nomes de figuras políticas bem identificadas.
Durante a distribuição da carta, com contéudo racista e xenófobo, os três agentes foram indagados pelos moradores de Chimuku que exigiram explicações da proveniência das mesmas informações, acção esta que resultou na fuga de dois elementos e na detenção de um dos agentes por aparte de lguns populares de Viana.
O agente detido, José Valente de 40 anos, pai de seis filhos, após ter sido espancado e interrogado pelos moradores de Viana, confessou ser agente do SINSE e que auferia uma remuneração de 138.000.00 Kwanzas.
O surgimento dos jovens activistas no local, garantiu a segurança do indivíduo e a devida comunicação do acto às autoridades policiais daquele município, que chegaram ao local e transportaram o indivíduo até a Esquadra da Polícia no Capalanga, em Viana, mas não sem antes tentarem deter também um dos jovens activistas cívicos, que foi protegido pelos populares.
Do mesmo modo, alguns membros do Movimento Revolucionário no Municipio do Sambizanga também denunciaram a recepção da mesma carta difamatória, distribuida naquela localidade por elementos não identificados.
POLÍCIA NACIONAL DETERMINA NÃO HAVER CRIME, AMEAÇA E ESCURRAÇA JOVENS ACTIVISTAS CÍVICOS
Os jovens activistas cívicos, Manuel Nito Álves, Adolfo Campos e o jornalista Coque Mukuta acompanharam a transportação do detido pela polícia até a Esquadra do Capalanca, com o objectivo de “acusá-lo de conspiração para homicídio”.
Posto na esquadra policial, o novo Comandante da mesma esquadra, que fora simplesmente identificado por “Comandante São”, tratou os activistas cívicos com arrogância e prepotência, tendo-os ameaçado e determinado que não havia sido cometido nenhum crime por parte do detido, apesar de ter sido apanhado em flagrante delito.
Enquanto se simulava a abertura de um processo, o “Comandante São” insistia nas suas imposições, causando tumultos e escurraçando os jovens para for a da Esquadra do Capalanga, chegando a afirmar, sem ter feito nenhumas investigações, de que o detido nem sequer era um agente do SINSE.

O Movimento Revolucionário Angolano condena este acto bárbaro por parte dos Serviços de Inteligência Nacional e Segurança do Estado, e a cumplicidade aberta da Polícia Nacional de Angola.
O MRA vai insistir na exigência do cumprimento da lei e contempla instaurar um processo crime contra o detido José Valente e seus colegas.
Reiteramos que a manifestação: “27 de Maio, Chega de Chacinas em Angola”, cumpre com os trâmites legais e que irá decorrer conforme planeado.
Luanda, aos 20 de Maio de 2014.