O MAIS IMPORTANTE NÃO É TIRAR SÓ O DITADOR DO PODER, O MAIS IMPORTANTES É FAZE-LO SEM PERMITIRMOS QUE OUTRO, SEMELHANTE, O SUBSTITUA.
HÁ QUE SER REALISTA PARA, HONESTAMENTE, SUBSIDIARMOS A MUDANÇA CULTURAL E POLÍTICA DE QUE A NOSSA SOCIEDADE CARECE E QUE NÃO SERÁ CONSEGUIDA SÓ COM A MUDANÇA DO DETENTOR DO PODER.
SEM SERMOS CAPAZES DE TRATARMOS ABERTAMENTE AS PRÁTICAS PREDADORAS QUE ENFERMAM A SOCIEDADE ANGOLANA, DA BASE AO TOPO, NÃO CONSEGUIREMOS MUDAR MAIS DO QUE PESSOAS, POIS ACABAREMOS APENAS DEPONDO UNS E PROMOVENDO OUTROS ESSENCIALMENTE SEMELHANTES.
Fonte: ponto-final
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Se queremos erradicar a ditadura e a corrupção da sociedade angolana temos que ousar ser verdadeiros na exposição da nossa percepção sobre essas práticas generalizadas a todos os níveis da nossa sociedade. A verdade sobre os factos deve ser sempre assumida, mesmo quando a assunção dessa postura possa ser tida e classificada como uma incoerência. Na sociedade angolana corrupção e a ditadura não são exclusivo do ditador, dos seus agentes e clientes. Esse é o facto. As práticas autoritárias e corruptas são comuns a todos os nichos e níveis da sociedade angolana. Mesmo entre os mais pobres e excluídos da nossa sociedade essas práticas predadoras caracterizam a nossa sociedade. Ser-se vítima não significa ser-se automaticamente um anjo. Obrigo-me a abordar esse assunto colocando-o desta forma mesmo se sou contra a ditadura de José Eduardo dos Santos e contra as práticas corruptas que caracterizam o seu regime. E - diga lá o que quiser quem o quiser - obrigo-me a esta forma de colocar as coisas porque se não tratarmos das práticas corruptas e ditatoriais das vítimas da ditadura de JES, que escorre por toda a sociedade angolana, outros iguais a ele (como alguns opositores que conheço) quando tiverem o poder, nalguma forma e medida, reproduzirão a sua maneira de o exercer e de realizar rendimentos indevidos. Será inglório combater um ditador para no seu lugar ser colocado qualquer outro predador. Exige dignidade com dignidade Por : Luiz Araújo |
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