sábado, 17 de agosto de 2013

WONSHINTON: CIA confirma existência da Area 51 - mas sem ET ou OVNI


CIA confirma Area 51 – mas sem ET ou OVNI

Agência de espionagem revela local no Nevada usado para testar aviões de reconhecimento.
Imagem divulgada pelo Exército em 1972 de uma aeronave num teste militar REUTERS

A agência de espionagem norte-americana CIA confirmou a existência da Area 51, no deserto do Nevada, onde eram testados aviões espiões e, segundo várias teoristas da conspiração, foram feitos testes em OVNI e autópsias em extraterrestres. Mas os que acreditam nestas teoristas ficarão desapontados – nos registos não há qualquer menção a veículos ou seres vindos do espaço.
A informação foi dada pela CIA na sequência de um pedido de consulta a registos públicos feito por académicos da George Washington University e foi a primeira vez que a agência reconheceu a existência do local, a cerca de 130 quilómetros a noroeste de Las Vegas. A base foi desenvolvida nos anos 1950 para testar os aviões espiões U-2. Outras aeronaves super secretas foram depois ali testadas, como o avião de reconhecimento supersónico A-12  e o avião furtivo F-117.
Jeffrey Richelson, que pediu a história do U-2 em 2005 à CIA, comenta que “esta é a primeira vez que deve ter havido uma decisão a nível superior para reconhecer a Area 51 e a sua localização específica”, disse à Reuters.
O local foi escolhido em 1955 por ter várias condições para os testes dos aviões espiões – era remoto, estava perto de um outro local de testes nucleares, e, de a partir de alguns pontos, poderia parecer uma miragem. 
O local sem nome foi ainda o centro das atenções por um processo em tribunal de 1995, quando pessos que ali trabalhadora afirmaram ter ficado doentes por exposição a químicos tóxicos, incluindo tintas e coberturas anti-radar e outros materiais secretos. Alguns morreram depois de terem tido estranhos problemas de pele e respiratórios. Para ali trabalhar, era necessário assinar um juramento de que não se poderia dizer nada a ninguém sobre o sítio e as funções que se desempenhavam.
“O que quem ler o estudo da CIA vai encontrar é que a agência testa os aviões de reconhecimento U-2 e A-12 num local no Nevada que às vezes é chamado ‘Area 51’”, disse o porta-voz da CIA Edward Price. “O que não vão encontrar é quaisquer referência a extraterrestres ou outras teorias da conspiração que são do domínio da ficção científica.”
Uma das teorias envolvendo objectos voadores não identificados (OVNI) na Area 51 é a da queda de um disco-voador perto de Roswell, novo México, em 1947, e cujos restos teriam sido levados para o Nevada para experiências de engenharia para tentar perceber como funcionaria a nave – e um extraterrestre morto teria sido mesmo autopsiado. Há até um famoso vídeo (tudo indica que falso...), que chegou a passar na televisão portuguesa há uns bons anos.
No documento há, no entanto, uma passagem sobre a ligação do local e os OVNI, “no sentido em que as pessoas viam os U-2 numa altura em que estes eram secretos e a uma altitude muito grande, e não sabiam o que eram – nesse sentido, eram objectos voadores não identificados”. Nesta época, ninguém acreditava que seria possível que os aviões voassem a mais de 60 mil pés, muito mais alto do que os voos comerciais – hoje, segundo a Boeing, um voo transatlântico t]ipico fazem-se entre 35 a 39 mil pés.

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