quarta-feira, 16 de outubro de 2013

LUANDA: O ditador angolano Eduardo dos Santos suspende parceria estratégica com Portugal.

Dos Santos suspende parceria estratégica com Portugal

Em discurso ao parlamento presidente diz que situação em Angola é estàvel e promete diversificar economia; diz que acusações de corrupção são falsidades do ocidente
TAMANHO DAS LETRAS 
Manuel José
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
O estado da nação na óptica do presidente da república e chefe do executivo angolano vai bem, mas as relações com Portugal vão mal.
José Eduardo dos Santos falava na abertura de mais uma sessão legislativa do Parlamento angolano num discurso em que também criticou o “ocidente” por alegadamente  ligarem a riqueza de africanos ricos a corrupção.

"A situação do país 'e estável e a paz está consolidada," disse o presidente que assegurou que para esta legislatura o seu governo vai privilegiar a diversificação da economia, para que deixe de depender de um só produto: O petróleo.

"O grande objectivo da política económica nesta legislatura consiste na promoção da diversificação da nossa economia para tornar o nosso processo de desenvolvimento menos vulnerável e mais sustentável," disse o presidente angolano.

Eduardo dos Santos falou sobre vários assuntos: As autarquias, educação, saúde, combate à pobreza e corrupção. Sobre este mal José Eduardo dos Santos acusou o ocidente de estar a deturpar as coisas.

"Hà uma confusão deliberada feita por organizações de países ocidentais, para intimidar os africanos que pretendem constituir activos e ter acesso a riqueza, porque se cria a imagem que o homem africano rico é corrupto mas não há razões para nos intimidarmos," disse

O chefe do executivo deixou claro que as relações bilaterais com Portugal estão azedas.

"Angola tem relações estáveis com quase todos os países do mundo, só com Portugal, lamentavelmente as coisas não estão bem, tem surgido incompreensão ao nível da cúpula, um clima político actual reinante nesta relação que não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada," disse

Nas reacções, Abel Chivukuvuku presidente da CASA-CE considerou que Eduardo dos Santos tentou com o seu discurso legitimar as várias formas de corrupção que se verificam em Angola.

"O Presidente da republica quer branquear e legitimar a riqueza adquirida de forma ilegal," disse Chivukuvuku

Pela UNITA, o deputado Abílio Kamalata "Numa"  disse que o presidente tinha feito um discurso para os militantes do seu partido e não para os angolanos no geral.

"Ele falou para os empresários do MPLA, do Comité de especialidades de empresários do MPLA, foi para estes que o presidente falou e não para os angolanos," disse.

O presidente do PRS, Eduardo Kuangana considerou que se a questão da exclusão social não for resolvida, os discursos do presidente da república ficam sem valor.

"Enquanto continuar a existir exclusão em Angola todo discurso que o presidente da republica fizer não terá nenhum cabimento para o povo e para a nação," disse

Quem pensa exactamente o contràrio 'é o deputado do MPLA João Pinto que pensa que foi um discurso muito bom.

"Foi um discurso estruturante, muito frontal sobre as questões e os dados sobre economia, isto vem provar que que alguns discursos críticos não são os mais inteligentes do ponto de vista político," disse.

Na analise do discurso, a política Alexandra Simeão acredita que não houve nada de novo sobre o estado da nação.

"Sobre o estado da nação eu acho que não nos foram dadas muitas novidades," disse

Sobre o que Dos Santos disse sobre corrupção, a analista política defende que este 'e um fenómeno grave cuja origem não deve ser atribuída a outros.

"Quando falamos de corrupção não devemos, do meu ponto de vista atribuir as culpas a quem quer que seja, da mesma maneira que dissemos que a corrupção foi inventada nos outros países e nós coitadinhos sem outra hipótese assumimos, então devíamos assumir também coisas boas como a democracia, a liberdade de expressão, vamos assumir tudo," disse

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