terça-feira, 14 de janeiro de 2014

LISBOA: Gestão da "crise" com Portugal deixou George Chikote em apuros

Gestão da “crise” com Portugal deixou George Chikoty em apuros

Fonte: Lusomonitor
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Gestão da “crise” com Portugal deixou George Chikoty em apurosÉ tido há vários meses como um dos elementos mais frágeis do executivo angolano. Agora, a gestão política que George Chikoty, Ministro das Relações Exteriores de Angola, fez da “crise” que pretensamente se declarou nas relações com Portugal, acarretou-lhe dissabores internos, quanto à sua eventual saída do Governo, segundo o Africa Monitor Intelligence.
O Presidente, José Eduardo dos Santos, ficou melindrado com as primeiras declarações públicas de Chikoty, relativizando a importância do pronunciamento sobre o assunto, feito pelo chefe de Estado no discurso do Estado da Nação, pondo em causa a prossecução da parceria estratégica luso-angolana.
Posto ao corrente da reacção negativa de Santos, Chikoty alterou radicalmente a tónica do seu discurso, adianta a newsletter.. Numa entrevista por si próprio sugerida, admitiu a eventualidade de Portugal vir a ser preterido pela China e pelo Brasil como parceiro estratégico de Angola, do mesmo modo que, em tom mais peremptório pôs em causa a realização da cimeira luso-angolana.
As dificuldades que o ministro e outros responsáveis angolanos denotaram em abordagens da referida “crise” foram devidas ao carácter ilusório da mesma. As dificuldades de Chikoty em se expressar em português escorreito (efeitos do inglês como língua materna), foram consideradas um elemento desagravante do seu “deslize”.
“Fraqueza” da Justiça portuguesa motivou “murro na mesa” de Santos
Ainda segundo o Africa Monitor Intelligence, a toma da de posição de José Eduardo dos Santos, secundadas por outras figuras e meios angolanos, em relação a condutas da justiça portuguesa sobre indivíduos e interesses angolanos em Portugal, foram ditadas pela “conveniência” de fazer algo para colmatar o “vazio” resultante da inacção dos poderes políticos e dos orgãos superiores da própria magistratura portuguesa – descritos como “fracos”.
economistas e universitários como Alves da Rocha, da Universidade Católica de Luanda, consideram que Portugal foi o elo mais fraco no diferendo com Angola resultante do “ultimatum” de José Eduardo dos Santos. Mais do que isso, é possível que o Governo português se sinta tentado a subverter um princípio fundamental da democracia – a independência do poder judicial perante interesses particulares.
lusomonitor

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