terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

LUANDA: Mala diplomatica portuguesa desaparece no aeroporto 4 de Fevereiro

Mala diplomática portuguesa desaparece no aeroporto 4 de Fevereiro


Luanda – A mala com o correio do Estado português terá sido furtada no aeroporto 4 de Fevereiro e as responsabilidades são apontadas à empresa que assegura o transporte deste tipo de malas em Luanda. O incidente já foi reportado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal (MNE).

Fonte: Negócios
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
25.02.2014Uma fonte diplomática contactada pelo Negócios não quis fazer mais comentários sobre este caso. 

A segurança desta mala, assim como de toda a outra bagagem diplomática portuguesa é assegurada em Angola pela empresa Transportes Joaquim Guerra Logística. 

Apesar deste extravio, tudo indica que o MNE não irá rescindir o acordo com a referida empresa, por se tratar de uma situação isolada. 

O conteúdo da referida mala é naturalmente desconhecido. Contudo, por natureza, uma mala diplomática contém informação que um Governo classifica como importante e de natureza confidencial.

Uma mala diplomática é um envelope, uma caixa, um contentor ou qualquer outro volume utilizado pelas missões diplomáticas para o envio e recepção de documentos e objectos destinados a uso oficial a coberto da imunidade diplomática. Este tipo de mala não pode ser aberta ou retida pelas autoridades alfandegárias. O actual embaixador de Portugal em Angola é João da Câmara.
De salientar que no inicio do corrente mês, o administrador do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, Diógenes Manuel da Silva (na foto), esclareceu que, fruto das "supostas" investigações levadas a cabo neste terminal, foi possível apurar que algumas bagagens são violadas na origem, ou seja, no exterior do país. 

Diógenes da Silva, que falava em conferência de imprensa, a propósito das festividades do 34º aniversário de criação da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana), salientou que existe um circuito de vídeo vigilância em funcionamento no referido aeroporto que detectou bagagens violadas provenientes de Lisboa e Joanesburgo.

“Nem sempre o problema tem a ver com o aeroporto de Luanda. A propósito, este ano a direcção do Aeroporto 4 de Fevereiro ainda não recebeu nenhuma denúncia formal de algum passageiro sobre violação da sua bagagem”, afirmou.

Em primeiro lugar, disse, é preciso referenciar que concorrem para o tratamento de toda a bagagem, desde que é retirada da aeronave até ao tapete, a responsabilidade das companhias aéreas, da Ghassist (assistência em terra/handling) e a Enana.

Na mesma senda, frisou que está estabelecido um procedimento para monitorização da bagagem, processo em que devem estar presente um representante da companhia aérea, desde os porões da aeronave até aos tapetes, Ghassist, um elemento da polícia fiscal e a área de segurança da Enana.

Reconheceu haver ainda insuficiências em termos dos serviços dos perdidos e achados, adiantando que se está a trabalhar para se instalar um verdadeiro sistema de perdidos e achados, que deverá dar tratamento mais célere a essas questões para todas as companhias aéreas que operam no 4 de Fevereiro.

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