REELEIÇÃO DE SAMAKUVA FOI UM TIRO NO PRÓPRIO PÉ
Todos quantos ansiosamente esperaram da parte de Isaías
Samakuva um gesto de puro altruísmo e de desapego pelo poder, ficaram atônitos
com o anuncio da sua recandidatura e consecutiva reeleição. Acredito até, que os menos atentos tenham
ficado perplexos com o jogo de cartas marcadas, utilizadas pelo líder da UNITA
para manter-se incólume na presidência do partido do galo negro por mais 5
anos.
Fonte: Club-k.net/Raul Diniz
27/01/2016
Fonte: Club-k.net/Raul Diniz
27/01/2016
A UNITA esta ofuscada, enfraquecida e
totalmente descompensada na sua essência. Os militantes e simpatizantes podem
tirar o cavalinho da chuva, pois, o presidente vitalício da UNITA Isaías Samakuva, não conseguirá jamais desatar o nó de convivência promiscua de
conjunção carnal que existe entre sua organização politica, e o partido da
situação, comandado pelo também presidente vitalício da república.
A UNITA com Samakuva não tem força nem capacidade para lutar
e vencer os desafios políticos da atualidade em Angola, num momento crítico em
que as movimentações sociais exigem a requalificação imediata da democracia. O
partido do galo negro está irreconhecível, ninguém mais acredita nela, porque
em nada se diferencia do modus operandi do partido MPLA no poder a 40 anos.
Quando um presidente partidário afirma não estar preparado
para deixar o poder, e ainda se considera útil para conduzir a agremiação
politica que dirige há 14 ininterruptos anos sem nunca ter ganhado um único pleito,
é porque esse dirigente é de todo fraco, frágil e insignificante perante a
grandeza do que já foi a UNITA num passado recente. Nenhum líder verdadeiramente
democrata pode adjudicar a si a responsabilidade de ser o fator unidade no
interior de uma organização político-partidária.
A
UNITA vai quebrar ainda mais, e então tudo virá à tona, e será visto a olho nu
o inegável motivo do seu descarrilamento. O motivo desse inefável abismo que se
aproxima a passos largos enegrecendo de sobremaneira o futuro da UNITA tem um rosto
e um nome, o rosto e o nome pertencem à mesma pessoa, Isaías Samakuva. Espero
sinceramente não vir a ter razão.
Isaías Samakuva ao não retirar-se de cena antes da
realização do passado congresso, condenou automaticamente o seu partido a um
imediato fracasso demolidor de notáveis proporções. A UNITA irá em breve pagar um
preço alto por não ter aceitado realizar mudanças significativas no seu interior,
que ajudassem a alterar o cenário político-partidário, que de certa maneira
ajudou a degradar.
A UNITA não somente está fraca, como
também se encontra totalmente desconjuntada. A sua efervescente militância e os
simpatizantes conhecem bem dessa verdade indescritível.
Isaías Samakuva decepcionou uma grande fatia da sociedade
que aguardava melhorias no interior da UNITA com o anuncio do congresso sem a
sua participação, infelizmente erraram nas suas avaliações. Pois, na verdade,
esperam demasiado em alguém que nada tinha para dar e nem para acrescentar a um
país inteiro esfomeado por mais cidadania e maior empenho democrático das
lideranças em prol de uma democracia representativa com significativos valores enobrecidos.
Isaías Samakuva não acredita que a
democracia também pode e deve vingar em Angola. O presidente vitalício da única
é daqueles profetas que professam a mentira como dogma da doutrina partidária arregimentada.
Profetas da
estirpe do presidente da UNITA apresentam-se sempre com a mente preenchida de extremosas
doutrinas enganadoras. Afirmam com altivez induzindo os apoiantes a aceitar a
aceitar o dito pelo não dito. Os apoiantes da UNITA segundo o pensamento de
Samakuva, precisam apenas fazer o que eles ele diz e não o que ele faz. Quer
dizer, o que vale para Samakuva não vale para a democracia pluralista,
ambicionada pela maioria dos angolanos. O velho Same age de uma maneira declaradamente
antidemocrática, e antirrepublicana.
Desde o assassinato do grande líder
angolano e fundador da UNITA dr Jonas Malheiro Savimbi, os maninhos continuam
infelizmente a sentir-se politicamente órfãos. O excesso de zelo decadente de
Samakuva de fazer-se passar por insubstituível na manobra de realizar politica
no interior da UNITA, demonstrou uma enfática falta de caráter social
patriótica.
Infelizmente para nós membros do MPLA, que não nos revemos
na atual direção antipopular do MPLA/JES, de maneira nenhuma conviveriam pacificamente
com os ideais defendidos pelo presidente reeleito da UNITA, nem nos confortaria
apoiar no próximo pleito eleitoral essa degradada direção decadente UNITA de
hoje. Não há respaldo acolhedor algum na mensagem deixada por Isaías Samakuva no
ardor temporal, que marcou a sua quarta reeleição a presidência do partido.
Não existe motivação nenhuma que leve
a militância insatisfeita com “M” de JES, a aderir o partido controlado por
Samakuva. Isaías Samakuva decidiu seguir o mesmo caminho que o seu insigne
professor José Eduardo dos Santos. O presidente da UNITA prefere seguir em
igualdade de circunstancias as pegadas do ditador. A preferencia de Samakuva é
a de apoiar ousadamente à doutrina maniqueísta e impopular introduzida no país através
do MPLA.
Se se fizer uma corajosa inflexão realística, e o mais possível
equidistante perceber-se-á, que na UNITA, após o congresso vive momentos de
invulgar conflitualidade interna, que demonstra existir um quadro politico de
insano derrotismo. Essa é uma realidade a todos os níveis inquestionável, pois tanto
a UNITA como Isaías Samakuva presidente da organização, ambos veem de derrotas
em derrotas consecutivas. Essa situação produz duvidas quanto ao futuro do
partido, e abre feridas profundas difíceis de cicatrizar. Porém, Samakuva não
soube gerir a situação, e acabou por afundar ainda mais o partido dos maninhos no
profundo oceano de incertezas.
O dr Isaías Samakuva esta demasiado distante
de algum dia ser aceite pela maioria dos angolanos para se tornar líder para
ajudar a mudar os caminhos disformes de Angola.
O dirigente máximo do galo negro confundiu a militância da
UNITA como sendo o todo dos angolanos. Para ganhar eleições em Angola, a UNITA
teria de reinventar-se e deixar de confundir Angola com a pequenez da UNITA de
hoje que não passa de uma organização anã regionalista. O presidente da UNITA tem passado a ideia que
não vive no planeta terra, até parece não morar em Luanda!
Como pode o presidente vitalício da
UNITA não ter percebido que no atual quadro institucional vigente, a UNITA
jamais será poder em Angola.
É preciso ser
demasiado cego para não entender que, com discursos evasivos e cheios de
nebulosidade não se chega nem próximo da cidade alta. Qualquer que seja o candidato do MPLA que o
líder lírico da UNITA enfrentar em 2017, esse o derrotará facilmente. Mesmo que o candidato a
inquilino da cidade alta provenha da prole de Dos Santos, ainda que seja o imprestável
filho gatuno do pai presidente ditador, Filomeno dos Santos Zenú, Isaías
Samakuva, o candidato confirmado da UNITA sairia facilmente derrotado no
próximo pleito eleitoral já terminantemente fraudulento de 2017.
O presidente da UNITA é de facto uma
piada ridícula, felizmente Samakuva não é um enigma difícil de decifrar para maioria
dos angolanos.
As constantes
reeleições de Isaías Samakuva que somam já 14 anos afrente do partido
transformaram-se numa inevitável piada ridícula com contornos maquiavélicos. É inviável
e praticamente impossível para a militância partido do galo negro ver nos próximos
anos o sonho de ser poder em Angola. Samakuva é um visionário retrogrado a sua
desmedida ambição transformou-o num tremendo fracasso devocional no xadrez
politico nacional. Na
verdade a natureza do pensamento político do dr Isaías Samakuva, acerca da
socialização político-partidária angolana, não é de elevada honestidade
intelectual, e muito menos seus pensamentos têm o pendor da inteligência e
humildade necessária para um dirigente democrata.
O
presidente Isaías Samakuva, é um inusitado blefe desesperante para a futura
geração de militantes da UNITA.
Se
considerar-se a apetência atipicamente obsessiva do apego desmedido de Samakuva
pelo poder, fica explicada a sua peregrinação sistemática em busca do poder pelo
poder. Só assim entender-se-á a razão existencialista de Samakuva, que é a responsável
debilitadora do estado emocional do presidente do partido do galo negro, que em
outra vertente percebe-se que prejudica a dinâmica inexistente, que se tornou
no passado a marca registrada da politica original determinista, que marcou no
passado a UNITA de sempre colocar-se do lado mais fraco da barricada, ao lado
da maioria da população sofrida.
Essa
inigualável diferença marcou a ideologia da UNITA de Savimbi, enquanto o
veterano dirigente angolano foi presidente do partido. A situação de Samakuva é
cada vez mais insustentavelmente decadente, e afeta em demasia a constância do
pensamento intelectual da classe inteligente dos seus militantes de poderem
pensar por si mesmo sem medo em desafiar os rumos escolhido por Samakuva sobre
o futuro que Angola levará.
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