APOIAR JOÃO
LOURENÇO NÃO SIGNIFICA APOIO A JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
Apoiar João
Lourenço deve ser considerado um acto voluntarioso e da exclusiva
responsabilidade da militância atenta do MPLA, é de facto um proposito
necessário em nada reprovável.
Porém, esse esforço
de apoiar a candidatura de JL como cabeça de lista, não é de modo algum um
sinal de apoio a JES, e, muito menos significa apoiar Bornito de Sousa, o
insigne ministro de JES sensor da fraude eleitoral em marcha.
A militância
não pode continuar no decrepito conformismo medieval de procrastinação eterna.
Fonte: Planalto De Malanje Rio Capopa
29/01/2017
Os
militantes extra CAPs do MPLA, terão de ser pacientes em aceitar humildemente
abandonar a dinâmica individualista, que permitirá sair do ostracismo da
pirâmide profaníssima do sistema político messiânico inoperante, imposto pelo
ditador José Eduardo dos Santos.
Não sabemos
quais foram os objetivos que levaram JES a apresentar o nome de JL ao comité
central, nem a razão que o levou a colocá-lo nessa saia justa de torna-lo em um
inexpressivo cabeça de lista, sem que JL ao menos detenha na mão a presidência do MPLA. No mínimo essa candidatura é bizarra, porém necessária e útil.
Sabemos que
o MPLA é expugnável como qualquer outro partido, sobretudo por permanecer mais
de 40 anos no poder. Por isso existem motivos óbvios que ajudam a clarear a
necessidade dos militantes aceitar apoiar a candidatura de João Lourenço, como
cabeça de lista do MPLA.
A primeiro
delas, seria analisar os efeitos dessa candidatura a curto, médio, e longo
prazo, a avaliação não deve conter nenhuma leviana concepção, a avaliação deve
ser vista como necessidade única posta, que poderá levar o MPLA e o país a uma
mudança radical benéfica.
Acresceria outras
inflexões interrogativas como as seguintes: quais os benefícios que essa
candidatura traria para o país e para o futuro do MPLA? Quais os objetivos que
a candidatura preconiza alcançar?
Será que se
trata de uma candidatura tampão, que serve apenas para proteger o ditador e a
sua família e acólitos? Não seria uma candidatura que surge para continuar a
postergar os direitos inalienáveis das nossas liberdades de ir e vir, de
expressão e de manifestação pública?
Em segundo
lugar avaliaria a condição que levaram a apresentação de João Lourenço como
cabeça de lista do MPLA. Fica claro que apesar da segunda reflexão parecer
produzir alguma substancia, na verdade uma e a outra são taxativamente de uma
evidente ambivalência discricionária.
O cidadão
tem o direito de conhecer qual será a plataforma eleitoral de João Lourenço.
A esse
respeito as perguntas são inúmeras, de todos os gostos, porém, destaco apenas
algumas; Que João Lourenço teremos nas próximas eleições? Ou melhor ainda, João
Lourenço renovara o MPLA? JL está talhado para realizar uma governação
transparente? Sairá bonito na fotografia familiar de “M” eventualmente
renovado?
João
Lourenço terá de satisfazer não só a curiosidade da militância do “M”, como a
toda sociedade civil e castrense votante, falando claramente de quais são as
suas reais intenções, ou seja, o que pretende fazer com a Sonangol e a Endiama.
O eleitor
quer saber de JL, se manterá a filha de sua excelência o tirano inescrupuloso
JES, a excêntrica Isabel dos Ovos Santos, na presidência da Sonangol? E quanto
ao outro filho malandro do ditador, Filomeno dos Santos Zenú, continuará a
brincar de dono do nosso dinheiro, empregue no simulacro fundo soberano
EDUARDINO?
Temos o
dever de tudo fazer para nos livrar de uma vez por todas, do barão exportador
absoluto da corrupção, e promotor enigmático da desordem social, econômica, e
financeira de Angola.
Além disso,
os militantes e amigos do MPLA querem muito saber como aparece como segundo
cabeça de lista o sinistro Bornito de Sousa O camarada João Lourenço, enquanto
cabeça de lista, cabe-lhe escolher o seu par, e prepara-lo para essa batalha
eleitoral.
João
Lourenço é dos nossos, é batalhador, e sabe muito bem o que quer, ao contrário do
refinado intriguista bajulador, e corrupto Bornito de Sousa. Nós os militantes adversários
de JES e da sua quadrilha, conhecemos bem JL, e a toda sua família da qual faço
vênia.
Ainda sobre Bornito falaremos num próximo texto aqui, no Planalto de Malanje Rio Capopa
Não convém a JL tornar-se prisioneiro da
fraude eleitoral já em marcha, essa situação vai fragiliza-lo e torná-lo-á futuramente
refém do ditador infame, e Bornito será utilizado como seu permanente polícia.
Nós
militantes do MPLA, sabemos que Bornito de Sousa é um descarado caloteiro, não
paga as dividas milionárias ao credor (leia-se povo angolano) que o tornaram
rico, e o promoveram automaticamente para o escalão máximo de um dos fabulosos
herdeiros da corrupção endêmica, que grassa por toda administração do estado.
Taxativamente
JL não precisa da fraude para se eleger, vamos ajuda-lo a vencer esse pleito,
sem ter por perto o malicioso Bornito de Sousa. Bornito de Sousa está
caracterizado pela maioria absoluta dos angolanos, como exímio bajulador
especializado em intrigas.
Ainda Sobre
Bornito de Sousa, vamos documenta-lo aqui em outro texto.
Sem falsas
modéstias, a atual momento que o MPLA atravessa, transporta-nos lastimavelmente
a uma situação crítica medieval abalável, e seriamente desconfortante. Essa
situação leva-nos a outros inviáveis patamares que urge detectar e resolve-los.
Seria um
erro crasso continuar a procrastinar a exigível mudança de rumo que o MPLA
tanto precisa. Enquanto militante do MPLA, entendo que devamos aceitar a
situação de mudança como uma necessidade, que nos levará a exautorar de uma
forma perene, a oligarquia delinquente do poder.
Mesmo sabendo
tratar-se de uma mudança limitadíssima, o facto é que exige uma imediata aceitação
cabível e tolerante da militância inteligente. O país está sitiado e, essa
mudança poderá potenciar a formula de democratizar estruturalmente o MPLA.
Todos os militantes juntos ainda somos poucos para retirar o MPLA do estado de
letargia amorfa que o degrada cada vez mais.
É preciso
fazer-se alguma coisa já para retirar o MPLA do tradicional fissuramento inqualificavelmente
antidemocrático de partido-estado, afastar o MPLA da letargia amorfa latente em
que fora mergulhado é tarefa difícil, mas possível.
Essa colagem
de partido-estado, que caminha lado a lado desde a fundação mediática da
republica popular de Angola, deixaram seviciadas marcas profundas na população
que inviabilizaram até o momento a democratização não só do MPLA, como também
do país.
É tempo de
mudança apesar do momento ser tortuoso, acredito que tal situação produzirá uma
providencial alteração substancial na forma de agir do MPLA, a partir do
momento em que o ditador for apeado e/ou mesmo torpedeado da aparatosa máquina
do poder executivo.
Se JES e sua
família forem de uma vez erradicado do poder, o MPLA será forçado a deixar de
lado o insustentável ostracismo, que ajudou a fundia-lo no oceano da
obscuridade letárgica, onde se encontra.
Aqueles que,
como eu não se reveem nos importunáveis CAPs, por sinal trata-se de verdadeiras
centrais de excentricidades irascíveis, onde os impiedosos corruptos passeiam
impunemente a sua inusitada vaidade de imponentes cidadãos de consciência
congelada.
Ainda assim,
a massa militante pensante, aqueles que caminham distanciados dos ideais
defendidos pelo do EDUARDISMO no interior do MPLA, com elegância, e, movidos de
elevado espirito altruísta, deveríamos propor-nos em apoiar a candidatura de JL
a presidência da república.
Não vamos
novamente aceitar ser trados como carneiros, tratam-nos como soberanos enquanto
votamos e, como escravos descartáveis após votar. Os militantes e os cidadãos
não podem de maneira nenhuma servir apenas como armas de arremesso, para
justificar as variáveis contradições políticas existenciais do ditador.
Ajudar a
eleger o camarada João Lourenço é uma necessidade de mudança urgente, penso que
JL merece o benefício da dúvida. Apoiar JL não significa estender a mão a
Bornito de Sousa, e muito menos apoia-lo nessa odisseia falseadora de
resultados eleitorais fraudados.
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