sábado, 31 de maio de 2014

LUANDA: Ministro do Interior Coordena Operação de Repressão

Ministro do Interior Coordena Operações de Repressão

Fonte: Maka Angola/Rafael Marques de MoraisDivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa 29 Maio, 2014
David Saleio contorce-se com dores, deitado na carrinha que recolheu os manifestantes torturados em Luanda.
“Essa foi a maior surra que apanhei. Preferia ter estado preso do que ter sido torturado dessa forma pela polícia”, explica Nito Alves estudante de 18 anos, um dos mais de 30 manifestantes detidos a 27 de Maio pela Polícia de Intervenção Rápida (PIR) no Largo da Independência, em Luanda.

Os manifestantes tentaram concentrar-se no centro do Largo, onde se encontra a estátua do primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto.

Um grupo de jovens havia informado, há semanas, a Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL) sobre a sua pretensão de organizar uma vigília de recordação do 27 de Maio de 1977, sob o lema “Chega de Chacinas”. A CACL não respondeu à informação.

O advogado Albano Pedro realça que o silêncio da CACL, sobre a comunicação de manifestação, “é sinónimo de autorização”.

Segundo o advogado, “há autorização tácita quando os interessados comunicam, com a antecedência consagrada na lei, e não há resposta das autoridades“.

Os massacres de 1977, que ocorreram naquele dia e a posteriori, foram protagonizados pelas forças leais a Agostinho Neto, contra parte significativa do Bureau Político e Comité Central do MPLA, do alto comando das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), dos quadros da função pública e outras forças que se opunham à sua forma de governar ou eram suspeitas, bem como dezenas de milhares de cidadãos.
Como ilustração dos traumas que o 27 de Maio causou no seio do próprio regime, o actual comandante-geral da Polícia Nacional, comissário Ambrósio de Lemos, escapou ao fuzilamento, na altura, suspeito de colaborar com os oponentes de Agostinho Neto. O seu irmão mais novo, o comissário político das FAPLA Virgílio Freire dos Santos “Betinho Zamba”, não teve a mesma sorte. Foi fuzilado sem julgamento, enquanto Ambrósio de Lemos passou mais de dois anos detido, também sem julgamento.
Um alto oficial da Polícia Nacional revelou ao Maka Angola desconhecimento do Comando-Geral da Polícia Nacional sobre os detalhes da operação de repressão contra os manifestantes.
O jornalista da Rádio Despertar, Serrote Simão Hebo, ao enviar um despacho em directo, a partir do largo, ouviu um superintendente da Polícia Nacional, que se encontrava ao seu lado, a ordenar a um subordinado a sua detenção imediata.

“O inspector apreendeu-me o telefone, o gravador e levou-me para uma carrinha policial onde obrigou-me a ficar deitado debaixo de um banco corrido. Depois de 20 minutos a porta-voz do Comando Provincial, Engrácia Costa, pediu que me retirassem da carrinha”, informa o jornalista.
De acordo com Simão Serrote, a porta-voz encaminhou-o à Unidade Operativa de Luanda, onde permaneceu duas horas, sentado na recepção. “Depois, a porta-voz apareceu , devolveu o meu equipamento e saí em liberdade”, conclui o repórter.
 

Os Sequestrados

Uma hora antes da detenção de Nito Alves, Edson Miguel, de 34 anos, professor desempregado, Bernardo, Panguila e Tito foram capturados a mais de três quilómetros do local de concentração da manifestação.
“Um dos agentes da polícia disse-nos que Angola tem dono e o dono é José Eduardo dos Santos. Disse-nos que apenas estavam a cumprir ordens e repetiu: ‘Vocês são novos e não sabem que não vão mudar nada porque este país é do José Eduardo dos Santos’”, narra Edson Miguel.
Após essa introdução, vários agentes deram início à sessão de espancamentos dos quatro jovens com as coronhas de armas, pontapés e chicote de cavalo-marinho.
“Com a porrada e o discurso do polícia, o Bernardo disse aos agentes que, querendo ou não, vamos morrer em nome da liberdade. Partiram-lhe o braço esquerdo com uma coronhada”, explica a testemunha.

Os quatro jovens foram levados numa viatura Land-Rover para um apartamento vazio, num condomínio nas imediações da Feira Internacional de Luanda (FILDA). Aí foram separados, cada um numa dependência, e sujeitos a tortura. Outros 12 jovens detidos no local e vistos pelos quatro foram transportados para lugar incerto.
“O meu torturador disse que foram mandados por José Eduardo dos Santos e ameaçou matar a minha família caso continuemos a protestar”, denuncia Edson Miguel,
Por volta das 13h00 de hoje, um novo grupo de agentes procedeu à transferência dos jovens do apartamento, conduzindo-os até ao Bairro Capalanca, em Viana, onde foram libertados.
“’A democracia vai vos levar aonde? Estão a lutar para quê?’ Foi o que os novos agentes nos perguntaram antes de nos soltarem”, sublinha Edson Miguel.

O Terror da PIR

No Largo da Independência, “fecharam-nos no carro celular da Polícia de Intervenção Rápida (PIR). Éramos 17 ao todo. Um agente atirou uma granada de gás lacrimogéneo dentro da viatura e fechou as portas”, revela Nito Alves.

Raul Mandela, desempregado de 28 anos, ainda tem o peito inflamado onde o invólucro da granada lhe raspou. “Fiquei sem ar e desmaiei logo”, conta.
“Tivemos de urinar nas nossas camisas para cobrirmos as nossas bocas para não desmaiarmos. Mas,o Pedrowski Teca e o   Saleio também desmaiaram”, continua o interlocutor.
Os detidos foram a seguir transportados para o comando da PIR, onde os obrigaram a manter-se estirados de barriga para baixo e a olhar para o chão, “para não reconhecermos os rostos dos agentes encarregues de nos torturarem”, diz.
“Fomos atacados com porretes que dão choques eléctricos, e pisoteados com botas, ao ponto de até as pessoas que não acreditam em Deus terem pedido a Sua intervenção, para a salvação”, descreve Adolfo Campos, um veterano das manifestações, detenções e torturas policiais. “A pancadaria foi tanta, que um dos manifestantes defecou ali mesmo”, prossegue.
Desde Março de 2011, grupos informais de jovens têm-se mobilizado para exercer o direito constitucional à manifestação, inspirados pela Primavera Árabe.

Durante a pancadaria, mais dois indivíduos foram encaminhados ao carro de tortura. Tratava-se de Manuel de Victória Pereira, de 60 anos, secretário para a Formação e Cultura do Bloco Democrático, e Serafim Simeão, secretário provincial da Juventude Patriótica de Angola , o braço juvenil da CASA-CE.

Manuel de Victória Pereira vive nos arredores do Largo da Independência e atravessa-o todos os dias para ir trabalhar no Instituto Normal de Educação dos Maristas, a menos de um quilómetro do largo, onde lecciona Português e Literatura. No seu regresso, foi abordado por alguns jovens seus conhecidos, que o informaram da detenção de Adolfo Campos e outros. Distanciou-se deles e dirigiu-se ao Parque da Independência, uma área vedada com quiosques e bares. Pagou os 50 kwanzas de acesso ao parque. Sentou-se na esplanada e pediu uma cerveja bem gelada.
“Nem sequer abri a garrafa. Apareceram vários agentes que me convidaram para ir falar com o ‘chefe’. Quando saí do local estava cercado por agentes da PIR com escudos que me levaram à força para o carro celular, onde me encontrei com o Serafim. Ali começaram a dar-me cacetadas”, descreve Victória Pereira.
Chegados ao Comando da PIR, “obrigaram-nos a tirar as camisas para vendarmos os olhos, enquanto nos espancavam e a polícia política nos fotografava. Insultavam-me como  branco de merda, estrangeiro, mulato barbudo”, conta o professor.
Serafim Simeão passou pelo Largo da Independência, ao volante do seu carro, em direcção a São Paulo, onde iria frequentar um curso. Parou no semáforo, à espera do sinal verde. “Por curiosidade, decidi tirar uma fotografia, com o meu telemóvel, ao grande aparato policial que havia ali, para a minha página no Facebook”, explica o líder juvenil. 
Uma viatura policial perseguiu-o e obrigou-o a encostar a sua viatura junto a umas bombas de combustível. “Apreenderam-me o telemóvel, algemaram-me e levaram-me para o carro da polícia”, conta.
“Estou muito machucado. Levei muitos pontapés nas costelas, pisotearam-me nas costas, bateram-me com porretes. Os agentes da PIR usavam todos máscara para cobrir os rostos”, descreve Serafim Simeão.

Segundo testemunho de Adolfo Campos, os agentes da polícia de elite reservaram um tratamento especial a Manuel de Victória Pereira por ser branco, membro da oposição e pela sua idade. “Foi o mais castigado”, adianta a testemunha.

Raul Mandela acrescenta que a polícia, depois da pancadaria, aspergiu as vítimas com um spray de gás pimenta e fechou novamente as portas do carro celular para lhes causar asfixia.
Membro do Movimento Revolucionário, um dos grupos informais de jovens, Adolfo Campos revela que, após o acto de brutalidade, os efectivos da PIR manobraram um camião de lona, cuja porta da carroçaria dava para a porta do carro celular, parando a uma certa distância. Entre as duas viaturas perfilharam-se agentes com porretes e outros instrumentos de violência.
“Fomos obrigados a saltar de um carro para o outro, enquanto os agentes nos atacavam com porretes, os que caíam entre as viaturas sofriam mais com pontapés também, até nos rostos”, descreve.
Adolfo Campos refere ainda que Serafim Simeão também mereceu tratamento especial, por ser da oposição e corpulento. “No segundo carro, o camião de lona, foi o que mais surra apanhou. Parecia o fim do mundo”, lamenta.
Durante o trajecto para fora de Luanda, os agentes empregaram a tortura psicológica, para além dos pontapés e açoites regulares, ainda de acordo com Adolfo Campos. “Ameaçavam-nos constantemente de que estávamos a ser levados para um campo de fuzilamento. Às tantas decidimos manter a calma, porque se era para morrermos, então assim seria”, enfatiza.
A coluna da PIR libertou Manuel de Victória Pereira no Quilómetro 30, em Viana, tendo feito o mesmo com os restantes na localidade de Catete, a mais de 60 quilómetros da cidade, junto à berma da estrada nacional.
“Eu perguntei [aos captores]: ‘Estão a abandonar-nos aqui, e se algum de nós morrer, quem se responsabilizará? Um dos agentes respondeu-nos que estavam apenas a cumprir ordens e disse-nos que era indiferente. ‘Vocês já são mortos’”, relata Adolfo Campos.
Como prémio adicional pela missão, os agentes da PIR apropriaram-se dos bens dos jovens que lhes despertaram interesse, incluindo dinheiro e o anel de casamento de Adolfo Campos. “Para além de assassinos, são gatunos”, queixa-se.
Por 20,000 kwanzas (US $200), um camionista  aceitou transportar os “desterrados” até a uma distância de pouco mais de cinco quilómetros do Largo da Independência, onde depois foram recolhidos por amigos solidários.
David Saleio, um dos detidos, teve de ser levado imediatamente a uma unidade hospitalar privada, para ser assistido devido ao estado de inflamação em várias partes do corpo, que o impedia de caminhar.

O Grupo do Chabalala

“Pensei que hoje seria o dia do nosso fuzilamento”, desabafa Alex Chabalala, de 22 anos. O jovem faz parte de um segundo grupo, composto por seis manifestantes, detido ontem no Largo da Independência e abandonado na mata, cem quilómetros a norte de Luanda.
“Tive medo, ali no meio da mata para onde nos levaram. Obrigaram-nos a deitar no chão [alinhados juntos], de cabeça para baixo, apontaram-nos as armas, tiraram-nos fotografias e começaram a espancar-nos”, conta Alex Chabalala.
O grupo de seis jovens foi detido por volta das 15h15, por efectivos da PIR, quando tentaram furar o forte dispositivo policial e de segurança destacado no local para impedir a realização da vigília.
Segundo Santos Contuala, de 33 anos, vários agentes espancaram-nos com socos e bofetadas nos rostos, com as coronhas das armas por todo o corpo, para além de pontapés com botas militares e vergastadas com cavalo-marinho.
Os capturados tiveram uma breve passagem pelo comando da PIR, onde foram submetidos a mais violência e a interrogatórios sobre as suas supostas ligações a partidos da oposição. A seguir foram transferidos para um camião policial, onde os obrigaram a manter-se deitados, de barriga para baixo. Escoltados por mais quatro viaturas com agentes policias e de segurança, foram conduzidos a uma mata para além de Calomboloca, próximo da estrada nacional.
Faziam também parte desse grupo Afonso “Feridão”, de 24 anos, António Caquienze “Duke”, de 36 anos, Manuel Pedro Kioza “Steven”, de 23 anos, e Sampaio Kimbamba, de 27 anos.

O Comando do Ministro do Interior

O jornalista Alexandre Solombe, que acompanhou os desafortunados ao hospital e que várias vezes sofreu agressões policiais por cobrir manifestações, fala sobre a estratégia governamental de incremento da violência contra os manifestantes.
“A estratégia de levar os detidos ao comando da PIR para lá serem torturados é uma versão ao extremo da medida que nos foi aplicada a 20 de Setembro passado”, indica o jornalista. Na altura, Alexandre Solombe, o autor e jornalista Coque Mukuta e os sete manifestantes libertados pelo tribunal havia menos de meia hora foram cercados e detidos por um efectivo de 54 agentes da PIR fortemente armados.
Maka Angola soube, de fonte policial fidedigna, que toda a operação de detenção e violência contra os detidos, no Comando da PIR, foi dirigida pelo ministro do Interior, Ângelo de Barros Veiga Tavares

A operação contra os jornalistas, em Setembro passado, segundo dados obtidos pelo Maka Angola, tinha dois objectivos principais. Primeiro, visava testar as reacções internas e externas com a detenção de figuras cujos perfis aparentavam despertar maior atenção de protesto, no âmbito da nova estratégia de repressão.

Segundo, os telemóveis dos jornalistas e a máquina fotográfica do autor, entretanto confiscados, foram levados imediatamente ao Laboratório de Criminalística, onde foram analisados os contactos gravados, as mensagens e as fotografias.
A destruição dos equipamentos, a posteriori, serviu apenas para despistar os verdadeiros objectivos da operação. A análise dos contactos visava identificar figuras do regime que supostamente estariam a apoiar a liberdade de imprensa, a sociedade civil e o exercício dos direitos de cidadania consagrados na Constituição.
A reacção fugaz e inconsequente, a nível nacional e internacional, conforme informações chegadas a este portal, estimulou, com sucesso, a aplicação extrema do método de breve detenção, tortura severa por agentes qualificados do Estado e a sua libertação longe da cidade.
Esses métodos resultam da transferência de práticas usadas sistematicamente por efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) e das empresas privadas de segurança, pertencentes a generais e comissários da Polícia Nacional, contra garimpeiros na região diamantífera das Lundas.
Desde então, o ministro do Interior chamou a si a coordenação directa do Comando de Operações criado para a repressão de manifestantes e outras figuras consideradas demasiado incómodas para o regime. Com o apoio político da Casa de Segurança do Presidente da República, para servir de músculo às referidas operações, o ministro tem a seu cargo todo o dispositivo da PIR, a força de elite do governo. A PIR é comandada pelo comissário Alfredo Quintino Lourenço (Nilo).
Albano Pedro afirma que a polícia violou os direitos e liberdades fundamentais dos manifestantes. “O que está em causa não é apenas a violência em si, mas também a ilicitude dos actos da PIR, ainda que não configurassem quaisquer actos de violência”, refere.
O advogado enuncia os indícios de crimes cometidos pelas forças policiais contra a liberdade dos manifestantes, contra a sua integridade física e honra, por rapto, cárcere privado e o que considera serem tentativas de homicídio contra alguns dos manifestantes pela gravidade das lesões que lhes foram infligidas.
Para o advogado, deve haver procedimentos criminais contra os mandantes e executores da acção, assim como o Estado deve assumir a responsabilidade civil pelos actos de terror.

CAMPO GRANDE/MATO GROSSO: Cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas de MT custou R$ $ milhões, diz a Policia Federal Brasileira

Cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas de MT custou R$ 4 mi, diz PF

Operação Ararath aponta negociação entre deputados e suposto interesse do então governador Blairo Maggi (PR/MT) por...
Fonte e Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
31.05.2014
Operação Ararath aponta negociação entre deputados e suposto interesse do então governador Blairo Maggi (PR/MT)
por Fausto Macedo e Mateus Coutinho
A Polícia Federal rastreou um episódio emblemático no âmbito da Operação Ararath e descobriu como uma cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso custou R$ 4 milhões. Segundo a PF, o ex-deputado estadual Alencar Soares Filho chegou à Corte de contas de Mato Grosso pela via da propina. Ele teria sido contemplado com R$ 4 milhões para, depois de 5 anos, deixar o cargo e ser substituído por um aliado do então governador de Mato Grosso Blairo Maggi (PR), hoje senador.
A Operação Ararath, dividida em cinco etapas, é uma polêmica investigação da Polícia Federal que desmontou organização criminosa para prática de lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e financiamento ilícito de campanhas eleitorais.
A PF mostra que o acordo previa que a cadeira de Alencar passaria a ser ocupada pelo deputado estadual Sérgio Ricardo, da mesma agremiação política de Blairo, o que acabou ocorrendo de fato.
Blairo foi governador de Mato Grosso duas vezes consecutivas, no período 2003/2010. Depoimentos e documentos apreendidos pela Ararath permitiram à PF rastrear o negócio.
Alencar Soares, então deputado, chegou ao TCE/MT em 2006, por indicação da Assembleia Legislativa. Entre 2008 e 2011 ele acumulou a função de ouvidor geral do tribunal. Aposentou-se em maio de 2012, quando Sérgio Ricardo foi indicado.
O episódio merece capítulo à parte na Ararath. A PF suspeita que Alencar "vendeu" a vaga no TCE/MT para Sérgio Ricardo.
Há duas semanas, quando deflagrou a quinta etapa da Operação Ararath, a PF localizou uma planilha de pagamentos que inclui Alencar Soares e, ao lado de seu nome, a cifra R$ 4 milhões.
VEJA A PLANILHA FEITA À MÃO APREENDIDA PELA PF:
Os investigadores tomaram o depoimento do empresário Gércio Marcelino Mendonça Junior, controlador da Amazônia Petróleo, supostamente usada para operar um "banco clandestino" da organização. Mendonça tornou-se o delator do esquema.
Ele aponta o envolvimento do ex-secretário da Fazenda de Blairo Maggi na liberação do dinheiro para o ex-conselheiro do TCE/MT. Éder de Moraes, o ex-titular da Fazenda de Blairo, foi preso por ordem da Justiça Federal.
A PF fez buscas na residência e no escritório de Éder de Moraes e também no gabinete do conselheiro Sérgio Ricardo. A PF suspeita que a trama consistia numa operação "casada", um acordo político por meio do qual Alencar se comprometeu a ceder, em 5 anos, a cadeira de conselheiro para Sérgio Ricardo mediante aquele valor.
Ainda segundo a linha de investigação da Ararath, o ex-conselheiro devolveria o dinheiro quando cessada sua passagem pelo TCE. Mas Alencar teria gasto a quantia que recebera para "guardar" a vaga para o aliado de Blairo. Por isso, tomou empréstimo de Gércio Mendonça para quitar a dívida com seu sucessor na Corte de contas.
Em relatório, a PF é categórica. "Outra pessoa envolvida no esquema é Alencar Soares Filho, então conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, o qual recebeu vantagem pecuniária indevida das mãos de Gércio Marcelino Mendonça Junior, a pedido e na presença de Éder de Moraes Dias, que, por sua vez, agia no interesse e a mando de Blairo Borges Maggi."
A PF sustenta que "a vantagem pecuniária recebida, que totalizou R$ 4 milhões, serviria para que Alencar Soares pudesse devolver a Sérgio Ricardo os valores anteriormente pagos por este e tinha como finalidade última a permanência de Alencar na cadeira de conselheiro, no interesse do então governador do Estado Blairo Maggi".
A PF suspeita que Blairo prometeu e posteriormente cumpriu a promessa de dar a Alencar, por intermédio de Éder de Moraes, recursos para serem devolvidos a Sérgio Ricardo, "viabilizando sua permanência no cargo de conselheiro".
A propina para Alencar teria sido parcelada, primeiro R$ 1,5 milhão, depois um cheque de R$ 2,5 milhões. Amparado na investigação da PF, o Ministério Público Federal destaca. "Gércio Mendonça afirmou que soube do contexto da venda da vaga no Tribunal de Contas de Mato Grosso no gabinete do conselheiro Alencar Soares, tendo na oportunidade entregue cheque de R$ 2,5 milhões."
Em depoimento à PF, Gércio de Mendonça contou que foi chamado pelo então secretário da Fazenda de Mato Grosso logo após uma viagem de Blairo Maggi e comitiva junto com o então conselheiro Alencar Soares. O encontro teria ocorrido na sede da Secretaria da Fazenda.
Segundo Mendonça, o então chefe da Pasta teria dito a ele: "Estamos precisando resolver um assunto de dois milhões e meio, que Blairo Maggi determinou que resolvesse."
A PF juntou aos autos o depoimento de Gércio Mendonça. Ele declarou: "Que o depoente compareceu à Secretaria de Estado da Fazenda com o cheque já emitido no bolso de sua camisa, já que não anda com talonário de cheque, vez que cumpriu solicitação de Éder de Moraes para que emitisse um cheque no valor indicado, da Amazônia Petróleo, corno emitente e nominal; Que Éder de Moraes levou o depoente, em uma caminhonete Hilux preta, até o gabinete do então conselheiro do TCE/MT, Alencar Soares; que entraram pela garagem do subsolo e foram direto ao segundo andar; que, ao chegar no gabinete de Alencar Soares, Éder de Moraes teria dito 'vim honrar um compromisso do governador Blairo Maggi'."
ALEGAÇÕES DA ASSESSORIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MATO GROSSO E DO SENADOR BLAIRO MAGGI (PR/MT)
A assessoria de imprensa do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso informou que o conselheiro Sérgio Ricardo não vai se manifestar porque não se considera investigado pela Operação Ararath ou, muito menos, formalmente acusado.
Para Sérgio Ricardo, as buscas em seu gabinete fazem parte de procedimentos normais da PF em consequência da delação premiada do empresário Gércio Mendonça.
O conselheiro de contas tem dito a interlocutores que está "tranquilo" e convencido de que "nada será provado contra ele" porque houve um acordo político para que assumisse a cadeira no TCE após 5 anos de permanência de Alencar Soares no posto.
Por meio de sua assessoria, o senador Blairo Maggi (PR-MT) negou qualquer relação com o episódio e informou que jamais interferiu na nomeação de conselheiros para o Tribunal de Contas do Estado "tendo sempre nomeado os indicados pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso".
Alencar Soares, ex-conselheiro do TCE/MT, não foi localizado.
VEJA O DEPOIMENTO DE GÉRCIO DE MENDONÇA NARRANDO O PAGAMENTO AO CONSELHEIRO DO TCE-MT

UTTTAR PRADESH: Cinco suspeitos pelo estupro e morte de duas meninas são presos na Índia

Cinco suspeitos pelo estupro e morte de duas meninas são presos na Índia

A polícia indiana prendeu cinco homens pelo estupro e assassinato de duas meninas, encontradas enforcadas em uma árvore em uma vila no norte da Índia, informou a polícia neste sábado.
Fonte: AFP
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
31.05.2014
A polícia indiana prendeu cinco homens pelo estupro e assassinato de duas meninas, encontradas enforcadas em uma árvore em uma vila no norte da Índia, informou a polícia neste sábado.
A polícia indiana prendeu cinco homens pelo estupro e assassinato de duas meninas, encontradas enforcadas em uma árvore em uma vila no norte da Índia, informou a polícia neste sábado.
A descoberta na quarta-feira dos corpos das duas primas, de 14 e 12 anos, no distrito de Budaun, no estado de Uttar Pradesh, é o mais recente caso de agressão sexual no país que causou uma onda de indignação.
"O estupro das duas meninas foi confirmado. Elas morreram por asfixia", declarou à AFP o superintendente da polícia de Budaun, Atul Saxena, que anunciou a prisão de cinco homens.
Três são acusados ??de estupro, enquanto dois policiais são acusados ??de conivência com os criminosos e negligenciar seus deveres.
Parentes das vítimas informaram os nomes de dois outros homens, mas a polícia desconhece seu paradeiro, segundo Saxena.
Os familiares das duas primas, da casta dos intocáveis ??ou dalits, disseram à AFP que a polícia poderia ter salvo as adolescentes, mas recusou-se a fazê-lo porque as meninas eram de uma casta inferior.
"Os policiais deixaram de agir durante horas, quando poderiam ter salvo a vida das duas meninas. Por tudo se resume a uma questão de castas?", criticou o pai de uma das vítimas, cujos nomes são mantidos no anonimato.
Os supostos agressores eram de uma casta superior.
Os exames médicos mostraram que as vítimas foram sexualmente agredidas repetidamente antes de serem assassinadas.
Segundo o relato que o pai fez à AFP, as duas primas foram agredidas quando iam para um banheiro em um local público, já que, como da casta dalit, não dispunham de sanitários em casa.
O pai indicou que seu irmão ouviu choro procedente do local aonde as adolescentes haviam ido. Foi até lá e tentou enfrentar os cinco homens, mas teve que fugir quando eles ameaçaram com armas.
A família alertou então a polícia, que respondeu que as meninas se encontravam num povoado que pertencia a uma casta mais elevada e que estariam de volta em duas horas, contou o pai.
O caso coloca mais uma vez em evidência a dificuldade de prevenir a violência sexual na Índia, apesar do endurecimento das leis e dos esforços para tentar mudar este comportamento após o estupro coletivo e morte de uma estudante em Nova Deli em 2012, o que causou comoção em todo o mundo.
No início do ano, uma jovem foi vítima de um estupro coletivo em um povoado remoto do estado de Bengala Ocidental (leste) por ordem de um conselho tribunal, como castigo por sua relação com um muçulmano.

LISBOA: António José Seguro diz que abdica de ser candidato a PM em prol da solução política


António José Seguro diz que abdica de ser candidato a PM em prol de solução política

O secretário-geral do PS, António José Seguro, admitiu hoje que "abdicou" de ser candidato a primeiro-ministro e propôs eleições primárias alargadas a militantes e simpatizantes para que o partido encontre uma "solução política" para concorrer às próximas legislativas.
CARLOS BARROSO/Lusa
Fonte: Lusa/CARLOS BARROSO
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
31.05.2014
Torres Vedras, 31 mai (Lusa)- O secretário-geral do PS, António José Seguro, admitiu hoje que "abdicou" de ser candidato a primeiro-ministro e propôs eleições primárias alargadas a militantes e simpatizantes para que o partido encontre uma "solução política" para concorrer às próximas legislativas.
"Tenho um mandato como secretário-geral do PS para ser candidato a primeiro-ministro e abdiquei dessa minha atribuição para abrir à escolha dos portugueses", afirmou António José Seguro aos jornalistas, à saída para almoço da reunião da comissão política nacional, que decorre em Torres Vedras.
"Não tenho medo de nenhum debate, não me refugio nos estatutos. Precisamos de uma solução política, mas precisamos de perceber a mensagem que os portugueses nos dão", sublinhou.
António José Seguro propôs eleições primárias, tal como aconteceu em França recentemente, e vai reunir esta semana a Comissão Política para iniciar o processo de revisão dos estatutos nesse sentido, enquanto o presidente da câmara de Lisboa, António Costa propôs incluir nessa reunião a discussão da possibilidade de haver um congresso extraordinário, mas foi recusado.

terça-feira, 27 de maio de 2014

LUANDA: MPLA, o 27 de Maio e as suas consequências - Por Raul Diniz

MPLA, O 27 DE MAIO DE 1977, E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Fica nítido e entendível o quanto o regime déspota implantado na nossa terra, teme a data de 27 de maio! O regime de JES não teme apenas o dia 27 de Maio por essa data representar dia maior purga já acontecida em toda na história do nosso país e de toda África e não só. É verdade que JES teme ser responsabilizado pelos assassinatos caso venha a existir uma (Comissão da Verdade e Perdão), pois José Eduardo dos Santos sabe essa possibilidade é mais que certa.
Fonte: Planalto De Malanje Rio Capôpa
27.05.2014

JES NÃO PASSA DE ACUADO COBARDE EM TODA A SUA HISTÓRIA, PRIMEIRO COMO ASSISTENTE JUNIOR DE AGOSTINHO NETO NO CONGO BRAZAVILE E DEPOIS LIGADO TELECOMUNICAÇÕES, NESSA CONDIÇÃO PERMANECEU SOMENTE SEIS CURTÍSSIMOS MESES NA FRENTE LESTE ONDE ESTEVE SOB COMANDO DO CAMARADA DIBALA. SABEMOS TODOS DO MEDO E O CONSTANTE E DESGASTANTES MOMENTOS DE SUSTO EM QUE VIVE EDUARDO DOS SANTOS E TODA SUA PROLE.
José Eduardo dos santos desde antes do seu longo e desastrado consolado sempre construiu inimizades varias com elementos da superestrutura do nosso “M”< primeiro com Daniel Chipenda seu superior Hierárquico quando Chipenda era o presidente da JMPLA e ele JES o vice-presidente, mais tarde com o camarada Dilolwa já falecido em situação deveras estranhas. E por aí foi agregando conflitos atrás de conflitos até se conflitar com o Camarada Ambrósio Lukoki, homem generoso e de paz.
CHEGOU A HORA DE COLOCAR-SE UM PONTO FINAL AO SOFRIMENTO DAS FAMÍLIAS ENLUTADAS. ATÉ HOJE NÃO NINGUÉM SABE E NUNCA FOI REVELADO O LUGAR ONDE FORAM INDIGENTEMENTE ENTERRADOS EM SURDINA OS SEUS NOSSOS FAMILIARES ASSASSINADOS PELO SISTEMA IMPLANTADO NA NOSSA TERRA.
Já antes afirmei e volto a afirmar que, enquanto não exorcizarmos essa fase negra da nossa história com coragem politica necessária e, sobretudo com soberana liberdade e total abertura, essa situação continuará a estigmatizar a matriz sociológica da nossa angolanidade ancestral como “povo” (nação) una e indivisível. As populações de todo país esperam da parte do regime do figurão JES uma reparação dos males sofridos pelos seus familiares indecentemente assassinados, o país e o mundo externo sabe que nossos familiares foram vergonhosamente trucidados pelas armas desembainhadas pelo braço assassino da DISA, sob a liderança Agostinho Neto, Lúcio Lara e José Eduardo dos Santos. Não tenhamos duvidas nenhumas que o chefe dos jacarés assassinos de hoje em tempos que já lá vão era de facto o elo entre o morro da Corimba, onde residia o presidente Agostinho neto e os altos comandos da DISA e do Ministério da Defesa.
EXISTEM MIL RAZÕES PARA QUE O REGIME TEMA ABORDAR O TEMA 27 DE MAIOR DE 1974
Razões mil existem por detrás desse imperioso medo de JES assumir como presidente do seu MPLA, toda a responsabilidade daquele que foi o maior erro politico do regime em toda a sua história, e que resultou no exagerado morticínio jamais visto. Há muito tempo poderíamos ter sanado essa questão caso não tivéssemos na direção do país o frenético ditador jacaré bangão JES, que a todo custo inviabilizado qualquer esforço que resulte na formação de uma comissão da verdade e perdão. Porém, todos sabem que esse o único caminho que temos como a saída mais propícia para podermos debater até a exaustão os malefícios do causados as famílias até hoje enlutadas.
A senda de assassinatos comandada por Agostinho Neto, Iko Carreira, Lucia Lara e os antigos capangas Ludy Kissassunda, Onambwé e José Eduardo dos Santos, atual ditador angolano feriram de sobremaneira a estrutura interna do MPLA, por esse motivo precisamos todos saber o que originaram toda essa orgia de assassínios em massa, que levaram a óbito os melhores e mais queridos filhos dessa Angola descontente.
Temos de facto de refletir muito sobre os fatores que levaram o MPLA a assassinar fria e massivamente os seus próprios filhos, apenas e só para manter no poder uma malfadada e inescrupulosa elite de bandidos afobados. Agora chegou a hora de esclarecermos a origem e os motivos que resultaram com as mortes por assassínio do comandante Soto Mayor e toda linha de comando, esses valentes guerrilheiros foram fuzilados de maneira cobarde e horripilante no campo aberto do Sambizanga em 1974. Nestes assassinatos, foi constituído como juiz de direito o antigo preso acusado de pertencer a uma seita de testemunhas de Jeová, mais tarde na cadeia essa pessoa de nome Manuel Pedro Pacavira, acabou por converter-se ao Marxismo Leninismo.
 Igualmente temos de pôr cobro com sofrimento dos familiares dos angolanos Bakongos e povos do Sul barbaramente assassinados na sexta feira sangrenta em 1992, também precisamos dialogar sobre os assassinatos de milhares de militantes angolanos da UNITA friamente assassinados a mando da casa militar sob os auspícios do então coronel Fernando Garcia Miala e do General José Maria. De igual modo temos de acabar com os frequentes assassinatos impunes como os de M’flupinga Lando Victor, Ricardo de Melo, Cassule e Kamulingue e o do jovem engenheiro Ganga, quadro da CASA-CE.
Todos esses assassinatos que vêm acontecendo injustificadamente um pouco por todo país, acontecem apenas, porque um reduzido grupo de dirigentes dependentes do ditador não aceitar que se pense diferentemente do ditador e de seus correligionários sanguinário. Não se pode protelar mais essa espécie de práticas próprias de vândalas, executadas pelos energúmenos ligados aos órgãos do estado que deveriam proteger os cidadãos, como o caso da policia nacional e dos serviços de segurança adstritos à casa de segurança militarizada do ditador arruaceiro JES. Angola não pode girar consequentemente em torno do narigão do presidente da ditadura, nem todos devemos dançar a música tocada pelo Coreon Dú seu filho assanhado.
O PAÍS PRECISA E TEM QUE MUDAR DE VIDA URGENTEMENTE.
Todas as práticas que têm concorrido para o mal estar social na nossa terra usurpada pela falange comandada pelo gatuno malandro JES e sua família direta, de uma maneira ou de outra têm que ser imediatamente extirpadas do nosso seio. Não se pode conviver mais com os constantes desmandos irresponsáveis, auspiciosamente comandados pelo barão da morte em Angola JES. O país não pode continuar a caminhar na mesma direção errada, o país pode mais suportar a demanda criminosa protagonizada pelo ditador JES e seus aventureiros canastrados seguidores. Temos de dar outro rumo ao país, o país tem de mudar de vida e seguir um via diferente que não seja a atual, e de preferência sem o arrogante ditador nem com a sua família composta de competentes gatunos, e malandros experimentados, que a muito deveriam estar na cadeia a mofar pelos muitos crimes praticados contra o estado de direito e contra a pessoa humana.
Não posso nem consigo deixar em branco essa data, sem enaltecer a titulo póstumo esses heróis da luta de libertação pertencentes ao meu partido, e assassinados pelo mesmo partido que os viu nascer e assassinando-os, silenciosamente os viu partir para eternidade.
VIVA OS NOSSOS HERÓIS DA LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL, OS CONHECIDOS E ANÔNIMOS. TODOS JUNTOS VENCEREMOS A DITADURA E O DITADOR INFAME JES.
Viva Nito Alves, viva José Van-Dunen e Sita Vales, Viva o Monstro Imortal, viva Bakalof, Eurico Gonçalves, Viva José Mingas e Saydi Mingas, Viva Sambila, viva Kiferro, Viva Urbano de Castro, Viva Tilú Mendonça, Viva Manuel da Silva Lourenço, viva Galiano da Silva Lourenço, viva Luís da Silva Lourenço, viva os irmãos Santos dentre outros comandantes que tudo deram pela formação desse desastrado país politico comandado por dois assassinos natos, Agostinho neto e José Eduardo dos Santos, que viva para sempre na memoria dos muitos amigos e familiares do meu Irmão José Diniz comandante Zeca da nona brigada.

Raul Diniz

LUANDA: Caridade nepotista bem orquestrada: Lista dos cargos públicos ocupados pela família do mafioso ditador angolano JES

Caridade bem ordenada , lista dos cargos públicos ocupados pela família real angolana
Fonte: Angola-connection.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
26 Maio 2014
      
 
Será verdade, também não sei o meu nome não aparece na lista…….

LISTA DOS CARGOS PÚBLICOS OCUPADOS PELA FAMÍLIA REAL ANGOLANA

1. Ex-Ministro das finanças: Carlos Lopes, marido da irmã da primeira-dama Ana Paula Dos Santos.
2. Ministro do Ensino Superior, Adão Do Nascimento, sobrinho do presidente José Eduardo Dos Santos.
3. Vice-presidente da Republica, Manuel Vicente, enteado da falecida irmã do presidente José Eduardo Dos Santos.
4. Secretário de Estado para Habitação, Joaquim Silvestre, irmão da primeira-dama Ana Paulo Dos Santos.
5. Secretaria do Presidente para Assuntos Particulares, Avelina Dos Santos, sobrinha do Presidente José Eduardo Dos Santos, filha do seu irmão Avelino Dos Santos.

6. Administrador do Fundo Soberano, Zenu Dos Santos,filho do José Eduardo Dos Santos.
7. Secretário-geral da casa militar, Catarino Dos Santos sobrinho de José Eduardo Dos Santos, filho do seu irmão Avelino Dos Santos.

8. PCA da EPAL Leonildo Ceita primo da primeira-dama.
9. PCA da ENANA, Manuel Ceita, primo da primeira Ana Paulo Dos Santos.
10. PCA do Banco de Comercio e Industria (BCI),Filomeno Ceita primo da primeira-dama.

11. Director do Instituto Nacional de Estatística, Camilo Ceita, primo da primeira-dama, Ana Paula Dos Santos.

12. PCA da MECANAGRO, da GESTERRA e presidente da Federação Angolana de Hóquei em patins Carlos Alberto Jaime Calabeto, sobrinho/primo do presidente José Eduardo Dos Santos.
13. Governador do BNA, José Massano, amigo pessoal e ex-colega de Isabel Dos Santos, filha do presidente José Eduardo Do Santos.

14. Vice-governador do BNA, Ricardo De Abreu, compadre e amigo pessoal de Isabel Dos Santos, filha do presidente José Eduardo Do Santos.
15. Ministra de Comercio, Rosa Pacavira, sobrinha da esposa de Avelino Dos Santos, irmão do presidente José Eduardo Do Santos.

16. Administrador da TAAG, Luís Dos Santos, irmão do presidente José Eduardo Do Santos.
17. PCA da ANIP, Maria Emília Abrantes Milucha, mãe da Tchize e Zé Dú Dos Santos (Korean Dú,
filhos do presidente José Eduardo Do Santos.

18. TPA 2 entregue a Semba comunicações, empresa de Tchize e korean Dú filhos de José Eduardo Dos Santos.






--
"Se um dia tiver que escolher entre o Mundo e o Amor...

Lembre-se.

Se escolher o Mundo ficará sem o Amor, mas se escolher o Amor com ele você conquistará o Mundo...

LUANDA: Bloco Democrático é a favôr duma comissão da verdade que reconcilie a família angolana com o 27 de Maio

Bloco Democrático é a favor duma Comissão da Verdade que reconcilie a família angolana com o 27 de Maio

Fonte: Secretariado Nacional do Bloco Democrático
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
27.05.2014
    EXORTAÇÃO AO 27 DE MAIO: Na próxima semana, o infausto acontecimento ocorrido a 27 de Maio de 1977, pontualizará 37 anos da maior tragédia nacional!
O BD herdeiro das tradições de Liberdade, Justiça e Democracia do povo Angolano assinala, com profunda dor e sentido humano, a data que, por razões políticas, registou o assassinato de dezenas de milharares de angolanos, deixando um lastro de dor, tristeza e desespero, que se traduz hoje, num trauma que se transfere de geração em geração.
Ao assinalar o 27 de Maio, o Bloco Democrático quer mostrar que os povos devem ter suficiente coragem, de olhar de frente, para os factos danosos que marcaram a sua história e influíram profundamente na sua psicologia social, com cabeça erguida e espírito aberto visando enterrar os demónios que inspiram os actos bárbaros que ensombram a natureza humana.
Recentemente, a 8 de Maio, os povos de todo o mundo lembraram os horrores da 2a Guerra Mundial. Não porque desejam que tais actos regressem, mas exactamente porque pretendem deixar bem claro, que os querem ver soterrados e que as actuais e futuras gerações, devem tirar lições que evitem o regresso ao passado. Os povos fizeram-no com tranquilidade, sem repressões das autoridades, elas próprias envolvidas nas manifestações.
Por isto, o 27 de Maio é também um dia de profunda reflexão sobre a intolerância política. Mais que isto, a incapacidade das diferenças políticas angolanas serem tratadas na base do diálogo, dos mecanismos democráticos e no interesse do povo.
Porque em Angola a situação política mantém-se truculenta, prenhe de violência persecutória e física, com pressões psicológicas e políticas de pensamento único, porque a Justiça tarda a ser imperativa e a intolerância politica se mantém no posto de comando, o 27 de Maio não é comemorado como um remédio para os espíritos que acinzentam as mentes dos angolanos e os transforma em pessoas com medo permanente. Aliás, o medo transformou-se num dos pilares sobre os quais a política de poder se serve para perpectuar a situação de domínio.
Lembrar o 27 de Maio é uma acto de dignidade, de humanismo e de profundo patriotismo. É honrar todos os que pereceram e dar afecto e coragem aos familiares das vítimas. É recordar, na actualidade, que precisamos ainda das conquistas da paz interior, da tolerância politica, da liberdade, da democracia, dando esperança que a mudança para o bem, podendo demorar mais ou menos tempo, devemos fazê-la acontecer.

Por isto, o Bloco Democrático apoia e estimula todas as manifestações de massas, de grupos de jovens ou adultos, individuais, abertas ou de profunda reflexão interior que acontecem pelo país e repudia não só os actos que visam policialmente abafar a livre expressão dessa indignação e libertação, como as matérias jornalísticas que ofuscam a verdade dos factos.
O Bloco Democrático é igualmente a favor duma Comissão da Verdade que reconcilie a família angolana com o 27 de Maio.
MUDAR O FUTURO PARA A LIBERDADE, MODERNIDADE E CIDADANIA!
Luanda, 21 de Maio de 2014
O Secretaria do Nacional