A inadequada eloquência verbal encontrada nos discursos
musculados do vice-presidente do MPLA, são a prova comprovada de que o
governante é parcialista e não compreendeu o cansaço que a imponência dos seus
exaustivos discursos sem criatividade causa aos que o escutam. Por outro lado,
denota-se nos discursos uma elevada doze de incredulidade que de certo modo
inviabilizam o prometido combate a corrupção e a igualdade de oportunidades e
na aplicação da justiça igual para todos, debalde.
Essa questão obstaculiza a salutar convivência
entre a elite governante e os governados expostos a todo tipo de sofrimento
miserável e de pobreza descabida.
Governar o país não significa apenas
exonerar inimigos e/ou adversários e de seguida nomear amigos próximos.
O que fará o PR auto-intitulado reformista para transformar
a economia do país? Além de ter passado mais de 150 dias a defender o gangster
corrupto Manuel Vicente, com quais instrumentos conta o PR para ajustar e
fortalecer economicamente o país?
Pelos vistos, o presidente precisa urgente de um plano coeso
para começar a executar as prometidas reformas económicas. Cabe a cada um dos
presidentes o da república e do MPLA, o papel fundamental para retirar o país
do estado de falência económica que se encontra. João Lourenço tem de aprender
e rápido a governar para todos como prometeu fazer.
Quanto ao presidente
JES, cabe-lhe o papel fundamental de modernizar o MPLA, retira-lo da
fossilização nauseabunda onde se encontra acostado. José Eduardo dos Santos é
neste momento a pessoa certa para permanecer a frente do MPLA para afasta-lo do
estigma de partido elitista e voltar a dar-lhe o cunho de partido de massas do
passado.
Foi de uma estrema gravidade o PR
permitir que o novo PGR Pitagróz ameaça-se e/ou tenta-se amordaçar a Maria
Luísa Abrantes.
Se o presidente da república quer tanto perseguir gatunos e
corruptos, então que comece dentro da cidade alta, por exemplo poderá começar
por perseguir o director do seu gabinete, passar pelo seu secretário económico,
pelo secretario dos assuntos produtivos e desaguar no ministro da casa de
segurança. Aí sim daria sinais de verticalidade e amadurecimento político.
Todos cometemos erros, todos falhamos, sobretudo aqueles que
como eu, deram inicio a construção da república popular de Angola. Então por
quê essa peregrina perseguição contra os filhos da Maria Luísa Perdigão Abrantes?
O que esses filhos da nossa Angola fizeram que os outros filhos da elite não
fizeram?
Porque não amnistia os prisioneiros
políticos e de consciência injustamente atirados para as masmorras da ditadura.
Como por exemplo o cristão “KALUPETECA” cidadão humilde e pobre.
A forma violenta como
foram desarreigados dos seus negócios, nem mesmo os seus direitos empresariais
foram respeitados. Tem razão a dra. Milucha Abrantes, e fez muito bem abrir a
boca no momento certo para defender os seus filhos.
Caso essa mulher
valente não partisse para luta em defesa dos filhos quem o faria?
João Lourenço e o seu PGR não têm o direito de ameaçar a mãe
dos filhos de JES, se quiserem começar uma caça as bruxas comecem dentro do
palácio não aqui fora. Não lutamos para que se repita o que aconteceu no
passado recente, vamos com humildade trabalhar por uma verdadeira paz social em
harmonia.
Tanto ódio para quê?
Todos erramos e roubáramos o que é de todo povo, incluindo o
próprio PR e o PGR. Querem agora criar bodes expiatórios para justificar o
recurso a uma ambicionada purga só para o PR e sua entourage alcançar
popularidade mixuruca?
Afinal querem mudar o país para pior e coloca-lo em desordem
social? Que razão está por baixo dessa tão dedicada caça as bruxas? Ameaçar
e/ou tentar calar a cidadã a Milucha, foi no mínimo um perigoso exercício de
estupidez delirante e um doloroso tiro mo pé do PGR e de quem lhe deu ordens.
Vamos trabalhar e melhorar a vida do nosso sofrido povo.
Por essa e por outras é que o MPLA se enfraquece a cada vez
mais, por outro lado, os injustiçados estão incondicionalmente ao lado dessa
mulher valente. O governo de João Lourenço é de facto a extensão do anterior em
todas as suas vertentes.
Quem quiser ser presidente do MPLA
tem de ir a votos, os “LOURENCISTAS” querem a presidência do MPLA, a solução é
JL irem a votos.
Não existe unanimidade nos partidos políticos, o MPLA não é
excepção a regra. Não existe unidade de
pensamento no interior da militância do MPLA e muito menos no corpo
expedicionário da oligarquia impositora do regime segregacionista. Por assim
dizer, João Lourenço não é nem poderia ser a única escolha para dirigir o
partido.
Nunca fiz política por encomenda, tão pouco meu
comportamento obedece a qualquer espécie de seguidismo político cego e
irresponsável. Porém, a minha posição desta vez é claríssima, enquanto
militante do MPLA, estou ao lado da corrente que segue o ex-presidente da
república e actual presidente do partido José Eduardo dos santos.
A razão é que os seguidores de João Lourenço nunca encararam
positivamente o debate político como o caminho a seguir. Sempre se comportaram
como ratazanas oportunistas, nunca abriram a boca para manifestar qualquer
opinião contra as arbitrariedades impostas pelo regime.
Todos quantos desejarem concorrer a
presidência do partido poderão fazê-lo em liberdade e em sã consciência.
Não me oponho a predisposição do novo inquilino da cidade
alta desejar liderar o MPLA. Essa
vontade é legitima, só não deve ser tão levianamente exigível. Nem deverá
pensar que é o herdeiro natural do trono só por ter sido colocado por JES e
Kopelipa na presidência da república.
Pensar que é o candidato de toda a militância seria o mesmo
que insinuar que somos todos dementes. Em primeiro lugar é que no MPLA cada
cabeça é uma sentença, segundo lugar, não existe nenhum deficit de quadros com
capacidade de comandar capazmente o MPLA e leva-lo a bom porto.
Sempre se mantiveram caladinhos e
obedientes a mercê da vontade do ditador, agora aparecem como pavões
alvoraçados em arautos defensores da democratização do país.
Jamais fui preparado como expert para discutir pessoas ou
cargos, a minha praticabilidade sempre se baseou em discutir ideias e em apoiar
projectos estruturais, sobretudo, discutir modelos de governação viáveis, que
respeitem a com clareza a administração coerente da coisa publica. Isso
significa dizer que é preciso que o povo participe em liberdade nas discussões
económicas do país
Portanto, para mim JES não é mais o principal entrave da
governação que o precisa para sair da clausura fúnebre em que se encontra, Não
há mais nenhuma necessidade de se combater o presidente do MPLA nem se lhe pode
assacar responsabilidades idênticas as que no passado recente provocou tamanho
sofrimento ao povo.
Os que acreditaram que João Lourenço
seria a promessa de renovação do sistema político-económico encontram-se
expectantes.
Certamente perceberam o engodo em que se meteram e
entenderam que não haverá alteração melhorada nenhuma na condução do xadrez
político económico e social. Aqueles que sonhavam com uma nova Angola estão
decepcionados pois o chefe do executivo decidiu defender os corruptos, coisa
que não foi escrutinada nas eleições de Agosto.
Por exemplo, a Angola
profunda não esta representada no governo do presidente lobitanga. Com João
Lourenço o país encolheu e ficou mais pequeno. O governo ficou desconfigurado
descabidamente, e está sem tecnocratas de reconhecida craveira, também não
possui nenhuma representatividade política fora do celeiro da corrupção.
Até o MPLA ficou mais pequenino com a presidência de João
Lourenço. a As escolhas para formação do governo são da inteira e exclusiva
responsabilidade do presidente da república. Porém, acredito que seria
bem-vinda tentar utilizar outras alternativas com quadros experimentados da
nossa praça político-económica, deste modo ajudariam a retirar o país da
enrascada em que MPLA o colocou.
Infelizmente em Angola a democracia
não é a regra, mas, a excepção.
O estado de direito não funciona onde não se respeitam as
liberdades de expressão, de ir e vir e de manifestação publica. Hoje a
integridade e a inteligência do cidadão em Angolano tem sido constantemente
estuprada violentamente pelo poder carrancudo emanado do autoritarismo do
regime, que insiste em não se renovar.
Isso demonstra que filosofia autoritária e a cultura
totalitária continua a cultivar a intolerância, a mentira eloquente continua
activa e actuante na divulgação da publicidade falsa, com o firme propósito de
enganar o maior número de pessoas distraídas.
Não sou e nem nunca fui LOURENCIANO e
não faço questão nenhuma em sê-lo, do mesmo modo que nunca fui JESSEANISTA.
Sou apenas um humilde cristão que é também militante do MPLA
há 43 anos, disso não abro mão. Esse sentimento lúgubre que define a bajulação
como o caminho mais rápido de ascender a um lugar ao sol sem qualquer esforço,
não é mais bem-vindo. Essa é a formula errada de se chegar ao pólio e por isso
tem de ser definitivamente banida.
Quando JES foi automaticamente conduzido ao cargo de em
Presidente da república e do partido ao tempo do MPLA/Partido do Trabalho, pertence
a era de partido único. Seria uma tremenda imprudência continuar a alimentar
levianamente a militância com deslavadas incongruências, não se pode perpetuar
o erro nem continuar a conduzir erradamente o partido.
Camaradas, uma coisa é uma coisa e outra
coisa é outra coisa.
Ninguém pode chegar a presidência do partido senão pela via
eleitoral, e não vale mais a farsa de candidato único, o confucionismo
elaborado tem de terminar no MPLA.