sábado, 19 de julho de 2014

WASHINGTON: Obama aponta o dedo de Putin no derrube do avião Malaio

Obama afirma que avião malaio foi abatido por 

míssil disparado de zona rebelde

Fonte: AFP
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
18.07.2014

Embora Obama tenha destacado que ainda está à espera do quadro geral da situação, ele lembrou que os rebeldes pró-russos já abateram no passado uma aeronave ucraniana.
Embora Obama tenha destacado que ainda está à espera do quadro geral da situação, ele lembrou que os rebeldes pró-russos já abateram no passado uma aeronave ucraniana.
O presidente americano, Barack Obama, declarou nesta sexta-feira que um míssil disparado de um território em poder 
dos rebeldes na Ucrânia foi a causa da queda de um avião comercial malaio, provocando uma tragédia indescritível, 
segundo ele. Em um pronunciamento na Casa Branca, Obama se uniu aos apelos da comunidade internacional
 e pressionou por uma investigação internacional do incidente em que morreram todas as 298 pessoas a bordo da 
aeronave.

Veja também:
"As evidências indicam que o avião foi abatido por um míssil terra-ar, que foi lançado a 
partir de uma área controlada por separatistas apoiados por russos no interior da 
Ucrânia", afirmou o presidente americano.
Embora Obama tenha destacado que ainda está à espera do quadro geral da situação, ele
 lembrou que os rebeldes pró-russos já abateram no passado uma aeronave ucraniana.
O presidente americano, que no início da semana anunciou um aumento das sanções 
contra a Rússia devido ao conflito, disse ter ligado para presidente russo, Vladimir Putin,
 para pedir que ele use de sua influência junto aos separatistas pró-russos para conter 
seus ataques.
"Acho que é importante reconhecer que este evento chocante lembrou que este é o 
momento de restaurar a paz e a segurança na Ucrânia", disse Obama.
Em uma conversa por telefone com o primeiro-ministro holandês, Putin pareceu 
concordar com Obama ao afirmar que a "tragédia mostrou novamente a necessidade de
 uma solução urgente e pacífica para a grave crise a Ucrânia".
Em sua reação mais contundente à tragédia de quinta-feira, Obama homenageou os 
passageiros do avião que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur.
Ele declarou que pelo menos um cidadão americano estava entre os 298 mortos. 
O Departamento de Estado identificou a vítima como Quinn Lucas Schansman, que 
também tinha nacionalidade holandesa.
"Suas mortes são uma atrocidade de proporções indescritíveis", declarou Obama aos
 jornalistas.
Obama pediu um cessar-fogo imediato e advertiu as forças separatistas para que não 
tentem ocultar as provas do episódio. Ele também pressionou a Europa a endurecer sua 
postura em relação à crise ucraniana.
"Isso certamente será um sinal de alerta para a Europa e para o mundo sobre o fato de 
que o agravamento do conflito no leste da Ucrânia terá consequências", enfatizou.
Acesso difícil à zona de impacto
Antes do discurso do presidente americano, um oficial da inteligência americana havia
 indicado à AFP que as primeiras investigações sugeriam que os separatistas pró-russos
 tinham derrubado o Boeing 777.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, indicou em uma reunião 
do Conselho de Segurança que o míssil disparado seria um Buk do tipo SA-11.
Ela lembrou que na manhã de quinta-feira separatistas pró-russos foram localizados em 
poder desse tipo de sistema de defesa antiaérea perto do local onde o avião caiu.
"Os Estados Unidos não têm conhecimento da presença de um sistema de mísseis SAM
 (míssil terra-ar) ucraniano na região", acrescentou Power, ressaltando que desde o início do conflito a defesa antiaérea ucraniana não lançou mísseis.
Segundo Power, diante da complexidade técnica do sistema de mísseis em poder dos 
separatistas pró-russos, os Estados Unidos "não descartam assistência técnica por parte
 dos russos aos rebeldes".
O Conselho de Segurança pediu uma investigação internacional independente e 
profunda sobre o avião malaio em consonância com as regras da aviação civil 
internacional.
As autoridades ucranianas e os separatistas pró-Rússia trocam acusações pelo
 lançamento do projétil.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, acusou diretamente a Rússia nesta sexta-feira.
"Os russos foram longe demais. É um crime internacional cujos responsáveis devem ser julgados em Haia", afirmou.
Yatseniuk declarou ainda que os separatistas pró-russos que controlam a zona onde caiu o avião malaio não deixam os investigadores da agência de aviação ucraniana terem acesso aos destroços do aparelho.
Dirigentes separatistas afirmaram na véspera, horas depois da queda, que deixariam os investigadores internacionais trabalhar na zona de impacto.
Os socorristas indicaram, por sua vez, que uma das duas caixas pretas do Boeing 777 foi achada, mas que um separatista informou que o sistema de registro do voo seria enviado a Moscou para análise.
Uma fonte da chancelaria ucraniana reagiu à informação, afirmando que as caixas pretas devem permanecer no território do país onde ocorreu o acidente, e que seu envio ao exterior é ilegal.
Neste contexto, cerca de 30 inspetores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) chegaram nesta sexta-feira à zona do impacto.
De acordo com o chefe da organização, Didier Burkhalter, eles estão negociando com os rebeldes a criação de um corredor humanitário que dê acesso à região onde o avião caiu para fazer o trabalho necessário, assim como as investigações.
Depois de uma breve conversa, um grupo de insurgentes pró-russos deixou que os inspetores tivessem acesso à área da que do aparelho.
Mensagens postadas em sites dos rebeldes - rapidamente apagadas - e conversas interceptadas pelos serviços de segurança ucranianos dão a entender que o avião foi mesmo derrubado por engano pelos insurgentes, que teriam confundido o Boeing com um avião militar ucraniano.
Se for confirmada a hipótese - que deve ser encarada com prudência no contexto de uma violenta guerra de propaganda e desinformação -, a posição dos separatistas e de seu aliado, o presidente Putin, sofreria um abalo considerável.
Especialistas em Aids entre as vítimas
Muitos passageiros do avião da Malaysia Airlines viajavam para uma conferência mundial sobre Aids que acontecerá no fim de semana em Melbourne, Austrália, segundo informou a ONUAids, a agência da ONU para para o combate ao HIV.
Entre as vítimas estava o cientista holandês Joep Lange, um dos principais nomes da luta contra a pandemia.
Além dos 154 holandeses, o avião transportava 43 malaios - incluindo 15 membros da tripulação -, 27 australianos, 12 indonésios, nove britânicos, quatro alemães, cinco belgas, três filipinos, um canadense e um americano.
A nacionalidade dos demais passageiros ainda não foi determinada.
O papa Francisco manifestou nesta sexta-feira sua "consternação" pela notícia da catástrofe ocorrida com o avião da Malaysian Airlines.
"O Papa reza pelas inúmeras vítimas do acidente e por seus familiares, renovando seu 
pedido de paz às partes em conflito e por um compromisso para que soluções de diálogo sejam encontradas, com o objetivo de evitar mais perdas de vidas humanas inocentes", escreveu em uma
 breve mensagem.
Avião teria sido abatido, mas informação não foi confirmada (© DOMINIQUE FAGET/AFP/Getty Images)
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DOMINIQUE FAGET/AFP/Getty ImagesMOSTRAR MINIATURAS1 de 45
Um avião da Malaysian Airlines que ia de Amsterdã a Kuala Lumpur caiu nesta quinta-feira (17), próximo a fronteira
 entre a Rússia e a Ucrânia. A bordo do avião, um Boeing 777, haveria 298 pessoas, entre passageiros e tripulantes, 
informou a companhia aérea. Não há relato de sobreviventes

quinta-feira, 17 de julho de 2014

LUANDA: Governo angolano diz que policia não faz execuções extrajudiciais

Governo angolano diz que polícia não faz execuções extrajudiciais

Casa-CE diz que desmentido está fora da realidade. Ministério do Interior afirma ainda que a ocorrência de crimes está a ser exagerada pelos meios de informação.
Crime Preocupa Polícia na Huíla
Crime Preocupa Polícia na Huíla

Fonte: VOA/Coque Mukuta
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
O Ministério do Interior de Angola negou existam casos de execuções extrajudiciais cometidos pela polícia. Entretanto, um deputado da oposição disse que quem afirma isso não está a ser realista.
Governo angolano nega assassinatos extra judiciais 

Várias denúncias têm sido feitas pela sociedade angolana sobre a existência de assassinato pela Polícia Nacional. Mas Armindo Loureiro, assessor do Minsitro do interior negou:
“Nem do ponto de vista legal nem do ponto de vista prático, o nosso Estado não tem políticas de execução sumaria,” disse.
“O que acontece é que no confronto entre delinquentes que andam armados saem alguns feridos, só que como a polícia é melhor formada tende a sair mais feridos do lado dos delinquentes”, explicou.
Mas o deputado da Casa-CE  Leonel Gomes disse que o desmentido não correspondia à realidade.
“Temos que começar a ser realistas porque se dissermos que em Angola não existe execução sumária não estamos a falar do nosso país,” disse.
Por outro lado, o assessor do Ministério do Interior  Armindo Loureiro disse estarem a ser exageradas as notícias sobre uma crescente onda de crime em Angola e particularmente na capital.
Loureiro disse que “quando terminou a guerra havia mais delinquentes do que hoje” e acrescentou que existe hoje em dia uma “consciência mais elevada” e uma maior facilidade em propagar notícias sobre crimes.
O  representante do Ministro do Interior falava  no encontro sobre Segurança Publica, Combate a Criminalidade e a Protecção dos direitos Humanos organizado pela associação cívica AJPD.

TEXAS: Atriz texana condenada a 18 anos de cadeia por enviar cartas envenenadas ao presidente americano Obama

Atriz condenada a 18 anos por 

enviar cartas envenenadas a Obama

Fonte: AFP
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
17.07.2014
Imagem da Casa Branca em 31 de dezembro de 2012
Imagem da Casa Branca em 31 de dezembro de 2012
A atriz americana Shannon Guess Richardson foi condenada nesta quarta-feira a 18 anos
 de prisão no Texas por enviar cartas envenenadas com ricinina ao presidente 
Barack Obama, ao então prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e a um ativista pelo
 controle de armas de fogo.
Richardson, uma atriz texana de 35 anos detida há um ano, foi considerada culpada em 
dezembro passado por posse de veneno "para utilizá-lo como arma".
Atriz condenada a 18 anos por enviar cartas envenenadas a Obama (© Reprodução CNN)
Shannon Guess Richardson interpretou pequenos papéis nas séries 'The Walking Dead' e 'The Vampire Diaries'
A mulher enviou três cartas com ricinina e ameaças 
ao presidente Obama, a Bloomberg e ao ex-presidente 
da associação 
Prefeitos Contra as Armas Ilegais Mark Glaze.
A atriz foi condenada a 216 meses de prisão e a uma 
multa de 367.000 dólares, segundo o documento
 judicial.
Richardson realizou várias compras on-line em abril 
e maio de 2013 de produtos destinados a fabricar 
ricinina, uma substância mortal em caso de ingestão
 ou inalação, e contra a qual não existe antídoto.
A mulher introduziu ricinina nas cartas com ameaças
 dirigidas a Obama, Bloomberg e Glaze, postadas em 
uma agência dos correios de New Boston, Texas, em
 20 de maio de 2013.

terça-feira, 15 de julho de 2014

MAPUTO: Candidatura de Dhlakama a presidência da republica corre risco de impugnação

Renamo corre contra o tempo para não ver chumbada candidatura de Dhlakama

A candidatura do líder da Renamo às eleições presidenciais está en risco porque não apresentou o registo criminal, sem o qual o Conselho Constitucional pode recusar o processo.
Afonso DhlakamaAfonso Dhlakama
Fonte: VOA/Simião Pongoane
Divulgação: planalto de malanje rio capôpa
A Renamo reiterou hoje em Maputo que está a tratar nos serviços notariais a questão da certidão do registo criminal do seu líder Afonso Dhlakama para concorrer às eleições presidenciais de 15 de Outubro próximo. O partido não avança pormenores, mas o prazo da entrega do documento expira próxima segunda-feira.
Renamo tenta evitar chumbo de candidatura de Dlakhama
O chefe da equipa da Renamo nas negociações com o Governo Saimone Macuiane, o documento vai ser entregue a tempo ao Conselho Constitucional.
A Renamo inscreveu na semana passada o nome do seu líder no Conselho Constitucional para concorrer às eleições, mas sem a certidão do registo criminal.
Saimone Macuiane falou hoje a jornalistas logo depois de entregar os documentos relativos à inscrição do seu partido para a corrida às eleições parlamentares e assembleias provinciais de Outubro.
Dois juristas entrevistas pela VOA sublinham a importância da certidão do registo criminal para candidatos à Presidência da República. José Caldeira e Filmão Suzai dizem que o documento em falta na candidatura de Afonso Dhlakama é essencial.
Para Filmao Suazi, “pode haver problemas por se tratar de Afonso Dhlakama, mas em geral a falta de certidão de registo criminal pode fazer com que a candidatura não proceda”.
José Caldeira concorda e acrescenta que “a certidão do registo criminal e um documento que prova que o candidato foi ou não condenado a prisão maior” porque a “Constituição e a lei Eleitoral estabelecem que nenhum candidato pode concorrer se tiver sido condenado a prisão maior”.
Esta é a quinta vez que o líder da Renamo vai concorrer as eleições presidenciais desde 1994 e sempre apresentou certidão de registo criminal.

LUANDA: Ex-Administrador da Sonangol dedicado aos negócios de Manuel Vicente Vive-presidente da republica

Ex- Administrador da Sonangol dedicado aos negócios de MV

Luanda –  O antigo  administrador executivo da Sonangol, Batista Muhongo Sumbe  é citado como estando activo  no sector privado através do Grupo Vernon,  o  braço empresarial do Vice- Presidente da República, Manuel Vicente.
Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
15.07.2014
Antigo Representante da Sonangol em Houston,  Sumbe é o quadro a quem Manuel Vicente mostrava preferência para o substituir na Presidencial da única petrolífera estatal, mas que seria chumbado  pelo Presidente José Eduardo dos Santos.  Quando deixou o cargo de administrador- executivo, em meados de 2013,   ventilou-se   que trabalharia no gabinete do Vice-Presidente da República o que nunca  veio a se verificar.

O Grupo Vernon na qual esta associado  tem  como Presidente do Conselho de Administração um sobrinho seu,  Fernando Osvaldo dos Santos.  Há poucos anos atrás o administrador principal era Mirco de Jesus Martins, enteado de Manuel Vicente.  

Este grupo empresarial opera na área da construção civil, desenvolvimento agrícola, Industria de petróleo. Tem vários  parceiros estratégicos em formato de ‘joint-venture’ com algumas das empresas mais prestigiadas no sector do petróleo e gás. 

LUANDA: Vice-presidente do MPLA recusa-se a devolver empréstimo do BESA - Banco Espirito Santo Angola

Vice-Presidente do MPLA recusa-se a devolver empréstimo do BESA

Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
15.07.2014
Pensou que fosse oferta
O Vice-Presidente do MPLA, Roberto de Almeida que terá recebido o crédito de  10 milhões de dólares que aplicou na construção de um edifício  no terreno ao lado da sua residência na Rua Major Katiavala, em Luanda terá  dado sinais de desentendido   alegando que julgou que o dinheiro teria sido uma oferta.
Ao todo, o  BESA emprestou 5,7 mil milhões de dólares a conhecidas figuras do regime angolano, incluindo vários membros do Bureau Político do MPLA  que alega  ter perdido rastos. Há suspeitas de  que 745 milhões foram parar às mãos de Álvaro Sobrinho, presidente daquele banco até 2012.
Em meios informais,  insinua-se que uma “Joint” ligada a empresaria Marta dos Santos, irmã do PR,  em parceria com um construtor  português José Guilherme, terão recebido cerca de 800 milhões de dólares de crédito  que aplicaram  na construção  de um conjunto de edifícios na rua onde se situa a Universidade Óscar Ribas, no Talatona, em Luanda.  
No sentido de salvar o BESA, do referido buraco financeiro, o Estado angolano emitiu uma garantia soberana  de 5 mil milhões - cujos termos exatos não são conhecidos.  Ao mesmo tempo as autoridades aplicam-se no sentido de ocultar nomes dos devedores a fim de evitar escândalos públicos. 

LUANDA: FNLA E O PRS dispensão os votos dos homossexuais

FNLA e PRS avisam que não precisarão dos votos dos homossexuais


O político Norberto Garcia, Secretário para Informação do Comité Provincial de Luanda do MPLA, defende o respeito pela liberdade sexual das pessoas, mas salienta que é necessário banir a promoção destas práticas que podem influenciar “quem não tenha propensão para a homossexualidade”.
“Nós temos que respeitar os homossexuais”. “A liberdade sexual das pessoas é um direito que lhes assiste”, frisou.
O Estado angolano garante legalmente a todos os cidadãos a liberdade, por meio da Constituição da República e de outras leis.
A televisão estatal angolana é acusada de ser o principal veiculo de promoção dos homossexuais.
Para Adalberto da Costa Júnior, deputado à Assembleia Nacional pela bancada da UNITA, os "modernismos incentivados pela televisão angolana atropelam os valores da cultura do país".
O parlamentar defendeu a necessidade de se preservar os valores que reflectem a tradição e a realidade específica dos angolanos.
“Eu vejo com maus olhos estes modernismos que são incentivados hoje em muitos programas das nossas televisões. Fazem-se muitas novelas em que se vende a homossexualidade como se fosse algo de uma cultura africana normal e não é, efectivamente", esclareceu o político.
“Nós devemos preservar e ter cuidado em defender valores que representam as nossas tradições”, concluiu.
O Secretário Nacional para Informação do Partido de Renovação Social Joaquim Nafoya diz que na matriz cultural bantu o homossexualismo é reprimível. Para ele a Televisão Pública de Angola foi transformada num meio de comunicação que serve para promover o homossexualismo.
Norberto Garcia, Secretário para Informação do Comité Provincial do MPLA em Luanda tem uma visão diferente desta situação. O político entende que todos os cidadãos são iguais perante a lei.
Segundo o político, os angolanos têm espaço para agir e actuar de acordo ao seu pensamento.
Gerir a grelha de programação para controlar tendências
Para Norberto Garcia “o canal 2 da TPA nunca foi tão aproveitado como está a ser agora, promovendo muitos valores” e cita a propósito como exemplo o estilo de música e dança Kuduro.
Mas, Ndonda Zinga, Porta-voz da FNLA, é a favor de uma reestruturação da grelha de programação da Televisão Pública de Angola.
O político julga que o partido político que sustenta o Governo do país deve ter maior controlo na gestão dos espaços da media pública angolana.
“Está o MPLA a governar e o MPLA é que controla as políticas”.
"As empresas públicas de comunicação social estão praticamente ou totalmente sob domínio do MPLA e eles é que devem rever isto", salientou.
Manuel Fernandes, deputado à Assembleia Nacional pela bancada parlamentar da CASA-CE não é apologista dos desvios sexuais, porém defende a educação da sociedade com objectivo de restringir as tendências homossexuais.
O Código penal angolano não tipifica a homossexualidade como crime. A Constituição da República aprovada em 2010 é clara no seu artigo 35º que estabelece que o casamento é celebrado entre pessoas de sexo oposto.
O deputado e Vice-presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes é contra a estigmatização dos homossexuais, pelo contrário defende o respeito pela diferença.
O parlamentar mostrou-se preocupado com as insuficiências da legislação angolana.
O político do MPLA, Norberto Garcia que defende o respeito pelo direito à liberdade de escolha, salienta que tudo deve ser feito dentro dos limites. Para ele, do ponto de vista ético-formal existem responsabilidades políticas, sociais e jurídicas que não coadunam com a prática homossexual.
O também Jurista explica que olhar para o problema de ânimo leve pode pôr em causa a reprodução humana.
No entanto, a criação de uma lei que penaliza a homossexualidade não seria eficaz em Angola, quem assim defende é o político do MPLA Norberto Garcia.
Para o Secretário para Informação do Comité Provincial de Luanda do partido dos camaradas “não se pode permitir é que os homossexuais cuidem de crianças sob pena de se pôr em causa os interesses dos menores”.
Partidos não precisam dos votos dos homossexuais
Ndonda Zinga da FNLA diz que elaborar uma norma sobre a questão da homossexualidade poderá constituir uma abominação no actual contexto, mas deixa claro que o seu partido não teme perder algum eleitorado com esta orientação sexual.
O PRS defende que os alicerces da cultura angolana não devem ser "vulgarizados", por isso é a favor dos interesses e aspirações do povo, pelo que não será por questões eleitorais "que vai ceder a este tipo de comportamento".
Joaquim Nafoya deixa claro "que o seu partido não precisará, nas próximas eleições, dos votos dos homossexuais, mas do respeito pelos valores da cultura nacional".
Adalberto da Costa Júnior, Deputado da UNITA, chama atenção para que o Estado angolano não adopte mecanismos jurídicos que configurem atentado contra as liberdades fundamentais dos cidadãos.
O político do Galo Negro pensa que “para o caso de Angola não é necessário se chegar a este ponto”.