Eduardo dos Santos o presidente menos querido em Angola - Paleta Garcia
- Le Dimanche, 06 Janvier 2013
Único nacionalista africano que não fala nenhuma língua africana
“José Eduardo dos Santos é premiado porque representa uma geração que foi capaz de sair do seu conforto e partir para a luta armada de libertação nacional.” Narração introdutória do texto em análise que merece uma análise profunda. O actual presidente, foi um dos nacionalistas angolanos que menos sacrificou-se em nome de Angola relativamente aos nacionalistas de renome. A sua trajectória revolucionária e de sofrimento foram minúsculas. Uma breve passagem pelo Congo enquanto aguardava a sua evacuação para Rússia. Após o trampolim neste país comunista aonde afinou os hábitos e costumes europeus firmados com o acasalamento com uma Russa regressou e assumiu posição privilegiada na esfera do governo.
Logo após o passamento físico de Agostinho Neto em 1979, não só assumiu o poder militar como também o político e económico de Angola. Desde esta data instaura uma classe burguesa e reafirma a política de exclusão de ideias. Com o seu estilo recheado de complexos dos ritmos africanos promove valores culturais distantes raízes angolanas. As línguas nacionais definiu como línguas dos não civilizados. Aqueles nacionais que primavam por uma preservação dos costumes nacionais e que pretendiam instaurar igualdade na distribuição dos recursos uns foram executados e os sobreviventes apelidados de gentios e contra-revolucionários.
Foi durante o reinado de José Eduardo do Santos, que quadros qualificados e com visão inovadora abandonaram o país. O diálogo foi transformado em sentença de morte. A lei do contraditório passou a ser uma sentença sumária - morte -. A visão comunista foi o melhor pretexto para a criação da classe burguesa que hoje são condecorados como "empresários de sucessos".
A guerra civil vivida em Angola foi fruto da péssima descolonização, na qual o MPLA atropelou literariamente os acordos do ALVOR que nos brindaria as primeiras eleições livres. Em síntese em 1975 o MPLA de José Eduardo dos Santos realizou a único golpe de estado até hoje concretizado em Angola.
Resumindo, um líder com "estofo político" já mas permitiria as atrocidades acima descritos. Um político visionário, teria "lupas" para antecipar estas atrocidades. Um "génio" político e com audácia como descreve o Jornal de Angola seria posto no mesmo patamar de Nelson Mandela e para nao falar de Luther King.
A sociedade angolana mesmo sendo moldada com os defeitos visionários de José Eduardo dos Santos já reconheceu/apercebeu-se que o líder angolano nunca teve e nunca terá visão política que ajude a posicionar Angola num estado justo. Incluindo na esfera central do MPLA esta evidente que JES não goza de popularidade genuína. Os seu pupilos foram moldados a não contrariar o soba frontalmente e resmungam regularmente na sua ausência.
O silêncio e paciência são as duas armas que o angolano no seu todo tem usado. Como se tem comentado nos bastidores "ninguém vive eternamente e não há necessidades de frontatalizações". Outros mais poeticamente dizem "Nos somos burros e não lutamos pela independência". Entre, todas estas contestações silenciosas, JES prefere captar as palavras motivadoras entre " o líder dos líderes, "o nosso candidato natural" ou ainda o "pontífice da paz".
Ora vejamos, as últimas eleições foi descrita como a primeira paulada sem mão. Membros activos do MPLA sitos na sede central do MPLA optaram em não votar no próprio partido. Será que JES e seus familiares ja que os seus seguidores são apenas bajuladores não se apercebem desta luta silenciosa? Será que a clã Eduadista não se apercebe que o sistema socioeconómico tem sido o motor e gás que tem induzidoos angolanos no seu todo a parabenizar tudo que esteja a volta do presidente? Será que esta clã não visualiza que o estado de insatisfação em todos os aspectos é geral?
Quando uma edição como o Jornal de Angola, liderado por Mr. Ribeiro símbolo do "sim chefe" que mesmo vendo preto diz branco o que esperávamos? Não foi o Ribeiro que afirmara no início do ano passado que as casas no Kilamba estavam todas esgotas e que os preços eram justos e aceitáveis. Será que depois de JES ter dito que Kilamba estava as moscas e que os preços teriam que ser reduzidos porque a população comum não estava em condições de comprar os preços exigidos por Kopelipa e sua cúpula, o Sr. Ribeiro reeditou o seu desfasado artigo?
Quem sabe exactamente sobre os empréstimos e contractos firmados entre Angola e China? Quem sabe exactamente sobre os destinos dos recursos naturais? Quem sabe exactamente sobre os planos de Acção do governo? A resposta para todas estas perguntas recai a JES.
Um líder contemporâneo, não define economia nacional como um segredo de estado. O povo tem o direito e dever de ser informado. Portanto, atribuir o título de "bom governante" e "génio natural" a JES neste século estamos a retardar Angola para o século da pedra.
Hoje, o mundo já estuda as viabilidades de viagens turísticas no espaço e o mundo esta interligado sem "fio". Se JES é o nosso génio, então entendo o porquê da triste qualidade dos nossos SENHORES DOUTORES e só tenho a concluir que estamos todos paiados!!!!
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