sábado, 25 de maio de 2013

LUANDA: Portugal esta á venda? Quem Compra?

Portugal está à venda? Quem Compra?
Reedição: Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com

portugal a vendaSerá Angola a tábua de salvação para a actual crise portuguesa? Serão os angolanos os grandes investidores em Portugal? É o que parece à primeira vista. Mas será realmente assim?
Nos últimos meses de 2012 e no início de 2013 muitos são os comentários que se têm ouvido, quer em Angola, quer em Portugal, principalmente nas ruas e nas redes sociais sobre a “nova colónia da ex-colónia”.
Paira no ar um sentimento de insegurança e incerteza por parte do povo português no sentido de perceber o que se passa. Será que Portugal vai beber do próprio veneno que espalhou noutros tempos? Quem pode garantir que assim será? Ou não?
A actual crise financeira, sobretudo enraizada na Europa, e pela qual Portugal atravessa como um dos piores momentos da sua história está a provocar profundas oscilações e mudanças políticas, organizacionais e, principalmente, empresarias.
As grandes empresas e os grandes impérios económicos portugueses, nomeadamente no sector bancário, da construção civil e das telecomunicações têm sofrido um forte abalo devido à sua incapacidade de fazer frente à falta de liquidez.
Com o desemprego a aumentar a um ritmo frenético, as empresas e grupos económicos têm procurado nos empresários angolanos, brasileiros, chineses, e não só, uma fuga à insolvência ou à banca rota.
A encabeçar a lista de maiores accionistas na criação de parcerias e na compra de empresas, está a engenheira Isabel dos Santos. Esta mulher de negócios, de apenas 40 anos, é filha do Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos e é vista por uns como uma solução para os problemas financeiros em Portugal e por outros como um perigo eminente que, em representação da sua família, tenta “colonizar” a antiga colónia.
Exemplos disso são as mais recentes aquisições de acções, em grande parte, da maioridade da ZON TV Cabo, Banco Espirito Santo e marca Sonae, com o Continente e a Optimus.
Para além das “compras”, Angola tem apostado nas parcerias e na tomada de decisão de levar para Angola as grandes empresas portuguesas, principalmente na área da construção civil, banca, indústria alimentar, tais como a Caixa Geral de Depósitos, Banco Santander Totta, BFA, em representação do BPI, Millennium Angola, Mota-Engil, Teixeira Duarte, Soares da Costa, a Portugal Telecom, a Zon (Tv Cabo), a Galp, o Jornal Sol e, mais recentemente, os supermercados Continente.
Este é o reverso da medalha com o total aproveitamento das capacidades económicas que Angola apresenta neste momento, face ao período conturbado para as empresas portuguesas que sobrevivem, dia a dia aos aumentos de impostos e de imposições por parte do governo português, condicionados pelas exigências da Troika.
Portugal está à venda? Esta é uma das perguntas que paira no ar. Vão respondendo alguns países em ascensão económica. Um deles é Angola. Curiosamente, Angola, uma ex-colónia portuguesa que conquistou a sua independência em 1975. Desde essa altura e, principalmente a partir do momento em que estabilizou, após a assinatura da paz em 2002, este país da África Sub-Sahariana está a crescer, a procurar a sua reconstrução nacional, baseada no desenvolvimento político e económico em que os investimentos fora de portas conferem-lhe, cada vez mais, um estatuto de novos patrões africanos e atentos aos grandes e milionários negócios um pouco por todo o Mundo.
NEGÓCIOS AO PREÇO DA UVA - Para além de Angola, também o Brasil e a China são duas potências em franco desenvolvimento e crescimento económico. As suas apostas não se observam apenas em Portugal, mas sim um pouco por toda a Europa. No entanto, a afinidade com o país à beira mar plantado tem cativado a sua atenção.
À parte do comércio e do turismo, Portugal representa para estas novas potências emergentes economicamente uma “apetecível” ocasião para fechar bons negócios, a preços bastante convidativos.
A crise em Portugal não é desejável pelos países ditos irmãos mas tem sido muito “agradável” adquirir acções de várias empresas em diferentes sectores. Empresas com história no mundo dos negócios, com credibilidade e mercado a nível internacional.
Casos gritantes como os da privatização da EDP, RTP, TAP ou, mesmo, a CIMPOR suscitaram o interesse a estes países que estão a atravessar uma fase economicamente positiva e que têm poder de compra. Para Portugal é favorável, na medida em que precisa de capital que possa fazer face à dívida ao FMI.
Economicamente, esta movimentação pode ser muito interessante; no entanto, em praça pública, a população lusa teme não só que Portugal perca as suas grandes empresas e que a privatização das mesmas seja um “mau negócio”, como teme por uma “vingançazinha” do passado, ainda muito recente. As opiniões dividem-se. Muitos questionam: de onde vem tanto dinheiro? Quem nunca jogou ao Monopólio. É isso mesmo! O mercado e os grandes accionistas angolanos observam as oportunidades. Vão comprando pequenas percentagens. Sempre que têm uma oportunidade avançam. Porque dinheiro abunda. Fruto da indústria diamantífera e do petróleo, os empresários vão conseguindo aos poucos ganhar terreno no capital das empresas que procuram soluções rápidas e a todo o custo.
Os negócios mais sonantes e que têm o “dedo e os dólares angolanos” já existem no mercado, quer português, quer angolano com bastante expressividade.
Os números são variáveis e sempre mantidos debaixo de grande secretismo. Para os portugueses, valores aceites, muito abaixo do mercado real, para os angolanos com mais um excelente investimento para proporcionar ao seu país o acesso a melhores serviços.
Investimento esse que se estima já ultrapassar os 200 milhões de Euros, com participações da Sonangol no BCP, na Galp, na compra da ESCOM ao grupo Espírito Santo, na participação das acções na Amorim Energia, Banco BIC, o BPI que representa o BFA e a Zon TV Cabo que deu origem à ZAP, tal como a Portugal Telecom deu origem à Unitel e agora mais recentemente a entrada da Sonae em Angola, não só pelos hipermercados Continente como também pela compra (ainda em negociação) da Operadora móvel Optimus.
Este sucesso nos mercados internacionais deve-se a uma frescura que Angola consegue manter desde o início desta crise financeira global. O PIB angolano continua a crescer anualmente três vezes mais do que o resto do mundo. Algo que continua a surpreender e a tornar este país cada vez mais atrativo para investir e emigrar.
Para além de todo este investimento, reconhecido a nível internacional e que vai sendo publicado pela comunicação social, há um outro tipo de investimentos que chama à atenção e atrai as mais variadas opiniões. As compras. O comércio. As visitas, cada vez mais frequentes, o luxo procurado nos hotéis, nos restaurantes, nas lojas, nas discotecas.
Um mundo verdadeiramente à parte e invejado por quem anda a contar os trocos para poder comer.
“É um pouco estranho ver esta nova sociedade angolana que vem para Lisboa e que gasta numa loja de roupa ou numa discoteca cerca de 1000 Euros numa única peça de roupa ou numa garrafa de champanhe. Para quem está a passar por apertos para poder colocar comida no prato, acho que nós, os portugueses, nunca estivemos habituados a ver um luxo destes vindo de um país que sempre foi falado pela guerra e pelo que se ouve. Mas alguém tem que investir em Portugal, se tiverem que ser os angolanos, pois que seja”, disse Vanessa Soares.
É notório, entre as conversas que se ouvem nos cafés, nas lojas e até falando com alguns empresários, é percetível o gosto e a procura dos angolanos pelos produtos portugueses.
“Como luso-angolano, prefiro que as empresas portuguesas sejam vendidas a empresários Angolanos do que a chineses ou outro qualquer país, não só pela ligação umbilical que os dois países têm, como por ser neste momento de grande importância para a exportação de mão-de-obra e bens de consumo. As grandes empresas portuguesas sempre foram geridas na base do compadrio e chulagem, com cargos importantes para familiares e amigos. Trabalhei numa grande empresa durante 13 anos e constatei esse facto. Actualmente uma das maiores empresas portuguesas foi adquirida na sua totalidade por capital brasileiro e em poucos dias alteraram tudo o que tinha a ver com comportamentos burgueses e mordomias de parte das chefias. Por estes e outros motivos, sou a favor de mudança de mentalidades e claro, a entrada de dinheiro fresco”, contou à Figuras & Negócios, Wilson Lima, angolano naturalizado português que vive entre Angola e Portugal à procura de melhores oportunidades de vida.
“Este é daqueles tópicos que vão dar que falar...do que me tenho apercebido, o principal objetivo é conseguir implementar o negócio dessas empresas em Angola ao mais baixo custo possível. É mais barato comprar a empresa e assim trazer a tecnologia know-how e profissionais para cá (Luanda) do que pagar pelos serviços e patentes. Penso que não será por uma questão de investimento em Portugal... não trás grande lucro, pelo menos atualmente”, expressou Tito Martins, mais um português que encontrou em Angola a escapatória para a crise e para o desemprego.
PORTUGUESES EM ANGOLA NÃO PARAM DE CRESCER
A crise, o desemprego e a sombra da Troika têm “empurrado” os portugueses, cada vez mais para a saída do país e Angola, como um novo mundo de oportunidades, tem sido um dos destinos mais procurados.
Desde 2003, os serviços de emigração estimam que de 21 mil tenham passado a residir e trabalhar em Angola, mais de 100 mil portugueses. Já a circulação de angolanos passou a fazer-se no sentido contrário. Desde 2009, o número de angolanos ou com dupla nacionalidade a chegar ou a regressar a Angola aproximou-se dos 30 mil.
Portugal está em crise. À beira da banca rota. Já partiram para Angola quatro vezes mais portugueses do que angolanos chegaram a Portugal.
As oportunidades crescem e quem está com a corda no pescoço tem que pensar rápido e partir. Na mala vão as esperanças e o desejo de que a crise acabe rapidamente. O que parece ainda estar apenas sob uma miragem. Especialmente numa fase de reconstrução nacional e ascensão que vão permitindo abertura ao mercado internacional de trabalho.

LISBOA: Portugal está entre as maiores lavandarias dos recursos financeiros roubados de Angola, essa afirmação pertence ao causidico David Mendes proferidas a parte do Meeting que decorre sob o lema, a corrupção em Angola realizado em Lisboa Portugal, pela euro deputada Ana gomes do partido socialista português.


David Mendes: Portugal deve devolver investimentos angolanos ilícitos
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david mendes  85224533Portugal está entre «as maiores lavandarias dos recursos roubados de Angola»
O advogado angolano David Mendes disse esta sexta-feira, em Lisboa, que Portugal compactua com a corrupção em Angola ao aceitar investimentos com origem ilícita deste país, instando o Estado português a investigar e devolver estes recursos à Angola.
«Facilmente pode-se chegar à conclusão que Portugal tem interesse em que este grupo que sustenta a corrupção em Angola continue (a atuar), porque entram em Portugal, semanalmente, quase 40 milhões de dólares» (30,9 milhões de euros), disse Mendes, que integra também a Associação Mãos Livres.
O advogado angolano fez estas declarações à margem de uma audiência pública, organizada pela eurodeputada socialista Ana Gomes, em que se discutiu um relatório sobre corrupção em Angola.
O documento, da Corruption Watch e da Associação Mãos Livres, aponta o alegado envolvimento de figuras do regime angolano, incluindo o Presidente angolano José Eduardo dos Santos, e intermediários num contrato que terá lesado Angola em mais de 700 milhões de dólares (541 milhões de euros), num acordo para restruturar a dívida de Angola à Rússia que data dos anos de 1990.
«O fluxo de dinheiro de Angola para Portugal é superior aos investimentos feitos em Angola», afirmou Mendes.
De acordo com o advogado, «esse grupo (angolano) de pessoas ligadas ao poder tem uma relação umbilical também com políticos portugueses que estão no poder».
«Portugal poderia saber de uma forma fácil como estas pessoas obtém o dinheiro e chegar à conclusão que este dinheiro é ilícito», referiu ainda, citado pela Lusa.
«Sendo dinheiro ilícito, ainda que os investimentos em Portugal sejam lícitos, o Estado português tem a obrigação de cancelar estes investimentos e devolver o dinheiro para Angola», acrescentou.
Portugal, segundo o ativista, tem a obrigação de saber se os capitais que entram no seu território pagam os seus impostos em Angola, um país que tem tantas limitações no que se refere ao bem-estar da população, que passa por carências extremas.
«A par da China e do Brasil», Portugal está entre «as maiores lavandarias dos recursos roubados de Angola», referiu ainda o ativista político angolano Rafael Marques.
Marques, entretanto, já vê «sinais na sociedade portuguesa, sobretudo dos magistrados, de prestar a atenção a esta situação e este é um sinal positivo que deve ser reconhecido, porque a magistratura portuguesa acaba por conferir alguma respeitabilidade ao Estado português».
«Há uma certa resistência por parte da sociedade angolana a tudo isso que se passa, mas tem mais a ver com o discurso de Portugal, do que com os cidadãos portugueses», indicou ainda Rafael Marques.
«O governo português é visto como um acessório de propaganda do governo angolano, pelas declarações que os dirigentes portugueses fazem a favor da elite angolana, desta elite corrupta», sublinhou o ativista angolano.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

LISBOA: A Euro Deputada socialista Portuguesa Ana Gomes promove em Portugal Lisboa, um audição publica sobre a corrupção desenfreada do regime corrupto ditatorial angolano.

A eurodeputada Ana Gomes, irá promover amanhã, 24 de Maio, uma audição pública sobre o tema “Corrupção e Direitos Humanos: Os Desafios de Angola e o Papel de Portugal”.
No encontro, Ana Gomes apresentará o seu relatório sobre o impacto da corrupção sobre os direitos humanos.
A sessão contará com a presença de Rafael Marques de Morais, jornalista e autor do livro Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola, uma denúncia contundente sobre as violações sistemáticas de direitos humanos nas regiões diamantíferas das Lundas, no nordeste de Angola. Participará também no debate Andrew Feinstein, ex-deputado sul-africano e director da Corruption Watch UK, autor do relatório Fraude em Altos Cargos: O Contrato Corrupto da Dívida de Angola à Rússia.
A audição pública de amanhã realiza-se no seguimento de vários debates sobre o mesmo tema, promovidos pela eurodeputada portuguesa no Parlamento Europeu em Bruxelas nos últimos meses, que contaram também com a presença de Rafael Marques de Morais.
A sessão pública terá lugar às 10:30 no Gabinete do Parlamento Europeu, no Largo Jean Monet, n.º 1-6, em Lisboa.

LUANDA: Salvador Freire Diz que não há explicação convincente sobre os ativistas cívicos Kamulingue e Cassule, raptados pelas autoridades do regime ditatorial angolano. Não se consegue perceber como a policia dita Nacional cidadãos e depois da-lhe sumiço inexplicavelmente.


 Salvador Freire afima: "Não há explicação convicente sobre Kamulingue e Cassule"

AFS
AFSReedição: Radz Balumukawww.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com       
O presidente da organização de direitos humanos “Mãos Livres” Salvador Freire disse hoje não ter recebido uma “explicação convincente”  das autoridades sobre o desaparecimento dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule.
Os dois desapareceram há quase um ano quando participavam em preparativos para manifestações de desmobilizados das forças armadas.
Falando no programa “Angola Fala Só” Salvador Freire disse que o desaparecimento dos dois activistas eram mais dois nomes de uma lista de vários nomes de pessoas que desapareceram ou foram assassinadas ao longo dos anos.
O advogado disse que o desaparecimento de pessoas é uma situação “perigosa” para Angola  acrescentando “suspeitar da existência de uma milícia que tem recebido ordens” de pessoas nos círculos de poder.
Interrogado sobre a reacção das autoridades aos seus pedidos de esclarecimento  disse “não haver respeito das autoridades” pelo cidadão comum.
O advogado disse que intensão da “Mãos Livres” continuar a fazer pressão sobre as autoridades.
“o governo vai ter que nos dar uma explicação,” disse.
Interrogado pelo ouvinte Mateus Katuvaki   de Benguela sobre se os dosi activistas poderiam ter sido assassinado, Salvador Freire, disse não ter qualquer informação nesse sentido.
“Temos a ideia que estão vivos,” disse acrescentando contudo se os dois activistas foram mortos  há que apurar responsabilidades para que os criminosos sejam levados á justiça.
Interrogado por diversos ouvintes sobre a corrupção no sistema de justiça, o dirigente da “Mãos Livres” disse continuar a acreditar no sistema de justiça angolano apesar de todas as insuficiências que possam existir.
“Se um dia houver corrupção no sistema de justiça ao nível que existe nooutras instituições então Angola não tem futuro,” disse.
“Pode existir corrupção em alguns tribunais ou de alguns magistrados mas não é como noutros sectores,” disse.
Salvador Freire fez notar as enormes dificuldades com que lutam juízes e advogados através do país mas disse acreditar que os juízes continuam a lutar pela sua independência.
Elogiou por outro lado os planos do governo para estender tribunais e instituições de justiça a todo o país
O advogado disse não ter confiança na polícia nacional mas frisou que mesmo a nível de instituições como o ministério do interior há Uma elevação da consciência.
“A actuação é agora diferente do passado,” disse o jurista.
Salvador Freire disse que a “Mãos Livres” não recebe qualquer dinheiro do estado apesar de ter pedido nesse sentido escrevendo mesmo ao Presidente José Eduardo dos Santos para apoio financeiro como instituição jurídica independente.
A organização luta com falta de meios e só pode operar em nove províncias.

LUANDA: Regresso vitorioso de Abel Chivukuvuku pelo exterior, Seja bem vindo camarada.


SECRETARIADO EXECUTIVO
PRESS RELEASE
Informa-se que o presidente da CASA-CE Dr. Abel Epalanga Chivukuvuku regressou hoje ao país eram setes horas, ao fim de dezanove dias de intenso trabalho de visita às comunidades angolanas no exterior em Portugal, França, Inglaterra e Estados Unidos de América  e de contactos com as autoridades politicas e civis daqueles países.
O presidente foi calorosamente recebido, no aeroporto internacional 4 de Fevereiro, pelos membros do Conselho Presidencial, do Secretariado Executivo Provincial de Luanda e distintos quadros e militantes   da CASA-CE que  o aguardavam desde as primeiras horas.
Depois da recepção protocolar o presidente dirigiu algumas palavras aos militantes e quadros da CASA-CE que o aguardavam na parte externa, pedindo-lhes um maior engajamento nas acções e actividades politicas para que a CASA-CE seja de facto o factor de mudança política pacífica em 2017.
LUANDA, AOS 24 DE MAIO DE 2013. -


quarta-feira, 22 de maio de 2013

USA: Abel Chivukuvuku diz que mudança dentro de cinco a dez anos é inivitavel


Mudança em Angola é inevitável - Abel Chivukuvuku

Equilíbirio do poder vai mudar entre cinco a dez anos, diz presidente da CASA CE
Abel Chivukuvuku no estúdio da Voz da América
Abel Chivukuvuku no estúdio da Voz da América

TAMANHO DAS LETRAS
 
João Santa Rita
Reedição: Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
A mudança política em Angola é inevitável e vai ocorrer nos próximos cinco a  dez anos, disse o presidente da CASA CE Abel Chivukuvuku.
Numa entrevista á Voz da América aqui em Washington Chivukuvuku recordou que nos próximos dez anos haverá diversas eleições e que elas serão os promotores das mudanças.

O líder da CASA CE falava após uma visita a Washington durante a qual se avistou com entidades do Departamento de estado, da casa branca, do Congresso e de centros de estudo sediados aqui em Washington.

Albe Chivukuvuku disse que a introdução da CASA CE como uma nova força política em Angola foi recebida na capital americana com “expectativa”.

“Encontramos expectativa e entusiasmo quanto à perspectiva da evolução futura em angola e quanto ás relações entre os dois países,” disse.

Chivukuvuku disse que o facto de no passado a UNITA ter contado com grande apoio por parte dos Estados Unidos não significa que tenha havido dúvidas quanto à CASA CE.

“Estamos longe da guerra fria e o contexto mudou,” disse

“O contexto hoje é o desafio de apresentar uma visão nova sobre a Angola que se quer construir, o contexto é a credibilidade e a incorruptibilidade dos actores que querem construir essa angola nova e por isso encontramos muito entusiasmo,”acrescentou.

Interrogado sobre a realização das eleições autárquicas, o líder da CASA CE  disse que “nada está formalmente determinado” porque  “quem determina tudo em Angola é o presidente”.

“Enquanto  ele não se pronunciar fica tudo no mundo da incerteza,” disse Chivukuvuku para quem há contudo meios de se pressionar para que as eleições autárquicas sejam realizadas até 2015 como previsto.

“Temos o tribunal constitucional, temos uma série de mecanismos para forçar as autárquicas até ao prazo de 2015,” disse ainda o presidente da CASA CE.

Abel Chivukuvuku disse que “o partido no poder, o MPLA, está habituado a ter o controlo hegemónico da administração local e o MPLA sabe que com as autárquicas vai perder esse controlo hegemónico”.

“O MPLA tem que saber que não pode ter esse controlo hegemónico a todo o tempo e vai perder parte desse controlo. É assim que se constrói um estado democrático,” acrescentou.

MAPUTO: Ismael Mussa quer dirigir Maputo


Moçambique: Ismael Mussa quer dirigir Maputo

Ismael Mussa: "Maputo é hoje a cidade mais esburacada deste país”

TAMANHO DAS LETRAS
 
Em Moçambique, Ismael Mussa anunciou que vai candidatar-se à presidência do município de Maputo nas eleições de Novembro próximo.

Numa entrevista ao colaborador da VOA, Ramos Miguel, Mussa diz que é o candidato da mudança, capaz acabar com a má governação e devolver a capital moçambicana aos munícipes.
Mussa é a primeira personalidade a anunciar publicamente a sua candidatura ao cargo. Apesar de se assumir como independente, sabe-se que Ismael Mussa conta com o apoio de organizações da sociedade civil e de académicos moçambicanos.
“Pretendo conciliar toda a experiencia que tenho de nove anos de gestão publica neste pais. Como sabe, fui director durante vários anos na maior universidade deste pais, que eh a Universidade Eduardo Mondlane. Sou docente até hoje, e tenho, acima de tudo, uma experiencia acumulada como parlamentar nestes últimos 10 anos. Portanto, eu acho que reúno os requisitos mínimos para iniciar uma actividade digna em prol dos munícipes da cidade de Maputo”, disse Mussa.

Referiu que foi a cidade de Maputo que o elegeu como deputado à Assembleia da República pelo MDM. “Fui cabeça de lista nesta cidade e, portanto, sinto que tenho um compromisso com esta cidade”, realçou, para depois afirmar que Maputo “é hoje a cidade mais esburacada deste país”.

“Não é agradável para ninguém viver numa cidade nestas condições; a recolha de lixo também registou um retrocesso muito grande; a questão do congestionamento (de transito automóvel) não é resolvida, se bem que esta questão tem de ser analisada em várias vertentes. Mas mesmo assim existem duas teses muito interessantes definidas na Universidade do Porto (Portugal) e na Universidade Eduardo Mondlane, sobre como resolver este problema; creio que não é por falta de ideias ou sugestões e nem sequer é por falta de recursos que este problema não se resolve”, criticou Mussa.

Segundo ele, os recursos são, realmente insuficientes, mas se os existentes forem bem aplicados e se houver uma priorização das actividades, muita coisa pode ser feita, “e se você fizer um bom trabalho, mais recursos poderão surgir; o grande problema é que nós sempre alegamos que não temos recursos”.

Para o futuro candidato a edil de Maputo, esta cidade, que é o espelho do pais, deve ter um presidente independente, que esteja acima dos partidos políticos e que possa incluir no seu elenco personalidades de todas as tendências partidárias e personalidades que não têm nada a ver com partidos políticos.

Destacou que “isso seria também uma forma de combate à partidarização do Estado. Eu acho que precisamos, duma forma ou doutra, de contribuir para que o Estado seja totalmente despartidarizado. A minha candidatura visa também tentar conciliar este aspecto, trazendo para o meu elenco pessoas de todas as tendências partidárias”.
Afirmou ser necessário encontrar formas de combater a criminalidade na cidade de Maputo, não apenas através do melhoramento das técnicas de combate, mas também de iniciativas de carácter social.

“Nos temos cada vez mais pessoas sem opção de emprego nesta cidade, e eu penso que o município pode contribuir nisto. A questão do lixo, da limpeza das valas de drenagem, a questão do melhoramento das estradas fora da cidade de cimento, são actividades cuja realização pode envolver trabalhadores sazonais e as próprias comunidades, e assim você estará a distribuir renda e a contribuir para a melhoria das condições de vida dessas pessoas”, considerou Ismael Mussa.
Diz que se for eleito, vai construir habitações sociais, sobretudo para jovens, através da parceria publico privada, entre outras realizações.